PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 16 de setembro de 2018
Domingo, 16 de setembro de 2018
XXIV domingo do
tempo comum
Salt. IV
DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana IV
do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Is 50, 5-9a; Sal 114 (115), 1-2. 3-4. 5-6. 8-9
L 2 Tg 2, 14-18
Ev Mc 8, 27-35
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para a Pastoral Diocesana.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf.
Sir 36, 18
Dai a paz, Senhor, aos que em Vós esperam
e confirmai a verdade dos vossos profetas.
Escutai a prece dos vossos servos e abençoai o vosso povo.
ORAÇÃO
Deus, Criador e Senhor de todas as coisas,
lançai sobre nós o vosso olhar;
e para sentirmos em nós os efeitos do vosso amor,
dai-nos a graça de Vos servirmos com todo o coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 50, 5-9a
«Apresentei as costas àqueles que me batiam»
Leitura do Livro de Isaías
Dai a paz, Senhor, aos que em Vós esperam
e confirmai a verdade dos vossos profetas.
Escutai a prece dos vossos servos e abençoai o vosso povo.
ORAÇÃO
Deus, Criador e Senhor de todas as coisas,
lançai sobre nós o vosso olhar;
e para sentirmos em nós os efeitos do vosso amor,
dai-nos a graça de Vos servirmos com todo o coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 50, 5-9a
«Apresentei as costas àqueles que me batiam»
Leitura do Livro de Isaías
O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio e por isso não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra e sei que não ficarei desiludido. O meu advogado está perto de mim. Pretende alguém instaurar-me um processo? Compareçamos juntos. Quem é o meu adversário? Que se apresente! O Senhor Deus vem em meu auxílio. Quem ousará condenar-me?
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 114 (116), 1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9)
Refrão: Andarei na presença do Senhor
sobre a terra dos vivos. Repete-se
Ou: Caminharei na terra dos vivos
na presença do Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Amo o Senhor,
porque ouviu a voz da minha súplica.
Ele me atendeu,
no dia em que O invoquei. Refrão
Apertaram-me os laços da morte,
caíram sobre mim as angústias do além,
vi-me na aflição e na dor.
Então invoquei o Senhor:
«Senhor, salvai a minha alma». Refrão
Justo e compassivo é o Senhor,
o nosso Deus é misericordioso.
O Senhor guarda os simples:
estava sem forças e o Senhor salvou-me. Refrão
Livrou da morte a minha alma,
das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés.
Andarei na presença do Senhor,
sobre a terra dos vivos. Refrão
LEITURA II Tg 2, 14-18
«A fé sem obras está morta»
Leitura da Epístola de São Tiago
Irmãos: De que serve a alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Poderá essa fé obter-lhe a salvação? Se um irmão ou uma irmã não tiverem que vestir e lhes faltar o alimento de cada dia, e um de vós lhes disser: «Ide em paz. Aquecei-vos bem e saciai-vos», sem lhes dar o necessário para o corpo, de que lhes servem as vossas palavras? Assim também a fé sem obras está completamente morta. Mas dirá alguém: «Tu tens a fé e eu tenho as obras». Mostra-me a tua fé sem obras, que eu, pelas obras, te mostrarei a minha fé.
Palavra do Senhor.
ALELUIA cf. Gal 6, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se
Toda a minha glória está na cruz do Senhor,
por quem o mundo está crucificado para mim
e eu para o mundo. Refrão
EVANGELHO Mc 8, 27-35
«Tu és o Messias... O Filho do homem tem de sofrer muito»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Baptista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem d’Ele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-l’O. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens». E, chamando a multidão com os seus discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ouvi, Senhor, com bondade as nossas súplicas
e recebei estas ofertas dos vossos fiéis,
para que os dons oferecidos por cada um de nós
para glória do vosso nome
sirvam para a salvação de todos.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 35, 8
Como é admirável, Senhor, a vossa bondade!
À sombra das vossas asas se refugiam os homens.
Ou cf. 1 Cor 10, 16
O cálice de bênção é comunhão no Sangue de Cristo;
e o pão que partimos é comunhão no Corpo do Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
concedei que este sacramento celeste
nos santifique totalmente a alma e o corpo,
para que não sejamos conduzidos pelos nossos sentimentos
mas pela virtude vivificante do vosso Espírito.
Por Nosso Senhor.
«A cidade prospera
com a bênção dos justos mas se destrói pela boca dos ímpios».
Livro dos Provérbios
11, 11.
