sábado, 1 de setembro de 2018








PARÓQUIAS DE NISA



Domingo, 02 de setembro de 2018










XXII domingo do tempo comum

Salt. II





DOMINGO XXII DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana II do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Deut 4, 1-2. 6-8; Sal 14 (15), 2-3a. 3cd-4ab. 4c-5
L 2 Tg 1, 17-18. 21b-22. 27
Ev Mc 7, 1-8.
14-15. 21-23

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 85, 3.5
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
Vós, Senhor, sois bom e indulgente,
cheio de misericórdia para aqueles que Vos invocam.


ORAÇÃO
Deus do universo, de quem procede todo o dom perfeito,
infundi em nossos corações o amor do vosso nome
e, estreitando a nossa união convosco,
dai vida ao que em nós é bom
e protegei com solicitude esta vida nova.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Deut 4, 1-2.6-8
«Não acrescentareis nada ao que vos ordeno...
mas guardareis os mandamentos do Senhor»



Leitura do Livro do Deuteronómio

Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora escuta, Israel, as leis e os preceitos que vos dou a conhecer e ponde-os em prática, para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor, Deus de vossos pais. Não acrescentareis nada ao que vos ordeno, nem suprimireis coisa alguma, mas guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus, tal como eu vo-los prescrevo. Observai-os e ponde-os em prática: eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos, que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão: ‘Que povo tão sábio e tão prudente é esta grande nação!’. Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos? E qual é a grande nação que tem mandamentos e decretos tão justos como esta lei que hoje vos apresento?».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 14 (15), 2-3a.3cd-4ab.5 (R. 1a)
Refrão: Quem habitará, Senhor, no vosso santuário? Repete-se
Ou: Ensinai-nos, Senhor: quem habitará em vossa casa? Repete-se

O que vive sem mancha e pratica a justiça
e diz a verdade que tem no seu coração
e guarda a sua língua da calúnia. Refrão

O que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante;
o que tem por desprezível o ímpio,
mas estima os que temem o Senhor. Refrão

O que não falta ao juramento,
mesmo em seu prejuízo,
e não empresta dinheiro com usura,
nem aceita presentes para condenar o inocente.
Quem assim proceder jamais será abalado. Refrão


LEITURA II Tg 1, 17-18.21b-22.27
«Sede cumpridores da palavra»


Leitura da Epístola de São Tiago

Caríssimos irmãos: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descem do Pai das luzes, no qual não há variação nem sombra de mudança. Foi Ele que nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias das suas criaturas. Acolhei docilmente a palavra em vós plantada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, pois seria enganar-vos a vós mesmos. A religião pura e sem mancha, aos olhos de Deus, nosso Pai, consiste em visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e conservar-se limpo do contágio do mundo.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Tg 1, 18
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos como primícias das suas criaturas. Refrão


EVANGELHO Mc 7, 1-8.14-15.21-23
«Deixais o mandamento de Deus
para vos prenderdes à tradição dos homens»


A palavra de Deus pode vir a ser adulterada pelas palavras dos homens, mesmo quando pretendem explicar e aplicar a palavra de Deus. O Senhor adverte-nos para que saibamos ler a palavra de Deus à luz do Espírito de Deus, que a inspirou, e não com a visão estreita e acanhada, e, por vezes, interesseira, do nosso espírito, demasiado humano e limitado. A palavra de Deus é espírito e vida, e não apenas letra, que, por si só, pode matar.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos

Naquele tempo, reuniu-se à volta de Jesus um grupo de fariseus e alguns escribas que tinham vindo de Jerusalém. Viram que alguns dos discípulos de Jesus comiam com as mãos impuras, isto é, sem as lavar. – Na verdade, os fariseus e os judeus em geral não comem sem ter lavado cuidadosamente as mãos, conforme a tradição dos antigos. Ao voltarem da praça pública, não comem sem antes se terem lavado. E seguem muitos outros costumes a que se prenderam por tradição, como lavar os copos, os jarros e as vasilhas de cobre –. Os fariseus e os escribas perguntaram a Jesus: «Porque não seguem os teus discípulos a tradição dos antigos, e comem sem lavar as mãos?». Jesus respondeu-lhes: «Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos’. Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens». Depois, Jesus chamou de novo a Si a multidão e começou a dizer-lhe: «Escutai-Me e procurai compreender. Não há nada fora do homem que ao entrar nele o possa tornar impuro. O que sai do homem é que o torna impuro; porque do interior do homem é que saem as más intenções: imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, cobiças, injustiças, fraudes, devassidão, inveja, difamação, orgulho, insensatez. Todos estes vícios saem do interior do homem e são eles que o tornam impuro».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, a oferta que Vos apresentamos
e realizai em nós, com o poder da vossa graça,
a redenção que celebramos nestes mistérios.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 30, 20
Como é grande, Senhor,
a vossa bondade para aqueles que Vos servem!

