quinta-feira, 27 de setembro de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 28 de setembro de 2018








Sexta da XXV semana do tempo comum


Salt. I





SEXTA-FEIRA da semana XXV
S. Venceslau, mártir – MF
SS. Lourenço Ruiz e Companheiros, mártires – MF

Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Co 3, 1-11; Sal 143 (144), 1a e 2abc. 3-4
Ev Lc 9, 18-22


* Na Ordem Agostiniana – BB. Pedro de Zúñiga, presbítero, e Companheiros, mártires do Japão – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Inocêncio de Berzo, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – Ss. Domingos Ibáñez de Erquicia, presbítero e Lourenço Ruiz, leigo, e Companheiros, mártires do Japão – MO
* Na Diocese de Portalegre-Castelo Branco – I Vésp. de S. Miguel.



MISSA
 ANTÍFONA DE ENTRADA
Eu sou a salvação do meu povo, diz o Senhor.
Quando chamar por Mim nas suas tribulações,
Eu o atenderei e serei o seu Deus para sempre.


ORAÇÃO
Senhor, que fizestes consistir a plenitude da lei
no vosso amor e no amor do próximo,
dai-nos a graça de cumprirmos este duplo mandamento,
para alcançarmos a vida eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Co 3, 1-11
«Tudo tem a sua hora debaixo do céu»


Leitura do Livro de Coelet

Tudo tem o seu tempo, tudo tem a sua hora debaixo do céu: Há tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar; tempo para matar e tempo para curar, tempo para demolir e tempo para construir; tempo para chorar e tempo para rir, tempo para gemer e tempo para dançar; tempo para atirar pedras e tempo para as juntar, tempo para se abraçar e tempo para se separar; tempo para ganhar e tempo para perder, tempo para guardar e tempo para deitar fora; tempo para rasgar e tempo para coser, tempo para calar e tempo para falar; tempo para amar e tempo para odiar, tempo para a guerra e tempo para a paz. Que aproveita ao homem com tanto trabalho? Tenho observado a tarefa que Deus atribuiu aos homens, para nela se ocuparem. Ele fez todas as coisas apropriadas ao seu tempo e pôs no coração do homem a sucessão dos séculos, sem que ele possa compreender o princípio e o fim da obra de Deus.

Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 143 (144), 1a e 2abc.3-4 (R.1a)
Refrão: Bendito seja o Senhor,
rochedo do meu refúgio. Repete-se

Bendito seja o Senhor, meu refúgio,
meu amparo e minha cidadela,
meu baluarte e meu libertador,
meu escudo e meu abrigo. Refrão

Que é o homem, Senhor, para que dele cuideis,
o filho do homem para pensardes nele?
O homem é semelhante ao sopro da brisa,
os seus dias passam como a sombra. Refrão


ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia. Repete-se

O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção dos homens. Refrão


EVANGELHO Lc 9, 18-22
«És o Messias de Deus.
O Filho do homem tem de sofrer muito»


Jesus é, em Si mesmo, um mistério tal que os próprios Apóstolos só O vão compreendendo aos poucos. Como nós. Antes de mais é preciso crer que Ele é o Messias de Deus, o seu Enviado, o seu próprio Filho; mas ao mesmo tempo ser-se capaz de não se escandalizar com a sua Paixão. E, por fim, acreditar que Ele ressuscitou e está vivo, e é a nossa esperança.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, João Baptista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja,
para que receba nestes santos mistérios
os bens em que pela fé acredita.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Salmo 118, 4-5
Promulgastes, Senhor,
os vossos preceitos para se cumprirem fielmente.
Fazei que os meus passos sejam firmes
na observância dos vossos mandamentos.

