sábado, 17 de novembro de 2018





PARÓQUIAS DE NISA


Domingo, 18 de novembro de 2018






XXXIII domingo do tempo comum


  
DOMINGO XXXIII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Dan 12, 1-3; Sal 15 (16), 5 e 8. 9-10. 11
L 2 Hebr 10, 11-14. 18
Ev Mc 13, 24-32


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Dia Mundial dos Pobres.
* Nas Dioceses do Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa, Portalegre e Castelo Branco, Porto, Vila Real e Viseu – Ofertório para os Seminários Diocesanos.
* Na Diocese de Santarém – Ofertório para a Diocese.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.


MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos
de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA

Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Dan 12, 1-3
«Nesse tempo virá a salvação para o teu povo»


Leitura da Profecia de Daniel

Naquele tempo, surgirá Miguel, o grande chefe dos Anjos, que protege os filhos do teu povo. Será um tempo de angústia, como não terá havido até então, desde que existem nações. Mas nesse tempo, virá a salvação para o teu povo, para aqueles que estiverem inscritos no livro de Deus. Muitos dos que dormem no pó da terra acordarão, uns para a vida eterna, outros para a vergonha e o horror eterno. Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento e os que tiverem ensinado a muitos o caminho da justiça brilharão como estrelas por toda a eternidade.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 5.8.9-10.11 (R. 1)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. Repete-se
Ou: Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós. Refrão


Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão

Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção. Refrão

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão


LEITURA II Hebr 10, 11-14.18
«Por uma única oblação,
tornou perfeitos para sempre os que foram santificados
»

Leitura da Epístola aos Hebreus

Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta cada dia para exercer o seu ministério e oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados. Cristo, ao contrário, tendo oferecido pelos pecados um único sacrifício, sentou-Se para sempre à direita de Deus, esperando desde então que os seus inimigos sejam postos como escabelo dos seus pés. Porque, com uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que Ele santifica. Onde há remissão dos pecados, já não há necessidade de oblação pelo pecado.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Lc 21, 36
Refrão: Aleluia. Repete-se

Vigiai e orai em todo o tempo,
para poderdes comparecer
diante do Filho do homem. Refrão


EVANGELHO Mc 13, 24-32
«Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor.


«Não julgues o dia por aquilo que colheste mas por aquilo que semeaste».




ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia



 1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA: Dan 12, 1-3: Em tempo de grande perseguição religiosa sofrida pelo povo de Deus no fim do Antigo Testamento, o profeta aponta a ressurreição futura como o destino último dos que estavam sendo vítimas da perseguição. A última palavra haveria de ser não a da morte, mas a da vida, como algum tempo depois se manifestou claramente na ressurreição de Cristo. Ao chegarmos quase ao fim do ano litúrgico, surge no horizonte a luz da glória da vida eterna para além da morte.

Hebr 10, 11-14.18: Uma vez que Se ofereceu ao Pai na Cruz em sacrifício, Jesus entrou no santuário celeste como o manifestou a sua ressurreição. É essa a salvação total e perfeita. A partir daí, e pelos merecimentos em que Ele, por misericórdia de Deus, nos quer fazer participar, todos nós podemos, com Ele e por Ele, entrar também no santuário celeste. É essa a esperança dos cristãos: passar, com Cristo, da morte à ressurreição.

Mc 13, 24-32: O ano caminha para o seu termo, não como para um fim sem além, mas como para o supremo momento de quem tem vivido na expectativa de alguém que vai chegar e quer ser acolhido. É o Senhor Jesus, o Filho do Homem, que virá para congregar os homens em Si, e os levar consigo para o Pai. Aí será o lugar do repouso eterno, para quem viver esta vida presente na expectativa feliz do Senhor que vem. Expectativa e preparação são atitudes fundamentais de toda a vida cristã, hoje lembradas de maneira particular.

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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Celebração da Palavra em Arez
10.30 horas: Celebração da Palavra em Tolosa
11.00 horas: Celebração da Missa em Nisa
12.00 horas: Celebração da Palavra em Alpalhão
12.00 horas: Celebração da Missa em Gáfete
15.30 horas: Celebração da Missa em Montalvão
15.30 horas: Celebração da Missa no Cacheiro
15.30 horas: Celebração da Palavra em Santana.





A VOZ DO PASTOR



NO ENTANTO... SÓ A VERDADE NOS LIBERTARÁ!...

