quinta-feira, 5 de abril de 2018




PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 06 de abril de 2018








SEXTA-FEIRA DE PÁSCOA






SEXTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L 1 Act 4, 1-12; Sal 117 (118), 1-2 e 4. 22-24. 25-27a
Ev Jo 21, 1-14

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 77, 53
O Senhor conduziu o seu povo com mão poderosa,
enquanto o mar submergia os inimigos. Aleluia.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, que na Páscoa da nova aliança oferecestes aos homens o dom da reconciliação e da paz, fazei que realizemos na vida o que celebramos na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 4, 1-12
«Em nenhum outro nome podemos ser salvos»


Leitura dos Actos dos Apóstolos

Naqueles dias, estavam Pedro e João a falar ao povo, depois da cura do cego de nascença, quando surgiram os sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus, irritados por eles estarem a ensinar o povo e a anunciar a ressurreição dos mortos que se verificara em Jesus. Apoderaram-se deles e, porque já era tarde, meteram-nos na prisão, até ao dia seguinte. Entretanto, muitos dos que tinham ouvido a palavra de Deus abraçaram a fé e o número de homens elevou-se a uns cinco mil. No dia seguinte, os chefes do povo, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém, com o sumo sacerdote Anás, com Caifás, João e Alexandre, e todos os que eram da família dos príncipes dos sacerdotes. Mandaram vir os Apóstolos à sua presença e começaram a interrogá-los: «Com que poder ou em nome de quem fizestes semelhante coisa?» Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença. Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar se pedra angular. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.4.22-24.25-27a (R. 22 ou Aleluia)
Refrão: A pedra rejeitada tornou-se pedra angular. Repete-se

Ou: A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia. Refrão

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão

Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos abençoamos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. Refrão


ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão


EVANGELHO Jo 21, 1-14
«Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com o peixe»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus manifestou-Se novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco, mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus: «Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o discípulo predileto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor. Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe. Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter ressuscitado dos mortos.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Realizai em nós, Senhor, o mistério desta admirável permuta de dons pascais, para que, da afeição dos bens terrenos passemos ao amor dos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia]


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 21, 12-13
Disse Jesus: Vinde comer.
E tomando o pão, deu-o aos seus discípulos. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade o povo que salvastes, para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho aqueles que foram remidos pela sua paixão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








 «Cada homem é fruto do seu tempo, e poucos são os que conseguem ir mais além».


VOLTAIRE




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Actos 4, 1-12: A cura do cego foi ocasião para uma longa catequese, que a liturgia continua a propor-nos ao longo desta semana. É quase uma mistagogia, uma catequese para iniciados sobre os mistérios da sua própria iniciação. De facto, esta semana foi sempre a semana das catequeses mistagógicas para os que receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã na Noite Santa da Páscoa. Hoje esta catequese insiste sobre o “Nome”, o nome divino de “Senhor”, que é agora título do Homem-Deus, o Senhor Jesus, o Ressuscitado. É o nome que tão frequentemente pronunciamos, quando exclamamos: Kyrie, Senhor, misericórdia.
 
Jo 21, 1-14: As aparições do Senhor ressuscitado vêm frequentemente em ambiente de refeição, e esta é descrita com termos semelhantes aos que são usados para falar da celebração da Eucaristia. A celebração eucarística foi, desde o início, o lugar privilegiado onde os cristãos reconheceram o Senhor no seu Mistério Pascal. A pesca abundante, como outros factos semelhantes do Evangelho, evoca a abundância de vida de que o mistério da Páscoa de Jesus é fonte e origem.
  
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.






AGENDA


11.00 horas: Missa no Lar de Gáfete
15.00 horas: Reunião com os movimentos de Montalvão
15.00 horas: Missa no Lar de Tolosa
16.00 horas: Missa em Montalvão
17.00 horas: Encontro do Movimento do Apostolado da Oração em Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa - Espírito Santo
21.00 horas: Encontro do Movimento do Apostolado da Oração em Gáfete
21.00 horas: Catequese de adultos na Casa Paroquial em Nisa (Crisma).



