PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
11 de abril de 2018
Quarta-feira da II Semana de Páscoa
QUARTA-FEIRA
da semana II
S. Estanislau, bispo e
mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. pascal.
L 1 Act 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
Ev Jo 3, 16-21
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA (4EsD 2,35)
A luz eterna iluminará os vossos Santos, Senhor, e viverão pelos séculos sem fim. Aleluia.
A luz eterna iluminará os vossos Santos, Senhor, e viverão pelos séculos sem fim. Aleluia.
ORAÇÃO
Senhor
nosso Deus, que destes ao bispo Santo Estanislau a glória do martírio sob os golpes
dos seus perseguidores, concedei-nos a graça de nos mantermos firmes na fé até à
morte. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, Ele que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 5, 17-26
«Os homens que metestes na prisão estão no templo a ensinar o povo»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, o sumo sacerdote e todo o seu grupo, isto é, o partido dos saduceus, enfurecidos contra os Apóstolos, mandaram-nos prender e meteram-nos na cadeia pública. Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da prisão, levou-os para fora e disse-lhes: «Ide apresentar-vos no templo, a anunciar ao povo todas estas palavras de vida». Tendo ouvido isto, eles entraram no templo de madrugada e começaram a ensinar. Entretanto, chegou o sumo sacerdote com o seu grupo. Convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos israelitas e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia. Os guardas foram lá, mas não os encontraram na prisão; e voltaram para avisar: «Encontrámos a cadeia fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta. Abrimo-la, mas não encontrámos ninguém lá dentro». Ao ouvirem estas palavras, o comandante do templo e os príncipes dos sacerdotes ficaram muito perplexos, perguntando entre si o que se tinha passado com os presos. Entretanto, veio alguém comunicar-lhes: «Os homens que metestes na cadeia estão no templo a ensinar o povo». Então o comandante do templo foi lá com os guardas e trouxe os Apóstolos, mas sem violência, porque tinham receio de serem apedrejados pelo povo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. cf. 7a ou Aleluia)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. Refrão
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. Refrão
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia. Refrão
ALELUIA Jo 3, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho
Unigénito; quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 3, 16-21
«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, este sacrifício de
reconciliação e de louvor, ao celebrarmos a festa memória do mártir Santo Estanislau,
para que alcancemos o perdão dos pecados e vivamos em contínua ação de graças.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO Jo
12,24-25
Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dá fruto abundante. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dá fruto abundante. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes à vossa
mesa, ao celebrarmos com alegria a memória de Santo Estanislau, concedei que,
anunciando neste banquete sagrado a morte do vosso Filho Unigénito, mereçamos
participar, juntamente com os Santos Mártires, na glória da sua ressurreição.
Por Nosso Senhor.
«Se o teu irmão te ofender, não penses
tanto na sua má ação mas mais que é teu irmão»
Epicleto
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos
5, 17-26: A
palavra de Deus ilumina e salva os que a acolhem com fé e lhe correspondem,
como endurece e cega os que se obstinam em se lhe fecharem. Enquanto, aos
primeiros, os encanta, aos segundos, irrita-os, e eles acabam por serem por ela
preteridos. Mas a palavra de Deus não pode ser julgada; é ela que julga. Foi
assim que os Apóstolos, depois de terem sido presos, acabaram por ser
libertados e vieram a ser encontrados a anunciar, de novo, essa mesma palavra,
pela qual tinham estado prisioneiros.
Jo 3, 16-21: Cristo é o grande dom de Deus aos
homens, é a fonte da salvação. É a luz que ilumina mais fortemente que todas as
demais luzes. Ao lado d’Ele, todas as outras luzes não passam de trevas. Quem
d’Ele se aproximar praticará obras de bem e não terá nenhum receio de ser visto
pelos homens; ao contrário, o que d’Ele se afastar tem receio de que os homens
o vejam, porque as suas obras o hão de envergonhar.
ORAÇÃO: Senhor, concede-nos que amemos sempre a Vida.
AGENDA
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa e catequese em Tolosa
18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo
21.00 horas: Reunião da Mensagem de Fátima em Gáfete.
PALAVRA
DO PASTOR
QUE QUERERÁ DIZER ESTE PAPAGAIO?
