terça-feira, 3 de abril de 2018



PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 04 de abril de 2018







QUARTA-FEIRA DE PÁSCOA






QUARTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L 1 Act 3, 1-10; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev Lc 24, 13-35


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.




Missa
 ANTÍFONA DE ENTRADA Mt 25, 34
Vinde, benditos de meu Pai. Recebei o reino preparado para vós desde o princípio do mundo. Aleluia.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que todos os anos nos alegrais com a solenidade da ressurreição de Cristo, concedei, pela vossa bondade, que, celebrando dignamente estas festas na terra, mereçamos chegar às alegrias do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Actos 3, 1-10
«Dou-te o que tenho:
em nome de Jesus, levanta-te e anda»


Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro e João subiam ao templo para a oração das três horas da tarde. Trouxeram então um homem, coxo de nascença, que colocavam todos os dias à porta do templo, chamada Porta Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Ao ver Pedro e João, que iam a entrar no templo, pediu-lhes esmola. Pedro, juntamente com João, olhou fixamente para ele e disse-lhe: «Olha para nós». O coxo olhava atentamente para Pedro e João, esperando receber deles alguma coisa. Pedro disse- lhe: «Não tenho ouro nem prata, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda». E, tomando-lhe a mão direita, levantou-o. Nesse instante fortaleceram-se-lhe os pés e os tornozelos, levantou-se de um salto, pôs-se de pé e começou a andar; depois entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus. Toda a gente o viu caminhar e louvar a Deus e, sabendo que era aquele que costumava estar sentado, a mendigar, à Porta Formosa do templo, ficaram cheios de admiração e assombro pelo que lhe tinha acontecido.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 3b)
Refrão: Exulte o coração dos que procuram o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Aclamai o nome do Senhor,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas. Refrão

Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face. Refrão

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac. Refrão

ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se


Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão


EVANGELHO Lc 24, 13-35
«Reconheceram-n’O ao partir o pão»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício da nossa redenção e concedei-nos, pela vossa bondade, a salvação da alma e do corpo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia]


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram o Senhor Jesus
ao partir o pão. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos purificastes do velho pecado, fazei que a comunhão do sacramento do vosso Filho nos transforme em novas criaturas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








 «A alegria que os apóstolos experimentaram ao constatarem a Ressurreição de Jesus foi maior de qualquer outra alegria ao constatarem os seus milagres antes da ressurreição».


SANTO ANTÓNIO DO LISBOA




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


Actos 3, 1-10 : Depois da palavra da pregação dos Apóstolos, proclamada nos dias anteriores, vemos hoje o gesto, o sinal, como que a dar encarnação àquela palavra: a cura feita em Nome de Jesus, sinal do poder do Ressuscitado, que permanece vivo no meio dos seus, como fonte de vida e de salvação. Este sinal maravilhoso vai ser o ponto de partida para uma grande catequese nos próximos dias, como uma mistagogia que se prolonga e aprofunda o mistério pascal agora celebrado.

Lc 24, 13-35 : A aparição aos discípulos de Emaús é das mais significativas: encontramos aqui de novo, mas agora com uma estrutura mais completa e mais bem recortada, a ligação entre a Palavra e o Rito, o sinal, onde os discípulos reconhecem o Senhor. Toda esta encantadora narração reproduz a estrutura da celebração da Eucaristia: Jesus no meio dos seus; a palavra das Escrituras; Moisés (a Lei) e os Profetas (a leitura de amanhã acrescentará: os Salmos); a explicação (homilia) que desvenda o sentido das mesmas Escrituras; por fim, a “Fracção do pão”, termo que, desde a origem, designa a celebração da Eucaristia.


ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.






