PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 12 de janeiro de 2019
Sábado depois da Epifania
Ofício
da féria - II semana
SÁBADO
depois da Epifania (de manhã)
Branco – Ofício da
féria.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 5, 14-21; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b
Ev Jo 3, 22-30
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardo de Corleone, religioso, da I Ordem – MO
* I Vésp. do Baptismo do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa da féria, pf. da Epifania ou do Natal.
L 1 1 Jo 5, 14-21; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b
Ev Jo 3, 22-30
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardo de Corleone, religioso, da I Ordem – MO
* I Vésp. do Baptismo do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Gal 4, 4-5
Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher,
para nos tornarmos seus filhos adoptivos.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que em vosso Filho Unigénito nos tornastes nova criatura, concedei que a vossa graça nos conforme à imagem de Cristo, em quem a nossa natureza se uniu à vossa divindade. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 14-21
«Escuta-nos em tudo o que Lhe pedirmos»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher,
para nos tornarmos seus filhos adoptivos.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que em vosso Filho Unigénito nos tornastes nova criatura, concedei que a vossa graça nos conforme à imagem de Cristo, em quem a nossa natureza se uniu à vossa divindade. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 5, 14-21
«Escuta-nos em tudo o que Lhe pedirmos»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Esta é a confiança que temos em Deus: se Lhe pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele escuta-nos. E sabendo que nos escuta em tudo o que Lhe pedirmos, sabemos também que alcançaremos o que Lhe tivermos pedido. Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não o leva à morte, reze e Deus lhe dará a vida, se de facto o pecado cometido não leva à morte. Há um pecado que leva à morte; não é por este pecado que eu digo que se reze. Toda a iniquidade é pecado, mas nem todo o pecado leva à morte. Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca, porque o guarda Aquele que foi gerado por Deus e o Maligno não o pode atingir. Sabemos que somos de Deus, mas o mundo inteiro está sujeito ao Maligno. E sabemos também que veio o Filho de Deus e nos deu inteligência para conhecermos o Verdadeiro. Nós estamos no Verdadeiro, por seu Filho, Jesus Cristo, que é o Deus verdadeiro e a vida eterna. Meus filhos, guardai-vos dos falsos deuses.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 149, 1-2.3-4.5-6a.9b (R. 4a ou Aleluia)
Refrão: O Senhor ama o seu povo. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei. Refrão
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória. Refrão
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis. Refrão
ALELUIA Mt 4, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz;
para aqueles que habitavam na sombria região da
morte uma luz se levantou. Refrão
EVANGELHO Jo 3, 22-30
«O amigo do esposo sente muita alegria ao ouvir a sua voz»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, foi Jesus com os seus discípulos para o território da Judeia, onde Se demorou com eles, e começou a batizar. João batizava em Enon, perto de Salim, porque ali a água era abundante e aparecia muita gente para se batizar. João ainda não tinha sido encarcerado. Surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu a respeito da purificação. Foram ter com João e disseram-lhe: «Mestre, Aquele que estava contigo na outra margem do Jordão e de quem deste testemunho anda a batizar e todos vão ter com Ele». João respondeu: «Ninguém pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do Céu. Vós próprios sois testemunhas de que eu disse: ‘Não sou o Messias, mas aquele que foi enviado à sua frente’. Quem tem a esposa é o esposo; e o amigo do esposo, que o acompanha e escuta, sente muita alegria ao ouvir a sua voz. Essa é a minha alegria, que agora é completa: Ele deve crescer e eu diminuir».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz, fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente e que a nossa participação nos sagrados mistérios reforce os laços da nossa unidade. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 16
Da plenitude de Cristo todos nós recebemos
graça sobre graça.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, o vosso povo no presente e no futuro com os auxílios da vossa infinita bondade, para que, com as alegrias que dispondes no seu caminho, se dirija mais confiadamente para os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O
teu caminho é somente teu. Os outros podem acompanhar-te, mas ninguém pode
andar por ti».
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: 1 Jo 5, 14-21: Aquele
que crê sabe que Deus o escuta e o atende, porque, pela fé, ele está em
comunhão com Deus, mantendo a sua vontade em conformidade com a vontade de
Deus. Uma das intenções pela qual se há de rezar é por aquele que não crê, ou
que até divide Jesus, negando as consequências admiráveis do mistério da
Encarnação.
