sexta-feira, 7 de setembro de 2018








PARÓQUIAS DE NISA


Sábado, 08 de setembro de 2018










Sábado da XXII semana do tempo comum

Natividade da Virgem Santa Maria

Salt. II






SÁBADO da semana XXII
Natividade da Virgem Santa Maria – FESTA

Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. de Nossa Senhora.

L 1 Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30; Sal 12, 6ab. 6cd
Ev Mt 1, 1-16. 18-23 ou Mt 1, 18-23


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese de Lamego (Lamego) – Nossa Senhora dos Remédios, Padroeira principal da cidade – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – Natividade da Virgem Santa Maria – FESTA
* Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – Natividade da Virgem Santa Maria, aniversário da fundação – SOLENIDADE
* Na Diocese do Porto (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Congregação das Irmãs Missionárias de S. Pedro Claver – I Vésp. de S. Pedro Claver.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.


143º ano da fundação da Congregação Missionária do Verbo Divino

NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA

Nota Histórica
A vinda do Filho de Deus à terra, foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos, através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas escolhidas por Deus para colaborarem no Seu projecto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma missão única: Maria, chamada a ser a Mãe do Salvador e cumulada, por isso, de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.
O nascimento de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já o de Jesus. Era a autora da salvação a despontar; «Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza». (Liturgia bizantina).
Felicitando a Mãe do Salvador, no dia do Seu aniversário natalício, peçamos a graça de à Sua semelhança, colaborarmos, generosamente, na salvação do mundo.

MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA
Exultemos de alegria no Senhor,
ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria,
da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO
Dai, Senhor, aos vossos servos o dom da graça celeste
e fazei que a festa do nascimento da bem-aventurada Virgem Maria,
cuja maternidade divina foi o princípio da nossa salvação, aumente em nós a unidade e a paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.

LEITURA I Miq 5, 1-4a
«Quando der à luz aquela que há de ser mãe»


Leitura da Profecia de Miqueias

Eis o que diz o Senhor:
«De ti, Belém-Efratá,
pequena entre as cidades de Judá,
de ti sairá aquele que há de reinar sobre Israel.
As suas origens remontam aos tempos de outrora,
aos dias mais antigos.
Por isso Deus os abandonará
até à altura em que der à luz
aquela que há de ser mãe.
Então voltará para os filhos de Israel
o resto dos seus irmãos.
Ele se levantará para apascentar o seu rebanho
pelo poder do Senhor,
pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus.
Viver-se-á em segurança,
porque ele será exaltado até aos confins da terra.
Ele será a paz».

Palavra do Senhor.


Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

LEITURA I Rom 8, 28-30
«Os que Deus de antemão conheceu, também os predestinou»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:
Nós sabemos que Deus concorre em tudo
para o bem daqueles que O amam,
dos que são chamados, segundo o seu desígnio.
Porque os que Ele de antemão conheceu,
também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho,
a fim de que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos.
E àqueles que predestinou, também os chamou;
àqueles que chamou, também os justificou;
e àqueles que justificou, também os glorificou.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL
Salmo 12 (13), 6ab.6cd (R. Is 61,10)
Refrão: Exulto de alegria no Senhor.


Eu confiei na vossa bondade,
o meu coração alegra-se com a vossa salvação.
E cantarei ao Senhor
pelo bem que me fez.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
sois digníssima de todos os louvores,
porque de Vós nasceu o sol da justiça,
Cristo, nosso Deus. Refrão


EVANGELHO  Mt 1, 1-16.18-23
«O que nela se gerou é fruto do Espírito Santo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Genealogia de Jesus Cristo,
Filho de David, Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob;
Jacob gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara;
Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson;
Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz;
Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David.
David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias;
Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat;
Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz;
Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés;
Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos,
ao tempo do desterro de Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia,
Jeconias gerou Salatiel;
Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud;
Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim;
Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar;
Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria,
da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.

Palavra da salvação


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Venha, Senhor, em nosso auxílio o vosso Filho feito homem:
Ele, que ao nascer da Virgem Maria,
não diminuiu, antes consagrou a integridade de sua Mãe,
nos purifique das nossas culpas
e Vos torne agradável a nossa oblação.
Por Nosso Senhor.


Prefácio de Nossa Senhora I [na natividade] ou II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Is 7, 14; Mt 1, 21
A Virgem dará à luz um Filho, que salvará o povo dos seus pecados.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Exulte a vossa Igreja, Senhor,
alimentada por estes santos mistérios,
na festa do nascimento da Virgem Santa Maria,
que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação.
Por Nosso Senhor.





«O missionário não é a luz, mas é aquele que leva a luz de Cristo»
Arnaldo Janssen






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: 

__________

MEDITAÇÃO: A presença de Jesus entre nós está unida a seus antepassados, entre os quais se contam cinco mulheres que fazem parte dos planos de Deus para o seu povo: Tamar, Raab, Rut, a mulher de Urias e Maria a mãe de Jesus. Mulheres de fé, que confirmam a ação salvadora de Deus através dos excluídos.

