PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
07 de abril de 2018
SÁBADO DE PÁSCOA
SÁBADO
DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício
próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L 1 Act 4, 13-21; Sal 117 (118), 1 e 14-15. 16ab-18. 19-21
Ev Mc 16, 9-15
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L 1 Act 4, 13-21; Sal 117 (118), 1 e 14-15. 16ab-18. 19-21
Ev Mc 16, 9-15
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 104, 43
O Senhor libertou o seu povo entre vozes de alegria
e os seus eleitos com brados de júbilo. Aleluia.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que, na vossa imensa bondade, ofereceis a todos os povos o dom da fé, olhai benignamente para os vossos filhos e fazei que, renascidos pelo sacramento do Baptismo, sejam revestidos da vida imortal na glória celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 4, 13-21
«Não podemos calar o que vimos e ouvimos»
Leitura dos Actos dos Apóstolos
O Senhor libertou o seu povo entre vozes de alegria
e os seus eleitos com brados de júbilo. Aleluia.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que, na vossa imensa bondade, ofereceis a todos os povos o dom da fé, olhai benignamente para os vossos filhos e fazei que, renascidos pelo sacramento do Baptismo, sejam revestidos da vida imortal na glória celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 4, 13-21
«Não podemos calar o que vimos e ouvimos»
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias, os chefes do povo, os anciãos e os escribas, vendo a firmeza de Pedro e de João e verificando que eram homens iletrados e plebeus, ficaram surpreendidos. Reconheciam-nos como companheiros de Jesus, mas, como viam diante deles o homem que fora curado, nada podiam replicar. Mandaram-nos então sair do Sinédrio e começaram a deliberar entre si: «Que havemos de fazer a estes homens? Que se realizou por meio deles um milagre, sabem-no todos os habitantes de Jerusalém e não podemos negá-lo. Mas para que isto não continue a divulgar-se entre o povo, vamos intimá-los com ameaças que não falem desse nome a ninguém. Chamaram-nos então e proibiram-nos terminantemente falar ou ensinar em nome de Jesus. Mas Pedro e João responderam: «Se é justo aos olhos de Deus obedecer-vos antes a vós que a Ele, julgai-o vós próprios. Nós é que não podemos calar o que vimos e ouvimos». Depois de novas ameaças, puseram-nos em liberdade, pois não encontravam modo de os castigar, por causa do povo, uma vez que todos davam glória a Deus pelo que tinha acontecido.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118),1.14-15.16ab-18.19-21 (R. 21a)
Refrão: Eu Vos dou graças, Senhor, porque me ouvistes. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
O Senhor é a minha força e a minha glória,
foi Ele o meu salvador.
Há gritos de júbilo e de vitória
nas tendas dos justos. Refrão
A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.
Com dureza me castigou o Senhor,
mas não me deixou morrer. Refrão
Abri-me as portas da justiça:
entrarei para dar graças ao Senhor.
Esta é a porta do Senhor:
os justos entrarão por ela.
Eu Vos darei graças porque me ouvistes
e fostes o meu salvador. Refrão
ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
EVANGELHO Mc 16, 9-15
«Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Jesus ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto. Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram. Depois disto, manifestou-Se com aspeto diferente a dois deles que iam a caminho do campo. E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito. Mais tarde apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, que em todo o tempo possamos alegrar-nos com estes mistérios pascais, de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção seja para nós causa de alegria eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia]
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Gal 3, 27
Vós que fostes batizados em Cristo
estais revestidos de Cristo. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo e fazei chegar à gloriosa ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Como quererás vencer
Satanás se nem tens força para desligares
a televisã0?».
LEONARDO RAVENHILL
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Actos 4, 13-21: A primeira semana da Páscoa
termina com a grande afirmação dos Apóstolos diante do tribunal judaico, a que
justificará, para sempre, a presença da Igreja no meio mundo: “Não podemos
calar o que vimos e ouvimos”. Assim o proclamamos agora na celebração da
liturgia, proclamação que sentimos necessidade de prolongar para além desta
semana, por uma longa semana ou oitava de Domingos durante todo o Tempo Pascal,
e, fora da celebração da liturgia, todos os dias e em toda a parte..
