quinta-feira, 22 de novembro de 2018





PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 23 de novembro de 2018





SEXTA-FEIRA da semana XXXIII

S. Clemente I, papa e mártir – MF
S. Columbano, abade – MF

Verde, verm. ou br. – Ofício à escolha.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Ap 10, 8-11; Sal 118 (119), 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131
Ev Lc 19, 45-48


* Na Diocese de Beja – Aniversário da Ordenação episcopal de D. José João dos Santos Marcos (2014).
* Na Companhia de Jesus – B. Miguel A. Pró, presbítero e mártir – MF
* Na Diocese de Vila Real (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Ap 10, 8-11
«Tomei o pequeno livro e comi-o»


Leitura do Livro do Apocalipse

A voz do Céu, que eu, João, tinha ouvido, falou-me novamente, dizendo: «Vai buscar o livro aberto da mão do Anjo que está de pé sobre o mar e sobre a terra». Fui ter com o Anjo e pedi-lhe que me desse o pequeno livro. Ele disse-me: «Toma-o e come-o: no estômago, ele será amargo, mas na boca, ele será doce como o mel». Tomei o pequeno livro da mão do Anjo e comi-o: na minha boca era doce como o mel; mas depois de o engolir, amargou-me no estômago. Então disseram-me: «Tens de profetizar novamente contra muitos povos, nações, línguas e reis».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 14 e 24.72 e 103.111 e 131 (R. 103a)
Refrão: As vossas palavras, Senhor,
são mais doces que o mel. Repete-se

Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros. Refrão

Para mim vale mais a lei da vossa boca
do que milhões em prata e ouro.
Como são doces ao meu paladar as vossas palavras,
mais que o mel para a minha boca. Refrão

As vossas ordens são a minha herança eterna,
são elas que dão alegria ao meu coração.
Eu abro a minha boca e aspiro,
porque estou ávido dos vossos mandamentos. Refrão


ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se

As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão


EVANGELHO Lc 19, 45-48
«Fizestes da casa do Senhor um covil de ladrões»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores, dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’; e vós fizestes dela ‘um covil de ladrões’». Jesus ensinava todos os dias no templo. Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar Lhe a morte, mas não encontravam o modo de o fazer, porque todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«Primeiro a chuva, depois o arco-íris; lembra-te: na vida a ordem é sempre esta».






ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA: Ap 10, 8-11: Passando por cima de vários capítulos, lemos hoje como ao vidente é entregue o livro da mensagem divina, para que ele a vá anunciar. Mas primeiro, ele tem de assimilar essa mensagem, para depois a poder proclamar, tal como já linha sucedido com o profeta Ezequiel, no Antigo Testamento (Ez 3, 1-3). Só a palavra de Deus, que é mais doce do que o mel, pode inspirar aos homens as palavras com que ela mesma há de ser por eles anunciada.

Lc 19, 45-48: Como já o manifestara aos doze anos, Jesus está possuído pelo amor da Casa de Deus. O templo era o lugar da oração a Deus, mas os seus contemporâneos esvaziavam-no desse objetivo, transformando-o em casa de comércio, embora a pretexto de serviço do mesmo templo. Até as coisas santas podem chegar a não servir para fins santos. O templo completamente puro e agora, mais do que nunca, morada de Deus, será a humanidade santíssima de Jesus ressuscitado.

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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA


Todo o dia: Atividade na Escola Secundária de Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Celebração da Missa em Nisa





A VOZ DO PASTOR



NO ENTANTO... SÓ A VERDADE NOS LIBERTARÁ!...

