PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 03 de setembro de 2018
XXII domingo do
tempo comum
Salt. II
SEGUNDA-FEIRA
da semana XXII
S.
Gregório Magno, papa e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Cor 2, 1-5; Sal 118 (119), 97-98. 99-100. 101-102
Ev Lc 4, 16-30
* Na Diocese do Algarve – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Neto Quintas (2000).
* Na Ordem Beneditina – S. Gregório Magno – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – I Vésp. de Nossa Senhora da Consolação.
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 1 Cor 2, 1-5; Sal 118 (119), 97-98. 99-100. 101-102
Ev Lc 4, 16-30
* Na Diocese do Algarve – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Neto Quintas (2000).
* Na Ordem Beneditina – S. Gregório Magno – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – I Vésp. de Nossa Senhora da Consolação.
S. GREGÓRIO MAGNO, papa
e doutor da Igreja
Nota
Histórica
Nasceu em Roma por
volta do ano 540. Tendo tomado a carreira política, chegou a ser nomeado
prefeito da Urbe. Abraçou depois a vida monástica, foi ordenado diácono e
desempenhou o cargo de legado pontifício em Constantinopla. No dia 3 de
Setembro do ano 590 foi elevado à Cátedra de Pedro, cargo que exerceu como
verdadeiro bom pastor no governo da Igreja, no cuidado dos pobres, na
propagação e consolidação da fé. Escreveu muitas obras de Moral e Teologia.
Morreu a 12 de Março do ano 604.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Sir 45,
30
O Senhor firmou com ele uma aliança de paz,
fê-lo pastor do seu povo
e escolheu-o para ser sacerdote eternamente.
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, que velais pelo vosso povo com infinita misericórdia e o governais com inefável amor, por intercessão do papa São Gregório Magno, concedei o espírito de sabedoria àqueles que escolhestes como mestres e guias da Igreja, para que o progresso dos fiéis seja a alegria eterna dos seus pastores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Cor 2, 1-5
«Anunciei-vos o mistério de Cristo crucificado»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
O Senhor firmou com ele uma aliança de paz,
fê-lo pastor do seu povo
e escolheu-o para ser sacerdote eternamente.
ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, que velais pelo vosso povo com infinita misericórdia e o governais com inefável amor, por intercessão do papa São Gregório Magno, concedei o espírito de sabedoria àqueles que escolhestes como mestres e guias da Igreja, para que o progresso dos fiéis seja a alegria eterna dos seus pastores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Cor 2, 1-5
«Anunciei-vos o mistério de Cristo crucificado»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Quando fui ter convosco, irmãos, não me apresentei com sublimidade de linguagem ou de sabedoria a anunciar-vos o mistério de Deus. Pensei que, entre vós, não devia saber nada senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Apresentei-me diante de vós cheio de fraqueza e de temor e a tremer deveras. A minha palavra e a minha pregação não se basearam na linguagem convincente da sabedoria, mas na poderosa manifestação do Espírito Santo, para que a vossa fé não se fundasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 97-98.99-100.101-102 (R. 97a)
Refrão: Quanto amo, Senhor, a vossa lei. Repete-se
Quanto amo, Senhor, a vossa lei!
Nela medito todo o dia.
Vós me fizestes mais sábio que meus inimigos,
porque tenho sempre comigo os vossos mandamentos. Refrão
Tornei-me mais sábio que todos os meus mestres,
porque medito sempre as vossas ordens.
Sou mais sensato que os anciãos,
porque observo os vossos preceitos. Refrão
Desviei os meus pés de todo o mau caminho,
a fim de guardar a vossa palavra.
Não me tenho afastado dos vossos juízos,
porque sois Vós quem me ensina. Refrão
ALELUIA cf. Lc 4, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito do Senhor está sobre Mim:
Ele me enviou a anunciar a boa nova aos pobres. Refrão
EVANGELHO Lc 4, 16-30
«Ele enviou-Me para anunciar a boa nova aos pobres...