PALAVRA DO PASTOR

ACREDITES OU NÃO, TAMBÉM MORREU POR TI!...
D. Antonino, bispo de Portalegre-Castelo Branco
Nascido numa família humana, saudável e cheio de vitalidade, cresceu em sabedoria, estatura e graça. Trabalhou de carpinteiro e tinha um grande projeto a realizar: o projeto do Seu Pai para a salvação dos homens. Como qualquer ser humano, porém, Jesus sentia fome, sono, sede, cansaço, era sensível perante o sofrimento e a morte alheia, chorou por Lázaro, chorou sobre Jerusalém. De olhar penetrante, bondoso e delicado, dia após dia e noite após noite, nas margens do lago, no cimo dum monte ou onde quer que fosse, Ele fascinava, cativava, edificava as multidões que o procuravam e Lhe pediam que as não deixasse. A Sua maneira simples de ensinar as coisas mais complexas deixava qualquer sábio pedagogo boquiaberto. A expressão do Seu olhar manifestava força e determinação, firmeza de vontade, equilíbrio de emoções, alegria e paz. Aqueles que O ouviam, ficavam maravilhados com a Sua inteligência e nunca conseguiram apanhá-l’O em qualquer laço que lhe armadilhassem. Tinha como amigos os simples, os humildes de coração, os pequeninos, os pobres em espírito. Os inimigos foram os ambiciosos, os hipócritas, os duros de coração, os que se julgavam justos, bons e sabedores. Seguido e acarinhado pelas multidões, a elite mais incomodada com a Sua pessoa faziam correr as opiniões mais díspares sobre quem é que Ele seria e o destino a dar-Lhe.
E que fazer-Lhe se tanta mossa estava a causar a instalados no poder e na injustiça, a sábios de leis e costumes inúteis, a religiosos de piedade fingida e rotineira, Ele que dizia conhecer as Escrituras, que as Escrituras davam testemunho d’Ele e que até já existia antes de Abraão?
Que fazer a este homem que congregava os injustiçados, absolvia os pecadores, curava os doentes, dava vista aos cegos, o andar aos leprosos, a vida aos mortos, ordenava ao mar, repreendia o vento, abalava as estruturas do tempo, chamava hipócritas aos que se julgavam justos porque falsos e fingidos, mandava dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César e até disse que edificaria o Templo em três dias?
Que fazer a quem reunia multidões que até se esqueciam de comer, expulsava os vendilhões do Templo, falava como quem tem autoridade, mandava até nos espíritos maus, expulsava demónios, desobedecia à lei do sábado e do jejum, oponha-se ao divórcio, ensinava que a autoridade é serviço, que quem quisesse ser o maior se tornasse o mais pequenino de todos, que era preciso nascer de novo, que desviava para si a atenção do povo, dos jovens e das crianças, que lavava os pés aos discípulos e se manifestava tão subversivo na serenidade e tão pacificamente revolucionário?
Que fazer a este homem que multiplicou os pães e os peixes, que fez abundar a pesca e transformou a água em vinho, que passava noites inteiras em oração e apreciava a natureza, a noite, as montanhas, o mar, que chamava a atenção para a beleza dos lírios dos campos que nem trabalham nem fiam, e para os passarinhos que não semeiam, não colhem, nem juntam em armazéns e Deus cuida de uns e outros, Se servia de imagens da natureza para comunicar e ensinar, em pequeninas histórias, a beleza da Sua mensagem?
Que fazer quando os Seus próprios parentes diziam que Ele “tinha ficado louco”, os doutores da lei afirmavam que Ele estava possuído por Belzebu, que era um blasfemo e uma espécie de formiga branca na sociedade, um terrorista social indesejável?
Que fazer a este homem que à Samaritana Se apresenta como o Messias que havia de vir ao mundo, no Seu Batismo e na Transfiguração o Pai Se manifesta dizendo que Ele é o Seu filho muito amado, Natanael professa que Ele é o Filho de Deus e Rei de Israel, Marta afirma que Ele é o Cristo, o Filho de Deus que haveria de vir ao mundo, os Apóstolos pescadores reafirmam que verdadeiramente Ele é o Filho de Deus, e Ele próprio afirmava que Deus era seu Pai, dizia-se igual a Deus, que Ele e o Pai eram a mesma coisa, e mesmo diante do Pontífice afirma ser o Messias, o Filho de Deus, que era rei mas que o seu reino não era deste mundo, e até os anjos O vieram servir no deserto?