Ou Jo 10, 14
Eu sou o Bom Pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, com o auxílio da vossa graça
aqueles que alimentais nos sagrados mistérios,
para que os frutos de salvação
que recebemos neste sacramento
se manifestem em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«Louvado sejais, Senhor, que me concedeste chegar à manhã de hoje»


Venceslau I, de Boémia






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: Co 3, 1-11: Todas as coisas deste mundo, por melhores que sejam – e Deus as fez boas – estão sujeitas às mudanças do tempo, e isso dá-lhes um aspeto de fragilidade e de mutabilidade, que faz descobrir nelas o vazio, a vaidade, no sentido de vacuidade, fonte de ilusão e de desilusão. Estas mudanças das coisas e da vida, meditadas por Coeleth, deram origem a este poema sob a vaidade ou ilusão em que tudo parece redundar neste mundo. Mas Deus deu sentido à vida, e ao homem revela, pouco a pouco, esse sentido, que é sempre o do seu amor pelos homens.

Lc 9, 18-22: Jesus é, em Si mesmo, um mistério tal que os próprios Apóstolos só O vão compreendendo aos poucos. Como nós. Antes de mais é preciso crer que Ele é o Messias de Deus, o seu Enviado, o seu próprio Filho; mas ao mesmo tempo ser-se capaz de não se escandalizar com a sua Paixão. E, por fim, acreditar que Ele ressuscitou e está vivo, e é a nossa esperança.

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LEITURA DO EVANGELHO: – O evangelho hoje volta ao tema da identidade de Jesus. Desta vez não é Herodes, mas o próprio Jesus que o pergunta aos seus discípulos. Jesus aceita a resposta de Pedro, ma proíbe os discípulos de O darem a conhecer. Isto porque, para conhecer a verdadeira identidade de Jesus será preciso vê-l’O na cruz.

MEDITAÇÃO: Jesus repete a pergunta aos seguidores de hoje. E tu, quem dizes que Eu sou? A resposta não consiste em responder com frases aprendidas de cor, mas em abrir-se humildemente ao mistério, escolher o caminho do amor total e responder tal como o Mestre o fez a partir da dor. O que diremos então de Jesus?

ORAÇÃO: Senhor Jesus, tal como ontem também continuamos a conhecer-Te de maneira diferente daquilo que és. Ajuda-nos anos comprometermos com a tua missão, a seguir-Te com alegria e a dar testemunho de Ti, sobretudo nos momentos mais uros da vida.





AGENDA

09.00 horas: Funeral em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito  Santo




