sexta-feira, 14 de setembro de 2018







PARÓQUIAS DE NISA


Sábado, 15 de setembro de 2018










Sábado da XXIII semana do tempo comum


Salt. III






SÁBADO da semana XXIII (De manhã)

Nossa Senhora das Dores – MO

Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1 Cor 10, 14-22; Sal 115 (116), 12-13. 17-18
ou Hebr 5, 7-9; Sal 30, 2-3ab. 3cd-4. 5-6. 15-16ab. 20
Sequência facultativa.
Ev Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35 (próprios)

* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – Nossa Senhora das Dores – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Nossa Senhora das Dores, Mulher da Nova Aliança, Padroeira da Congregação – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Nossa Senhora das Dores, Padroeira principal – FESTA a celebrar como SOLENIDADE
* No Instituto das Filhas da Caridade Canossianas – Nossa Senhora das Dores, Titular e Padroeira do Instituto – SOLENIDADE
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.




Nossa Senhora das Dores

Nota Histórica
Presente junto da Cruz, Maria vive e sente os sofrimentos de Seu filho. Por isso a liturgia lhe dedica hoje especial atenção, depois de ter celebrado ontem a Exaltação da Santa Cruz. As dores da Virgem, unidas aos sofrimentos de Cristo foram redentoras, indicando-nos o caminho da nossa dor.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 2, 34-35
Simeão disse a Maria: Este Menino será sinal de contradição
para ruína e salvação de muitos em Israel,
e uma espada trespassará a tua alma.


ORAÇÃO
Senhor, que, na vossa admirável providência,
quisestes que, junto do vosso Filho, elevado sobre a cruz,
estivesse sua Mãe, participando nos seus sofrimentos,
concedei à vossa Igreja
que, associada com Maria à paixão de Cristo,
mereça ter parte na sua ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Hebr 5, 7-9
«Aprendeu a obediência e tornou-se causa de salvação eterna»


Leitura da Epístola aos Hebreus

Nos dias da sua vida mortal,
Cristo dirigiu preces e súplicas,
com grandes clamores e lágrimas,
Àquele que O podia livrar da morte
e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho,
aprendeu a obediência no sofrimento
e, tendo atingido a sua plenitude,
tornou-Se para todos os que Lhe obedecem
causa de salvação eterna.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 30 (31), 2-3ab.3cd-4.5-6.15-16ab.20 (R. 17b)
Refrão: Salvai-me, Senhor, pela vossa bondade.


Em Vós, Senhor, me refugio, jamais serei confundido,
pela vossa justiça, salvai-me.
Inclinai para mim os vossos ouvidos,
apressai-vos em me libertar. Refrão

Sede a rocha do meu refúgio
e a fortaleza da minha salvação;
porque Vós sois a minha força e o meu refúgio,
por amor do vosso nome, guiai-me e conduzi-me.
Livrai-me da armadilha que me prepararam,
porque Vós sois o meu refúgio.
Em vossas mãos entrego o meu espírito,
Senhor, Deus fiel, salvai-me. Refrão

Eu, porém, confio no Senhor:
Disse: «Vós sois o meu Deus,
nas vossas mãos está o meu destino».
Livrai-me das mãos dos meus inimigos. Refrão

Como é grande, Senhor, a vossa bondade
que tendes reservada para os que Vos temem:
à vista da vossa face, Vós a concedeis
àqueles que em Vós confiam. Refrão


SEQUÊNCIA  
A sequência é facultativa e pode cantar-se ou recitar-se por inteiro ou em forma
breve: a partir da estrofe *Maria, fonte de amor.



Estava a Mãe dolorosa,
Junto da cruz lacrimosa,
Enquanto Jesus sofria.

Uma longa e fria espada,
Nessa hora atribulada,
O seu coração feria.

Oh quão triste e tão aflita
Padecia a Mãe bendita,
Entre blasfémias e pragas,

Ao olhar o Filho amado,
De pés e braços pregado,
Sangrando das Cinco Chagas!
Quem é que não choraria,
Ao ver a Virgem Maria,
Rasgada em seu coração,

Sem poder em tal momento,
Conter as fúrias do vento
E os ódios da multidão!

Firme e heróica no seu posto,
Viu Jesus pendendo o rosto,
Soltar o alento final.

Ó Cristo, por vossa Mãe,
Que é nossa Mãe também,
Dai-nos a palma imortal.
* Maria, fonte de amor,
Fazei que na vossa dor
Convosco eu chore também.

Fazei que o meu coração
Seja todo gratidão
A Cristo de quem sois Mãe.

Do vosso olhar vem a luz
Que me leva a ver Jesus
Na sua imensa agonia.

