PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
21 de abril de 2018
Sábado da III semana de Páscoa
SÁBADO
da semana III (de
manhã)
S.
Anselmo, bispo e doutor da Igreja – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 9, 31-42; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 16-17
Ev Jo 6, 60-69
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 9, 31-42; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 16-17
Ev Jo 6, 60-69
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Col 2, 12
Com Cristo fostes sepultados no Batismo
e também com Ele fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Aleluia.
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que renovais nas águas do Batismo os que acreditam em Vós, protegei os que renasceram em Cristo, para que, vencendo todos os ataques do mal, conservem fielmente os dons da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 9, 31-42
«A Igreja crescia na consolação do Espírito Santo»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Com Cristo fostes sepultados no Batismo
e também com Ele fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Aleluia.
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que renovais nas águas do Batismo os que acreditam em Vós, protegei os que renasceram em Cristo, para que, vencendo todos os ataques do mal, conservem fielmente os dons da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 9, 31-42
«A Igreja crescia na consolação do Espírito Santo»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, a Igreja gozava de paz, por toda a Judeia, Galileia e Samaria, consolidava-se e caminhava no temor do Senhor e crescia na consolação do Espírito Santo. Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até junto dos fiéis que habitavam em Lida. Encontrou lá, prostrado numa enxerga havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico. Disse-lhe Pedro: «Eneias, Jesus Cristo vai curar-te. Levanta-te e compõe a tua enxerga». E ele pôs-se logo de pé. Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se converteram ao Senhor. Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente chamada Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e esmolas que fazia. Nesses dias caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado, depositaram-na na sala superior. Como Lida era perto de Jope e os discípulos ouviram dizer que Pedro estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido: «Vem depressa ter connosco». Pedro partiu imediatamente com eles. Quando chegou, levaram-no à sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando e mostrando as túnicas e mantos feitos por Gazela, enquanto estava ainda com elas. Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Depois voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te». Ela abriu os olhos e, ao ver Pedro, sentou-se. Pedro estendeu-lhe a mão e levantou-a e, chamando os fiéis e as viúvas, apresentou-lha viva. Isto soube-se em toda a cidade de Jope e muitos acreditaram no Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 115 (116), 12-13.14-15.16-17 (R. cf. 12 ou Aleluia)
Refrão: Bendito seja o Senhor
por tudo quanto fez por mim. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. Refrão
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis. Refrão
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome. Refrão
ALELUIA cf. Jo 6, 63c.68c
Refrão Aleluia. Repete-se
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 60-69
«Para quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?». Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar. E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai». A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?» Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família e concedei-lhe o auxílio da vossa proteção, para que não perca as graças recebidas e alcance os bens eternos. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 17, 20-21
Pai santo,
Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade o povo que salvastes, para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho aqueles que foram redimidos pela sua paixão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Os sábios crescem na sabedoria
mas boca do insensato preanuncia desgraça».
LIVRO DOS PROVÉRBIOS, 10,14
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: Interioriza,
dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 9, 31-42: A
Igreja não é uma ideia abstrata, nem uma realidade invisível; a Igreja é a
comunidade dos que creem no Senhor Jesus, e está em cada lugar onde esta
comunidade se encontrar, mas sempre na comunhão universal da mesma fé, da mesma
esperança e do mesmo amor. Por isso, Pedro, cabeça visível do Colégio dos
Apóstolos, começa a percorrer as várias comunidades locais; e em todas se faz
sentir a presença do Espírito Santo e a força da ressurreição..
EVANGELHO
Jo 6, 60-69: A passagem da ordem
material, como a que foi possível experimentar na refeição servida por Jesus,
mesmo recorrendo à multiplicação maravilhosa dos pães e dos peixes, para a
ordem do Espírito, como aquela de que Jesus falava quando Se apresentou como o
Pão da vida, pareceu coisa muito dura aos seus ouvintes. O homem carnal
dificilmente sobe à esfera espiritual. No entanto, as palavras de Jesus são
reveladoras de realidades divinas, que só o Espírito pode fazer compreender. A
religião cristã é mais do que uma doutrina ou uma moral ou uma prática ritual;
é a experiência de um mistério, só acessível à fé pela ação do Espírito de
Deus. O Tempo Pascal é o Tempo privilegiado desta experiência.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.
