quarta-feira, 4 de abril de 2018




PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 05 de abril de 2018








QUINTA-FEIRA DE PÁSCOA






QUINTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L 1 Act 3, 11-26; Sal 8, 2ab e 5. 6-7. 8-9
Ev Lc 24, 35-48

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Sab 10, 20-21
Os justos celebraram em coro a vossa mão protectora,
Senhor, porque a sabedoria abriu a boca dos mudos
e tornou eloquente a língua das crianças. Aleluia.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que reunistes os mais diversos povos na confissão do vosso nome, concedei àqueles que renasceram pela água do Batismo a graça de viverem unidos na fé e na caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 3, 11-26
«Matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, o coxo de nascença que tinha sido curado não largava Pedro e João e todo o povo, cheio de assombro, acorreu para junto deles, ao pórtico de Salomão. Ao ver isto, Pedro falou ao povo, dizendo: «Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque fitais os olhos em nós, como se fosse pelo nosso próprio poder ou piedade que fizemos andar este homem? O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O. Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso. Foi pela fé no seu nome que este homem que vedes e conheceis recuperou as forças; foi a fé que vem de Jesus que o curou completamente, na presença de todos vós. Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados. Assim o Senhor fará que venham os tempos de conforto e vos enviará o Messias Jesus, que de antemão vos foi destinado. Ele terá de ficar no Céu até à restauração universal, que Deus anunciou, desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos profetas. Moisés disse: ‘O Senhor Deus fará que se levante para vós, do meio dos vossos irmãos, um profeta como eu. Escutá-lo-eis em tudo quanto vos disser. Quem não escutar esse profeta será exterminado do meio do povo’. E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, anunciaram também estes dias. Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus firmou com vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’. Foi para vós, em primeiro lugar, que Deus fez aparecer o seu Servo e O enviou para vos abençoar, afastando cada um de vós das suas iniquidades».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 8, 4-9 (R. 2a)
Refrão: Como sois grande em toda a terra,
Senhor, nosso Deus! Repete-se

Senhor, nosso Deus,
como é admirável o vosso nome em toda a terra!
Que é o homem para que Vos lembreis dele,
o filho do homem para dele Vos ocupardes? Refrão

Fizestes dele quase um ser divino,
de honra e glória o coroastes;
destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos,
tudo submetestes a seus pés: Refrão

Ovelhas e bois, todos os rebanhos,
e até os animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos. Refrão


ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia. Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão


EVANGELHO Lc 24, 35-48
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer
e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia
»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei com bondade, Senhor, as ofertas que Vos apresentamos em acção de graças por aqueles que renasceram no Batismo e concedei à Igreja o auxílio da vossa protecção. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia]


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Pedro 2, 9
Povo resgatado, proclamai as maravilhas do Senhor,
que vos chamou das trevas para a sua luz admirável. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ouvi, Senhor, as nossas preces e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção nos auxiliem na vida presente e nos alcancem as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







 «É preciso treinar a mente e o espírito para saber viver em paz no meio das tempestades deste mundo».


VICENTE FERRER




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Atos 3, 11-26: Continua a ouvir-se o grande anúncio: “Cristo foi morto pelos homens, mas Deus ressuscitou-O dos mortos”. É esta afirmação que constitui o objecto da primeira evangelização cristã. Sem a aceitação desta evangelização inicial, não é possível aprofundar o mistério que ela encerra. Esse aprofundamento será depois, num segundo tempo, fruto da catequese posterior. Todo este mistério, o Antigo Testamento o profetiza e o Novo o vê realizado. É ele o objeto da fé da Igreja.
 

Lc 24, 35-48: Tal como a primeira leitura, também esta insiste na unidade dos dois Testamentos, ambos testemunhas da mesma história da salvação. Para a primitiva comunidade cristã, vinda do povo judeu, esta descoberta era fundamental: o que antes de Cristo fora anunciado tinha agora n’Ele pleno cumprimento. O Novo Testamento, o tempo da plenitude, continua a ser agora testemunha desta Boa Nova entre os povos.
  
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.






AGENDA


11.00 horas: Missa no Lar da Santa Casa da Amieira do Tejo
13.00 horas: Funeral em Tolosa
15.00 horas: Adoração em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa         em Nisa – Espírito Santo
21.00 horas: Ensaio de canto.