Mc 16, 9-15: Está exatamente na linha da leitura anterior o que o Senhor deixou como última mensagem aos seus Apóstolos: “Ide... e proclamai a Boa Nova”. As aparições dos primeiros dias após a Ressurreição do Senhor revestiram-se de oportunidade e valor particular, pois que eram como que a resposta à sua Morte na Cruz. Mas, se a vida terrena de Jesus findou no Calvário, a sua vida gloriosa é eterna. Por isso, Ele pode continuar a ser reconhecido, até que venha no fim dos tempos, na assembleia do seu povo reunido, na sua palavra, nos seus sacramentos, particularmente no da Eucaristia, na vida quotidiana dos que vivem da sua própria Vida. Assim o afirmou o Concílio (SC 7).
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.
AGENDA
15.00 horas: Missa em Salavessa
15.30 horas: Funeral em Ares
16.00 horas: Missa no Pé da Serra
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa –
Espírito Santo.
PALAVRA
DO PASTOR
QUE QUERERÁ DIZER ESTE PAPAGAIO?
D. Antonino Dias, Bispo de
Portalegre-Castelo Branco
São Paulo, que não era pessoa de atirar
com a toalha ao chão, passou as passinhas do Algarve para ir ao encontro das
periferias geográficas, existenciais e culturais do seu tempo. Era aí que ele, impulsionado
pelo Espírito, sentia a obrigação de levar a Boa-Nova do Senhor Jesus. Numa
dessas situações, acossado por uns judeus que provocaram a agitação e a
discórdia entre o povo – sempre houve gente dessa! -, ele viu-se na necessidade
de dar às de Vila Diogo de Bereia para Atenas. Atenas era uma cidade onde se
cruzavam comerciantes, culturas, artes e saberes, uma importante e influente
cidade. Tinha, como ainda tem, porto de mar, o porto de Pireu, com todas as
potencialidades, virtudes e vícios que isso arrasta. As pessoas viviam
mergulhadas num mar imenso de superstições e idolatria. A cidade estava repleta
de ídolos em escala de mais ou menos valor e devoção, conforme os gostos. Mas
era também, de facto, uma cidade da cultura desde há muito tempo atrás. Foi
sede de grandes filósofos que ainda hoje fazem queimar as pestanas a muitos
estudantes e professores, influenciaram e continuam a influenciar a humanidade.
Sócrates, Platão, Aristóteles, Zenão, Epicuro e muitos outros fazem parte dessa
rara estirpe. Em alguma medida, Atenas foi também o berço do conhecimento
científico, da civilização ocidental e da democracia, uma cidade global, mesmo
que no tempo de Paulo a sua influência já não fosse tão acentuada. Poder-se-á
dizer que Paulo estava bem no centro da civilização clássica da Antiguidade, na
milenar Atenas dedicada a Atena, a deusa da sabedoria. Chegado a Atenas, Paulo
percorre a cidade e constata que, de facto, em Atenas, "é mais fácil
encontrar um deus que um homem". Não podendo fazer vista grossa, agonia-se
e chora por dentro, não sossega. Procura descobrir como entrar no coração
daquela gente e daquele mundo para lhes anunciar a Boa-Nova de Jesus Cristo.
Com calma, sem pressas, mas sem amolecer, tenta desenterrar a ponta por onde
lhe haveria de pegar e a estratégia a implementar, tanto para falar à gente
simples como aos mais ilustrados e influentes. Aos sábados, vai às sinagogas
para falar a judeus e a prosélitos. Diariamente, na praça pública, fala e
discute com quem lhe aparece, onde não faltam filósofos epicuristas e estoicos
para trocar impressões com ele, não fossem os atenienses tão abertos a ouvir as
últimas novidades que lá chegassem doutras paragens! Mas já com a pulga atrás
da orelha, alguns troçavam: “Que quererá dizer este papagaio?”. E outros
casquinavam: “Parece que é um pregoeiro de deuses estrangeiros”. Todos, porém,
se manifestavam curiosos: “Poderemos saber que nova doutrina é essa que
ensinas? O que nos dizes é muito estranho e gostaríamos de saber o que é que
isso quer dizer”. Convidaram-no, então, para ir com eles e falar no Areópago,
próximo da Acrópole. São lugares que ainda hoje, ao visitá-los, nos atiram com
o pensamento para este tempo, nos fazem imaginar e admirar a força e as
dificuldades sentidas por Paulo. Ali se reunia o grande Conselho da
cidade-estado de Atenas, com fins culturais, políticos, judiciais e outros. Ao
longo dos tempos, foi palco de grandes acontecimentos e decisões políticas que
marcaram a história grega. E vai ser mesmo ali, bem no coração de tão importante
cidade cosmopolita, que o Evangelho vai ser testemunhado às autoridades e aos
mais altos representantes do mundo grego, com engenho e arte.
