PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 28 de setembro de 2018
Sexta, 28 de setembro de 2018
Sexta da XXV semana
do tempo comum
Salt. I
SEXTA-FEIRA
da semana XXV
S.
Venceslau, mártir – MF
SS.
Lourenço Ruiz e Companheiros, mártires – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Co 3, 1-11; Sal 143 (144), 1a e 2abc. 3-4
Ev Lc 9, 18-22
* Na Ordem Agostiniana – BB. Pedro de Zúñiga, presbítero, e Companheiros, mártires do Japão – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Inocêncio de Berzo, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – Ss. Domingos Ibáñez de Erquicia, presbítero e Lourenço Ruiz, leigo, e Companheiros, mártires do Japão – MO
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – I Vésp. de S. Miguel.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor.
Quando chamar por Mim nas suas tribulações,
Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.
ORAÇÃO
Senhor, que fizestes consistir a plenitude da lei
no vosso amor e no amor do próximo,
dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento,
para alcançarmos a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Co 3, 1-11
«Tudo tem a sua hora debaixo do céu»
Leitura do Livro de Coelet
Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor.
Quando chamar por Mim nas suas tribulações,
Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.
ORAÇÃO
Senhor, que fizestes consistir a plenitude da lei
no vosso amor e no amor do próximo,
dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento,
para alcançarmos a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Co 3, 1-11
«Tudo tem a sua hora debaixo do céu»
Leitura do Livro de Coelet
Tudo tem o seu tempo, tudo tem a sua hora debaixo do céu: Há tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar; tempo para matar e tempo para curar, tempo para demolir e tempo para construir; tempo para chorar e tempo para rir, tempo para gemer e tempo para dançar; tempo para atirar pedras e tempo para as juntar, tempo para se abraçar e tempo para se separar; tempo para ganhar e tempo para perder, tempo para guardar e tempo para deitar fora; tempo para rasgar e tempo para coser, tempo para calar e tempo para falar; tempo para amar e tempo para odiar, tempo para a guerra e tempo para a paz. Que aproveita ao homem com tanto trabalho? Tenho observado a tarefa que Deus atribuiu aos homens, para nela se ocuparem. Ele fez todas as coisas apropriadas ao seu tempo e pôs no coração do homem a sucessão dos séculos, sem que ele possa compreender o princípio e o fim da obra de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 143 (144), 1a e 2abc.3-4 (R.1a)
Refrão: Bendito seja o Senhor,
rochedo do meu refúgio. Repete-se
Bendito seja o Senhor, meu refúgio,
meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador,
meu escudo e meu abrigo. Refrão
Que é o homem, Senhor, para que dele cuideis,
o filho do homem para pensardes nele?
O homem é semelhante ao sopro da brisa,
os seus dias passam como a sombra. Refrão
ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão
EVANGELHO Lc 9, 18-22
«És o Messias de Deus.
O Filho do homem tem de sofrer muito»
Jesus é, em Si mesmo, um mistério tal que os próprios Apóstolos só O vão compreendendo aos poucos. Como nós. Antes de mais é preciso crer que Ele é o Messias de Deus, o seu Enviado, o seu próprio Filho; mas ao mesmo tempo ser-se capaz de não se escandalizar com a sua Paixão. E, por fim, acreditar que Ele ressuscitou e está vivo, e é a nossa esperança.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Um
dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então
perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, João
Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que
ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a
palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes
severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem
tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos
sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja,
para que receba nestes santos mistérios
os bens em que pela fé acredita.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 118, 4-5
Promulgastes, Senhor,
os vossos preceitos para se cumprirem fielmente.
Fazei que os meus passos sejam firmes
na observância dos vossos mandamentos.