D. Antonino Dias, Bispo de
Portalegre-Castelo Branco
São Paulo, que não era pessoa de atirar
com a toalha ao chão, passou as passinhas do Algarve para ir ao encontro das
periferias geográficas, existenciais e culturais do seu tempo. Era aí que ele,
impulsionado pelo Espírito, sentia a obrigação de levar a Boa-Nova do Senhor
Jesus. Numa dessas situações, acossado por uns judeus que provocaram a agitação
e a discórdia entre o povo – sempre houve gente dessa! -, ele viu-se na
necessidade de dar às de Vila Diogo de Bereia para Atenas. Atenas era uma
cidade onde se cruzavam comerciantes, culturas, artes e saberes, uma importante
e influente cidade. Tinha, como ainda tem, porto de mar, o porto de Pireu, com
todas as potencialidades, virtudes e vícios que isso arrasta. As pessoas viviam
mergulhadas num mar imenso de superstições e idolatria. A cidade estava repleta
de ídolos em escala de mais ou menos valor e devoção, conforme os gostos. Mas
era também, de facto, uma cidade da cultura desde há muito tempo atrás. Foi
sede de grandes filósofos que ainda hoje fazem queimar as pestanas a muitos
estudantes e professores, influenciaram e continuam a influenciar a humanidade.
Sócrates, Platão, Aristóteles, Zenão, Epicuro e muitos outros fazem parte dessa
rara estirpe. Em alguma medida, Atenas foi também o berço do conhecimento
científico, da civilização ocidental e da democracia, uma cidade global, mesmo
que no tempo de Paulo a sua influência já não fosse tão acentuada. Poder-se-á
dizer que Paulo estava bem no centro da civilização clássica da Antiguidade, na
milenar Atenas dedicada a Atena, a deusa da sabedoria. Chegado a Atenas, Paulo
percorre a cidade e constata que, de facto, em Atenas, "é mais fácil
encontrar um deus que um homem". Não podendo fazer vista grossa, agonia-se
e chora por dentro, não sossega. Procura descobrir como entrar no coração
daquela gente e daquele mundo para lhes anunciar a Boa-Nova de Jesus Cristo.
Com calma, sem pressas, mas sem amolecer, tenta desenterrar a ponta por onde
lhe haveria de pegar e a estratégia a implementar, tanto para falar à gente
simples como aos mais ilustrados e influentes. Aos sábados, vai às sinagogas
para falar a judeus e a prosélitos. Diariamente, na praça pública, fala e
discute com quem lhe aparece, onde não faltam filósofos epicuristas e estoicos
para trocar impressões com ele, não fossem os atenienses tão abertos a ouvir as
últimas novidades que lá chegassem doutras paragens! Mas já com a pulga atrás
da orelha, alguns troçavam: “Que quererá dizer este papagaio?”. E outros casquinavam:
“Parece que é um pregoeiro de deuses estrangeiros”. Todos, porém, se
manifestavam curiosos: “Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? O
que nos dizes é muito estranho e gostaríamos de saber o que é que isso quer
dizer”. Convidaram-no, então, para ir com eles e falar no Areópago, próximo da
Acrópole. São lugares que ainda hoje, ao visitá-los, nos atiram com o
pensamento para este tempo, nos fazem imaginar e admirar a força e as
dificuldades sentidas por Paulo. Ali se reunia o grande Conselho da
cidade-estado de Atenas, com fins culturais, políticos, judiciais e outros. Ao
longo dos tempos, foi palco de grandes acontecimentos e decisões políticas que
marcaram a história grega. E vai ser mesmo ali, bem no coração de tão
importante cidade cosmopolita, que o Evangelho vai ser testemunhado às
autoridades e aos mais altos representantes do mundo grego, com engenho e arte.