Esta questão de um homem ser homem, sobretudo quando é posto à prova ou os seus desaprumos e interesses pessoais tentam falar mais alto, parece ser uma miragem! E aqui uso o termo homem como sinónimo do Ser Humano: homem e mulher. Gente que se tem por bem formada, honrada e de bons serviços prestados à sociedade, por vezes, por atitudes elevadamente autorreferenciais ou por um instinto de defesa cooperativo e primário, logo pensa, sem pensar, que a melhor forma de agir é mentir, encobrir ou forjar coisas e loisas, só porque imagina que será uma vergonha assistir à desonra de honra tão honrada!... E quando estas pessoas estão grandemente conotadas com Instituições, Órgãos ou Serviços de qualquer ordem, logo são elas ou eles, as Instituições ou esses Órgãos e Serviços, os primeiros a apanhar pela barba, o todo vai pagar pela parte. Logo saltitam os que vão explorar essas fraquezas para levar a água ao seu moinho. Com essa farinha, porém, sabemos que não se vai amassar o pão da benevolência, atiçar-se-á, isso sim, o desafeto que distancia e destrói. É evidente que não estou a defender quem procede mal ou menos bem. Esses, a ser verdade, sejam responsabilizados. Mas o que é certo, é que essas Instituições, Órgãos ou Serviços acabam sempre por ser achincalhados só porque tais pessoas, de dentro dessas instâncias, se meteram em trabalhos ao optar por sombrios e desleais atalhos. Isso não leva a bom porto, não cura, mata, mata e arrasta consequências imprevisíveis. Pior ainda quando já não se reconhece o ambiente de corrupção em que se vive e tudo se tenta desculpar. O Papa Francisco afirma que o corrupto é pior que o pecador. De facto, o pecador, se não é corrupto, reconhece o pecado, arrepende-se, pede perdão, é humilde, muda de vida. O corrupto no uso de bens e comportamentos, não reconhece, justifica-se, acha normal, sente-se inocente e perseguido, não muda, afirma que os outros é que estão errados e não o entendem...
Quando se cai nesta esparrela e se tentam defesas, acaba sempre por ser pior a emenda que o soneto. Fica-se pior, perde-se credibilidade, confirma-se o adágio que diz que quanto mais alto se julga ser ou é, se sobe ou subiu, maior é o trambolhão e a dor no arcaboiço! A liberdade, que nos distingue e honra, muitas vezes dobra-se e desdobra-se em libertinagem e cobardice, que corrompe e humilha, por não se ser capaz de assumir a responsabilidade dos próprios atos e amar a verdade.
O filósofo Diógenes de Sinope, da Grécia Antiga, que procurava o ideal cínico da autossuficiência, propalava que o homem vivia artificialmente e de maneira hipócrita. Por isso, ele, Diógenes, aspirava a uma vida que não dependesse dos desmandos da civilização corrupta. Diz-se que vivendo num barril, em jeito de pocilga ou coisa assim, de quando em vez de lá saía para saborear o ar fresco de fora de pipo tão sarrento. Saía a deambular pelas ruas da cidade, com uma lanterna acesa na mão, alegando que andava à procura de um homem honesto e feliz, coisa que ele entendia ser mais difícil de encontrar que uma agulha no palheiro. Neste covil dos mortais, para ele, honesto honesto, ninguém, só os cães, e dizia porquê.
O Rei David, ao pressentir os passos da morte, chamou o seu filho Salomão e disse-lhe: “Eu vou seguir o caminho de todos os mortais. Tu, sê forte e comporta-te como homem...” (1Reis 2, 1-4. 10-12). “Comporta-te como homem”, disse-lhe!... David lá saberia porquê, mas, com certeza, não lhe terá dito isso por ele ir à missa todos os dias, até porque, nesse tempo, Missa não havia...
O Santo Papa Paulo VI, quando em maio de 1967 visitou o Santuário de Fátima, exortou, alto e em bom som para que toasse no mundo inteiro: “Homens, sede homens. Homens, sede bons (...) recomeçai a aproximar-vos uns dos outros com intenções de construir um mundo novo; sim, um mundo de homens verdadeiros, o qual é impossível de conseguir se não tem o sol de Deus no seu horizonte ....”.
Com vontade ou sem ela, por cobardia ou por convicção, quem apresentou o verdadeiro Homem ao mundo, foi Pilatos. Disse ele ao povo: “eu vou mandar trazer aqui fora o Homem, para que saibais que não encontro n’Ele culpa alguma”. Jesus, impávido mas sofrido, saiu para fora e Pilatos apresentou-O: “Eis o Homem!” (cf. Jo 19, 4-5).
De facto, Pilatos não encontrou n’Ele culpa alguma, julgou-O justo, sabia que ele tinha passado pelo mundo a fazer o bem. No entanto, quis defender o seu lugar, quis agradar ao povo, era subserviente aos chefes, não queria perder a sua honorabilidade, foi cobarde, condenou um inocente, o Homem! O Homem, porém, não perdeu as estribeiras, manteve-Se como Homem, firme e sereno na verdade, não pagou o mal com o mal, desculpou a multidão e pediu ao Pai que lhe perdoasse, ofereceu a Sua vida por amor, mandou que fizéssemos como Ele fez!... Ressuscitando, o espanto e a alegria voltaram a tomar conta de todos: a Sua origem, o Seu poder, a Sua sabedoria, a Sua inteligência, a Sua dedicação a todos, o que Ele disse e fez, tudo, tudo voltou a ser recordado e a Sua fama corria cada vez mais por toda a parte. Muitos de entre a multidão que outrora se apertavam para O ver, ouvir e tocar, confirmados na força do Espírito, deixaram tudo para O seguir. Na verdade, Ele era, é, e continuará a ser a Boa Notícia, a grande alegria para todo o povo, o Homem que se identificou com a verdade e nos disse que só a verdade nos libertará. Dois mil anos depois, porém, continua-se a meter a cabeça na areia. Por dá cá aquela palha, para não se ferir a vaidade e a importância humanas, sempre mal coladas em pés de barro, recusa-se a Verdade e entra-se em fabulações. No entanto... só a Verdade nos libertará!

Antonino Dias
Portalegre, 16-11-2018.



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