quarta-feira, 12 de setembro de 2018









PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 13 de setembro de 2018











Quinta da XXIII semana do tempo comum


Salt. III






QUINTA-FEIRA da semana XXIII

S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1 Cor 8, 1b-7. 11-13; Sal 138 (139), 1-2 e 3b. 13-14ab. 23-24
Ev Lc 6, 27-38

* Na Diocese de Aveiro – Aniversário da tomada de posse de D. António Manuel Moiteiro Ramos.
* Na Diocese de Bragança-Miranda (Basílica de Santo Cristo de Outeiro) – I Vésp. da Exaltação da Santa Cruz



S. JOÃO CRISÓSTOMO, bispo e doutor da Igreja

Nota Histórica
Nasceu em Antioquia, cerca do ano 349. Depois de ter recebido uma excelente educação, dedicou se à vida ascética; e, tendo sido ordenado sacerdote, consagrou se com grande fruto ao ministério da pregação. Eleito bispo de Constantinopla no ano 397, revelou grande zelo e competência nesse cargo pastoral, atendendo em particular à reforma dos costumes, tanto do clero como dos fiéis. A oposição da corte imperial e de outros inimigos pessoais levou o por duas vezes ao exílio. Perseguido por tantas tribulações, morreu em Comana (Ponto, Ásia Menor) no dia 14 de Setembro do ano 407. A sua notável diligência e competência na arte de falar e escrever, para expor a doutrina católica e formar os fiéis na vida cristã, mereceu lhe o apelativo de Crisóstomo, «boca de ouro».

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Sir 15, 5
O Senhor deu-lhe a palavra no meio da assembleia,
encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência
e revestiu-o com um manto de glória.


ORAÇÃO
Senhor, fortaleza dos que esperam em Vós, que destes ao bispo São João Crisóstomo uma eloquência maravilhosa e uma grande coragem nas tribulações, concedei-nos que, iluminados pela sua sabedoria, nos fortaleça o exemplo da sua invencível constância. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.



LEITURA I  1 Cor 8, 1b-7.11-13
«Ferindo a consciência dos irmãos, que é fraca,
é contra Cristo que pecais»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: A ciência envaidece, ao passo que a caridade edifica. Se alguém pensa que sabe alguma coisa, ainda não sabe como deve saber. Mas se alguém ama a Deus, é conhecido por Deus. Sobre a questão de comer carnes imoladas aos ídolos, bem sabemos que um ídolo não é nada no mundo e que não há senão um único Deus. Porque, embora digam haver deuses no céu e na terra, – na verdade são muitos esses deuses e esses senhores – para nós há um só Deus: o Pai, de quem tudo procede e para o qual fomos criados; e há um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual tudo existe e pelo qual também nós existimos. Mas nem todos têm esta ciência. Alguns, habituados até há pouco tempo à idolatria, comem as carnes imoladas como se estivessem consagradas aos ídolos, e a sua consciência, que é fraca, fica manchada. Deste modo, pela tua ciência, perecerá o fraco, esse irmão por quem Cristo morreu! E ao pecardes assim contra esses irmãos, ferindo a sua consciência, que é fraca, é contra Cristo que pecais. Por isso, se o alimento se torna para o meu irmão ocasião de pecado, nunca mais comerei carne, a fim de não ser para ele ocasião de pecado.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 138 (139), 1-2 e 3b.13-14ab.23-24 (R. 24b)
Refrão: Conduzi-me, Senhor, pelo caminho da eternidade. Repete-se


Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento,
observais todos os meus passos. Refrão

Vós formastes as entranhas do meu corpo
e me criastes no seio de minha mãe.
Dou-Vos graças
por me terdes feito tão maravilhosamente:
admiráveis são as vossas obras. Refrão

Sondai-me, Senhor, e vede o meu coração,
observai a intimidade dos meus pensamentos.
Vede que não ande pelo mau caminho,
conduzi-me pelo caminho da eternidade. Refrão

ALELUIA 1 Jo 4, 12
Refrão: Aleluia Repete-se
Se nos amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós
e o seu amor em nós é perfeito. Refrão

EVANGELHO Lc 6, 27-38
«Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: «Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam. Abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados. Não condeneis e não sereis condenados. Perdoai e sereis perdoados. Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. A medida que usardes com os outros será usada também convosco».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, este sacrifício que Vos apresentamos com alegria ao celebrarmos a memória de São João Crisóstomo e fazei que, fiéis aos seus ensinamentos, consagremos toda a nossa vida ao vosso louvor. Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 1, 23-24
Nós pregamos Cristo crucificado, poder de Deus e sabedoria de Deus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Deus de misericórdia, que estes santos mistérios, recebidos na memória gloriosa de São João Crisóstomo, nos confirmem no vosso amor e façam de nós testemunhas fiéis da vossa verdade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Os que projetam vingar-se dos inimigos acabam por se atormentar a si mesmos».