ORAÇÃO: Abre, Senhor, os nossos ouvidos à Tua Palavra que nos seduz e que nos desperta para a vida e para o amor. Concede-nos a graça de nos comprometermos no anúncio do Reino na vida quotidiana.





AGENDA

09.00 horas: Funeral em Montalvão
11.00 horas: Festa de Nossa Senhora em Montalvão
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
21.30 horas: Procissão de Nossa Senhora da Sanguinheira em Amieira




A VOZ DO PASTOR



DO ALENTEJO A XUNQUIM COM TATIANA INCORRIGÍVEL

Portugueses houve que sempre deram ares de fortíssimos, de muito destemidos, de muito mais aventureiros, de nada oportunistas, nada. Oh, oh se não deram!... E a moquenquice de uns dias de férias também dão para ver sítios alusivos, ouvir coisas e loisas e ter conversas de chacha sobre tais lusitanas prerrogativas. Vou partilhar, embora não seja carnaval ninguém levará a mal. É fim de férias, tempo de levezas e de algumas futilidades. E de protesto por terem acabado ou nem começado!...
Quanto à nossa hercúlea fortaleza, sem escavacar muito a memória, corroboro com a clarividência de uma fonte fidedigna. Quando uns valorosos defensores da pátria, com uma vertiginosa e europeia dor ciática de sintoma junckeriano, estavam aí, num determinado rincão deste jardim à beira mar plantado, a discutir como haveriam de se defender do inimigo e qual a estratégia a usar, logo um deles concluiu com afoita determinação e sangue frio na guelra: “É fácil!... Se fizermos como eu penso, estamos safos, estão-nos todos no papo, todos!...”. De imediato, curiosos e esperançados no produto desta cabecinha pensadora, todos os valentes companheiros esticaram o pescoço, os olhos e os ouvidos, em silêncio profundo, para assimilar bem e não perder cheta de tão heroico quão urgente e necessário plano, assim exposto: “Ora, escutem bem a minha ideia, oiçam bem!... Se forem muitos!?.... fugimos!... Se forem poucos!?... escondemo-nos!... Se não for nenhum!?... combateremos até à morte, exclusive!...”. Houve fortes aplausos ao iluminado estratega, houve gritos de entusiasmo e de gratidão pela tática a implementar, houve foguetes, fogo-de-vistas e de artifício, zabumbas e charanga... Um alívio!
Destemidos também sempre fomos, não há dúvida, até passámos além da Taprobana. Lá na vila sede do meu concelho, por exemplo, ergue-se uma estátua no chafariz da praça, onde, no brasão da qual, também se recorda o gesto destemido duma senhora que, no tempo das guerras fernandinas, extenuados e quase vencidos, sem grande gente para combater, sem pão para comer e nada para oferecer, essa mulher de armas e de pêlo na venta como sói dizer-se, arrebata às mãos dos homens ineficazes o comando da praça cercada pelos castelhanos, salta os obstáculos, encoraja os desanimados, dirige a peleja. À pertinácia do inimigo que julgava conquistar a vila pela fome, ela engendra uma última e genial estratégia. Arregaça as malgas, vai à masseira, varre a pouca farinha que lá restava, coze uns pães, os possíveis, sobe às muralhas da vila e, com garbo e pose de farta e de grande humanista, lança-os ao inimigo. Dá-lhes a entender que, na praça há pão para dar e vender. Assim: “A vós, que não podendo conquistar-nos pela força das armas, nos haveis querido render pela fome, nós, mais humanos e porque, graças a Deus, nos achamos bem providos, vendo que não estais fartos, vos enviamos esse socorro e vos daremos mais, se pedirdes!”. Diz-se que os castelhanos, também eles exaustos e cheios de fome, acreditaram, desistiram, derrotados e envergonhados. E pronto, ponto, raiou a desejada bonança e inaugurou-se o heroico sossego!
Mas queiram saber que o meu apreço pelo heroísmo dos meus patrícios esboroou-se. Rolou por outra muralha e monte abaixo, como bola fugitiva, com grande dor e ranger de dentes da minha parte, por ter de reconhecer a não exclusividade do feito. Foi há anos, em Israel, em Massada. O amável cicerone contou que, quando os romanos pensavam que iriam matar à sede os últimos judeus resistentes e concentrados no alto do monte, na fortaleza de Massada, alguém, de entre eles, lançou umas bilhas de água da muralha a baixo para dar a entender aos romanos que por falta de água não seriam vencidos. Os romanos, porém, não acreditaram em tanta fartura. Arranjaram forma de fazer rampa até ao alto do monte e entrar na fortaleza. Mas, que desconforto!... Ao chegarem à fortaleza, os judeus estavam todos mortos, mais de novecentos. Preferiram combinar matar-se uns aos outros do que entregar-se às mãos dos romanos. Se era um grupo de sicários, se era um gangue de assassinos a limpar ou se era o núcleo duro da resistência contra Roma, agora não interessa saber, já lá vão dois mil anos, mais minuto menos minuto. Flávio Josefo, que se obrigou a contar a história, bem poderia ter sido mais esclarecedor!... O que é certo é que tal acontecimento ainda hoje é símbolo e motivação do patriotismo judaico.