Convosco, ó Virgem, partilho
Das penas do vosso Filho,
Em quem minha alma confia.

Mãos postas, à vossa beira,
Saiba eu, a vida inteira,
Guiar por Vós os meus passos.

E quando a noite vier,
Eu me sinta adormecer
No calor dos vossos braços.
Virgem das Virgens, Rainha,
Mãe de Deus, Senhora minha,
Chorar convosco é rezar.

Cada lágrima chorada
Lembra uma estrela tombada
Do fundo do vosso olhar.

No Calvário, entre martírios,
Fostes o Lírio dos lírios,
Todo orvalhado de pranto.

Sobre o ódio que O matava,
Fostes o amor que adorava
O Filho três vezes santo.

A cruz do Senhor me guarde,
De manhã até à tarde,
A minha alma contrita.

E quando a morte chegar,
Que eu possa ir repousar
À sua sombra bendita.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendita seja a Virgem Maria,
que, sem passar pela morte,
mereceu a palma do martírio,
ao pé da cruz do Senhor. Refrão

Em vez deste Evangelho, pode ler-se o que se lhe segue.


EVANGELHO Jo 19, 25-27
«Eis o teu filho...Eis a tua Mãe»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
Jesus disse a sua Mãe:
«Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo:
«Eis a tua Mãe».
E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.

Palavra da salvação.

Em vez do Evangelho precedente, pode ler-se o seguinte:


EVANGELHO Lc 2, 33-35
«Uma espada trespassará a tua alma»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas

Naquele tempo,
o pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados
com o que se dizia d’Ele.
Simeão abençoou-os
e disse a Maria, sua Mãe:
«Este Menino foi estabelecido
para que muitos caiam ou se levantem em Israel
e para ser sinal de contradição;
– e uma espada trespassará a tua alma –
assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Deus de misericórdia, para glória do vosso nome,
as nossas orações e as nossas ofertas,
ao celebrarmos a memória da Virgem Santa Maria,
que nos destes como Mãe bondosa,
junto da cruz do vosso Filho, Jesus Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio de Nossa Senhora I [na festividade], ou II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Pedro 4, 13
Alegrai-vos, se participardes nos sofrimentos de Cristo,
porque será plena a vossa alegria, quando se manifestar a sua glória.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor,
que nos alimentastes com o sacramento da redenção eterna,
ao celebrarmos as dores da Virgem Santa Maria,
ajudai-nos a completar em nós, em benefício da Igreja,
o que falta à paixão de Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«Não há maior prova de Deus do que esse final da Cruz».

Pedro Casaldaliga






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA:  
__________

MEDITAÇÃO: Junto à cruz de Jesus se encontra sua mãe que O acompanhou sempre, permanecendo firme junto do Filho, como o faria qualquer mãe. Ela é a mulher que espera contra toda a esperança, contempla o Filho e acolhe o novo filho, fazendo-nos filhos no Filho.

ORAÇÃO: Senhor nosso Deus, te damos graças porque na Cruz de Cristo nos dás a conhecer a grandeza do amor de Cristo. Concede-nos a graça de compreender o mistério deste amor, centrando a nossa vida neste dom de salvação.





AGENDA

11.30 horas: Casamento em Nisa
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Arez
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo




A VOZ DO PASTOR



PODEM MANDAR-NOS PARA O CHILINDRÓ!…

A História orgulha-se de ter tido grandes líderes, homens humildes e servidores do povo, na verdade e na justiça. Quando eram chamados a exercer esse cargo, não se colocavam em bicos de pés julgando-se os melhores e indispensáveis. Preferiam ter sido esquecidos, julgavam-se incapazes de corresponder e acabaram por ser os melhores de entre os melhores em sabedoria, destreza e responsabilidade política, em humildade e persistência, em honestidade e sentido do bem comum, em serviço despretensioso à causa dos povos. Sentiam-se pequeninos instrumentos de uma Providência que se servia deles para a realização de desígnios que os ultrapassava. Perante esta atitude de verdadeira humildade e de enormes sentimentos de incapacidade, com certeza que eles sentiam o conforto da confirmação do Senhor: “Não tenhas medo! Eu estarei contigo!” E assim, escreveram, a letras de ouro, tantas e tão belas páginas da História, servindo o povo de forma honesta e exemplar, com testemunho de vida austera e sentido da sua origem, missão e fim. Não quero dizer com isto que hoje não exista gente que assim pense e trabalhe. Há, e muita. Também não quero afirmar que outrora os líderes sempre foram justos e bons, e interessados pelo bem-estar do seu povo. Não é verdade, houve de tudo e sempre haverá de tudo. Muito menos quero dizer que os crentes sempre foram honestos e bons governantes e os não crentes nunca foram bons. Houve e há crentes fraca rês que continuam a governar como se fossem donos e senhores de tudo e de todos, sentindo-se autorizados a perseguir, matar e destruir em nome de Deus!... Sempre houve e há não crentes que primam pela honestidade e sentido do bem comum, não estão longe do Reino de Deus! Sabemos que a História não é necessariamente um progresso para o melhor e para o bem, como afirmava São João Paulo II. É um acontecimento de liberdade com toda a riqueza, caprichos e ironias que isso engloba. Sobretudo quando ignoramos os êxitos e fracassos do passado, quando pensamos ter descoberto a pólvora no presente, quando presumimos construir o futuro só e apenas com as nossas ideias e projetos que reputamos de geniais.