João Crisóstomo






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA:  1 Cor 8, 1b-7.11-13: A comunidade cristã de Corinto vivia no meio de pagãos. Estes comiam carnes que por vezes tinham sido imoladas nos sacrifícios dos seus deuses. Como esses deuses não eram nada, essas carnes em si mesmas eram iguais às outras; no entanto, os cristãos, para não escandalizarem os seus irmãos, podiam ser obrigados a evitar comer dessas carnes. É que a lei suprema é a da caridade.

__________

LEITURA DO EVANGELHO: A proposta de Jesus é desafiante para os que O seguem. Amar os inimigos é o caminho que conduz ao reconhecimento do outro como irmão, superando as inimizades, a crítica e a condenação. Fiados na atitude do amor e na Palavra de Jesus, a sua exortação abre-nos o caminho do perdão e da compaixão.

MEDITAÇÃO: Aprofundando o que significa amar os inimigos, é andar um passo à frente do dever. Dentro da liberdade, trata-se de andar um passo à frente do sofrimento gerado pelo desamor, aprendendo de Jesus a não julgar nem a condenar. Abramos o nosso coração a esta difícil tarefa.

ORAÇÃO: Concede-nos, Senhor, a graça de crescer na liberdade interior, afastando-nos no dia a dia dos  maus juízos e de condenar. Que na nossa vida acolhamos os teus ensinamentos com um coração disponível.





AGENDA

11.00 horas: Missa no lar da Amieira do Tejo
16.00 horas: Missa no lar da Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo




A VOZ DO PASTOR



CONVÍVIOS FRATERNOS: UMA EXPERIÊNCIA FELIZ

Estávamos em maio de 1968. A guerra nas colónias portuguesas ensombrava o presente e o futuro dos rapazes em serviço militar obrigatório. O jovem Padre António Valente de Matos, Capelão Militar, sentindo necessidade de incutir esperança e alegria naquela juventude, sonha e leva a cabo, na cidade de Castelo Branco, com jovens militares, a primeira experiência de um Movimento que se haveria de impor como fonte de alegria e de graça a marcar a vida de milhares e milhares de jovens, rapazes e raparigas, ao longo dos tempos. Estamos a falar do Movimento dos Convívios Fraternos. Um Movimento laical que nasceu de jovens para jovens e vai construindo a sua história em Portugal, no Brasil, Angola, Moçambique, Luxemburgo, Suíça, França, continuando a rasgar caminhos de bem-fazer. É uma experiência comunitária, em três dias. Uma experiência vivida na amizade e na confiança, na escuta e no silêncio que confronta. Aí se propõe a vivência, o testemunho e o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo como oportunidade de realização individual, familiar e social, apontando os meios de perseverança nesses caminhos (cf. Caminho de Libertação, pág. 9). É o início de uma evangelização através de uma experiência vivencial da fé, favorecida pelo esforço pessoal e pela presença de um clima de amor cristão que, naturalmente, leva aquele ou aquela que participa, a questionar a sua vida, a relacioná-la com os critérios do Evangelho e a compará-la com o testemunho cristão dos outros participantes (cf. Id. Pág.15). Isto é: desperta a fé e motiva para uma vida nova em Jesus Cristo, procurando responder às necessidades, interrogações e aspirações mais profundas da juventude dos nossos dias, e também já de casais, de acordo com uma compreensão cristã da vida e da história dos homens no mundo (Id. Pág. 21).