Nenhum profeta é bem recebido na sua terra»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus foi a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na sinagoga a um sábado e levantou-Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o livro do profeta Isaías e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor». Depois enrolou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-Se. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir». Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?». Jesus disse- lhes: «Por certo Me citareis o ditado: ‘Médico, cura-te a ti mesmo’. Faz também aqui na tua terra o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum». E acrescentou: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua terra. Em verdade vos digo que havia em Israel muitas viúvas no tempo do profeta Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas a uma viúva de Sarepta, na região da Sidónia. Havia em Israel muitos leprosos no tempo do profeta Eliseu; contudo, nenhum deles foi curado, mas apenas o sírio Naamã». Ao ouvirem estas palavras, todos ficaram furiosos na sinagoga. Levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-n’O até ao cimo da colina sobre a qual a cidade estava edificada, a fim de O precipitarem dali abaixo. Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Permiti, Senhor, que, ao celebrarmos a memória de São Gregório Magno, seja para nós fonte de santidade esta oblação que instituístes para libertar o mundo de seus pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 10, 11
O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de sabedoria infinita, que nos alimentais com o Corpo de Cristo, pão da vida, ensinai-nos com a sua doutrina e fazei que, ao celebrarmos a memória de São Gregório, conheçamos melhor a vossa verdade e a pratiquemos na caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Concede, Senhor, a quantos se gloriam em Cristo,
que vivam num só coração e num único espírito».
S. Gregório Magno
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: 1 Cor 2, 1-5 : Os destinatários
desta carta são cristãos de Corinto, cidade grega, e os gregos estavam
habituados a ligar grande importância à eloquência humana. Mas não foi a força
das palavras humanas que levou os Coríntios à fé, mas a força e o poder do
Espírito de Deus. A fé não é a adesão a palavras humanas, mas a entrega a Deus
em união com Jesus Cristo, que realizou a comunhão deles com o Pai ao dar a
vida sobre a Cruz.
Lc 4, 16-30: Começamos hoje a
ler, de maneira continua, o Evangelho de S. Lucas. O Senhor começa a pregação
na sua terra, Nazaré, e numa celebração litúrgica do sábado. Podemos verificar
aqui os elementos fundamentais dessa celebração, em uso já na Sinagoga: Leitura
da Lei, depois dos Profetas, depois a homilia. Jesus apresenta-Se como Aquele
que Deus ungiu com o seu Espírito e enviou a anunciar a boa nova. Infelizmente
os seus conterrâneos não O souberam compreender!
Tema
da Leitura:
Jesus tem em mãos o rolo de Isaías 61,1-2. Anuncia o ano da graça do Senhor,
mas omite o tema da vingança de Deus. Nele se cumpre a profecia: “O Espírito do
Senhor está sobre mim”: O seu ministério será guiado pelo Espírito que levará a
Boa Nova aos pobres. Existe aqui uma apresentação da missão libertadora de
Jesus.
MEDITAÇÃO: O Espírito que
acompanha Jesus na sua ação libertadora, continua presente na comunidade ao ser
Boa Nova e no anuncio da Boa Nova aos pobres. Deixar-se guiar pelo Espírito, é
ser presença da graça de Deus.
ORAÇÃO: Concede-nos, Senhor, o dom do teu Espírito,
para que sejamos anunciadores da Boa Nova na comunidade, mostrando
continuamente o teu amor e a tua misericórdia.
AGENDA
1.00 horas: Oração de
louvor no Calvário
A VOZ DO PASTOR
DO ALENTEJO A XUNQUIM COM TATIANA
INCORRIGÍVEL
Portugueses
houve que sempre deram ares de fortíssimos, de muito destemidos, de muito mais
aventureiros, de nada oportunistas, nada. Oh, oh se não deram!... E a
moquenquice de uns dias de férias também dão para ver sítios alusivos, ouvir
coisas e loisas e ter conversas de chacha sobre tais lusitanas prerrogativas.
Vou partilhar, embora não seja carnaval ninguém levará a mal. É fim de férias,
tempo de levezas e de algumas futilidades. E de protesto por terem acabado ou
nem começado!...
