quarta-feira, 11 de abril de 2018





PARÓQUIAS DE NISA



Quinta, 12 de abril de 2018









Quinta-feira da II Semana de Páscoa







QUINTA-FEIRA da semana II

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L 1 Act 5, 27-33; Sal 33 (34), 2 e 9. 17-18. 19-20
Ev Jo 3, 31-36

* Na Arquidiocese de Braga – S. Vítor, mártir – MO




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 67, 8-9.20
Quando saístes, Senhor, à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando no meio dele,
estremeceu a terra e abriram-se as fontes do céu. Aleluia.


ORAÇÃO
Nós Vos pedimos, Deus misericordioso, que os dons recebidos neste tempo pascal dêem fruto abundante em toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Actos 5, 27-33
«Somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, o comandante do templo e os guardas trouxeram os Apóstolos e fizeram-nos comparecer diante do Sinédrio. O sumo sacerdote interpelou-os, dizendo: «Já vos proibimos formalmente de ensinar em nome de Jesus; e vós encheis Jerusalém com a vossa doutrina e quereis fazer recair sobre nós o sangue desse homem». Pedro e os Apóstolos responderam: «Deve obedecer-se antes a Deus que aos homens. O Deus dos nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós destes a morte, suspendendo-O no madeiro. Deus exaltou-O pelo seu poder, como Chefe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e o perdão dos pecados. E nós somos testemunhas destes factos, nós e o Espírito Santo que Deus tem concedido àqueles que Lhe obedecem». Exasperados com esta resposta, decidiram dar-lhes a morte.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 33 (34), 2.9.17-18.19-20 (R. cf. 7a ou Aleluia)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.
Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as angústias. Refrão

O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.
Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor. Refrão


ALELUIA Jo 20, 29
Refrão: Aleluia. Repete-se

Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste;
felizes os que acreditam sem terem visto. Refrão


EVANGELHO Jo 3, 31-36
«O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Aquele que vem do alto está acima de todos; quem é da terra, à terra pertence e da terra fala. Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu; mas ninguém recebe o seu testemunho. Quem recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. De facto, Aquele que Deus enviou diz palavras de Deus, porque Deus dá o Espírito sem medida. O Pai ama o Filho e entregou tudo nas suas mãos. Quem acredita no Filho tem a vida eterna. Quem se recusa a acreditar no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






 «Aprende a escutar, e beneficiarás mesmo quando falam mal de ti»


PLUTARCO




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Actos 5, 27-33: A pregação basilar dos Apóstolos é sempre o anúncio do Mistério Pascal: «Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador», que morreu e ressuscitou. Este será também o pregão fundamental da pregação da Igreja. Todo o desenvolvimento que a catequese depois irá fazer partirá deste acontecimento central. O testemunho que os Apóstolos dão deste acontecimento pascal e que a Igreja agora continua a dar é, ao mesmo tempo, dado pelo próprio Espírito Santo. É, por isso, testemunho do próprio Deus.
 

Jo 3, 31-36: Esta passagem faz continuação à conversa de Jesus com Nicodemos, começada a ler-se ontem. São verdadeiras catequeses sobre o mistério da pessoa de Jesus, a sua origem, a sua relação com o Pai, a sua missão. A terra é o mundo dos homens com as suas limitações, as suas carências, até a sua cegueira que os impede de ver a luz de Deus; o Céu é o mundo de Deus, donde nos vem Jesus, o Filho, para tornar os homens participantes da sua vida divina e os conduzir ao Pai. Mas quem aceitará o seu testemunho?

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.





AGENDA

10.00 horas: Missa no Carmelo do Crato
11.30 horas: Funeral Chança
16.30 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo na Igreja do Espírito Santo.



