PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda. 19 de novembro de 2018
Segunda. 19 de novembro de 2018
Segunda XXXIII semana do tempo
comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana XXXIII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha
L 1 Ap 1, 1-4; 2, 1-5a; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 18, 35-43
* Na Ordem Beneditina – S. Matilde, virgem – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Rafael Kalinowski, presbítero – MF e MO
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – S. Inês de Assis, virgem – MO
* Na Diocese de Lamego (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
Missa à escolha
L 1 Ap 1, 1-4; 2, 1-5a; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 18, 35-43
* Na Ordem Beneditina – S. Matilde, virgem – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Rafael Kalinowski, presbítero – MF e MO
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – S. Inês de Assis, virgem – MO
* Na Diocese de Lamego (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Jer
29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos
de todos os lugares da terra.
ORAÇÃO COLECTA
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos
de todos os lugares da terra.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ap 1, 1-4; 2, 1-5a
«Lembra-te de onde caíste e arrepende-te»
Início do Livro do Apocalipse do apóstolo São João
Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe concedeu para mostrar aos seus servos o que há-de acontecer muito em breve. Ele deu-o a conhecer ao seu servo João, pelo Anjo que enviou, e João confirma a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, em tudo o que viu. Feliz de quem ler e dos que ouvirem as palavras desta profecia e observarem o que nela está escrito, porque o tempo está próximo. João às sete Igrejas da Ásia: A graça e a paz vos sejam dadas por Aquele que é, que era e que há-de vir, e pelos sete Espíritos que estão diante do seu trono. Eu ouvi o Senhor que me dizia: «Ao Anjo da Igreja de Éfeso, escreve: ‘Eis o que diz Aquele que tem as sete estrelas na sua mão direita e caminha no meio dos sete candelabros de ouro: Conheço as tuas obras, o teu trabalho e a tua perseverança. Sei que não podes suportar os maus, que puseste à prova aqueles que se dizem apóstolos sem o serem e descobriste que eram mentirosos. Tens perseverança e sofreste pelo meu nome, sem desanimar. Mas tenho contra ti que perdeste a tua caridade primitiva. Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e pratica as obras anteriores’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4 e 6 (R. Ap 2, 7b)
Refrão: Ao vencedor darei a comer da árvore da vida. Repete-se
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite. Refrão
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão
ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão
EVANGELHO Lc 18, 35-43
«Que queres que Eu te faça? – Senhor, que eu veja»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho. Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim». Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja». Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou». No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.
Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor.
«A gratidão é fruto
de cultivo esmerado: não se encontra em pessoas vulgares».
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza
a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3.
Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURA: Ap
1, 1-4; 2, 1-5ª: Nas duas últimas semanas do Tempo Comum,
lemos, nos anos pares, o livro do Apocalipse. A primeira parte deste livro é
constituída por sete cartas, dirigidas a sete Igrejas da Ásia, na Turquia atual.
Estas Igrejas estão nas mãos de Cristo. Ele as conhece e as acompanha; por
isso, ao lado dos louvores que lhes dirige pelas suas boas obras, também as censura
e lhes chama a atenção para as suas deficiências, a fim de voltarem à
fidelidade primeira.
Lc 18, 35-43: O cego de Jericó, ao fazer a súplica, exprime a sua fé em Jesus. Por esta fé, ele entra em contacto espiritual com o Senhor da vida, que, por isso, logo lhe concede o que pede. Ao proclamá-l’O “Filho de David”, reconhece n’Ele o Messias, o Enviado de Deus, o Salvador, o “Senhor”. Por seu lado, o dom concedido ao cego aparece ao povo como coisa admirável, dom vindo de Deus. É este o processo normal da oração cristã: as maravilhas de Deus, uma vez reconhecidas e contempladas na fé, levam ao louvor e à ação de graças, à “eucaristia”, como esta palavra significa.
________________________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO:
ORAÇÃO: Ajuda-nos, Senhor, a gostar de nós mesmos,
simplesmente porque tu nos amas.
AGENDA
21.20 horas: Oração de
louvor no Calvário.
A VOZ DO PASTOR
NO ENTANTO... SÓ A VERDADE
NOS LIBERTARÁ!...
Esta questão de um homem ser homem, sobretudo quando
é posto à prova ou os seus desaprumos e interesses pessoais tentam falar mais
alto, parece ser uma miragem! E aqui uso o termo homem como sinónimo do Ser
Humano: homem e mulher. Gente que se tem por bem formada, honrada e de bons
serviços prestados à sociedade, por vezes, por atitudes elevadamente autorreferenciais
ou por um instinto de defesa cooperativo e primário, logo pensa, sem pensar,
que a melhor forma de agir é mentir, encobrir ou forjar coisas e loisas, só
porque imagina que será uma vergonha assistir à desonra de honra tão
honrada!... E quando estas pessoas estão grandemente conotadas com
Instituições, Órgãos ou Serviços de qualquer ordem, logo são elas ou eles, as
Instituições ou esses Órgãos e Serviços, os primeiros a apanhar pela barba, o
todo vai pagar pela parte. Logo saltitam os que vão explorar essas fraquezas
para levar a água ao seu moinho. Com essa farinha, porém, sabemos que não se
vai amassar o pão da benevolência, atiçar-se-á, isso sim, o desafeto que
distancia e destrói. É evidente que não estou a defender quem procede mal ou menos
bem. Esses, a ser verdade, sejam responsabilizados. Mas o que é certo, é que
essas Instituições, Órgãos ou Serviços acabam sempre por ser achincalhados só
porque tais pessoas, de dentro dessas instâncias, se meteram em trabalhos ao
optar por sombrios e desleais atalhos. Isso não leva a bom porto, não cura,
mata, mata e arrasta consequências imprevisíveis. Pior ainda quando já não se
reconhece o ambiente de corrupção em que se vive e tudo se tenta desculpar. O
Papa Francisco afirma que o corrupto é pior que o pecador. De facto, o pecador,
se não é corrupto, reconhece o pecado, arrepende-se, pede perdão, é humilde,
muda de vida. O corrupto no uso de bens e comportamentos, não reconhece,
justifica-se, acha normal, sente-se inocente e perseguido, não muda, afirma que
os outros é que estão errados e não o entendem...