Ou Jo 10, 14
Eu sou o Bom Pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça
aqueles que alimentais nos sagrados mistérios,
para que os frutos de salvação
que recebemos neste sacramento
se manifestem em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Louvado sejais, Senhor,
que me concedeste chegar à manhã de hoje»
Venceslau I, de Boémia
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
Co 3, 1-11: Todas
as coisas deste mundo, por melhores que sejam – e Deus as fez boas – estão
sujeitas às mudanças do tempo, e isso dá-lhes um aspeto de fragilidade e de
mutabilidade, que faz descobrir nelas o vazio, a vaidade, no sentido de
vacuidade, fonte de ilusão e de desilusão. Estas mudanças das coisas e da vida,
meditadas por Coeleth, deram origem a este poema sob a vaidade ou ilusão em que
tudo parece redundar neste mundo. Mas Deus deu sentido à vida, e ao homem
revela, pouco a pouco, esse sentido, que é sempre o do seu amor pelos homens.
Lc 9, 18-22: Jesus é, em Si mesmo, um mistério
tal que os próprios Apóstolos só O vão compreendendo aos poucos. Como nós.
Antes de mais é preciso crer que Ele é o Messias de Deus, o seu Enviado, o seu
próprio Filho; mas ao mesmo tempo ser-se capaz de não se escandalizar com a sua
Paixão. E, por fim, acreditar que Ele ressuscitou e está vivo, e é a nossa
esperança.
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LEITURA DO EVANGELHO:
– O evangelho hoje volta ao tema da identidade de Jesus.
Desta vez não é Herodes, mas o próprio Jesus que o pergunta aos seus
discípulos. Jesus aceita a resposta de Pedro, ma proíbe os discípulos de O
darem a conhecer. Isto porque, para conhecer a verdadeira identidade de Jesus
será preciso vê-l’O na cruz.
MEDITAÇÃO: Jesus repete a
pergunta aos seguidores de hoje. E tu, quem dizes que Eu sou? A resposta não
consiste em responder com frases aprendidas de cor, mas em abrir-se humildemente
ao mistério, escolher o caminho do amor total e responder tal como o Mestre o
fez a partir da dor. O que diremos então de Jesus?
ORAÇÃO: Senhor Jesus, tal como ontem também continuamos a conhecer-Te de maneira
diferente daquilo que és. Ajuda-nos anos comprometermos com a tua missão, a
seguir-Te com alegria e a dar testemunho de Ti, sobretudo nos momentos mais
uros da vida.
AGENDA
09.00 horas: Funeral
em Tolosa
18.00 horas: Missa em
Nisa – Espírito Santo
A VOZ DO PASTOR
UM BLÁ BLÁ POR UM MELHOR ALENTEJO
Nesta semana, em Portalegre, ouvimos o
Senhor Presidente da República, sempre presente e oportuno, e muitos outros
especialistas falar de coisas e loisas nobres deste interior alentejano. Foi
todo o dia e sem intervalos, já doía a cadeira. À falta de um dos três
Ministros anunciados, ironizou-se, delicadamente, que tinha ido promover a
agricultura a Angola. De facto, foi anunciar o apoio de 60 milhões de euros de
fundos comunitários aos agricultores angolanos. Acreditamos que não seria por
sentimentos de paternalismo ou de proteção nem pelo facto de os considerar
pobres e desgovernados. Mas que a alta política tem lógicas, mecanismos e
procedimentos que a nós, cá na província, é preciso fazer desenho para se
explicar bem e fazer entender, lá isso é. Não é fácil de enxergar.
Na prática mais prática, este interior
faz acrobacias para atrair verdadeiramente quem o possa estimular e ajudar a
dar volta ao texto. Sabe que está esquecido, não sei se abandonado. Tem a
consciência de que, cada vez com menos votos, por mais otimista que seja,
dificilmente irá ver a luz ao fundo do túnel.