Ou Mt 5, 9-10
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos céus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão da mesa celeste,
fazei que esta fonte de caridade
fortaleça os nossos corações
e nos leve a servir-Vos nos nossos irmãos.
Por Nosso Senhor.
.





«Se alguém quiser ser o primeiro, há de  ser o último».

JESUS Cf   Mc. 9,33






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA:  Deut 4, 1-2.6-8: Já à vista da Terra Prometida, Moisés recorda ao Povo de Israel a conveniência em observar a Lei de Deus, a sua perfeição e superioridade em comparação com as leis dos outros povos. A lei de Deus é a única luz que ensina aos homens o caminho da vida autêntica e verdadeiramente feliz. Mas essa lei procura antes de mais educar o coração do homem.

Tg 1, 17-18.21b-22.27: Começamos hoje a ler, e leremos ainda durante mais alguns domingos, a Epístola de S. Tiago. A passagem que hoje escutamos diz-nos que tudo o que há de bom vem de Deus, e Deus tudo criou pela sua palavra. Esta palavra continua a fazer ouvir-se no mundo e como que lançou em nós as suas raízes. Por isso, a nossa vida cristã consistirá em fazer que essa palavra desabroche em nós, dando muito fruto.

Mc 7, 1-8.14-15.21-23: A palavra de Deus pode vir a ser adulterada pelas palavras dos homens, mesmo quando pretendem explicar e aplicar a palavra de Deus. O Senhor adverte-nos para que saibamos ler a palavra de Deus à luz do Espírito de Deus, que a inspirou, e não com a visão estreita e acanhada, e, por vezes, interesseira, do nosso espírito, demasiado humano e limitado. A palavra de Deus é espírito e vida, e não apenas letra, que, por si só, pode matar.

MEDITAÇÃO: Sem pureza (= santidade) não se pode entrar na presença de Deus. O objetivo é muito bom: criar um povo dedicado ao Senhor. O problema coloca-se quando o culto é só  formal (“o seu coração está longe de mim”) e o cumprimento da lei se reduz a uma série de ritos externos que invalidam a religiosidade (“é em vão que me prestam culto”). Jesus aprofunda estes ensinamentos com os discípulos: a prática exclusivamente exterior de lei não é suficiente; é o coração humano que se deve orientar para cumprir a vontade de Deus. Por isso, cada um deve tomar a determinação de “cuidar” do coração, recusando as  perversidades que saem de dentro (toda a atitude negativa, antes de ser constatada exteriormente, foi gerada no interior de cada um) e situando-se em sintonia com o querer, com os sentimentos e com o projeto de Deus para ele próprio e para com todo o mundo.


ORAÇÃO: Jesus, dá-nos um coração paciente, que te saiba esperar mesmo na desolação. Renova a nossa esperança quando a nossa fé esmorece.





AGENDA

09.30 horas: Missa na Igreja da Amieira do Tejo
09.30 horas: Missa na Igreja na Falagueira
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Gáfete
15.30 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa no Arneiro