Que fazer a este homem a quem até o vento e o mar lhe obedecem, o povo se extasia porque nunca ouviu ninguém falar como esse homem, nunca viu nem ouviu coisa assim, que presenciou e viu, na verdade, fazer coisas tão estranhas?
Isto era coisa demais para aquelas cabecinhas muito seguras de si e donas da verdade. Eles pensavam ter o monopólio de falar sobre o Messias que haveria de vir. Sim, até pensariam que Ele, o Messias, ao chegar, até haveria de ir ao encontro deles para os saudar com mesuras e salamaleques e lhes perguntar o que é que havia a fazer e se lhe permitiam fazê-lo!
Mas Jesus não deu o braço a torcer, era livre demais, sabia o que queria e era obediente ao Pai. Veio para os pecadores e para os doentes que precisavam de médico. Mas a coisa foi-se tornando insustentável, foi-se agudizando cada vez mais, tornou-se mais incómoda, mais tensa, sem saberem muito bem o que Lhe haviam de fazer. É verdade que alguns daqueles que ouviam as palavras de Jesus diziam: De onde Lhe vem esta sabedoria e estes milagres? Este homem não é filho do carpinteiro? A Sua Mãe não se chama Maria e Seus parentes não são fulano e fulano …? Então de onde Lhe vem tudo isto?. E escandalizavam-se por causa de Jesus. Outros diziam que Ele era João Batista; outros, Elias; outros ainda, que era Jeremias ou algum dos profetas. Outros, por sua vez, diziam: «Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia? Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?». Outros, casquilhavam: “É um profeta como os profetas antigos”. Herodes, porém, disse: “Ele é João Batista. Eu mandei-o decapitar, mas ele ressuscitou”. E vós quem dizeis que Eu sou?, perguntou Cristo a Pedro e Pedro respondeu: “Tu és o Messias”, “o Filho de Deus vivo”.
Até que a medida transbordou. Chegada a hora, pelo silêncio da noite, lá veio uma multidão, armada de espadas, paus e varapaus ao encontro de Jesus e Judas entrega-O com um beijo! Aquele que passou pelo mundo fazendo o bem, estava numa angústia de morte, suou sangue, foi preso, traído pelos amigos, abandonado pelas multidões, levado de Anás para Caifás, de Caifás para Pilatos, de Pilatos para Herodes, de Herodes para Pilatos, esbofeteado, cuspido, flagelado, vilipendiado, zombado, escarnecido, coroado de espinhos. E Pilatos disse: “não encontro nenhum crime n’Ele” e “Herodes também não encontrou”. E a mulher de Pilatos mandou dizer-lhe: “não te envolvas com esse justo”. Mas eles gritaram: “Mata esse homem! Solta-nos Barrabás”, “Crucifica-O, crucifica-O”. “Mas que mal fez Ele?”, “Crucifica-O”. Pilatos, porém, para agradar à multidão, dizendo que não era responsável pela morte desse homem, lavou as mãos, mandou flagelar Jesus e entregou-O para ser crucificado. Pregaram-n’O na cruz, deram-Lhe vinagre a beber, sortearam as Suas vestes, insultaram-n’O, ironizaram, espetaram-Lhe uma lança no peito, mataram-no, injustiçado, sem dó nem piedade, e confirmaram a Sua morte. O oficial do exército, porém, que estava em frente da cruz, ao ver como Jesus tinha expirado e os fenómenos que se associaram a este momento, exclamou: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!”. Infelizmente, este reconhecimento veio tarde demais para Jesus, mas, por certo, foi momento de graça para esse centurião. No entanto, a morte de Jesus continua a ser escândalo para uns e loucura para outros, mas poder e amor de Deus para todos, quer se queira e se acredite quer não se acredite nem se queira.

Antonino Dias
Castelo Branco, 29-03-2018





Sem comentários:

Enviar um comentário