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: Is 50, 5-9a: Esta leitura do Antigo Testamento
fala-nos de uma personagem a que a Sagrada Escritura dá o nome de “Servo do
Senhor”. Apresenta-se como alguém obediente a Deus, sujeito a muitas
humilhações, mas sempre confiante no Senhor, e que, por fim, Deus exaltará na
glória. É a figura típica de Jesus na sua Paixão, obediente até à morte na
Cruz, exaltado na glória da Ressurreição, como o Evangelho O vai apresentar.
Tg 2, 14-18: A pregação de S. Tiago é muito
concreta. A fé vive-se na prática da vida de cada dia, sobretudo nas relações
com o próximo, que hão de ter sempre a caridade como fundamento. A fé supõe a
aceitação total da palavra de Deus, no pensar, no querer, no agir. Acreditar
não é apenas admitir com a inteligência a verdade que a Igreja ensina, mas
viver, em toda a vida, dessa mesma verdade. Doutro modo, a fé estaria morta, e
a fé é um princípio de vida.
Mc 8, 27-35: Jesus anuncia, pela primeira vez, a
sua Paixão, depois de Pedro ter feito um acto de fé na sua missão de Messias.
Ao ouvir falar da Paixão Pedro escandaliza-se. Não consegue ligar as ideias de
Messias com a do sofrimento, muito menos com a da Morte. Não tinha ainda
compreendido as palavras sobre o “Servo de Deus” sofredor de que fala a
primeira leitura.
__________
LEITURA DO EVANGELHO:
MEDITAÇÃO: Dado
que todos sabemos que Jesus é o Messias, poder-se-ia crer que a pergunta de
Jesus aos seus discípulos já obteve resposta e que, para nós, já não há
novidade. Contudo, a pergunta não supõe uma resposta aprendida de cor, repetir
o que já se disse e o que se aprendeu. Se assim fosse receberíamos a resposta
que Jesus deu a Pedro. Mas, esta pergunta “vós
quem dizeis que Eu sou?” exige uma resposta de grande profundidade.
Confessá-lo como “Messias” significa
acolher as suas instruções. Como responder? - Confessar com a vida que
realmente conhecemos o Senhor, que privamos com Ele. É necessário que a nossa
profissão de fé vá para além das palavras, aceitando a cruz como parte do
conhecimento e das consequências da opção. A cruz não é apenas sofrimento, é
também um projeto de vida que salva a quem a aceita e a inclui como parte da
sua opção por Jesus Cristo.
ORAÇÃO: Deus, Criador e Senhor de todas as coisas,
lançai sobre nós o vosso olhar; e para sentirmos em nós os efeitos do vosso
amor, dai-nos a graça de Vos servirmos com todo o coração.
AGENDA
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
09.30 horas: Missa na
Falagueira
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.30 horas: Missa em
Monte Claro
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa no
Arneiro, com batismo.
A VOZ DO PASTOR
CONVÍVIOS FRATERNOS: UMA EXPERIÊNCIA FELIZ
Estávamos em maio de 1968. A guerra nas colónias portuguesas
ensombrava o presente e o futuro dos rapazes em serviço militar obrigatório. O
jovem Padre António Valente de Matos, Capelão Militar, sentindo necessidade de
incutir esperança e alegria naquela juventude, sonha e leva a cabo, na cidade
de Castelo Branco, com jovens militares, a primeira experiência de um Movimento
que se haveria de impor como fonte de alegria e de graça a marcar a vida de
milhares e milhares de jovens, rapazes e raparigas, ao longo dos tempos.
Estamos a falar do Movimento dos Convívios Fraternos. Um Movimento laical que
nasceu de jovens para jovens e vai construindo a sua história em Portugal, no
Brasil, Angola, Moçambique, Luxemburgo, Suíça, França, continuando a rasgar
caminhos de bem-fazer. É uma experiência comunitária, em três dias. Uma
experiência vivida na amizade e na confiança, na escuta e no silêncio que
confronta. Aí se propõe a vivência, o testemunho e o anúncio da Boa Nova de
Jesus Cristo como oportunidade de realização individual, familiar e social,
apontando os meios de perseverança nesses caminhos (cf. Caminho de Libertação,
pág. 9). É o início de uma evangelização através de uma experiência vivencial
da fé, favorecida pelo esforço pessoal e pela presença de um clima de amor
cristão que, naturalmente, leva aquele ou aquela que participa, a questionar a
sua vida, a relacioná-la com os critérios do Evangelho e a compará-la com o
testemunho cristão dos outros participantes (cf. Id. Pág.15). Isto é: desperta
a fé e motiva para uma vida nova em Jesus Cristo, procurando responder às
necessidades, interrogações e aspirações mais profundas da juventude dos nossos
dias, e também já de casais, de acordo com uma compreensão cristã da vida e da
história dos homens no mundo (Id. Pág. 21).