Jo
3, 22-30: A imagem das núpcias é muito tradicional na Sagrada
Escritura para significar a união íntima entre Deus e o seu povo. João Baptista
compreendeu muito bem que era precisamente Jesus quem vinha estabelecer essa
aliança de amor. Jesus, é Ele o noivo; João era apenas o seu Precursor. Por
isso, João não só não se incomoda com a presença de Jesus, mas, até ao
contrário, se alegra com ela, e dispõe-se a desaparecer para que o Senhor
cresça, enquanto ele diminui.
______________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
Todo o dia: Encontro de
catequistas na Comenda
10.00 horas: Funeral em
Salavessa
11.30 horas: Funeral
em Gáfete
15.00 horas: Missa em Salavessa
16.00 horas: Missa em
Pé da Serra
16.00 horas: Missa no
Pardo
19.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
21.00 horas: Encontro
com equipa de preparação para a caminhada vocacional.
A VOZ DO PASTOR
NÃO
VOS ESQUEÇAIS, BATIZAI AS CRIANÇAS
Este apelo, em título, é do Papa
Francisco, na sua Catequese sobre o Batismo, em abril de 2018. E hoje, a
pretexto da Festa do Batismo do Senhor, e seguindo de perto o Catecismo da
Igreja Católica e, sobretudo, o livro “Batismo e Crisma” do Cardeal José Saraiva
Martins, publicado pela Universidade Católica, vou recordar algo sobre o
Batismo das crianças. Há quem coloque em causa a legitimidade desta prática,
levantando dificuldades “de ordem bíblica, teológica, antropológica,
sociológica e missionária”. Defendem que a pregação dos Apóstolos era dirigida
apenas aos adultos, que o Batismo reclama a fé e as crianças são incapazes de a
professar, que é um atentado à sua liberdade pois lhes impõe obrigações
religiosas para o futuro, que o Batismo não faz sentido numa sociedade
heterogénea, pluralista, com grande instabilidade de valores e inúmeros
conflitos ideológicos, que o Batismo das crianças é fruto de uma pastoral de
impulso missionário mais preocupada em administrar sacramentos do que em
suscitar a fé e promover o empenhamento evangélico... E mais se dirá, por
convicção, por desconhecimento ou por preconceitos.
Se a reflexão teológica católica
sempre se ocupou e ocupa desta problemática, também a reflexão teológica
protestante o faz. E foi acesa a controvérsia entre os protestantes em meados
do século passado. O teólogo Karl Barth, partindo de considerações de ordem
exegética e pastoral, era contra o Batismo das crianças. Pretendia “elaborar
uma teologia do Batismo autenticamente bíblica; evitar todo o automatismo no
sacramento; e, por fim, opor a uma Igreja “de multidões” ou de massas, uma
Igreja viva, ‘profitens’, consciente da própria fé”.
Mesmo que as intenções fossem
aceitáveis, outros teólogos protestantes, como Oscar Culmann e Flemington,
anglicano, acharam que as razões apresentadas para não batizar as crianças eram
insustentáveis à luz da fé e da história. Por isso, combateram-nas,
consideraram-nas fruto da moda e a contradizer a tradição das suas Igrejas.
Entre os católicos, o que acho salutar, também houve e haverá, com certeza,
pensares diferentes, o que só aguça o apetite para refontalizar, aprofundar e
caminhar na fidelidade à Igreja, o que realmente interessa.
De facto, se aprofundarmos esta
questão à luz da Revelação e da Tradição viva da Igreja, verificamos que a
Igreja, apesar das discussões, sempre considerou o Batismo das crianças como
algo de normal. A sua prática é imemorável, remonta aos primórdios da Igreja.