Ao falar a judeus, Paulo, como é
evidente, citava-lhes as Escrituras. Aos atenienses, porém, Paulo, embora
talvez lhe apetecesse gritar e desancar neles com vergasta de marmeleiro, ele
faz, isso sim, um excelente exercício de inculturação, inteligente e de bom
senso. Começa por lhes louvar a sua grande religiosidade e cita-lhes até
filósofos e poetas gregos. Fala-lhes ao coração e mostra-se conhecedor da sua
religiosidade e cultura. Para levar a água ao seu moinho, ele sabe fazê-lo com
sabedoria e prudência, clara e habilidosamente, dirigindo-se mais à consciência
dos presentes do que à sua curiosidade de espiões. Começa pelo facto de, ao
andar pela cidade e ter visto tantos altares e deuses, até viu um altar
dedicado “Ao Deus desconhecido”. E logo se apresenta como alguém capaz para
lhes falar desse Deus desconhecido, desse Deus que eles veneram mas não
conhecem, o Deus verdadeiro que dá a vida, o Deus que fez o mundo e tudo quanto
nele existe. E citando-lhes de imediato um filósofo grego de pensamento afim,
não demora em criticar a idolatria que aliena o homem. No entanto, para evitar
comparações com os filósofos gregos, Paulo nunca menciona o nome de Jesus, mas
toda a assembleia acaba, mesmo assim, por ficar concentrada em Cristo Jesus
quando ele, Paulo, anuncia que Deus, um dia, há de julgar o mundo com justiça
“por meio de um Homem que destinou; e disso deu certeza a todos,
ressuscitando-o dentre os mortos". Ao falar em ressurreição dos mortos,
entornou-se o caldo, a paciência daquela gente esgotou-se, o discurso foi
interrompido. A mensagem de Paulo, porém, – o kerygma -, não deixou ninguém
indiferente. Uns troçaram, é certo, talvez contorcendo-se por aquilo que
acabavam de ouvir e lhes abalava as suas certezas, outros acreditaram, outros
queriam ouvir mais: «Ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez».
Eis, então, o discurso que Paulo, de pé
no meio do Areópago, lhes fez:
«Atenienses, vejo que sois, em tudo, os
mais religiosos dos homens. Percorrendo a vossa cidade e examinando os vossos
monumentos sagrados, até encontrei um altar com esta inscrição: ‘Ao Deus
desconhecido.’ Pois bem! Aquele que venerais sem o conhecer é esse que eu vos
anuncio. O Deus que criou o mundo e tudo quanto nele se encontra, Ele, que é o
Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários construídos pela mão do
homem, nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, Ele,
que a todos dá a vida, a respiração e tudo mais. Fez, a partir de um só homem,
todo o género humano, para habitar em toda a face da Terra; e fixou a sequência
dos tempos e os limites para a sua habitação, a fim de que os homens procurem a
Deus e se esforcem por encontrá-lo, mesmo tateando, embora não se encontre
longe de cada um de nós. É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e
existimos, como também o disseram alguns dos vossos poetas: ‘Pois nós somos
também da sua estirpe.’
Se nós somos da raça de Deus, não
devemos pensar que a Divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra,
trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem ter em conta estes tempos de
ignorância, Deus faz saber, agora, a todos os homens e em toda a parte, que
todos têm de se arrepender, pois fixou um dia em que julgará o universo com
justiça, por intermédio de um Homem, que designou, oferecendo a todos um motivo
de crédito, com o facto de o ter ressuscitado de entre os mortos»
Ao ouvirem falar da ressurreição dos
mortos, uns começaram a troçar, enquanto outros disseram: «Ouvir-te-emos falar
sobre isso ainda outra vez.» Foi assim que Paulo saiu do meio deles. Alguns dos
homens, no entanto, concordaram com ele e abraçaram a fé, entre os quais
Dionísio, o areopagita, e também uma mulher de nome Dâmaris e outros com eles.
Depois disso, Paulo afastou-se de Atenas e foi para Corinto” (At 17).
Antonino Dias
Portalegre, 06-04-2018.
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