PALAVRA DO PASTOR

QUE QUERERÁ DIZER ESTE PAPAGAIO?
D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco
São Paulo, que não era pessoa de atirar com a toalha ao chão, passou as passinhas do Algarve para ir ao encontro das periferias geográficas, existenciais e culturais do seu tempo. Era aí que ele, impulsionado pelo Espírito, sentia a obrigação de levar a Boa-Nova do Senhor Jesus. Numa dessas situações, acossado por uns judeus que provocaram a agitação e a discórdia entre o povo – sempre houve gente dessa! -, ele viu-se na necessidade de dar às de Vila Diogo de Bereia para Atenas. Atenas era uma cidade onde se cruzavam comerciantes, culturas, artes e saberes, uma importante e influente cidade. Tinha, como ainda tem, porto de mar, o porto de Pireu, com todas as potencialidades, virtudes e vícios que isso arrasta. As pessoas viviam mergulhadas num mar imenso de superstições e idolatria. A cidade estava repleta de ídolos em escala de mais ou menos valor e devoção, conforme os gostos. Mas era também, de facto, uma cidade da cultura desde há muito tempo atrás. Foi sede de grandes filósofos que ainda hoje fazem queimar as pestanas a muitos estudantes e professores, influenciaram e continuam a influenciar a humanidade. Sócrates, Platão, Aristóteles, Zenão, Epicuro e muitos outros fazem parte dessa rara estirpe. Em alguma medida, Atenas foi também o berço do conhecimento científico, da civilização ocidental e da democracia, uma cidade global, mesmo que no tempo de Paulo a sua influência já não fosse tão acentuada. Poder-se-á dizer que Paulo estava bem no centro da civilização clássica da Antiguidade, na milenar Atenas dedicada a Atena, a deusa da sabedoria. Chegado a Atenas, Paulo percorre a cidade e constata que, de facto, em Atenas, "é mais fácil encontrar um deus que um homem". Não podendo fazer vista grossa, agonia-se e chora por dentro, não sossega. Procura descobrir como entrar no coração daquela gente e daquele mundo para lhes anunciar a Boa-Nova de Jesus Cristo. Com calma, sem pressas, mas sem amolecer, tenta desenterrar a ponta por onde lhe haveria de pegar e a estratégia a implementar, tanto para falar à gente simples como aos mais ilustrados e influentes. Aos sábados, vai às sinagogas para falar a judeus e a prosélitos. Diariamente, na praça pública, fala e discute com quem lhe aparece, onde não faltam filósofos epicuristas e estoicos para trocar impressões com ele, não fossem os atenienses tão abertos a ouvir as últimas novidades que lá chegassem doutras paragens! Mas já com a pulga atrás da orelha, alguns troçavam: “Que quererá dizer este papagaio?”. E outros casquinavam: “Parece que é um pregoeiro de deuses estrangeiros”. Todos, porém, se manifestavam curiosos: “Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? O que nos dizes é muito estranho e gostaríamos de saber o que é que isso quer dizer”. Convidaram-no, então, para ir com eles e falar no Areópago, próximo da Acrópole. São lugares que ainda hoje, ao visitá-los, nos atiram com o pensamento para este tempo, nos fazem imaginar e admirar a força e as dificuldades sentidas por Paulo. Ali se reunia o grande Conselho da cidade-estado de Atenas, com fins culturais, políticos, judiciais e outros. Ao longo dos tempos, foi palco de grandes acontecimentos e decisões políticas que marcaram a história grega. E vai ser mesmo ali, bem no coração de tão importante cidade cosmopolita, que o Evangelho vai ser testemunhado às autoridades e aos mais altos representantes do mundo grego, com engenho e arte.