Cada um, nesse encontro consigo próprio e com os outros, vai
descobrindo a força e a beleza do amor de Deus em Jesus Cristo que sempre
esteve presente na sua vida. Sim, sempre esteve presente. Agora, porém, nessa
experiência comunitária, parece que Jesus se faz encontrado. Parece que chega
de muito longe e desde há muito tempo ausente para fazer sentir a alegria de um
forte abraço de amizade nunca sentida. Apresenta-se, com surpresa agradável e
eficaz, como o amigo por excelência que quer que cada um seja feliz. Mais:
segreda a cada um, com forte empatia e persuasão, que conta com cada um para
ajudar a construir a felicidade dos outros. Na verdade, é uma experiência
irrepetível e indizível. Irrepetível porque não há Convívios iguais. Para além
da ação do Espírito Santo, eles dependem de quem neles participa e de quem os
coordena. A Palavra semeada pode ser a mesma, as pessoas, porém, são
diferentes. Diferente é o jeito de quem comunica, diferente é o acolhimento, o
terreno e os efeitos da Palavra no coração de cada um que ouve. Indizível
porque quem vive um Convívio Fraterno não encontra, depois de o ter feito,
palavras que exprimam e façam entender a outros o que verdadeiramente viveu, as
portas que se lhe abriram, os horizontes que se lhe rasgaram, os desafios que
agora se lhe apresentam. As grandes experiências que marcam a vida não se
conseguem dizer, vivem-se, não se explicam.
Celebrar o cinquentenário da fundação dos Convívios Fraternos
faz tornar presente os seus fundadores e todos os rapazes e raparigas que ao
longo destes cinquenta anos fizeram esta inesquecível experiência, sempre
ajudados por outros rapazes e raparigas que fizeram parte das Equipas
Coordenadores e das Equipas de Serviço à dinâmica de cada Convívio. Com o seu
testemunho de vida, todos foram instrumentos do Espírito Santo a levar cada
participante a encontrar-se consigo mesmo, com os outros, com Jesus Cristo, o
JC. Irmanados no mesmo ideal de seguir Cristo nos irmãos e O tornarem mais
conhecido, mais amado e melhor servido, muitos deles já se encontram junto de
Deus, no Convívio Eterno e Universal: rezamos por eles, que eles rezem por nós!
Foi na vivência de um Convívio Fraterno que muitos rapazes e raparigas, dóceis
à ação e intuições do Espírito Santo, ganharam espaço e coragem, para fazerem
um melhor discernimento e mais esclarecida opção vocacional. E, hoje, como
fruto desta experiência dos Convívios Fraternos, temos, de facto, pessoas no
ministério ordenado, na vida consagrada religiosa e laical, na vida missionária
ad gentes e na vocação matrimonial a marcar a diferença. E não só. Quem
participa toma consciência do seu compromisso batismal, desperta para a
importância do ser Igreja e da integração na tarefa pastoral das paróquias e
dos arciprestados, dos movimentos e das obras apostólicas. Sobretudo, faz
despertar para a importância do testemunho de vida de cada um, como leigo, como
casal, como esposa ou marido, como pai ou mãe de família unida e responsável,
como profissional e construtor da verdadeira cidadania, como jovem estudante,
ou não, que aí detetou a Luz que dá sentido à vida e dela dá testemunho em
todos os lugares, situações e circunstâncias.
A Cruz do Movimento tem, no seu topo, uma chama acesa. É uma
alusão à chama da fé, a Jesus Cristo, a Luz que ilumina o nosso caminho e dá
sentido à vida. Mas ela está, de facto, no cimo da cruz, como que a dizer-nos
que a cruz não faz sentido sem essa luz, sem a fé, sem Cristo. Mas se a cruz
nos recorda o amor de Deus manifestado em Cristo que a abraçou e nela se
entregou por nós, com amor, também é desafio para todos: “Se alguém
quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me”.
É neste levar a cruz de cada dia com alegria e esperança, mesmo que,
porventura, muito pesada, que mostramos a nossa identificação com Cristo e
testemunhamos que a chama da nossa fé está bem acesa no topo da cruz de cada
dia. Que belo testemunho o de viver na certeza de que o Senhor está em nós, nos
ama, caminha connosco, não nos abandona e quer precisar de cada um de nós para
ser mais conhecido, amado e seguido com alegria e esperança, como Caminho,
Verdade e Vida.
Que o Congresso dos Convívios Fraternos e a sua Peregrinação
Nacional a Fátima, a decorrerem por estes dias, façam renovar o entusiasmo e a
alegria de continuar a servir em nome de Cristo, com Cristo e ao jeito de
Cristo.
Antonino Dias
Portalegre, 07-09-2018.
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