sexta-feira, 23 de novembro de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Sábado, 24 de novembro de 2018





Sábado da XXXIII semana do tempo comum
(missa da manhã)
Ofício das Horas: I semana (Ofício da memória)



SS. André Dung-Lac, presbítero, e Companheiros, mártires – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Ap 11, 4-12; Sal 143 (144), 1. 2. 9-10
Ev Lc 20, 27-40 



SS. ANDRÉ DUNG-LAC, presbítero, e Companheiros, mártires

Nota Histórica
Nas regiões do Extremo Oriente, antigamente chamadas Tonquim, Annam e Cochinchina, agora integradas na república do Vietnam, foi anunciado o Evangelho desde o séc. XVI, por intermédio de numerosos missionários, que ali fizeram florescer uma fervorosa cristandade.
Entre os séculos XVII e XIX, frequentes perseguições se levantaram contra os cristãos, apenas intercaladas por breves períodos de paz e tolerância, e uma incalculável multidão de mártires deu o supremo testemunho da fé com o derramamento do seu sangue com os mais diversos géneros de suplícios. Entre eles contam se os 117 mártires – 21 missionários europeus e 96 vietnamitas (37 sacerdotes e 59 leigos) – que foram canonizados por João Paulo II a 19 de Julho de 1988.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Gal 6, 14a; 1 Cor 1, 18
Toda a nossa glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. A palavra da cruz é poder de Deus para nós que fomos salvos.


ORAÇÃO COLECTA
Deus, fonte e origem de toda a paternidade, que fortalecestes os mártires Santo André e seus Companheiros na fidelidade à cruz do vosso Filho até ao derramamento de sangue, concedei-nos, por sua intercessão, que, manifestando o vosso amor aos homens nossos irmãos, possamos chamar-nos e ser realmente vossos filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Ap 11, 4-12
«Estes dois profetas atormentaram os habitantes da terra»


Leitura do Livro do Apocalipse

Foi-me dito a mim, João: «Eu mandarei as minhas duas testemunhas para profetizarem. São as duas oliveiras e os dois candelabros, que estão diante do Senhor de toda a terra. Se alguém lhes quiser fazer mal, sairá fogo das suas bocas para devorar os seus inimigos; se alguém lhes quiser fazer mal, assim deve perecer. Elas têm o poder de fechar o céu, para que a chuva não caia durante os dias em que profetizarem. Têm também o poder de transformar as águas em sangue e de ferir a terra com toda a espécie de flagelos, todas as vezes que quiserem. Mas quando terminarem o seu testemunho, o Monstro que sobe do abismo há de fazer-lhes guerra, há de vencê-las e matá-las. E os seus cadáveres ficarão estendidos na praça da grande cidade, que se chama simbolicamente Sodoma e Egipto, onde o seu Senhor foi crucificado. Homens de vários povos, tribos, línguas e nações olharão para esses cadáveres durante três dias e meio, sem que seja permitido dar-lhes sepultura. Os habitantes da terra alegrar-se-ão pela sua morte e felicitar-se-ão, enviando presentes uns aos outros, porque estes dois profetas tinham atormentado os habitantes da terra. Passados, porém, três dias e meio, entrou neles um sopro de vida, que veio de Deus, e eles puseram-se de pé, com grande espanto dos que os olhavam. Ouviram então uma voz forte vinda do Céu, que dizia: «Subi para aqui». E eles subiram para o Céu numa nuvem, à vista dos seus inimigos.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 143 (144), 1.2.9-10 (R. 1a)
Refrão: Bendito seja o Senhor, rochedo do meu refúgio. Repete-se


Bendito seja o Senhor,
o rochedo do meu refúgio,
que adestra as minhas mãos para a luta
e os meus dedos para o combate. Refrão

O Senhor é meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador.
Ele é meu escudo e meu abrigo
e submete os povos ao meu poder. Refrão

Hei de cantar-Vos, meu Deus, um cântico novo,
hei de celebrar-Vos ao som da harpa,
a Vós que dais aos reis a vitória
e salvastes David, vosso servo. Refrão


ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia. Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão


EVANGELHO Lc 20, 27-40
«Não é um Deus de mortos, mas de vivos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus – que negam a ressurreição – e fizeram-lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão, que deixe mulher, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva, para dar descendência a seu irmão’. Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos. O segundo e depois o terceiro desposaram a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram e não deixaram filhos. Por fim, morreu também a mulher. De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por mulher?». Disse-lhes Jesus: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento. Mas aqueles que forem dignos de tomar parte na vida futura e na ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento. Na verdade, já não podem morrer, pois são como os Anjos, e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’. Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos». Então alguns escribas tomaram a palavra e disseram: «Falaste bem, Mestre». E ninguém mais se atrevia a fazer-Lhe qualquer pergunta.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Pai santo, os dons que Vos oferecemos, ao celebrar a memória dos santos mártires vietnamitas, para que, em todas as adversidades da vida, permaneçamos sempre fiéis no vosso amor e sejamos uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 10
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais com o mesmo pão, ao celebrarmos a memória dos santos mártires, fazei que, permanecendo sempre unidos no vosso amor, mereçamos alcançar o prémio eterno prometido aos que sofrem pela fé. Por Nosso Senhor.


«Rezar não é uma obrigação. É a satisfação de retribuir com amor o amor de Deus».




ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURA: Ap 11, 4-12: As duas testemunhas são figuras simbólicas da Igreja que sofre por causa do seu ministério apostólico. O Monstro é símbolo do poder político do Império Romano, perseguindo a Igreja; mas o mistério da morte e ressurreição do Senhor, crucificado e ressuscitado, há-de repetir-se nos seus mártires, que, “com grande espanto dos que os olham, vão por fim subir para o Céu.”

Lc 20, 27-40: A propósito de uma pergunta capciosa dos seus adversários que negavam a ressurreição dos mortos, Jesus procura fazer-lhes compreender que, no mundo novo da ressurreição, as coisas estão fora e acima do nosso modo de pensar terreno. A ressurreição dos mortos pertence já a esse “mundo que há de vir” para além da morte, em que Deus vive como Deus de vivos, como Ele Se tinha revelado no episódio da sarça ardente, ao apresentar-Se a Moisés como Deus dos que tinham vivido antes, mas que para Ele são sempre vivos, Ele “o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob”.
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LEITURA DO EVANGELHO

MEDITAÇÃO: 

ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos, simplesmente porque tu nos amas.






AGENDA


10.30 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
10.30 horas: Missa em Monte Claro
15.00 horas: Funeral em Monte Claro
15.00 horas: Missa em Salavessa
16.00 horas: Missa em Pé da Serra
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.






A VOZ DO PASTOR



NO ENTANTO... SÓ A VERDADE NOS LIBERTARÁ!...