Quanto
à nossa hercúlea fortaleza, sem escavacar muito a memória, corroboro com a
clarividência de uma fonte fidedigna. Quando uns valorosos defensores da
pátria, com uma vertiginosa e europeia dor ciática de sintoma junckeriano,
estavam aí, num determinado rincão deste jardim à beira mar plantado, a
discutir como haveriam de se defender do inimigo e qual a estratégia a usar,
logo um deles concluiu com afoita determinação e sangue frio na guelra: “É
fácil!... Se fizermos como eu penso, estamos safos, estão-nos todos no papo,
todos!...”. De imediato, curiosos e esperançados no produto desta cabecinha
pensadora, todos os valentes companheiros esticaram o pescoço, os olhos e os
ouvidos, em silêncio profundo, para assimilar bem e não perder cheta de tão
heroico quão urgente e necessário plano, assim exposto: “Ora, escutem bem a
minha ideia, oiçam bem!... Se forem muitos!?.... fugimos!... Se forem
poucos!?... escondemo-nos!... Se não for nenhum!?... combateremos até à morte,
exclusive!...”. Houve fortes aplausos ao iluminado estratega, houve gritos de
entusiasmo e de gratidão pela tática a implementar, houve foguetes,
fogo-de-vistas e de artifício, zabumbas e charanga... Um alívio!
Destemidos
também sempre fomos, não há dúvida, até passámos além da Taprobana. Lá na vila
sede do meu concelho, por exemplo, ergue-se uma estátua no chafariz da praça,
onde, no brasão da qual, também se recorda o gesto destemido duma senhora que,
no tempo das guerras fernandinas, extenuados e quase vencidos, sem grande gente
para combater, sem pão para comer e nada para oferecer, essa mulher de armas e
de pêlo na venta como sói dizer-se, arrebata às mãos dos homens ineficazes o
comando da praça cercada pelos castelhanos, salta os obstáculos, encoraja os
desanimados, dirige a peleja. À pertinácia do inimigo que julgava conquistar a
vila pela fome, ela engendra uma última e genial estratégia. Arregaça as
malgas, vai à masseira, varre a pouca farinha que lá restava, coze uns pães, os
possíveis, sobe às muralhas da vila e, com garbo e pose de farta e de grande
humanista, lança-os ao inimigo. Dá-lhes a entender que, na praça há pão para
dar e vender. Assim: “A vós, que não podendo conquistar-nos pela força das
armas, nos haveis querido render pela fome, nós, mais humanos e porque, graças
a Deus, nos achamos bem providos, vendo que não estais fartos, vos enviamos
esse socorro e vos daremos mais, se pedirdes!”. Diz-se que os castelhanos,
também eles exaustos e cheios de fome, acreditaram, desistiram, derrotados e
envergonhados. E pronto, ponto, raiou a desejada bonança e inaugurou-se o
heroico sossego!
Mas
queiram saber que o meu apreço pelo heroísmo dos meus patrícios esboroou-se.
Rolou por outra muralha e monte abaixo, como bola fugitiva, com grande dor e
ranger de dentes da minha parte, por ter de reconhecer a não exclusividade do
feito. Foi há anos, em Israel, em Massada. O amável cicerone contou que, quando
os romanos pensavam que iriam matar à sede os últimos judeus resistentes e
concentrados no alto do monte, na fortaleza de Massada, alguém, de entre eles,
lançou umas bilhas de água da muralha a baixo para dar a entender aos romanos
que por falta de água não seriam vencidos. Os romanos, porém, não acreditaram
em tanta fartura. Arranjaram forma de fazer rampa até ao alto do monte e entrar
na fortaleza. Mas, que desconforto!... Ao chegarem à fortaleza, os judeus
estavam todos mortos, mais de novecentos. Preferiram combinar matar-se uns aos
outros do que entregar-se às mãos dos romanos. Se era um grupo de sicários, se
era um gangue de assassinos a limpar ou se era o núcleo duro da resistência
contra Roma, agora não interessa saber, já lá vão dois mil anos, mais minuto
menos minuto. Flávio Josefo, que se obrigou a contar a história, bem poderia
ter sido mais esclarecedor!... O que é certo é que tal acontecimento ainda hoje
é símbolo e motivação do patriotismo judaico.
Para
falar do aventureirismo português, com todas as suas subtilezas, arranjos e
desarranjos, nada melhor do que tornar presente o Senhor Ventura de Miguel
Torga! Era de Penedono, Alentejo. Depois de guardar gado e trabalhar nas
herdades do Sr. Gaudêncio, deixou tudo e atirou-se ao mundo. Foi tropa, esteve
preso, brigou, matou, serviu em Macau, enamorou-se da filha do secretário do
governador, tornou-se desertor. No mar da China meteu-se no contrabando de
ópio. Em Hong Kong provocou zaragata. Em Pequim cruzou-se com o Sr. Pereira, um
minhoto cozinheiro com quem abre uma casa de petiscos.