A VOZ DO PASTOR



UM BLÁ BLÁ POR UM MELHOR ALENTEJO

Nesta semana, em Portalegre, ouvimos o Senhor Presidente da República, sempre presente e oportuno, e muitos outros especialistas falar de coisas e loisas nobres deste interior alentejano. Foi todo o dia e sem intervalos, já doía a cadeira. À falta de um dos três Ministros anunciados, ironizou-se, delicadamente, que tinha ido promover a agricultura a Angola. De facto, foi anunciar o apoio de 60 milhões de euros de fundos comunitários aos agricultores angolanos. Acreditamos que não seria por sentimentos de paternalismo ou de proteção nem pelo facto de os considerar pobres e desgovernados. Mas que a alta política tem lógicas, mecanismos e procedimentos que a nós, cá na província, é preciso fazer desenho para se explicar bem e fazer entender, lá isso é. Não é fácil de enxergar.
Na prática mais prática, este interior faz acrobacias para atrair verdadeiramente quem o possa estimular e ajudar a dar volta ao texto. Sabe que está esquecido, não sei se abandonado. Tem a consciência de que, cada vez com menos votos, por mais otimista que seja, dificilmente irá ver a luz ao fundo do túnel.
Em discursos e debates, porém, não há rincão deste país que lhe passe a perna. É sempre muito aplaudido e elogiado pela diversidade dos seus recursos, potencialidades e beleza por todos quantos querem mostra saber e fazer figura por estas bandas! Mas pobres de nós os alentejanos por nascimento ou adoção!... Sei que não foi por mal, mas foi uma frase que me fez saltitar as vísceras e pular na cadeira. Alguém citou, com certeza sem querer dar ares de sabido nem nos querer dizer que somos os grandes preguiçosos de Portugal, alguém citou o que John Kennedy havia dito aos americanos: “Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela”. Embora entenda o positivo de tal afirmação, naquele contexto em que até alguns aproveitaram para fazer propaganda política, foi, no meu pensar, mais um caneco de água fria a esmagar silenciosamente o entusiasmo inicial dos presentes, gente empreendedora, empenhada e sacrificada sem necessidade de grandes lições neste campo, mas com necessidade de se sentir reconhecida, estimulada e apoiada. Estavam também ali os autarcas concelhios e de freguesia do distrito, gente empenhadíssima e persistente no cuidar da qualidade de vida das suas gentes. Não se tratava de saber o que cada um pode fazer pelos outros e pelo país. Ali tratava-se de saber o que é que o governo que tudo centraliza, tem centralizado e não tem pressa em descentralizar, o que é que o governo pode e tem planeado fazer por esta gente, para que não desapareça, para que possa viver com esperança e dignidade, para que possa associar-se com gosto e determinação às tarefas que o futuro aponta e exige. Era um auditório de elite e de calos nas mãos há muito comprometida no desenvolvimento da região apesar de tantos cardos e espinhos, dificuldades e burocracias.
Felicito todos os intervenientes pelo seu testemunho e pelo rasgar de horizontes, embora, como é natural, me revisse mais numas do que noutras comunicações. Fosse qual fosse o ponto de vista abordado, fosse qual fosse o entusiasmo com que era exposto e apontado o caminho a seguir, houvesse ou não discordância mais ou menos determinada, todos tinham um objetivo comum: um melhor Alentejo. Foi de aplaudir!
Não seria tanto para isso, mas é verdade que nada de concreto e substancial saiu dali, quer como resposta ao que os alentejanos, desde há muito e por muitas vezes reiterado, têm como necessidade premente para um maior desenvolvimento da região, quer como incentivo à resistência destes alentejanos que se sentem escoados de massa crítica, da traquinice e sonho juvenil e de braços para o trabalho. A maior parte da gente que rodeia os que enchiam o auditório está já no render da guarda. Trabalhou muito, sofreu muito, não se divertiu muito, não se aposentou cedo, vive sem reservas e de economias apertadas, está cansada e a precisar de descanso, apoio e paz. Além disso, como toda a gente sabe e os jovens não ignoram, ninguém tem vocação para mártir. O martírio pode acontecer se tiver de acontecer. Não se provoca, não se procura, não se aguarda pacientemente. Por isso, embora com pena, se não há perspetivas de futuro, os jovens vão em busca de novos poisos e possibilidades. Quem o não faria, o não faz ou virá a fazer?..
Parabéns ao “Movimento de Cidadania Melhor Alentejo” pela reiterada e primorosa organização e pela elevada qualidade da iniciativa. Renovaram a nossa confiança no adágio: água mole em pedra dura tanto dá até que fura! Não há no país, com certeza, muitos movimentos destes a provocar o debate com nível e a fazer crescer a cidadania de que tanto precisamos. Na verdade, é preciso dizer e gritar bem alto que estamos vivos, somos gente, estamos aqui. Sobretudo quando a comunicação social de influência e a gente da esfera do poder estejam muito ocupadas com outros afazeres ou tenham outros centros de interesse.
Embora entendamos que, por vezes, não há qualquer outra alternativa, as solicitações são muitas, achamos que não é muito curial que os responsáveis convidados e a constar no programa venham apressadamente falar de cima para baixo e logo se ausentem dos debates que lhe dizem respeito em virtude das áreas a que presidem. A sua presença, mesmo que sem soluções para as coisas tratadas, o que é normal, é sempre manifestação de comunhão junto do povo e de interesse na busca comum do melhor para o país. E lá pelos intervalos sempre haverá espaço para umas selfies a fazer memória da efeméride.

Antonino Dias
Portalegre, 21-09-2018




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