sábado, 14 de abril de 2018





PARÓQUIAS DE NISA



Domingo, 15 de abril de 2018










III domingo de Páscoa








DOMINGO III DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.

L 1 Act 3, 13-15. 17-19; Sal 4, 2. 4. 7. 9
L 2 1 Jo 2, 1-5a
Ev Lc 24, 35-48


* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Em todas as Dioceses do País – Começa hoje a LV Semana de Oração pelas Vocações Consagradas.

 


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 65, 1-2
Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores. Aleluia.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO
Exulte sempre o vosso povo, Senhor, com a renovada juventude da alma, de modo que, alegrando-se agora por se ver restituído à glória da adoção divina,
aguarde o dia da ressurreição na esperança da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 3, 13-15.17-19
«Matastes o autor da vida; mas Deus ressuscitou-o dos mortos»

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Pedro disse ao povo: «O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O. Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso. Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 4, 2.4.7.9 (R. 7a)
Refrão: Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
a luz do vosso rosto. Repete-se

Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-Vos de mim
e ouvi a minha súplica. Refrão

Sabei que o Senhor faz maravilhas pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco. Refrão

Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?»
Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz da vossa face. Refrão

Em paz me deito e adormeço tranquilo,
porque só Vós, Senhor,
me fazeis repousar em segurança. Refrão


LEITURA II 1 Jo 2, 1-5a
«Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados
e também pelos do mundo inteiro»


Leitura da Primeira Epístola de São João

Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro. E nós sabemos que O conhecemos, se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.

Palavra do Senhor.

ALELUIA cf. Lc 24, 32
Refrão: Aleluia. Repete-se
Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras,
falai-nos e inflamai o nosso coração. Refrão


EVANGELHO Lc 24, 35-48
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer
e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?». Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa.
Vós que lhe destes tão grande felicidade, fazei-a tomar parte na alegria eterna. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Cristo tinha de sofrer a morte e ressuscitar ao terceiro dia,
para ser proclamado, em seu nome,
o arrependimento e o perdão dos pecados. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo e fazei chegar
à gloriosa ressurreição da carne aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna. Por Nosso Senhor.







 «Em Jesus, a sua maneira de ser diz quem é. E a sua maneira e ser é dar a vida. De ser e estar connosco. No meio de nós e à nossa frente».


ANTÓNIO COUTO, BISPO




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURAS: Atos 3, 13-15.17-19: O plano da salvação, traçado por Deus, cumpriu-se em Jesus Cristo, que realizou todas as profecias do Antigo Testamento. Contudo perante o desígnio de Deus, a atitude dos judeus é de incompreensão: do verdadeiro Servo de Deus fizeram o «Servo sofredor». Mas Deus ressuscitou Jesus! Como o prova o milagre, realizado por Pedro antes deste discurso, Ele está vivo e continua a Sua obra de restauração da humanidade. Aqueles que não reconheceram o Messias, quando estava entre eles, têm agora a possibilidade de se converter, pois a Sua ação renovadora continua através dos Sacramentos.


 1 Jo 2, 1-5a: Vencer o mal e responder, de modo perfeito, a Deus, é um ideal que ultrapassa as nossas forças. Não devemos, porém, desanimar. Com efeito, Jesus Cristo, para nos livrar do mal, aceitou ser vítima de expiação por todos nós, tornando-se assim o nosso advogado, o nosso intercessor junto do Pai. Só Ele pode fortificar a nossa fé e sustentar a nossa fidelidade. Exige-se-nos apenas que amemos a Cristo, esforçando-nos por traduzir a nossa fidelidade pela observância dos Seus mandamentos.

Lc 24, 35-48: Jesus aparece, visivelmente, aos Apóstolos e convida-os a tocarem o Seu corpo glorificado, a fim de que não subsistam dúvidas acerca da realidade corporal da Sua Ressurreição. Ele não é apenas um espírito imortalizado. Ele ressuscitou também no Seu corpo, como o provam as cicatrizes da Paixão e a refeição tomada diante deles. A salvação alcançada por Jesus é, na verdade, total. Não abrange apenas a alma. Também o nosso corpo será glorificado. O que é necessário é que o cristão saiba sempre respeitar o seu corpo. Só assim a renovação iniciada com os Sacramentos se tornará, no futuro, «glória incorruptível».

ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.





AGENDA

Todo o dia: Encontro missionário AMIVD em Fátima
11.00 horas: Missa em Nisa
11.30 horas: Celebração da Palavra com Bodas de Ouro matrimoniais em Arez
18.00 horas: No Cineteatro  Municipal de Nisa encerramento dos Cursilhos para senhoras



PALAVRA DO PASTOR

E BASTAVA UM EMPURRÃOZINHO!...

Torno presente uma história que, tal como outrora, pode acontecer ainda hoje com qualquer um de nós se a indiferença para com os outros nos dominar e paralisar.
A noroeste de Jerusalém havia uma piscina cuja existência é hoje confirmada pela arqueologia. As suas águas agitavam-se de tempos a tempos. Alguns estudiosos aventam a hipótese de que esse rebuliço das águas talvez se devesse a uma corrente de água que, de vez em quando, alimentaria a piscina, ou então a uma fonte intermitente. São hipóteses, embora, como é evidente, alguma explicação tivesse de ter. O povo acreditava que, depois dessa agitação da água, ela tinha poderes milagrosos, poderes de cura. Mas a crença popular ia mais longe. Afirmava que esse remexer das águas se devia a um anjo que, de quando em vez, se dava a esses preciosos afazeres, agitava as águas. Talvez que esta crença tenha a sua origem em tempos do profeta Ezequiel. Ele fala duma água que corre do Santuário, do Templo, uma água abundante, que dá vida, cura, é o símbolo do poder de Deus no meio do Seu povo (cf. Ezeq 47,1-12). São João, na passagem do Evangelho que já iremos ler, evoca essa crença. No livro do Apocalipse retoma essa ideia para dizer que a nova humanidade recebe a vida de Deus, do Seu Espírito, rio de Água Viva (cf. Ap 22, 1-5).
Mas voltemos à piscina, mesmo sem traje nem toalha nem sol. Porque as doenças sempre fizeram parte da vida e a vida sempre se desejou saudável e sem sofrimento, nessa piscina amontoavam-se doentes de toda a espécie de achaques, aguardando o tal agitar das águas. O primeiro a nelas mergulhar ficaria curado, assim se acreditava.
Ora, por ocasião de uma das festas dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém e esteve junto dessa piscina. Dêmos a palavra a São João e apreciemos como ele descreve a cena:
“Houve uma festa judaica e Jesus foi a Jerusalém. Em Jerusalém, junto da porta das ovelhas, existe uma piscina rodeada por cinco corredores cobertos. Em hebraico, a piscina chama-se Betesda. Muitos doentes ficavam ali deitados: eram cegos, coxos e paralíticos, à espera que a água se movesse, porque um anjo do Senhor descia de vez em quando e agitava a água da piscina. O primeiro doente que entrasse na piscina, depois de a água ser agitada, ficava curado de qualquer doença que tivesse. Encontrava-se lá um homem que estava doente havia trinta e oito anos. Jesus viu o homem deitado e soube que estava doente há tanto tempo. Então perguntou-lhe: “Queres ficar curado?”. O doente respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me lance na piscina quando a água começa a agitar-se. Quando lá chego, já outro entrou na minha frente”. Jesus disse: “Levanta-te, toma a tua cama e anda”. No mesmo instante, o homem ficou curado, tomou a sua cama e começou a andar” (Jo 5, 1-18).
O texto de São João continua a falar-nos do imbróglio que se seguiu por causa de Jesus ter feito isto ao sábado. Fiquemos, porém, por aqui e imaginemos só este pobre coitado!... Trinta e oito anos à espera duma alma caridosa que o ajudasse. E bastava um simples empurrão para a água, um pequenino impulso! Ele estava mesmo mesmo mesmo ali à beirinha da piscina. Mas ninguém apareceu para o ajudar, ninguém! Trinta e oito anos, Santo Deus!... Certamente que é um número simbólico e tem também sentido simbólico. Talvez queira recordar os trinta e oito anos de esperança desesperada que o povo de Israel teve de viver enquanto atravessava de Cades Barne até ao outro lado do rio Zared, onde assumiria a terra prometida (cf. Deut 2, 14). O paralítico também estava ali, numa longa peregrinação em busca da cura e de sentido para a sua vida, há trinta e oito anos!... E pensarmos nós que bastaria mesmo um leve empurrãozinho para que isso acontecesse!...