AGENDA


17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
21.00 horas: Catequese bíblica em Tolosa



PALAVRA DO PASTOR

ACREDITES OU NÃO, TAMBÉM MORREU POR TI!...
D. Antonino, bispo de Portalegre-Castelo Branco
Nascido numa família humana, saudável e cheio de vitalidade, cresceu em sabedoria, estatura e graça. Trabalhou de carpinteiro e tinha um grande projeto a realizar: o projeto do Seu Pai para a salvação dos homens. Como qualquer ser humano, porém, Jesus sentia fome, sono, sede, cansaço, era sensível perante o sofrimento e a morte alheia, chorou por Lázaro, chorou sobre Jerusalém. De olhar penetrante, bondoso e delicado, dia após dia e noite após noite, nas margens do lago, no cimo dum monte ou onde quer que fosse, Ele fascinava, cativava, edificava as multidões que o procuravam e Lhe pediam que as não deixasse. A Sua maneira simples de ensinar as coisas mais complexas deixava qualquer sábio pedagogo boquiaberto. A expressão do Seu olhar manifestava força e determinação, firmeza de vontade, equilíbrio de emoções, alegria e paz. Aqueles que O ouviam, ficavam maravilhados com a Sua inteligência e nunca conseguiram apanhá-l’O em qualquer laço que lhe armadilhassem. Tinha como amigos os simples, os humildes de coração, os pequeninos, os pobres em espírito. Os inimigos foram os ambiciosos, os hipócritas, os duros de coração, os que se julgavam justos, bons e sabedores. Seguido e acarinhado pelas multidões, a elite mais incomodada com a Sua pessoa faziam correr as opiniões mais díspares sobre quem é que Ele seria e o destino a dar-Lhe.
E que fazer-Lhe se tanta mossa estava a causar a instalados no poder e na injustiça, a sábios de leis e costumes inúteis, a religiosos de piedade fingida e rotineira, Ele que dizia conhecer as Escrituras, que as Escrituras davam testemunho d’Ele e que até já existia antes de Abraão?
Que fazer a este homem que congregava os injustiçados, absolvia os pecadores, curava os doentes, dava vista aos cegos, o andar aos leprosos, a vida aos mortos, ordenava ao mar, repreendia o vento, abalava as estruturas do tempo, chamava hipócritas aos que se julgavam justos porque falsos e fingidos, mandava dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César e até disse que edificaria o Templo em três dias?
Que fazer a quem reunia multidões que até se esqueciam de comer, expulsava os vendilhões do Templo, falava como quem tem autoridade, mandava até nos espíritos maus, expulsava demónios, desobedecia à lei do sábado e do jejum, oponha-se ao divórcio, ensinava que a autoridade é serviço, que quem quisesse ser o maior se tornasse o mais pequenino de todos, que era preciso nascer de novo, que desviava para si a atenção do povo, dos jovens e das crianças, que lavava os pés aos discípulos e se manifestava tão subversivo na serenidade e tão pacificamente revolucionário?
Que fazer a este homem que multiplicou os pães e os peixes, que fez abundar a pesca e transformou a água em vinho, que passava noites inteiras em oração e apreciava a natureza, a noite, as montanhas, o mar, que chamava a atenção para a beleza dos lírios dos campos que nem trabalham nem fiam, e para os passarinhos que não semeiam, não colhem, nem juntam em armazéns e Deus cuida de uns e outros, Se servia de imagens da natureza para comunicar e ensinar, em pequeninas histórias, a beleza da Sua mensagem?
Que fazer quando os Seus próprios parentes diziam que Ele “tinha ficado louco”, os doutores da lei afirmavam que Ele estava possuído por Belzebu, que era um blasfemo e uma espécie de formiga branca na sociedade, um terrorista social indesejável?