Ao falar a judeus, Paulo, como é
evidente, citava-lhes as Escrituras. Aos atenienses, porém, Paulo, embora
talvez lhe apetecesse gritar e desancar neles com vergasta de marmeleiro, ele
faz, isso sim, um excelente exercício de inculturação, inteligente e de bom
senso. Começa por lhes louvar a sua grande religiosidade e cita-lhes até
filósofos e poetas gregos. Fala-lhes ao coração e mostra-se conhecedor da sua
religiosidade e cultura. Para levar a água ao seu moinho, ele sabe fazê-lo com
sabedoria e prudência, clara e habilidosamente, dirigindo-se mais à consciência
dos presentes do que à sua curiosidade de espiões. Começa pelo facto de, ao
andar pela cidade e ter visto tantos altares e deuses, até viu um altar
dedicado “Ao Deus desconhecido”. E logo se apresenta como alguém capaz para
lhes falar desse Deus desconhecido, desse Deus que eles veneram mas não
conhecem, o Deus verdadeiro que dá a vida, o Deus que fez o mundo e tudo quanto
nele existe. E citando-lhes de imediato um filósofo grego de pensamento afim,
não demora em criticar a idolatria que aliena o homem. No entanto, para evitar
comparações com os filósofos gregos, Paulo nunca menciona o nome de Jesus, mas
toda a assembleia acaba, mesmo assim, por ficar concentrada em Cristo Jesus
quando ele, Paulo, anuncia que Deus, um dia, há de julgar o mundo com justiça
“por meio de um Homem que destinou; e disso deu certeza a todos,
ressuscitando-o dentre os mortos". Ao falar em ressurreição dos mortos,
entornou-se o caldo, a paciência daquela gente esgotou-se, o discurso foi
interrompido. A mensagem de Paulo, porém, – o kerygma -, não deixou ninguém
indiferente. Uns troçaram, é certo, talvez contorcendo-se por aquilo que
acabavam de ouvir e lhes abalava as suas certezas, outros acreditaram, outros
queriam ouvir mais: «Ouvir-te-emos falar sobre isso ainda outra vez».
Eis, então, o discurso que Paulo, de pé
no meio do Areópago, lhes fez:
«Atenienses, vejo que sois, em tudo, os
mais religiosos dos homens. Percorrendo a vossa cidade e examinando os vossos
monumentos sagrados, até encontrei um altar com esta inscrição: ‘Ao Deus
desconhecido.’ Pois bem! Aquele que venerais sem o conhecer é esse que eu vos
anuncio. O Deus que criou o mundo e tudo quanto nele se encontra, Ele, que é o
Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários construídos pela mão do
homem, nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, Ele,
que a todos dá a vida, a respiração e tudo mais. Fez, a partir de um só homem,
todo o género humano, para habitar em toda a face da Terra; e fixou a sequência
dos tempos e os limites para a sua habitação, a fim de que os homens procurem a
Deus e se esforcem por encontrá-lo, mesmo tateando, embora não se encontre
longe de cada um de nós. É nele, realmente, que vivemos, nos movemos e
existimos, como também o disseram alguns dos vossos poetas: ‘Pois nós somos
também da sua estirpe.’
Se nós somos da raça de Deus, não
devemos pensar que a Divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra,
trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem ter em conta estes tempos de
ignorância, Deus faz saber, agora, a todos os homens e em toda a parte, que
todos têm de se arrepender, pois fixou um dia em que julgará o universo com
justiça, por intermédio de um Homem, que designou, oferecendo a todos um motivo
de crédito, com o facto de o ter ressuscitado de entre os mortos»
Ao ouvirem falar da ressurreição dos
mortos, uns começaram a troçar, enquanto outros disseram: «Ouvir-te-emos falar
sobre isso ainda outra vez.» Foi assim que Paulo saiu do meio deles. Alguns dos
homens, no entanto, concordaram com ele e abraçaram a fé, entre os quais
Dionísio, o areopagita, e também uma mulher de nome Dâmaris e outros com eles.
Depois disso, Paulo afastou-se de Atenas e foi para Corinto” (At 17).
Antonino Dias
Portalegre, 06-04-2018.
: isto é santidade
As
Bem-aventuranças da Santidade
Ser
pobre no coração: isto é santidade.
Reagir
com humilde mansidão: isto é santidade.
Saber
chorar com os outros: isto é santidade.
Buscar
a justiça com fome e sede: isto é santidade.
Olhar
e agir com misericórdia: isto é santidade.
Manter
o coração limpo de tudo o que mancha o amor: isto é
santidade.
Semear
a paz ao nosso redor: isto é santidade.
Abraçar
diariamente o caminho do Evangelho mesmo que nos acarrete problemas:
isto é santidade.
Papa Francisco, ‘Gaudete et Exsultate’
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