Costuma dizer-se que o poder e a ganância são as doenças mais contagiosas do mundo, em todos os setores da sociedade, inclusive nas religiões. Estes doentes, porém, quando de braço dado com o esvaziamento de valores e sem respeito pelos outros, dificilmente se aguentam de pé, são como saco vazio. Quando caem na cama ou na lama desses vícios, mesmo que se queiram erguer levando a mão a um qualquer andarilho que se preste ou a generosas ajudas que, interesseiras, se cheguem à frente, o vírus, cada vez mais forte e resistente, também vai contagiar estes reputados apoios. Não têm resistências, não estão vacinados, vão atrair-se mutuamente, vão tornar-se cúmplices!... É o que vemos!...

Alguém, há dias, por este meio de comunicar, lembrava o corrupto e meritíssimo juiz romano que vendia as sentenças a quem melhor lhas pagasse. Chamava-se Lucius Antonius Rufus Appius e assinava as sentenças com as iniciais do seu nome: L. A. R. Appius. Atento e perspicaz como sempre, o povo, juntando essas iniciais, logo batizou esse senhor e os seus colegas de ofício com o nome de Larápios. Isto, porém, aconteceu há mais de dois mil anos quando o mundo carecia de tantos avanços civilizacionais, de tanta acumulação de saberes, de tanta instrução, cultura, tecnologia, percursos académicos e mentes expeditas em habilidades altruístas. Hoje, crescidos em todas estas prerrogativas e prosápias, hoje, isso, larápios, nem pensar…seria até contradizer a evolução da espécie e provocar as diatribes de quem, alfinetados em igual honestidade e acossados por ficarem ao léu, logo se esmerariam em fazer crer que isso não passava de cabalas invejosas, mesquinhas e destruidoras!...

Há pessoas com muito poder, sim, há. Podem até mandar-nos para o chilindró ou fazer-nos a vida cara. Mas, de facto, não têm qualquer espécie de autoridade moral, ninguém acredita nelas. São incoerentes na vida, na palavra e na ação. A par, conhecemos pessoas sem qualquer poder nas mãos mas com uma autoridade moral que nos impressiona. É que o poder recebe-se pelo voto ou doutra forma convencionada, vem de fora. A autoridade nasce dentro, conquista-se pela forma como se vive, pensa, ama e age, servindo com empenho e alegria, ajoelhando-se e lavando os pés às dores do mundo!

Pelos vistos, muitos romanos de antes de Cristo morreram convencidos que existia, nesta parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho que não se governava nem se deixava governar. Eu não vou por aí. Acredito no povo e acredito naqueles líderes que, sem serem escravos de ideologias inúteis, sem se embrulharem em jogos de interesses pessoais ou de grupo, são capazes de aliar em si o poder e a autoridade, a verdade e a justiça, a competência na humildade e um apurado sentido do bem comum, sendo eficazes, gerando confiança e empatia.
A gente do norte, por ironia, diria que líderes assim só será possível encontrá-los em Barcelos. Os desta zona do sul afirmariam que talvez só no Crato ou em Estremoz. Os do centro do país, não sei, mas talvez dissessem que só se os houvesse em Tondela, lá para os lados de Molelos, por exemplo. É que nestes lugares há olarias, cozem bonecos! Eu, porém, como disse, não vou por aí, não, não sou pessimista. Aprecio a nobre arte da política levada a cabo por gente humilde e competente, responsável e com verdadeiro sentido do bem comum, servindo na verdade e na justiça, com alegria e esperança. Admiro quem, apesar das dificuldades, serve a política com esta nobreza e dedicação. Sei quanto o povo precisa de quem o ajude e estimule a ter mais e melhor qualidade de vida em todas as dimensões da sua existência.

Antonino Dias
Portalegre, 14-09-2018.







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