PALAVRA DO PASTOR

ACREDITES OU NÃO, TAMBÉM MORREU POR TI!...
D. Antonino, bispo de Portalegre-Castelo Branco
Nascido numa família humana, saudável e cheio de vitalidade, cresceu em sabedoria, estatura e graça. Trabalhou de carpinteiro e tinha um grande projeto a realizar: o projeto do Seu Pai para a salvação dos homens. Como qualquer ser humano, porém, Jesus sentia fome, sono, sede, cansaço, era sensível perante o sofrimento e a morte alheia, chorou por Lázaro, chorou sobre Jerusalém. De olhar penetrante, bondoso e delicado, dia após dia e noite após noite, nas margens do lago, no cimo dum monte ou onde quer que fosse, Ele fascinava, cativava, edificava as multidões que o procuravam e Lhe pediam que as não deixasse. A Sua maneira simples de ensinar as coisas mais complexas deixava qualquer sábio pedagogo boquiaberto. A expressão do Seu olhar manifestava força e determinação, firmeza de vontade, equilíbrio de emoções, alegria e paz. Aqueles que O ouviam, ficavam maravilhados com a Sua inteligência e nunca conseguiram apanhá-l’O em qualquer laço que lhe armadilhassem. Tinha como amigos os simples, os humildes de coração, os pequeninos, os pobres em espírito. Os inimigos foram os ambiciosos, os hipócritas, os duros de coração, os que se julgavam justos, bons e sabedores. Seguido e acarinhado pelas multidões, a elite mais incomodada com a Sua pessoa faziam correr as opiniões mais díspares sobre quem é que Ele seria e o destino a dar-Lhe.
E que fazer-Lhe se tanta mossa estava a causar a instalados no poder e na injustiça, a sábios de leis e costumes inúteis, a religiosos de piedade fingida e rotineira, Ele que dizia conhecer as Escrituras, que as Escrituras davam testemunho d’Ele e que até já existia antes de Abraão?
Que fazer a este homem que congregava os injustiçados, absolvia os pecadores, curava os doentes, dava vista aos cegos, o andar aos leprosos, a vida aos mortos, ordenava ao mar, repreendia o vento, abalava as estruturas do tempo, chamava hipócritas aos que se julgavam justos porque falsos e fingidos, mandava dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César e até disse que edificaria o Templo em três dias?
Que fazer a quem reunia multidões que até se esqueciam de comer, expulsava os vendilhões do Templo, falava como quem tem autoridade, mandava até nos espíritos maus, expulsava demónios, desobedecia à lei do sábado e do jejum, oponha-se ao divórcio, ensinava que a autoridade é serviço, que quem quisesse ser o maior se tornasse o mais pequenino de todos, que era preciso nascer de novo, que desviava para si a atenção do povo, dos jovens e das crianças, que lavava os pés aos discípulos e se manifestava tão subversivo na serenidade e tão pacificamente revolucionário?
Que fazer a este homem que multiplicou os pães e os peixes, que fez abundar a pesca e transformou a água em vinho, que passava noites inteiras em oração e apreciava a natureza, a noite, as montanhas, o mar, que chamava a atenção para a beleza dos lírios dos campos que nem trabalham nem fiam, e para os passarinhos que não semeiam, não colhem, nem juntam em armazéns e Deus cuida de uns e outros, Se servia de imagens da natureza para comunicar e ensinar, em pequeninas histórias, a beleza da Sua mensagem?
Que fazer quando os Seus próprios parentes diziam que Ele “tinha ficado louco”, os doutores da lei afirmavam que Ele estava possuído por Belzebu, que era um blasfemo e uma espécie de formiga branca na sociedade, um terrorista social indesejável?
Que fazer a este homem que à Samaritana Se apresenta como o Messias que havia de vir ao mundo, no Seu Batismo e na Transfiguração o Pai Se manifesta dizendo que Ele é o Seu filho muito amado, Natanael professa que Ele é o Filho de Deus e Rei de Israel, Marta afirma que Ele é o Cristo, o Filho de Deus que haveria de vir ao mundo, os Apóstolos pescadores reafirmam que verdadeiramente Ele é o Filho de Deus, e Ele próprio afirmava que Deus era seu Pai, dizia-se igual a Deus, que Ele e o Pai eram a mesma coisa, e mesmo diante do Pontífice afirma ser o Messias, o Filho de Deus, que era rei mas que o seu reino não era deste mundo, e até os anjos O vieram servir no deserto?