AGENDA
14.00 horas: Funeral em Nisa – Mártir e Santo
15.00 horas: Missa no Pardo
15.00 horas: Batismo em Nisa – Nossa Senhora da Graça
16.00 horas: Ordenação presbiteral em Portalegre
17.00 horas: Missa em Arez
18.00 horas: Missa ma Igreja do Espírito Santo em Nisa.
PALAVRA
DO PASTOR
E BASTAVA UM EMPURRÃOZINHO!...
Torno
presente uma história que, tal como outrora, pode acontecer ainda hoje com
qualquer um de nós se a indiferença para com os outros nos dominar e paralisar.
A
noroeste de Jerusalém havia uma piscina cuja existência é hoje confirmada pela
arqueologia. As suas águas agitavam-se de tempos a tempos. Alguns estudiosos
aventam a hipótese de que esse rebuliço das águas talvez se devesse a uma
corrente de água que, de vez em quando, alimentaria a piscina, ou então a uma
fonte intermitente. São hipóteses, embora, como é evidente, alguma explicação
tivesse de ter. O povo acreditava que, depois dessa agitação da água, ela tinha
poderes milagrosos, poderes de cura. Mas a crença popular ia mais longe.
Afirmava que esse remexer das águas se devia a um anjo que, de quando em vez,
se dava a esses preciosos afazeres, agitava as águas. Talvez que esta crença
tenha a sua origem em tempos do profeta Ezequiel. Ele fala duma água que corre
do Santuário, do Templo, uma água abundante, que dá vida, cura, é o símbolo do
poder de Deus no meio do Seu povo (cf. Ezeq 47,1-12). São João, na passagem do
Evangelho que já iremos ler, evoca essa crença. No livro do Apocalipse retoma
essa ideia para dizer que a nova humanidade recebe a vida de Deus, do Seu
Espírito, rio de Água Viva (cf. Ap 22, 1-5).
Mas
voltemos à piscina, mesmo sem traje nem toalha nem sol. Porque as doenças
sempre fizeram parte da vida e a vida sempre se desejou saudável e sem sofrimento,
nessa piscina amontoavam-se doentes de toda a espécie de achaques, aguardando o
tal agitar das águas. O primeiro a nelas mergulhar ficaria curado, assim se
acreditava.
Ora,
por ocasião de uma das festas dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém e esteve
junto dessa piscina. Dêmos a palavra a São João e apreciemos como ele descreve
a cena:
“Houve
uma festa judaica e Jesus foi a Jerusalém. Em Jerusalém, junto da porta das
ovelhas, existe uma piscina rodeada por cinco corredores cobertos. Em hebraico,
a piscina chama-se Betesda. Muitos doentes ficavam ali deitados: eram cegos,
coxos e paralíticos, à espera que a água se movesse, porque um anjo do Senhor
descia de vez em quando e agitava a água da piscina. O primeiro doente que
entrasse na piscina, depois de a água ser agitada, ficava curado de qualquer
doença que tivesse. Encontrava-se lá um homem que estava doente havia trinta e
oito anos. Jesus viu o homem deitado e soube que estava doente há tanto tempo.
Então perguntou-lhe: “Queres ficar curado?”. O doente respondeu: “Senhor, não
tenho ninguém que me lance na piscina quando a água começa a agitar-se. Quando
lá chego, já outro entrou na minha frente”. Jesus disse: “Levanta-te, toma a
tua cama e anda”. No mesmo instante, o homem ficou curado, tomou a sua cama e
começou a andar” (Jo 5, 1-18).