“É certo que nos Atos dos Apóstolos e nos outros escritos do Novo Testamento
não se encontram testemunhos, pelo menos explícitos, acerca do batismo das
crianças”. Mas podemos encontrar indícios, como, por exemplo, as palavras de
Jesus a Nicodemos (Jo 3, 5), a universalidade do preceito missionário (Mc 16,
16), a bondade de Jesus para com os pequeninos (Mc 10, 14), o Batismo da
família de Cornélio (At 10, 48) o Batismo do Carcereiro e de todos os seus (At
16, 33), o Batismo de Lídia e de toda a sua família (At 16, 15), o Batismo de
Crispo com toda a sua família (At 18, 8), o Batismo de Estéfanas e de toda a
sua família (1Cor 1, 16). Os testemunhos do século II apresentam essa prática
como normal e não como coisa nova. Santo Ireneu fala da presença “de
recém-nascidos e crianças” batizadas, ao lado de adolescentes, jovens e mais
velhos. A Tradição Apostólica de Hipólito, dos princípios do século III, e que
constitui o ritual mais antigo de que temos conhecimento, prescreve: “Batizai,
em primeiro lugar, as crianças: todos aqueles que possam falar por si, que
falem; para aqueles que, ao contrário, não podem falar por si mesmos, que falem
os progenitores ou alguém de sua família”. São Cipriano afirma que “não se pode
negar a misericórdia e a graça de Deus a nenhum homem que chega à existência”,
seja qual for “o seu estatuto e idade”. E estabelece que se podem batizar as
crianças “logo no segundo ou terceiro dia após o nascimento”. Orígenes refere
tal prática como de tradição apostólica: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a
tradição de conferir o Batismo também às crianças”. Santo Agostinho faz eco do
mesmo. Nos séculos III e IV, a Igreja torna-se exigente na preparação dos
adultos para o Batismo, com catecumenatos prolongados e sério empenhamento
moral. As crianças, porém, continuam a ser batizadas sem qualquer hesitação e
sem qualquer tipo de contestação, também com o sentido de purificação e de
ingresso no novo povo de Deus. Pessoas que só foram batizadas em idade adulta,
como São Basílio, São Gregório de Nisa e Santo Agostinho, reagiam contra estes
atrasos e pediam que não se retardasse o Batismo das crianças. Outros, como
Santo Ambrósio e São João Crisóstomo, insistiam para que o primeiro sacramento
da iniciação cristã fosse administrado também às crianças. O Concílio de
Cartago, em 418, o Concílio de Viena em 1312, o Concílio de Florença em 1431, o
Concílio de Trento em 1546, falam positivamente no porquê e necessidade do
Batismo também das crianças. Paulo VI, referindo-se aos seus antecessores,
declarou que “o Batismo deve ser conferido também às crianças que não podem
ainda ser culpadas de qualquer pecado pessoal, a fim de que elas, nascidas
privadas da graça sobrenatural, renasçam pela água e pelo Espírito Santo para a
vida divina em Jesus Cristo”. O Magistério da Igreja não se tem cansado de
falar de tal temática, entendendo que as crianças não devem ser privadas desta
graça que não supõe méritos humanos, é Dom gratuito de Deus. Sabemos que o
Batismo surge intimamente ligado à pregação da Palavra e à fé e as crianças não
escutam a Palavra nem professam a fé. Mas também sabemos que o Batismo é celebrado
na fé da Igreja. “É a Igreja que batiza na sua própria fé. É a Igreja, comunhão
dos santos, que crê pelas crianças, que, por elas, professa a fé; do mesmo modo
que é a Igreja” e não tanto quem as traz nos braços, “que, propriamente
falando, as conduz à pia batismal, oferecendo-as aí ao Pai e, enquanto mãe
fecunda, as gera espiritualmente”. Assim, embora seja a fé dos pais ou dos
padrinhos que leva a batizar as crianças, as crianças são batizadas na fé da
Igreja. A fé de quem as apresenta tem valor enquanto representa e incarna a fé
e a ação da própria Igreja, e as crianças que não creem por si sós, com um ato
pessoal, creem através destas pessoas que as apresentam mediante a “fé da
Igreja que lhes é comunicada”. Este ensinamento também consta no novo ritual do
Batismo. O ministro do sacramento pede aos pais e padrinhos para professarem a
fé da Igreja “na qual as crianças são batizadas”. É da fé da Igreja que depende
a eficácia do sacramento.
Sendo o Batismo o sacramento da fé,
a fé tem necessidade da comunidade dos crentes. Só na fé da Igreja é que cada
um dos fiéis pode crer e desenvolver a sua fé. E se toda a comunidade eclesial
tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida
no Batismo dos seus membros, também é muito importante a ajuda dos pais.
Importante é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de
fé sólida, capazes e preparados para ajudar a pessoa batizada no seu caminho de
vida cristã (cf. CIgC 1255).
“Não vos esqueçais, batizai as
crianças”, apela o Papa Francisco. O Batismo dá acesso à verdadeira liberdade,
é um bem essencial, assegura à criança a vida nova em Cristo.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
11-01-2019.
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