A VOZ DO PASTOR



DO ALENTEJO A XUNQUIM COM TATIANA INCORRIGÍVEL

Portugueses houve que sempre deram ares de fortíssimos, de muito destemidos, de muito mais aventureiros, de nada oportunistas, nada. Oh, oh se não deram!... E a moquenquice de uns dias de férias também dão para ver sítios alusivos, ouvir coisas e loisas e ter conversas de chacha sobre tais lusitanas prerrogativas. Vou partilhar, embora não seja carnaval ninguém levará a mal. É fim de férias, tempo de levezas e de algumas futilidades. E de protesto por terem acabado ou nem começado!...
Quanto à nossa hercúlea fortaleza, sem escavacar muito a memória, corroboro com a clarividência de uma fonte fidedigna. Quando uns valorosos defensores da pátria, com uma vertiginosa e europeia dor ciática de sintoma junckeriano, estavam aí, num determinado rincão deste jardim à beira mar plantado, a discutir como haveriam de se defender do inimigo e qual a estratégia a usar, logo um deles concluiu com afoita determinação e sangue frio na guelra: “É fácil!... Se fizermos como eu penso, estamos safos, estão-nos todos no papo, todos!...”. De imediato, curiosos e esperançados no produto desta cabecinha pensadora, todos os valentes companheiros esticaram o pescoço, os olhos e os ouvidos, em silêncio profundo, para assimilar bem e não perder cheta de tão heroico quão urgente e necessário plano, assim exposto: “Ora, escutem bem a minha ideia, oiçam bem!... Se forem muitos!?.... fugimos!... Se forem poucos!?... escondemo-nos!... Se não for nenhum!?... combateremos até à morte, exclusive!...”. Houve fortes aplausos ao iluminado estratega, houve gritos de entusiasmo e de gratidão pela tática a implementar, houve foguetes, fogo-de-vistas e de artifício, zabumbas e charanga... Um alívio!
Destemidos também sempre fomos, não há dúvida, até passámos além da Taprobana. Lá na vila sede do meu concelho, por exemplo, ergue-se uma estátua no chafariz da praça, onde, no brasão da qual, também se recorda o gesto destemido duma senhora que, no tempo das guerras fernandinas, extenuados e quase vencidos, sem grande gente para combater, sem pão para comer e nada para oferecer, essa mulher de armas e de pêlo na venta como sói dizer-se, arrebata às mãos dos homens ineficazes o comando da praça cercada pelos castelhanos, salta os obstáculos, encoraja os desanimados, dirige a peleja. À pertinácia do inimigo que julgava conquistar a vila pela fome, ela engendra uma última e genial estratégia. Arregaça as malgas, vai à masseira, varre a pouca farinha que lá restava, coze uns pães, os possíveis, sobe às muralhas da vila e, com garbo e pose de farta e de grande humanista, lança-os ao inimigo. Dá-lhes a entender que, na praça há pão para dar e vender. Assim: “A vós, que não podendo conquistar-nos pela força das armas, nos haveis querido render pela fome, nós, mais humanos e porque, graças a Deus, nos achamos bem providos, vendo que não estais fartos, vos enviamos esse socorro e vos daremos mais, se pedirdes!”. Diz-se que os castelhanos, também eles exaustos e cheios de fome, acreditaram, desistiram, derrotados e envergonhados. E pronto, ponto, raiou a desejada bonança e inaugurou-se o heroico sossego!
Mas queiram saber que o meu apreço pelo heroísmo dos meus patrícios esboroou-se. Rolou por outra muralha e monte abaixo, como bola fugitiva, com grande dor e ranger de dentes da minha parte, por ter de reconhecer a não exclusividade do feito. Foi há anos, em Israel, em Massada. O amável cicerone contou que, quando os romanos pensavam que iriam matar à sede os últimos judeus resistentes e concentrados no alto do monte, na fortaleza de Massada, alguém, de entre eles, lançou umas bilhas de água da muralha a baixo para dar a entender aos romanos que por falta de água não seriam vencidos. Os romanos, porém, não acreditaram em tanta fartura. Arranjaram forma de fazer rampa até ao alto do monte e entrar na fortaleza. Mas, que desconforto!... Ao chegarem à fortaleza, os judeus estavam todos mortos, mais de novecentos. Preferiram combinar matar-se uns aos outros do que entregar-se às mãos dos romanos. Se era um grupo de sicários, se era um gangue de assassinos a limpar ou se era o núcleo duro da resistência contra Roma, agora não interessa saber, já lá vão dois mil anos, mais minuto menos minuto. Flávio Josefo, que se obrigou a contar a história, bem poderia ter sido mais esclarecedor!... O que é certo é que tal acontecimento ainda hoje é símbolo e motivação do patriotismo judaico.