Mas eis que surge o inesperado, um desconhecido, Jesus. O paralítico não conhecia Jesus e é Jesus quem o provoca, quem toma a iniciativa, quem vai ao seu encontro e lhe pergunta se quer ser curado. O paralítico com certeza que ficou surpreendido com o teor da pergunta. Não era coisa que se perguntasse, até porque ele estava ali para isso, para ser curado. E acabou por não dizer se queria ou não ser curado. Queixou-se, isso sim, por não ter ninguém que o ajudasse a tempo e horas…Jesus, porém, curou-o e ele começou a andar.
Constata-se hoje, que, não poucos, fiados em fantasias e conversas vãs, também procuram sentido para a vida em variadíssimas piscinas, mas tantas delas de água turba. E o que é mais sintomático é que encontram sempre alguém que os estimula, acompanha e ajuda a espraiarem-se nessas águas inquinadas, insalubres, águas que arruínam, destroem e matam. Tanto sofrimento debaixo de tantos telhados devido à droga, ao álcool, à marginalização, à infidelidade, ao descarte, à violência e quejandos de turma…
No entanto, mesmo junto dessas situações, Jesus, fonte de água viva, faz-se encontrado, continua a perguntar se queremos ser curados e a propor-se como o caminho a verdade e a vida. Desconhecido para muita gente, Ele continua a Sua ação salvadora mas confiou aos Seus discípulos a sublime missão de O apresentar e O dar a conhecer a todos e em toda a parte para que em toda a parte e todos se possam lançar nesta feliz aventura de O seguir, curados, livres e saudáveis mesmo que no meio do sofrimento que a vida a todos possa oferecer.
O Papa Francisco lembra que “há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho” (EG127).
Isto, porém, só acontecerá se, primeiro, cada um se deixar tocar por Jesus, se se deixar tocar pela Sua Palavra, traduzindo-a em atitudes concretas na vida. Sem isso, não haverá entusiasmo nem alegria nem vontade de aceitar o mandato do Senhor de ir e ensinar, com alegria e entusiasmo. Mas todos, na verdade, todos somos corresponsáveis na transformação da sociedade. Cada um, a seu modo e nas circunstâncias próprias da sua vida, está convidado e mandatado para fazer penetrar os valores cristãos no mundo social, politico, económico e cultural, ajudando a modificar pela força do Evangelho os valores que contam e os modelos de vida que libertam e salvam. E há sempre alguém, mesmo mesmo à beirinha da piscina (ou não!...), à espera de ajuda para que possa mudar de situação e caminhar pelos seus próprios pés, com alegria e esperança, no seguimento de Jesus, fonte de água viva. Tanta gente desiludida, desanimada e triste que em vez de perceber uma mão estendida de alguém para a ajudar a levantar-se e a caminhar, parece mas é que sente a algazarra de todos a saltar-lhe para cima da cabeça para a empurrar ainda mais para baixo. Não é humano, muito menos cristão.
Jesus classificou como Seus amigos aqueles que fazem o que Ele manda, e o que Ele nos manda é que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou. E enviou-nos em Seu nome, prometendo estar sempre connosco até ao fim dos tempos. Dar Cristo a conhecer aos outros é uma importante forma de os amar e ajudar. Que ninguém espere tanto tempo! Quem espera desespera!

Antonino Dias
Portalegre, 13-04-2018.



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