Quando se cai nesta esparrela e se tentam defesas,
acaba sempre por ser pior a emenda que o soneto. Fica-se pior, perde-se credibilidade,
confirma-se o adágio que diz que quanto mais alto se julga ser ou é, se sobe ou
subiu, maior é o trambolhão e a dor no arcaboiço! A liberdade, que nos
distingue e honra, muitas vezes dobra-se e desdobra-se em libertinagem e
cobardice, que corrompe e humilha, por não se ser capaz de assumir a
responsabilidade dos próprios atos e amar a verdade.
O filósofo Diógenes de Sinope, da Grécia Antiga, que
procurava o ideal cínico da autossuficiência, propalava que o homem vivia
artificialmente e de maneira hipócrita. Por isso, ele, Diógenes, aspirava a uma
vida que não dependesse dos desmandos da civilização corrupta. Diz-se que
vivendo num barril, em jeito de pocilga ou coisa assim, de quando em vez de lá
saía para saborear o ar fresco de fora de pipo tão sarrento. Saía a deambular
pelas ruas da cidade, com uma lanterna acesa na mão, alegando que andava à
procura de um homem honesto e feliz, coisa que ele entendia ser mais difícil de
encontrar que uma agulha no palheiro. Neste covil dos mortais, para ele,
honesto honesto, ninguém, só os cães, e dizia porquê.
O Rei David, ao pressentir os passos da morte,
chamou o seu filho Salomão e disse-lhe: “Eu vou seguir o caminho de todos os
mortais. Tu, sê forte e comporta-te como homem...” (1Reis 2, 1-4. 10-12). “Comporta-te
como homem”, disse-lhe!... David lá saberia porquê, mas, com certeza, não lhe
terá dito isso por ele ir à missa todos os dias, até porque, nesse tempo, Missa
não havia...
O Santo Papa Paulo VI, quando em maio de 1967
visitou o Santuário de Fátima, exortou, alto e em bom som para que toasse no
mundo inteiro: “Homens, sede homens. Homens, sede bons (...) recomeçai a
aproximar-vos uns dos outros com intenções de construir um mundo novo; sim, um
mundo de homens verdadeiros, o qual é impossível de conseguir se não tem o sol
de Deus no seu horizonte ....”.
Com vontade ou sem ela, por cobardia ou por
convicção, quem apresentou o verdadeiro Homem ao mundo, foi Pilatos. Disse ele
ao povo: “eu vou mandar trazer aqui fora o Homem, para que saibais que não encontro
n’Ele culpa alguma”. Jesus, impávido mas sofrido, saiu para fora e Pilatos
apresentou-O: “Eis o Homem!” (cf. Jo 19, 4-5).
De facto, Pilatos não encontrou n’Ele culpa alguma,
julgou-O justo, sabia que ele tinha passado pelo mundo a fazer o bem. No entanto,
quis defender o seu lugar, quis agradar ao povo, era subserviente aos chefes,
não queria perder a sua honorabilidade, foi cobarde, condenou um inocente, o
Homem! O Homem, porém, não perdeu as estribeiras, manteve-Se como Homem, firme
e sereno na verdade, não pagou o mal com o mal, desculpou a multidão e pediu ao
Pai que lhe perdoasse, ofereceu a Sua vida por amor, mandou que fizéssemos como
Ele fez!... Ressuscitando, o espanto e a alegria voltaram a tomar conta de
todos: a Sua origem, o Seu poder, a Sua sabedoria, a Sua inteligência, a Sua
dedicação a todos, o que Ele disse e fez, tudo, tudo voltou a ser recordado e a
Sua fama corria cada vez mais por toda a parte. Muitos de entre a multidão que
outrora se apertavam para O ver, ouvir e tocar, confirmados na força do
Espírito, deixaram tudo para O seguir. Na verdade, Ele era, é, e continuará a
ser a Boa Notícia, a grande alegria para todo o povo, o Homem que se
identificou com a verdade e nos disse que só a verdade nos libertará. Dois mil
anos depois, porém, continua-se a meter a cabeça na areia. Por dá cá aquela
palha, para não se ferir a vaidade e a importância humanas, sempre mal coladas
em pés de barro, recusa-se a Verdade e entra-se em fabulações. No entanto... só
a Verdade nos libertará!
Antonino Dias
Portalegre, 16-11-2018.
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