Que fazer a este homem que à Samaritana Se apresenta como o Messias que havia de vir ao mundo, no Seu Batismo e na Transfiguração o Pai Se manifesta dizendo que Ele é o Seu filho muito amado, Natanael professa que Ele é o Filho de Deus e Rei de Israel, Marta afirma que Ele é o Cristo, o Filho de Deus que haveria de vir ao mundo, os Apóstolos pescadores reafirmam que verdadeiramente Ele é o Filho de Deus, e Ele próprio afirmava que Deus era seu Pai, dizia-se igual a Deus, que Ele e o Pai eram a mesma coisa, e mesmo diante do Pontífice afirma ser o Messias, o Filho de Deus, que era rei mas que o seu reino não era deste mundo, e até os anjos O vieram servir no deserto?
Que fazer a este homem a quem até o vento e o mar lhe obedecem, o povo se extasia porque nunca ouviu ninguém falar como esse homem, nunca viu nem ouviu coisa assim, que presenciou e viu, na verdade, fazer coisas tão estranhas?
Isto era coisa demais para aquelas cabecinhas muito seguras de si e donas da verdade. Eles pensavam ter o monopólio de falar sobre o Messias que haveria de vir. Sim, até pensariam que Ele, o Messias, ao chegar, até haveria de ir ao encontro deles para os saudar com mesuras e salamaleques e lhes perguntar o que é que havia a fazer e se lhe permitiam fazê-lo!
Mas Jesus não deu o braço a torcer, era livre demais, sabia o que queria e era obediente ao Pai. Veio para os pecadores e para os doentes que precisavam de médico. Mas a coisa foi-se tornando insustentável, foi-se agudizando cada vez mais, tornou-se mais incómoda, mais tensa, sem saberem muito bem o que Lhe haviam de fazer. É verdade que alguns daqueles que ouviam as palavras de Jesus diziam: De onde Lhe vem esta sabedoria e estes milagres? Este homem não é filho do carpinteiro? A Sua Mãe não se chama Maria e Seus parentes não são fulano e fulano …? Então de onde Lhe vem tudo isto?. E escandalizavam-se por causa de Jesus. Outros diziam que Ele era João Batista; outros, Elias; outros ainda, que era Jeremias ou algum dos profetas. Outros, por sua vez, diziam: «Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia? Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?». Outros, casquilhavam: “É um profeta como os profetas antigos”. Herodes, porém, disse: “Ele é João Batista. Eu mandei-o decapitar, mas ele ressuscitou”. E vós quem dizeis que Eu sou?, perguntou Cristo a Pedro e Pedro respondeu: “Tu és o Messias”, “o Filho de Deus vivo”.
Até que a medida transbordou. Chegada a hora, pelo silêncio da noite, lá veio uma multidão, armada de espadas, paus e varapaus ao encontro de Jesus e Judas entrega-O com um beijo! Aquele que passou pelo mundo fazendo o bem, estava numa angústia de morte, suou sangue, foi preso, traído pelos amigos, abandonado pelas multidões, levado de Anás para Caifás, de Caifás para Pilatos, de Pilatos para Herodes, de Herodes para Pilatos, esbofeteado, cuspido, flagelado, vilipendiado, zombado, escarnecido, coroado de espinhos. E Pilatos disse: “não encontro nenhum crime n’Ele” e “Herodes também não encontrou”. E a mulher de Pilatos mandou dizer-lhe: “não te envolvas com esse justo”. Mas eles gritaram: “Mata esse homem! Solta-nos Barrabás”, “Crucifica-O, crucifica-O”. “Mas que mal fez Ele?”, “Crucifica-O”. Pilatos, porém, para agradar à multidão, dizendo que não era responsável pela morte desse homem, lavou as mãos, mandou flagelar Jesus e entregou-O para ser crucificado. Pregaram-n’O na cruz, deram-Lhe vinagre a beber, sortearam as Suas vestes, insultaram-n’O, ironizaram, espetaram-Lhe uma lança no peito, mataram-no, injustiçado, sem dó nem piedade, e confirmaram a Sua morte. O oficial do exército, porém, que estava em frente da cruz, ao ver como Jesus tinha expirado e os fenómenos que se associaram a este momento, exclamou: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!”. Infelizmente, este reconhecimento veio tarde demais para Jesus, mas, por certo, foi momento de graça para esse centurião. No entanto, a morte de Jesus continua a ser escândalo para uns e loucura para outros, mas poder e amor de Deus para todos, quer se queira e se acredite quer não se acredite nem se queira.

Antonino Dias
Castelo Branco, 29-03-2018





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