Em discursos e debates, porém, não há
rincão deste país que lhe passe a perna. É sempre muito aplaudido e elogiado
pela diversidade dos seus recursos, potencialidades e beleza por todos quantos
querem mostra saber e fazer figura por estas bandas! Mas pobres de nós os
alentejanos por nascimento ou adoção!... Sei que não foi por mal, mas foi uma
frase que me fez saltitar as vísceras e pular na cadeira. Alguém citou, com
certeza sem querer dar ares de sabido nem nos querer dizer que somos os grandes
preguiçosos de Portugal, alguém citou o que John Kennedy havia dito aos
americanos: “Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que
tu podes fazer por ela”. Embora entenda o positivo de tal afirmação, naquele
contexto em que até alguns aproveitaram para fazer propaganda política, foi, no
meu pensar, mais um caneco de água fria a esmagar silenciosamente o entusiasmo
inicial dos presentes, gente empreendedora, empenhada e sacrificada sem
necessidade de grandes lições neste campo, mas com necessidade de se sentir
reconhecida, estimulada e apoiada. Estavam também ali os autarcas concelhios e
de freguesia do distrito, gente empenhadíssima e persistente no cuidar da
qualidade de vida das suas gentes. Não se tratava de saber o que cada um pode
fazer pelos outros e pelo país. Ali tratava-se de saber o que é que o governo
que tudo centraliza, tem centralizado e não tem pressa em descentralizar, o que
é que o governo pode e tem planeado fazer por esta gente, para que não
desapareça, para que possa viver com esperança e dignidade, para que possa
associar-se com gosto e determinação às tarefas que o futuro aponta e exige.
Era um auditório de elite e de calos nas mãos há muito comprometida no
desenvolvimento da região apesar de tantos cardos e espinhos, dificuldades e
burocracias.
Felicito todos os intervenientes pelo
seu testemunho e pelo rasgar de horizontes, embora, como é natural, me revisse
mais numas do que noutras comunicações. Fosse qual fosse o ponto de vista
abordado, fosse qual fosse o entusiasmo com que era exposto e apontado o
caminho a seguir, houvesse ou não discordância mais ou menos determinada, todos
tinham um objetivo comum: um melhor Alentejo. Foi de aplaudir!
Não seria tanto para isso, mas é verdade
que nada de concreto e substancial saiu dali, quer como resposta ao que os
alentejanos, desde há muito e por muitas vezes reiterado, têm como necessidade
premente para um maior desenvolvimento da região, quer como incentivo à
resistência destes alentejanos que se sentem escoados de massa crítica, da traquinice
e sonho juvenil e de braços para o trabalho. A maior parte da gente que rodeia
os que enchiam o auditório está já no render da guarda. Trabalhou muito, sofreu
muito, não se divertiu muito, não se aposentou cedo, vive sem reservas e de
economias apertadas, está cansada e a precisar de descanso, apoio e paz. Além
disso, como toda a gente sabe e os jovens não ignoram, ninguém tem vocação para
mártir. O martírio pode acontecer se tiver de acontecer. Não se provoca, não se
procura, não se aguarda pacientemente. Por isso, embora com pena, se não há
perspetivas de futuro, os jovens vão em busca de novos poisos e possibilidades.
Quem o não faria, o não faz ou virá a fazer?..
Parabéns ao “Movimento de Cidadania Melhor
Alentejo” pela reiterada e primorosa organização e pela elevada qualidade da
iniciativa. Renovaram a nossa confiança no adágio: água mole em pedra dura
tanto dá até que fura! Não há no país, com certeza, muitos movimentos destes a
provocar o debate com nível e a fazer crescer a cidadania de que tanto
precisamos. Na verdade, é preciso dizer e gritar bem alto que estamos vivos,
somos gente, estamos aqui. Sobretudo quando a comunicação social de influência
e a gente da esfera do poder estejam muito ocupadas com outros afazeres ou
tenham outros centros de interesse.
Embora entendamos que, por vezes, não há
qualquer outra alternativa, as solicitações são muitas, achamos que não é muito
curial que os responsáveis convidados e a constar no programa venham apressadamente
falar de cima para baixo e logo se ausentem dos debates que lhe dizem respeito
em virtude das áreas a que presidem. A sua presença, mesmo que sem soluções
para as coisas tratadas, o que é normal, é sempre manifestação de comunhão
junto do povo e de interesse na busca comum do melhor para o país. E lá pelos
intervalos sempre haverá espaço para umas selfies a fazer memória da efeméride.
Antonino Dias
Portalegre, 21-09-2018
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