sábado, 8 de setembro de 2018








PARÓQUIAS DE NISA


Domingo, 09 de setembro de 2018










XXIII domingo do tempo comum


Salt. III




DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Is 35, 4-7a; Sal 145 (146), 7. 8-9a. 9bc-10
L 2 Tg 2, 1-5

Ev Mc 7, 31-37

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese do Porto – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Ofício e Missa do domingo.
* Na Congregação das Irmãs Missionárias de S. Pedro Claver – S. Pedro Claver, Titular e Padroeiro – SOLENIDADE
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 118, 137.124
Vós sois justo, Senhor, e são retos os vossos julgamentos.
Tratai o vosso servo segundo a vossa bondade.


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que nos enviastes o Salvador
e nos fizestes vossos filhos adotivos,
atendei com paternal bondade as nossas súplicas
e concedei que, pela nossa fé em Cristo,
alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 35, 4-7a
«Então se desimpedirão os ouvidos dos surdos
e a língua do mudo cantará de alegria»


O profeta anuncia a hora da libertação depois do exílio de Babilónia com imagens de curas cheias de alegria. Jesus há de realizar à letra estas e outras imagens, mostrando assim que chegara com Ele a hora da salvação, desde longe anunciada.

Leitura do Livro de Isaías


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL
Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. 1)
Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos. Refrão

O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos. Refrão

O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores. Refrão

O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações. Refrão


LEITURA II Tg 2, 1-5
«Não escolheu Deus os pobres
para serem herdeiros do reino?»



Leitura da Epístola de São Tiago
 
Irmãos: A fé em Nosso Senhor Jesus Cristo não deve admitir aceção de pessoas. Pode acontecer que na vossa assembleia entre um homem bem vestido e com anéis de ouro e entre também um pobre e mal vestido; talvez olheis para o homem bem vestido e lhe digais: «Tu, senta-te aqui em bom lugar», e ao pobre: «Tu, fica aí de pé», ou então: «Senta-te aí, abaixo do estrado dos meus pés». Não estareis a estabelecer distinções entre vós e a tornar-vos juízes com maus critérios? Escutai, meus caríssimos irmãos: Não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que Ele prometeu àqueles que O amam?

Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Mt 4, 23
Refrão: Aleluia. Repete-se

Jesus pregava o Evangelho do reino
e curava todas as enfermidades entre o povo. Refrão


EVANGELHO Mc 7, 31-37
«Faz que os surdos oiçam e que os mudos falem»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos

Naquele tempo, Jesus deixou de novo a região de Tiro e, passando por Sidónia, veio para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. Trouxeram-Lhe então um surdo que mal podia falar e suplicaram-Lhe que impusesse as mãos sobre ele. Jesus, afastando-Se com ele da multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos e com saliva tocou-lhe a língua. Depois, erguendo os olhos ao Céu, suspirou e disse-lhe: «Efatá», que quer dizer «Abre-te». Imediatamente se abriram os ouvidos do homem, soltou-se-lhe a prisão da língua e começou a falar corretamente. Jesus recomendou que não contassem nada a ninguém. Mas, quanto mais lho recomendava, tanto mais intensamente eles o apregoavam. Cheios de assombro, diziam: «Tudo o que faz é admirável: faz que os surdos oiçam e que os mudos falem».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz,
fazei que esta oblação Vos glorifique dignamente
e que a nossa participação nos sagrados mistérios
reforce os laços da nossa unidade.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 41, 2-3
Como suspira o veado pela corrente das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
A minha alma tem sede do Deus vivo.

Ou Jo 8, 12
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue não anda nas trevas,
mas terá a luz da vida.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais e fortaleceis
à mesa da palavra e do pão da vida,
fazei que recebamos de tal modo estes dons do vosso Filho
que mereçamos participar da sua vida imortal.
Por Nosso Senhor.






«O Evangelho vivido é a primeira pregação»






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA:  Is 35, 4-7a: O profeta anuncia a hora da libertação depois do exílio de Babilónia com imagens de curas cheias de alegria. Jesus há de realizar à letra estas e outras imagens, mostrando assim que chegara com Ele a hora da salvação, desde longe anunciada.