Esta questão de um homem ser homem, sobretudo quando é posto à prova ou os seus desaprumos e interesses pessoais tentam falar mais alto, parece ser uma miragem! E aqui uso o termo homem como sinónimo do Ser Humano: homem e mulher. Gente que se tem por bem formada, honrada e de bons serviços prestados à sociedade, por vezes, por atitudes elevadamente autorreferenciais ou por um instinto de defesa cooperativo e primário, logo pensa, sem pensar, que a melhor forma de agir é mentir, encobrir ou forjar coisas e loisas, só porque imagina que será uma vergonha assistir à desonra de honra tão honrada!... E quando estas pessoas estão grandemente conotadas com Instituições, Órgãos ou Serviços de qualquer ordem, logo são elas ou eles, as Instituições ou esses Órgãos e Serviços, os primeiros a apanhar pela barba, o todo vai pagar pela parte. Logo saltitam os que vão explorar essas fraquezas para levar a água ao seu moinho. Com essa farinha, porém, sabemos que não se vai amassar o pão da benevolência, atiçar-se-á, isso sim, o desafeto que distancia e destrói. É evidente que não estou a defender quem procede mal ou menos bem. Esses, a ser verdade, sejam responsabilizados. Mas o que é certo, é que essas Instituições, Órgãos ou Serviços acabam sempre por ser achincalhados só porque tais pessoas, de dentro dessas instâncias, se meteram em trabalhos ao optar por sombrios e desleais atalhos. Isso não leva a bom porto, não cura, mata, mata e arrasta consequências imprevisíveis. Pior ainda quando já não se reconhece o ambiente de corrupção em que se vive e tudo se tenta desculpar. O Papa Francisco afirma que o corrupto é pior que o pecador. De facto, o pecador, se não é corrupto, reconhece o pecado, arrepende-se, pede perdão, é humilde, muda de vida. O corrupto no uso de bens e comportamentos, não reconhece, justifica-se, acha normal, sente-se inocente e perseguido, não muda, afirma que os outros é que estão errados e não o entendem...
Quando se cai nesta esparrela e se tentam defesas, acaba sempre por ser pior a emenda que o soneto. Fica-se pior, perde-se credibilidade, confirma-se o adágio que diz que quanto mais alto se julga ser ou é, se sobe ou subiu, maior é o trambolhão e a dor no arcaboiço! A liberdade, que nos distingue e honra, muitas vezes dobra-se e desdobra-se em libertinagem e cobardice, que corrompe e humilha, por não se ser capaz de assumir a responsabilidade dos próprios atos e amar a verdade.
O filósofo Diógenes de Sinope, da Grécia Antiga, que procurava o ideal cínico da autossuficiência, propalava que o homem vivia artificialmente e de maneira hipócrita. Por isso, ele, Diógenes, aspirava a uma vida que não dependesse dos desmandos da civilização corrupta. Diz-se que vivendo num barril, em jeito de pocilga ou coisa assim, de quando em vez de lá saía para saborear o ar fresco de fora de pipo tão sarrento. Saía a deambular pelas ruas da cidade, com uma lanterna acesa na mão, alegando que andava à procura de um homem honesto e feliz, coisa que ele entendia ser mais difícil de encontrar que uma agulha no palheiro. Neste covil dos mortais, para ele, honesto honesto, ninguém, só os cães, e dizia porquê.
O Rei David, ao pressentir os passos da morte, chamou o seu filho Salomão e disse-lhe: “Eu vou seguir o caminho de todos os mortais. Tu, sê forte e comporta-te como homem...” (1Reis 2, 1-4. 10-12). “Comporta-te como homem”, disse-lhe!... David lá saberia porquê, mas, com certeza, não lhe terá dito isso por ele ir à missa todos os dias, até porque, nesse tempo, Missa não havia...
O Santo Papa Paulo VI, quando em maio de 1967 visitou o Santuário de Fátima, exortou, alto e em bom som para que toasse no mundo inteiro: “Homens, sede homens. Homens, sede bons (...) recomeçai a aproximar-vos uns dos outros com intenções de construir um mundo novo; sim, um mundo de homens verdadeiros, o qual é impossível de conseguir se não tem o sol de Deus no seu horizonte ....”.
Com vontade ou sem ela, por cobardia ou por convicção, quem apresentou o verdadeiro Homem ao mundo, foi Pilatos. Disse ele ao povo: “eu vou mandar trazer aqui fora o Homem, para que saibais que não encontro n’Ele culpa alguma”. Jesus, impávido mas sofrido, saiu para fora e Pilatos apresentou-O: “Eis o Homem!” (cf. Jo 19, 4-5).
De facto, Pilatos não encontrou n’Ele culpa alguma, julgou-O justo, sabia que ele tinha passado pelo mundo a fazer o bem. No entanto, quis defender o seu lugar, quis agradar ao povo, era subserviente aos chefes, não queria perder a sua honorabilidade, foi cobarde, condenou um inocente, o Homem! O Homem, porém, não perdeu as estribeiras, manteve-Se como Homem, firme e sereno na verdade, não pagou o mal com o mal, desculpou a multidão e pediu ao Pai que lhe perdoasse, ofereceu a Sua vida por amor, mandou que fizéssemos como Ele fez!... Ressuscitando, o espanto e a alegria voltaram a tomar conta de todos: a Sua origem, o Seu poder, a Sua sabedoria, a Sua inteligência, a Sua dedicação a todos, o que Ele disse e fez, tudo, tudo voltou a ser recordado e a Sua fama corria cada vez mais por toda a parte. Muitos de entre a multidão que outrora se apertavam para O ver, ouvir e tocar, confirmados na força do Espírito, deixaram tudo para O seguir. Na verdade, Ele era, é, e continuará a ser a Boa Notícia, a grande alegria para todo o povo, o Homem que se identificou com a verdade e nos disse que só a verdade nos libertará. Dois mil anos depois, porém, continua-se a meter a cabeça na areia. Por dá cá aquela palha, para não se ferir a vaidade e a importância humanas, sempre mal coladas em pés de barro, recusa-se a Verdade e entra-se em fabulações. No entanto... só a Verdade nos libertará!

Antonino Dias
Portalegre, 16-11-2018.





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