Para falar do aventureirismo português, com todas as suas subtilezas, arranjos e desarranjos, nada melhor do que tornar presente o Senhor Ventura de Miguel Torga! Era de Penedono, Alentejo. Depois de guardar gado e trabalhar nas herdades do Sr. Gaudêncio, deixou tudo e atirou-se ao mundo. Foi tropa, esteve preso, brigou, matou, serviu em Macau, enamorou-se da filha do secretário do governador, tornou-se desertor. No mar da China meteu-se no contrabando de ópio. Em Hong Kong provocou zaragata. Em Pequim cruzou-se com o Sr. Pereira, um minhoto cozinheiro com quem abre uma casa de petiscos.
Um dia, uns americanos, bêbados, insultam o minhoto. Foi o cabo dos trabalhos. A tasca ficou em cacos, as costas de uns e de outros experimentaram a força das irritadas pauladas, a casa, um caos, foi encerrada pelas autoridades locais. Mas estes dois portugueses de olho fino e pé ligeiro não era gente de desistir. A pedido do diretor da Ford, ambos vão entregar, pelo deserto, 200 camiões na Mongólia. As coisas voltam a correr mal. O deserto foi-lhes terrível e assustador. O rapto de um milionário dá azo a mais tiros e violência. E eis que a doença bate à porta do Sr. Ventura que sobrevive graças às saborosas canjas de galinha que o Sr. Pereira lhe cozinhava. A saudade leva-os a pensar visitar Portugal mas os percalços não davam tréguas nem tempo. Um grupo de supostos negociantes de armas não queria comprar as armas que os portugueses agora vendiam, queriam obtê-las pela força. Nova guerra, mais tiroteio e violência. O alentejano, a sangrar, pisgou-se com o Sr. Pereira às costas. Este, o minhoto, tinha sido ferido de morte por uma bala bem precisa em direção a ponto fraco. Mas, se este morrera, a vida do Sr. Ventura tinha de continuar, não era homem de baixar os braços. Passado um mês, em Pequim, já dançava no Grande Hotel com Tatiana, uma russa com quem casa, contra tudo e todos. A própria Tatiana achava o casamento uma parvoeira e não mudou o seu jeito de ser e estar. Era uma mulher com gosto pela vida noturna, uma mulher do mundo e da borga. Mesmo no meio de frequente pancadaria, ela dá à luz um menino, a quem é dado o nome de Sérgio. O Sr. Ventura sonha rios de dinheiro para o filho e nessa tarefa de o conseguir, mete-se em negócios tais que o obrigaram a repatriar-se. Tatiana sente-se aliviada e mais livre, fica com o filho e a fortuna. De novo no Alentejo, o Sr. Ventura dedica-se à exploração da terra. As saudades do filho, do Sr. Pereira e de Tatiana, porém, não lhe davam sossego. Entretanto, a guerra na China e a indiferença de Tatiana, trouxeram-lhe, de surpresa, ao Alentejo, o filho com 8 anos. Soube então que Tatiana lhe escoara toda a fortuna e continuava a ser aquela mulher com gosto por cabarés e variada companhia. O Sr. Ventura, de fusíveis altamente aquecidos, ferve e deixa saltar a tampa. Interna o seu filho no Colégio de Santo António, em Lisboa,  e entrega-lhe a chave da sua casa no Alentejo. Doente, triste com o que ficara a saber e sem que nada o demovesse, parte para a China com a intenção de encontrar Tatiana. Após meio ano à sua procura sem qualquer êxito, cai gravemente doente, em Xunquim. Eis senão quando, Tatiana aparece-lhe no Hospital. Olha para ela com antipatia e refila palavras de esquecer. Tatiana, porém, fria e imperturbável, cerrou-lhe os olhos que a morte lhe deixara abertos. Porque as mensalidades não eram pagas, o Colégio de Santo António despachou o filho, o Sérgio, para Penedono onde foi retomar os caminhos do seu pai: guardar ovelhas na herdade do Farrobo, do Sr. Gaudêncio.
Na verdade, o português sempre foi fortíssimo, muito destemido, muito mais aventureiro, nada oportunista, nada, basta apreciar o elevado altruísmo de quem quis dar um ombrinho na árdua tarefa de burlar, desviar ou aplicar os donativos que foram dados para as vítimas dos incêndios. No país, estes ilustríssimos professores são mais que muitos. E em paga de tais benfeitorias, ainda há quem, alegadamente, lhes queira negar este gesto de amor ao próximo e ao afastado. Já lá dizia o sapateiro de Braga: Haja moralidade ou comam todos!
Tal como Tatiana: Incorrigíveis!...

Antonino Dias
31-08-2018.






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