Tg 2, 1-5: Deus não faz aceção de pessoas. Assim também o cristão não a há de fazer; pelo contrário, o amor de Deus, mostra-se mais benevolente para com os mais pobres e os mais desprezados. O cristão há de dar maior atenção aos que dela mais precisarem.

Mc 7, 31-37: Aquilo que os Profetas anunciaram, veio Jesus realizá-lo, mostrando assim que, com Ele, tinham chegado os tempos tão esperados do reino de Deus, que os surdos podiam agora escutar a palavra de Deus, que os mudos podiam proclamar o louvor do Senhor, que todos os homens podiam reconhecer n’Ele o Enviado de Deus e o seu Salvador.

__________

MEDITAÇÃO: A salvação de Deus apresenta-se fazendo o bem ao ser humano; Jesus abre os ouvidos aos surdos e faz falar os mudos. A primeira ação com o surdo, que mal podia ouvir, é separá-lo das pessoas levando-o consigo, tratá-lo humanamente, fazê-lo sentir que é acolhido e respeitado na sua limitação. Depois abre-lhe os ouvidos e solta-lhe a língua. A atitude de Jesus para com as pessoas desprezadas e marginalizadas no mundo social, antes de lhes fazer um milagre e impor-lhes as mãos como lhe pediam, é tratá-los humanamente. Jesus reconhece o outro como pessoa, sem preconceitos religiosos, culturais ou religiosos (o surdo mudo era doente e estrangeiro). O Evangelho é anunciado curando as doenças do povo, mas procurando sempre humanizar o relacionamento com a pessoa.

ORAÇÃO: Abre, Senhor, os nossos ouvidos à Tua Palavra que nos seduz e que nos desperta para a vida e para o amor. Concede-nos a graça de nos comprometermos no anúncio do Reino na vida quotidiana.





AGENDA

09.30 horas: Missa em Monte Claro
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Gáfete
15.00 horas: Missa com procissão em Amieira
15.30 horas: Missa no Cacheiro
15.30 horas: Missa em Montalvão.