Que fazer a este homem a quem até o vento e o mar lhe obedecem, o povo se extasia porque nunca ouviu ninguém falar como esse homem, nunca viu nem ouviu coisa assim, que presenciou e viu, na verdade, fazer coisas tão estranhas?
Isto era coisa demais para aquelas cabecinhas muito seguras de si e donas da verdade. Eles pensavam ter o monopólio de falar sobre o Messias que haveria de vir. Sim, até pensariam que Ele, o Messias, ao chegar, até haveria de ir ao encontro deles para os saudar com mesuras e salamaleques e lhes perguntar o que é que havia a fazer e se lhe permitiam fazê-lo!
Mas Jesus não deu o braço a torcer, era livre demais, sabia o que queria e era obediente ao Pai. Veio para os pecadores e para os doentes que precisavam de médico. Mas a coisa foi-se tornando insustentável, foi-se agudizando cada vez mais, tornou-se mais incómoda, mais tensa, sem saberem muito bem o que Lhe haviam de fazer. É verdade que alguns daqueles que ouviam as palavras de Jesus diziam: De onde Lhe vem esta sabedoria e estes milagres? Este homem não é filho do carpinteiro? A Sua Mãe não se chama Maria e Seus parentes não são fulano e fulano …? Então de onde Lhe vem tudo isto?. E escandalizavam-se por causa de Jesus. Outros diziam que Ele era João Batista; outros, Elias; outros ainda, que era Jeremias ou algum dos profetas. Outros, por sua vez, diziam: «Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia? Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?». Outros, casquilhavam: “É um profeta como os profetas antigos”. Herodes, porém, disse: “Ele é João Batista. Eu mandei-o decapitar, mas ele ressuscitou”. E vós quem dizeis que Eu sou?, perguntou Cristo a Pedro e Pedro respondeu: “Tu és o Messias”, “o Filho de Deus vivo”.
Até que a medida transbordou. Chegada a hora, pelo silêncio da noite, lá veio uma multidão, armada de espadas, paus e varapaus ao encontro de Jesus e Judas entrega-O com um beijo! Aquele que passou pelo mundo fazendo o bem, estava numa angústia de morte, suou sangue, foi preso, traído pelos amigos, abandonado pelas multidões, levado de Anás para Caifás, de Caifás para Pilatos, de Pilatos para Herodes, de Herodes para Pilatos, esbofeteado, cuspido, flagelado, vilipendiado, zombado, escarnecido, coroado de espinhos. E Pilatos disse: “não encontro nenhum crime n’Ele” e “Herodes também não encontrou”. E a mulher de Pilatos mandou dizer-lhe: “não te envolvas com esse justo”. Mas eles gritaram: “Mata esse homem! Solta-nos Barrabás”, “Crucifica-O, crucifica-O”. “Mas que mal fez Ele?”, “Crucifica-O”. Pilatos, porém, para agradar à multidão, dizendo que não era responsável pela morte desse homem, lavou as mãos, mandou flagelar Jesus e entregou-O para ser crucificado. Pregaram-n’O na cruz, deram-Lhe vinagre a beber, sortearam as Suas vestes, insultaram-n’O, ironizaram, espetaram-Lhe uma lança no peito, mataram-no, injustiçado, sem dó nem piedade, e confirmaram a Sua morte. O oficial do exército, porém, que estava em frente da cruz, ao ver como Jesus tinha expirado e os fenómenos que se associaram a este momento, exclamou: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!”. Infelizmente, este reconhecimento veio tarde demais para Jesus, mas, por certo, foi momento de graça para esse centurião. No entanto, a morte de Jesus continua a ser escândalo para uns e loucura para outros, mas poder e amor de Deus para todos, quer se queira e se acredite quer não se acredite nem se queira.

Antonino Dias
Castelo Branco, 29-03-2018




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