Esta questão de um homem ser homem, sobretudo quando é posto à prova ou os seus desaprumos e interesses pessoais tentam falar mais alto, parece ser uma miragem! E aqui uso o termo homem como sinónimo do Ser Humano: homem e mulher. Gente que se tem por bem formada, honrada e de bons serviços prestados à sociedade, por vezes, por atitudes elevadamente autorreferenciais ou por um instinto de defesa cooperativo e primário, logo pensa, sem pensar, que a melhor forma de agir é mentir, encobrir ou forjar coisas e loisas, só porque imagina que será uma vergonha assistir à desonra de honra tão honrada!... E quando estas pessoas estão grandemente conotadas com Instituições, Órgãos ou Serviços de qualquer ordem, logo são elas ou eles, as Instituições ou esses Órgãos e Serviços, os primeiros a apanhar pela barba, o todo vai pagar pela parte. Logo saltitam os que vão explorar essas fraquezas para levar a água ao seu moinho. Com essa farinha, porém, sabemos que não se vai amassar o pão da benevolência, atiçar-se-á, isso sim, o desafeto que distancia e destrói. É evidente que não estou a defender quem procede mal ou menos bem. Esses, a ser verdade, sejam responsabilizados. Mas o que é certo, é que essas Instituições, Órgãos ou Serviços acabam sempre por ser achincalhados só porque tais pessoas, de dentro dessas instâncias, se meteram em trabalhos ao optar por sombrios e desleais atalhos. Isso não leva a bom porto, não cura, mata, mata e arrasta consequências imprevisíveis. Pior ainda quando já não se reconhece o ambiente de corrupção em que se vive e tudo se tenta desculpar. O Papa Francisco afirma que o corrupto é pior que o pecador. De facto, o pecador, se não é corrupto, reconhece o pecado, arrepende-se, pede perdão, é humilde, muda de vida. O corrupto no uso de bens e comportamentos, não reconhece, justifica-se, acha normal, sente-se inocente e perseguido, não muda, afirma que os outros é que estão errados e não o entendem...

Quando se cai nesta esparrela e se tentam defesas, acaba sempre por ser pior a emenda que o soneto. Fica-se pior, perde-se credibilidade, confirma-se o adágio que diz que quanto mais alto se julga ser ou é, se sobe ou subiu, maior é o trambolhão e a dor no arcaboiço! A liberdade, que nos distingue e honra, muitas vezes dobra-se e desdobra-se em libertinagem e cobardice, que corrompe e humilha, por não se ser capaz de assumir a responsabilidade dos próprios atos e amar a verdade.

O filósofo Diógenes de Sinope, da Grécia Antiga, que procurava o ideal cínico da autossuficiência, propalava que o homem vivia artificialmente e de maneira hipócrita. Por isso, ele, Diógenes, aspirava a uma vida que não dependesse dos desmandos da civilização corrupta. Diz-se que vivendo num barril, em jeito de pocilga ou coisa assim, de quando em vez de lá saía para saborear o ar fresco de fora de pipo tão sarrento. Saía a deambular pelas ruas da cidade, com uma lanterna acesa na mão, alegando que andava à procura de um homem honesto e feliz, coisa que ele entendia ser mais difícil de encontrar que uma agulha no palheiro. Neste covil dos mortais, para ele, honesto honesto, ninguém, só os cães, e dizia porquê.

O Rei David, ao pressentir os passos da morte, chamou o seu filho Salomão e disse-lhe: “Eu vou seguir o caminho de todos os mortais. Tu, sê forte e comporta-te como homem...” (1Reis 2, 1-4. 10-12). “Comporta-te como homem”, disse-lhe!... David lá saberia porquê, mas, com certeza, não lhe terá dito isso por ele ir à missa todos os dias, até porque, nesse tempo, Missa não havia...

O Santo Papa Paulo VI, quando em maio de 1967 visitou o Santuário de Fátima, exortou, alto e em bom som para que toasse no mundo inteiro: “Homens, sede homens. Homens, sede bons (...) recomeçai a aproximar-vos uns dos outros com intenções de construir um mundo novo; sim, um mundo de homens verdadeiros, o qual é impossível de conseguir se não tem o sol de Deus no seu horizonte ....”.

Com vontade ou sem ela, por cobardia ou por convicção, quem apresentou o verdadeiro Homem ao mundo, foi Pilatos. Disse ele ao povo: “eu vou mandar trazer aqui fora o Homem, para que saibais que não encontro n’Ele culpa alguma”. Jesus, impávido mas sofrido, saiu para fora e Pilatos apresentou-O: “Eis o Homem!” (cf. Jo 19, 4-5).
De facto, Pilatos não encontrou n’Ele culpa alguma, julgou-O justo, sabia que ele tinha passado pelo mundo a fazer o bem. No entanto, quis defender o seu lugar, quis agradar ao povo, era subserviente aos chefes, não queria perder a sua honorabilidade, foi cobarde, condenou um inocente, o Homem! O Homem, porém, não perdeu as estribeiras, manteve-Se como Homem, firme e sereno na verdade, não pagou o mal com o mal, desculpou a multidão e pediu ao Pai que lhe perdoasse, ofereceu a Sua vida por amor, mandou que fizéssemos como Ele fez!... Ressuscitando, o espanto e a alegria voltaram a tomar conta de todos: a Sua origem, o Seu poder, a Sua sabedoria, a Sua inteligência, a Sua dedicação a todos, o que Ele disse e fez, tudo, tudo voltou a ser recordado e a Sua fama corria cada vez mais por toda a parte. Muitos de entre a multidão que outrora se apertavam para O ver, ouvir e tocar, confirmados na força do Espírito, deixaram tudo para O seguir. Na verdade, Ele era, é, e continuará a ser a Boa Notícia, a grande alegria para todo o povo, o Homem que se identificou com a verdade e nos disse que só a verdade nos libertará. Dois mil anos depois, porém, continua-se a meter a cabeça na areia. Por dá cá aquela palha, para não se ferir a vaidade e a importância humanas, sempre mal coladas em pés de barro, recusa-se a Verdade e entra-se em fabulações. No entanto... só a Verdade nos libertará!

Antonino Dias
Portalegre, 16-11-2018.


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