Ao falar a judeus, Paulo, como é evidente, citava-lhes as Escrituras. Aos atenienses, porém, Paulo, embora talvez lhe apetecesse gritar e desancar neles com vergasta de marmeleiro, ele faz, isso sim, um excelente exercício de inculturação, inteligente e de bom senso. Começa por lhes louvar a sua grande religiosidade e cita-lhes até filósofos e poetas gregos. Fala-lhes ao coração e mostra-se conhecedor da sua religiosidade e cultura. Para levar a água ao seu moinho, ele sabe fazê-lo com sabedoria e prudência, clara e habilidosamente, dirigindo-se mais à consciência dos presentes do que à sua curiosidade de espiões. Começa pelo facto de, ao andar pela cidade e ter visto tantos altares e deuses, até viu um altar dedicado “Ao Deus desconhecido”. E logo se apresenta como alguém capaz para lhes falar desse Deus desconhecido, desse Deus que eles veneram mas não conhecem, o Deus verdadeiro que dá a vida, o Deus que fez o mundo e tudo quanto nele existe. E citando-lhes de imediato um filósofo grego de pensamento afim, não demora em criticar a idolatria que aliena o homem. No entanto, para evitar comparações com os filósofos gregos, Paulo nunca menciona o nome de Jesus, mas toda a assembleia acaba, mesmo assim, por ficar concentrada em Cristo Jesus quando ele, Paulo, anuncia que Deus, um dia, há de julgar o mundo com justiça “por meio de um Homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos". Ao falar em ressurreição dos mortos, entornou-se o caldo, a paciência daquela gente esgotou-se, o discurso foi interrompido. A mensagem de Paulo, porém, – o kerygma -, não deixou ninguém indiferente. Uns troçaram, é certo, talvez contorcendo-se por aquilo que acabavam de ouvir e lhes abalava as suas certezas, outros acreditaram, outros queriam ouvir mais: «Ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez». 
Eis, então, o discurso que Paulo, de pé no meio do Areópago, lhes fez:
«Atenienses, vejo que sois, em tudo, os mais religiosos dos homens. Percorrendo a vossa cidade e examinando os vossos monumentos sagrados, até encontrei um altar com esta inscrição: ‘Ao Deus desconhecido.’ Pois bem! Aquele que venerais sem o conhecer é esse que eu vos anuncio. O Deus que criou o mundo e tudo quanto nele se encontra, Ele, que é o Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários construídos pela mão do homem, nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, Ele, que a todos dá a vida, a respiração e tudo mais. Fez, a partir de um só homem, todo o género humano, para habitar em toda a face da Terra; e fixou a sequência dos tempos e os limites para a sua habitação, a fim de que os homens procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo, mesmo tateando, embora não se encontre longe de cada um de nós. É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e existimos, como também o disseram alguns dos vossos poetas: ‘Pois nós somos também da sua estirpe.’
Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a Divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem ter em conta estes tempos de ignorância, Deus faz saber, agora, a todos os homens e em toda a parte, que todos têm de se arrepender, pois fixou um dia em que julgará o universo com justiça, por intermédio de um Homem, que designou, oferecendo a todos um motivo de crédito, com o facto de o ter ressuscitado de entre os mortos»
Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, uns começaram a troçar, enquanto outros disseram: «Ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez.» Foi assim que Paulo saiu do meio deles. Alguns dos homens, no entanto, concordaram com ele e abraçaram a fé, entre os quais Dionísio, o areopagita, e também uma mulher de nome Dâmaris e outros com eles. Depois disso, Paulo afastou-se de Atenas e foi para Corinto” (At 17).

Antonino Dias
Portalegre, 06-04-2018.

: isto é santidade
As Bem-aventuranças da Santidade

Ser pobre no coração: isto é santidade.
Reagir com humilde mansidão: isto é santidade.
Saber chorar com os outros: isto é santidade.
Buscar a justiça com fome e sede: isto é santidade.
Olhar e agir com misericórdia: isto é santidade.
Manter o coração limpo de tudo o que mancha o amor: isto é santidade.
Semear a paz ao nosso redor: isto é santidade.
Abraçar diariamente o caminho do Evangelho mesmo que nos acarrete problemas: isto é santidade.

Papa Francisco, ‘Gaudete et Exsultate’




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