Para falar do aventureirismo português, com todas as suas subtilezas, arranjos e desarranjos, nada melhor do que tornar presente o Senhor Ventura de Miguel Torga! Era de Penedono, Alentejo. Depois de guardar gado e trabalhar nas herdades do Sr. Gaudêncio, deixou tudo e atirou-se ao mundo. Foi tropa, esteve preso, brigou, matou, serviu em Macau, enamorou-se da filha do secretário do governador, tornou-se desertor. No mar da China meteu-se no contrabando de ópio. Em Hong Kong provocou zaragata. Em Pequim cruzou-se com o Sr. Pereira, um minhoto cozinheiro com quem abre uma casa de petiscos.
Um dia, uns americanos, bêbados, insultam o minhoto. Foi o cabo dos trabalhos. A tasca ficou em cacos, as costas de uns e de outros experimentaram a força das irritadas pauladas, a casa, um caos, foi encerrada pelas autoridades locais. Mas estes dois portugueses de olho fino e pé ligeiro não era gente de desistir. A pedido do diretor da Ford, ambos vão entregar, pelo deserto, 200 camiões na Mongólia. As coisas voltam a correr mal. O deserto foi-lhes terrível e assustador. O rapto de um milionário dá azo a mais tiros e violência. E eis que a doença bate à porta do Sr. Ventura que sobrevive graças às saborosas canjas de galinha que o Sr. Pereira lhe cozinhava. A saudade leva-os a pensar visitar Portugal mas os percalços não davam tréguas nem tempo. Um grupo de supostos negociantes de armas não queria comprar as armas que os portugueses agora vendiam, queriam obtê-las pela força. Nova guerra, mais tiroteio e violência. O alentejano, a sangrar, pisgou-se com o Sr. Pereira às costas. Este, o minhoto, tinha sido ferido de morte por uma bala bem precisa em direção a ponto fraco. Mas, se este morrera, a vida do Sr. Ventura tinha de continuar, não era homem de baixar os braços. Passado um mês, em Pequim, já dançava no Grande Hotel com Tatiana, uma russa com quem casa, contra tudo e todos. A própria Tatiana achava o casamento uma parvoeira e não mudou o seu jeito de ser e estar. Era uma mulher com gosto pela vida noturna, uma mulher do mundo e da borga. Mesmo no meio de frequente pancadaria, ela dá à luz um menino, a quem é dado o nome de Sérgio. O Sr. Ventura sonha rios de dinheiro para o filho e nessa tarefa de o conseguir, mete-se em negócios tais que o obrigaram a repatriar-se. Tatiana sente-se aliviada e mais livre, fica com o filho e a fortuna. De novo no Alentejo, o Sr. Ventura dedica-se à exploração da terra. As saudades do filho, do Sr. Pereira e de Tatiana, porém, não lhe davam sossego. Entretanto, a guerra na China e a indiferença de Tatiana, trouxeram-lhe, de surpresa, ao Alentejo, o filho com 8 anos. Soube então que Tatiana lhe escoara toda a fortuna e continuava a ser aquela mulher com gosto por cabarés e variada companhia. O Sr. Ventura, de fusíveis altamente aquecidos, ferve e deixa saltar a tampa. Interna o seu filho no Colégio de Santo António, em Lisboa,  e entrega-lhe a chave da sua casa no Alentejo. Doente, triste com o que ficara a saber e sem que nada o demovesse, parte para a China com a intenção de encontrar Tatiana. Após meio ano à sua procura sem qualquer êxito, cai gravemente doente, em Xunquim. Eis senão quando, Tatiana aparece-lhe no Hospital. Olha para ela com antipatia e refila palavras de esquecer. Tatiana, porém, fria e imperturbável, cerrou-lhe os olhos que a morte lhe deixara abertos. Porque as mensalidades não eram pagas, o Colégio de Santo António despachou o filho, o Sérgio, para Penedono onde foi retomar os caminhos do seu pai: guardar ovelhas na herdade do Farrobo, do Sr. Gaudêncio.
Na verdade, o português sempre foi fortíssimo, muito destemido, muito mais aventureiro, nada oportunista, nada, basta apreciar o elevado altruísmo de quem quis dar um ombrinho na árdua tarefa de burlar, desviar ou aplicar os donativos que foram dados para as vítimas dos incêndios. No país, estes ilustríssimos professores são mais que muitos. E em paga de tais benfeitorias, ainda há quem, alegadamente, lhes queira negar este gesto de amor ao próximo e ao afastado. Já lá dizia o sapateiro de Braga: Haja moralidade ou comam todos!
Tal como Tatiana: Incorrigíveis!...

Antonino Dias
31-08-2018.





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