A VOZ DO PASTOR



CONVÍVIOS FRATERNOS: UMA EXPERIÊNCIA FELIZ

Estávamos em maio de 1968. A guerra nas colónias portuguesas ensombrava o presente e o futuro dos rapazes em serviço militar obrigatório. O jovem Padre António Valente de Matos, Capelão Militar, sentindo necessidade de incutir esperança e alegria naquela juventude, sonha e leva a cabo, na cidade de Castelo Branco, com jovens militares, a primeira experiência de um Movimento que se haveria de impor como fonte de alegria e de graça a marcar a vida de milhares e milhares de jovens, rapazes e raparigas, ao longo dos tempos. Estamos a falar do Movimento dos Convívios Fraternos. Um Movimento laical que nasceu de jovens para jovens e vai construindo a sua história em Portugal, no Brasil, Angola, Moçambique, Luxemburgo, Suíça, França, continuando a rasgar caminhos de bem-fazer. É uma experiência comunitária, em três dias. Uma experiência vivida na amizade e na confiança, na escuta e no silêncio que confronta. Aí se propõe a vivência, o testemunho e o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo como oportunidade de realização individual, familiar e social, apontando os meios de perseverança nesses caminhos (cf. Caminho de Libertação, pág. 9). É o início de uma evangelização através de uma experiência vivencial da fé, favorecida pelo esforço pessoal e pela presença de um clima de amor cristão que, naturalmente, leva aquele ou aquela que participa, a questionar a sua vida, a relacioná-la com os critérios do Evangelho e a compará-la com o testemunho cristão dos outros participantes (cf. Id. Pág.15). Isto é: desperta a fé e motiva para uma vida nova em Jesus Cristo, procurando responder às necessidades, interrogações e aspirações mais profundas da juventude dos nossos dias, e também já de casais, de acordo com uma compreensão cristã da vida e da história dos homens no mundo (Id. Pág. 21).
Cada um, nesse encontro consigo próprio e com os outros, vai descobrindo a força e a beleza do amor de Deus em Jesus Cristo que sempre esteve presente na sua vida. Sim, sempre esteve presente. Agora, porém, nessa experiência comunitária, parece que Jesus se faz encontrado. Parece que chega de muito longe e desde há muito tempo ausente para fazer sentir a alegria de um forte abraço de amizade nunca sentida. Apresenta-se, com surpresa agradável e eficaz, como o amigo por excelência que quer que cada um seja feliz. Mais: segreda a cada um, com forte empatia e persuasão, que conta com cada um para ajudar a construir a felicidade dos outros. Na verdade, é uma experiência irrepetível e indizível. Irrepetível porque não há Convívios iguais. Para além da ação do Espírito Santo, eles dependem de quem neles participa e de quem os coordena. A Palavra semeada pode ser a mesma, as pessoas, porém, são diferentes. Diferente é o jeito de quem comunica, diferente é o acolhimento, o terreno e os efeitos da Palavra no coração de cada um que ouve. Indizível porque quem vive um Convívio Fraterno não encontra, depois de o ter feito, palavras que exprimam e façam entender a outros o que verdadeiramente viveu, as portas que se lhe abriram, os horizontes que se lhe rasgaram, os desafios que agora se lhe apresentam. As grandes experiências que marcam a vida não se conseguem dizer, vivem-se, não se explicam.
Celebrar o cinquentenário da fundação dos Convívios Fraternos faz tornar presente os seus fundadores e todos os rapazes e raparigas que ao longo destes cinquenta anos fizeram esta inesquecível experiência, sempre ajudados por outros rapazes e raparigas que fizeram parte das Equipas Coordenadores e das Equipas de Serviço à dinâmica de cada Convívio. Com o seu testemunho de vida, todos foram instrumentos do Espírito Santo a levar cada participante a encontrar-se consigo mesmo, com os outros, com Jesus Cristo, o JC. Irmanados no mesmo ideal de seguir Cristo nos irmãos e O tornarem mais conhecido, mais amado e melhor servido, muitos deles já se encontram junto de Deus, no Convívio Eterno e Universal: rezamos por eles, que eles rezem por nós! Foi na vivência de um Convívio Fraterno que muitos rapazes e raparigas, dóceis à ação e intuições do Espírito Santo, ganharam espaço e coragem, para fazerem um melhor discernimento e mais esclarecida opção vocacional. E, hoje, como fruto desta experiência dos Convívios Fraternos, temos, de facto, pessoas no ministério ordenado, na vida consagrada religiosa e laical, na vida missionária ad gentes e na vocação matrimonial a marcar a diferença. E não só. Quem participa toma consciência do seu compromisso batismal, desperta para a importância do ser Igreja e da integração na tarefa pastoral das paróquias e dos arciprestados, dos movimentos e das obras apostólicas. Sobretudo, faz despertar para a importância do testemunho de vida de cada um, como leigo, como casal, como esposa ou marido, como pai ou mãe de família unida e responsável, como profissional e construtor da verdadeira cidadania, como jovem estudante, ou não, que aí detetou a Luz que dá sentido à vida e dela dá testemunho em todos os lugares, situações e circunstâncias.
A Cruz do Movimento tem, no seu topo, uma chama acesa. É uma alusão à chama da fé, a Jesus Cristo, a Luz que ilumina o nosso caminho e dá sentido à vida. Mas ela está, de facto, no cimo da cruz, como que a dizer-nos que a cruz não faz sentido sem essa luz, sem a fé, sem Cristo. Mas se a cruz nos recorda o amor de Deus manifestado em Cristo que a abraçou e nela se entregou por nós, com amor, também é desafio para todos:  “Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me”. É neste levar a cruz de cada dia com alegria e esperança, mesmo que, porventura, muito pesada, que mostramos a nossa identificação com Cristo e testemunhamos que a chama da nossa fé está bem acesa no topo da cruz de cada dia. Que belo testemunho o de viver na certeza de que o Senhor está em nós, nos ama, caminha connosco, não nos abandona e quer precisar de cada um de nós para ser mais conhecido, amado e seguido com alegria e esperança, como Caminho, Verdade e Vida.
Que o Congresso dos Convívios Fraternos e a sua Peregrinação Nacional a Fátima, a decorrerem por estes dias, façam renovar o entusiasmo e a alegria de continuar a servir em nome de Cristo, com Cristo e ao jeito de Cristo.

Antonino Dias
Portalegre, 07-09-2018.






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