O
texto de São João continua a falar-nos do imbróglio que se seguiu por causa de
Jesus ter feito isto ao sábado. Fiquemos, porém, por aqui e imaginemos só este
pobre coitado!... Trinta e oito anos à espera duma alma caridosa que o
ajudasse. E bastava um simples empurrão para a água, um pequenino impulso! Ele
estava mesmo mesmo mesmo ali à beirinha da piscina. Mas ninguém apareceu para o
ajudar, ninguém! Trinta e oito anos, Santo Deus!... Certamente que é um número
simbólico e tem também sentido simbólico. Talvez queira recordar os trinta e
oito anos de esperança desesperada que o povo de Israel teve de viver enquanto
atravessava de Cades Barne até ao outro lado do rio Zared, onde assumiria a
terra prometida (cf. Deut 2, 14). O paralítico também estava ali, numa longa
peregrinação em busca da cura e de sentido para a sua vida, há trinta e oito
anos!... E pensarmos nós que bastaria mesmo um leve empurrãozinho para que isso
acontecesse!...
Mas
eis que surge o inesperado, um desconhecido, Jesus. O paralítico não conhecia
Jesus e é Jesus quem o provoca, quem toma a iniciativa, quem vai ao seu
encontro e lhe pergunta se quer ser curado. O paralítico com certeza que ficou
surpreendido com o teor da pergunta. Não era coisa que se perguntasse, até
porque ele estava ali para isso, para ser curado. E acabou por não dizer se
queria ou não ser curado. Queixou-se, isso sim, por não ter ninguém que o
ajudasse a tempo e horas…Jesus, porém, curou-o e ele começou a andar.
Constata-se
hoje, que, não poucos, fiados em fantasias e conversas vãs, também procuram
sentido para a vida em variadíssimas piscinas, mas tantas delas de água turba.
E o que é mais sintomático é que encontram sempre alguém que os estimula,
acompanha e ajuda a espraiarem-se nessas águas inquinadas, insalubres, águas
que arruínam, destroem e matam. Tanto sofrimento debaixo de tantos telhados
devido à droga, ao álcool, à marginalização, à infidelidade, ao descarte, à
violência e quejandos de turma…
No
entanto, mesmo junto dessas situações, Jesus, fonte de água viva, faz-se
encontrado, continua a perguntar se queremos ser curados e a propor-se como o
caminho a verdade e a vida. Desconhecido para muita gente, Ele continua a Sua
ação salvadora mas confiou aos Seus discípulos a sublime missão de O apresentar
e O dar a conhecer a todos e em toda a parte para que em toda a parte e todos
se possam lançar nesta feliz aventura de O seguir, curados, livres e saudáveis
mesmo que no meio do sofrimento que a vida a todos possa oferecer.
O
Papa Francisco lembra que “há uma forma de pregação que nos compete a todos
como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se
encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal
que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um
missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição
permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente
em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho” (EG127).
Isto,
porém, só acontecerá se, primeiro, cada um se deixar tocar por Jesus, se se
deixar tocar pela Sua Palavra, traduzindo-a em atitudes concretas na vida. Sem
isso, não haverá entusiasmo nem alegria nem vontade de aceitar o mandato do
Senhor de ir e ensinar, com alegria e entusiasmo. Mas todos, na verdade, todos
somos corresponsáveis na transformação da sociedade. Cada um, a seu modo e nas
circunstâncias próprias da sua vida, está convidado e mandatado para fazer
penetrar os valores cristãos no mundo social, politico, económico e cultural,
ajudando a modificar pela força do Evangelho os valores que contam e os modelos
de vida que libertam e salvam. E há sempre alguém, mesmo mesmo à beirinha da
piscina (ou não!...), à espera de ajuda para que possa mudar de situação e
caminhar pelos seus próprios pés, com alegria e esperança, no seguimento de
Jesus, fonte de água viva. Tanta gente desiludida, desanimada e triste que em
vez de perceber uma mão estendida de alguém para a ajudar a levantar-se e a
caminhar, parece mas é que sente a algazarra de todos a saltar-lhe para cima da
cabeça para a empurrar ainda mais para baixo. Não é humano, muito menos
cristão.
Jesus
classificou como Seus amigos aqueles que fazem o que Ele manda, e o que Ele nos
manda é que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou. E enviou-nos em Seu
nome, prometendo estar sempre connosco até ao fim dos tempos. Dar Cristo a
conhecer aos outros é uma importante forma de os amar e ajudar. Que ninguém
espere tanto tempo! Quem espera desespera!
Antonino Dias
Portalegre, 13-04-2018.
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