Um
dia, uns americanos, bêbados, insultam o minhoto. Foi o cabo dos trabalhos. A
tasca ficou em cacos, as costas de uns e de outros experimentaram a força das
irritadas pauladas, a casa, um caos, foi encerrada pelas autoridades locais.
Mas estes dois portugueses de olho fino e pé ligeiro não era gente de desistir.
A pedido do diretor da Ford, ambos vão entregar, pelo deserto, 200 camiões na
Mongólia. As coisas voltam a correr mal. O deserto foi-lhes terrível e
assustador. O rapto de um milionário dá azo a mais tiros e violência. E eis que
a doença bate à porta do Sr. Ventura que sobrevive graças às saborosas canjas
de galinha que o Sr. Pereira lhe cozinhava. A saudade leva-os a pensar visitar
Portugal mas os percalços não davam tréguas nem tempo. Um grupo de supostos
negociantes de armas não queria comprar as armas que os portugueses agora
vendiam, queriam obtê-las pela força. Nova guerra, mais tiroteio e violência. O
alentejano, a sangrar, pisgou-se com o Sr. Pereira às costas. Este, o minhoto,
tinha sido ferido de morte por uma bala bem precisa em direção a ponto fraco.
Mas, se este morrera, a vida do Sr. Ventura tinha de continuar, não era homem
de baixar os braços. Passado um mês, em Pequim, já dançava no Grande Hotel com
Tatiana, uma russa com quem casa, contra tudo e todos. A própria Tatiana achava
o casamento uma parvoeira e não mudou o seu jeito de ser e estar. Era uma
mulher com gosto pela vida noturna, uma mulher do mundo e da borga. Mesmo no
meio de frequente pancadaria, ela dá à luz um menino, a quem é dado o nome de
Sérgio. O Sr. Ventura sonha rios de dinheiro para o filho e nessa tarefa de o
conseguir, mete-se em negócios tais que o obrigaram a repatriar-se. Tatiana
sente-se aliviada e mais livre, fica com o filho e a fortuna. De novo no
Alentejo, o Sr. Ventura dedica-se à exploração da terra. As saudades do filho,
do Sr. Pereira e de Tatiana, porém, não lhe davam sossego. Entretanto, a guerra
na China e a indiferença de Tatiana, trouxeram-lhe, de surpresa, ao Alentejo, o
filho com 8 anos. Soube então que Tatiana lhe escoara toda a fortuna e
continuava a ser aquela mulher com gosto por cabarés e variada companhia. O Sr.
Ventura, de fusíveis altamente aquecidos, ferve e deixa saltar a tampa. Interna
o seu filho no Colégio de Santo António, em Lisboa, e entrega-lhe a chave da sua casa no
Alentejo. Doente, triste com o que ficara a saber e sem que nada o demovesse,
parte para a China com a intenção de encontrar Tatiana. Após meio ano à sua
procura sem qualquer êxito, cai gravemente doente, em Xunquim. Eis senão
quando, Tatiana aparece-lhe no Hospital. Olha para ela com antipatia e refila
palavras de esquecer. Tatiana, porém, fria e imperturbável, cerrou-lhe os olhos
que a morte lhe deixara abertos. Porque as mensalidades não eram pagas, o
Colégio de Santo António despachou o filho, o Sérgio, para Penedono onde foi
retomar os caminhos do seu pai: guardar ovelhas na herdade do Farrobo, do Sr.
Gaudêncio.
Na
verdade, o português sempre foi fortíssimo, muito destemido, muito mais
aventureiro, nada oportunista, nada, basta apreciar o elevado altruísmo de quem
quis dar um ombrinho na árdua tarefa de burlar, desviar ou aplicar os donativos
que foram dados para as vítimas dos incêndios. No país, estes ilustríssimos
professores são mais que muitos. E em paga de tais benfeitorias, ainda há quem,
alegadamente, lhes queira negar este gesto de amor ao próximo e ao afastado. Já
lá dizia o sapateiro de Braga: Haja moralidade ou comam todos!
Tal
como Tatiana: Incorrigíveis!...
Antonino
Dias
31-08-2018.
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