Cada um, nesse encontro consigo próprio e com os outros, vai descobrindo a força e a beleza do amor de Deus em Jesus Cristo que sempre esteve presente na sua vida. Sim, sempre esteve presente. Agora, porém, nessa experiência comunitária, parece que Jesus se faz encontrado. Parece que chega de muito longe e desde há muito tempo ausente para fazer sentir a alegria de um forte abraço de amizade nunca sentida. Apresenta-se, com surpresa agradável e eficaz, como o amigo por excelência que quer que cada um seja feliz. Mais: segreda a cada um, com forte empatia e persuasão, que conta com cada um para ajudar a construir a felicidade dos outros. Na verdade, é uma experiência irrepetível e indizível. Irrepetível porque não há Convívios iguais. Para além da ação do Espírito Santo, eles dependem de quem neles participa e de quem os coordena. A Palavra semeada pode ser a mesma, as pessoas, porém, são diferentes. Diferente é o jeito de quem comunica, diferente é o acolhimento, o terreno e os efeitos da Palavra no coração de cada um que ouve. Indizível porque quem vive um Convívio Fraterno não encontra, depois de o ter feito, palavras que exprimam e façam entender a outros o que verdadeiramente viveu, as portas que se lhe abriram, os horizontes que se lhe rasgaram, os desafios que agora se lhe apresentam. As grandes experiências que marcam a vida não se conseguem dizer, vivem-se, não se explicam.

Celebrar o cinquentenário da fundação dos Convívios Fraternos faz tornar presente os seus fundadores e todos os rapazes e raparigas que ao longo destes cinquenta anos fizeram esta inesquecível experiência, sempre ajudados por outros rapazes e raparigas que fizeram parte das Equipas Coordenadores e das Equipas de Serviço à dinâmica de cada Convívio. Com o seu testemunho de vida, todos foram instrumentos do Espírito Santo a levar cada participante a encontrar-se consigo mesmo, com os outros, com Jesus Cristo, o JC. Irmanados no mesmo ideal de seguir Cristo nos irmãos e O tornarem mais conhecido, mais amado e melhor servido, muitos deles já se encontram junto de Deus, no Convívio Eterno e Universal: rezamos por eles, que eles rezem por nós! Foi na vivência de um Convívio Fraterno que muitos rapazes e raparigas, dóceis à ação e intuições do Espírito Santo, ganharam espaço e coragem, para fazerem um melhor discernimento e mais esclarecida opção vocacional. E, hoje, como fruto desta experiência dos Convívios Fraternos, temos, de facto, pessoas no ministério ordenado, na vida consagrada religiosa e laical, na vida missionária ad gentes e na vocação matrimonial a marcar a diferença. E não só. Quem participa toma consciência do seu compromisso batismal, desperta para a importância do ser Igreja e da integração na tarefa pastoral das paróquias e dos arciprestados, dos movimentos e das obras apostólicas. Sobretudo, faz despertar para a importância do testemunho de vida de cada um, como leigo, como casal, como esposa ou marido, como pai ou mãe de família unida e responsável, como profissional e construtor da verdadeira cidadania, como jovem estudante, ou não, que aí detetou a Luz que dá sentido à vida e dela dá testemunho em todos os lugares, situações e circunstâncias.

A Cruz do Movimento tem, no seu topo, uma chama acesa. É uma alusão à chama da fé, a Jesus Cristo, a Luz que ilumina o nosso caminho e dá sentido à vida. Mas ela está, de facto, no cimo da cruz, como que a dizer-nos que a cruz não faz sentido sem essa luz, sem a fé, sem Cristo. Mas se a cruz nos recorda o amor de Deus manifestado em Cristo que a abraçou e nela se entregou por nós, com amor, também é desafio para todos:  “Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me”. É neste levar a cruz de cada dia com alegria e esperança, mesmo que, porventura, muito pesada, que mostramos a nossa identificação com Cristo e testemunhamos que a chama da nossa fé está bem acesa no topo da cruz de cada dia. Que belo testemunho o de viver na certeza de que o Senhor está em nós, nos ama, caminha connosco, não nos abandona e quer precisar de cada um de nós para ser mais conhecido, amado e seguido com alegria e esperança, como Caminho, Verdade e Vida.

Que o Congresso dos Convívios Fraternos e a sua Peregrinação Nacional a Fátima, a decorrerem por estes dias, façam renovar o entusiasmo e a alegria de continuar a servir em nome de Cristo, com Cristo e ao jeito de Cristo.

Antonino Dias
Portalegre, 07-09-2018.





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