segunda-feira, 13 de abril de 2020






PARÓQUIAS DE NISA



Terça-feira, 14 de abril de 2020






Terça da oitava de Páscoa




ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS






TERÇA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L 1 Act 2, 36-41; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22
Ev Jo 20, 11-18


* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese do Porto – Aniversário da tomada de posse de D. Manuel da Silva Rodrigues Linda.






MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Sir 15, 3-4
O Senhor deu-lhes a beber a água da sabedoria,
que os torna firmes e inabaláveis
e lhes dá em herança um nome eterno. Aleluia.

Diz- se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos renovastes e fortalecestes pela celebração dos mistérios pascais, ajudai o vosso povo com a abundância da graça celeste para que alcance a liberdade perfeita e goze um dia no Céu a alegria que já começou a saborear na terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 2, 36-41
«Deus fê-l’O Senhor e Messias»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

No dia de Pentecostes, disse Pedro aos judeus: «Saiba com absoluta certeza toda a casa de Israel que Deus fez Senhor e Messias esse Jesus que vós crucificastes». Ouvindo isto, sentiram todos o coração trespassado e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um de vós o Batismo em nome de Jesus Cristo, para vos serem perdoados os pecados. Recebereis então o dom do Espírito Santo, porque a promessa desse dom é para vós, para os vossos filhos e para quantos, de longe, ouvirem o apelo do Senhor nosso Deus». E com muitas outras palavras os persuadia e exortava, dizendo: «Salvai-vos desta geração perversa». Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o Batismo e naquele dia juntaram-se aos discípulos cerca de três mil pessoas.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 4-5.18-19.20.22 (R. 5b)
Refrão: A bondade do Senhor encheu a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão

A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protetor.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão


ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se

Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão


EVANGELHO Jo 20, 11-18
«Vi o Senhor e disse-me...»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?» Ela respondeu- lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?» Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família e concedei-lhe o auxílio da vossa proteção, para que não perca as graças recebidas e alcance os bens eternos. Por Nosso Senhor.
 
Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia]


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Col 3, 1-2
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus.
Saboreai as coisas do alto. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso, ouvi a nossa oração e dirigi os corações dos vossos fiéis, para que, purificados pela graça do Batismo, mereçam alcançar a bem-aventurança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


.




«Mulher, porque choras? A quem procuras?»

Jesus






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS: Atos 2, 36-41: A primeira pregação dos Apóstolos fez surgir o primeiro grupo da comunidade cristã. A palavra levou à fé, esta à conversão e ao Batismo. A proclamação da palavra de Deus continua a presença do Verbo, e os Sacramentos, a sua ação salvadora no meio dos homens.

Jo 20, 11-18: Maria Madalena, no jardim de José de Arimateia, é a figura da Igreja, a nova Eva, no jardim do novo paraíso, o da nova criação. Aí ela encontra o seu Senhor, O reconhece e O adora. E para sempre, pela sua boca, continuará a ouvir-se a grande Boa Nova: “Vi o Senhor ressuscitado”. Assim o proclama aqui hoje a assembleia dos seus discípulos.






AGENDA DO DIA



12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia

18.00 horas: Celebração da Eucaristia de segunda-feira de Páscoa, com transmissão






A VOZ DO PASTOR



UM MUNDO DOENTE AOS PÉS DA CRUZ

O gesto impressionou o mundo, um mundo de olhos esticados para lá! Foi mais uma página da História humana, uma página inesquecível, escrita a letras de ouro! Vestido de branco, sozinho e debruçado sobre si mesmo, como que a carregar aos ombros as tragédias do mundo inteiro, o Papa Francisco subia em direção às portas da Basílica de São Pedro, para, voltado para o imenso largo, quotidianamente palco de milhares e milhares de pessoas, mas agora completamente livre, convidar o mundo crente a rezar, também pelos não crentes. Sem dizer monossílabo que se ouvisse, a tristeza gritava e pulava, incomodativa, do chão deserto e silencioso daquela praça, do caminhar pesado e lento do Santo Padre, do tom sofrido da sua voz, dos parcos gestos que a circunstância lhe impunha naquela praça circundada pela monumental colunata de Bernini a abraçar a cidade e o mundo. As nuvens choramingavam!...
Foi um momento que ficará para a História, como para a História ficarão as imagens das cidades freneticamente movimentadas pelas exigências da vida, e, agora, completamente desertas, a causarem medo como se de noite escura, ameaçada por bandidos, se tratasse. Foi um momento extraordinário de oração nestes tempos em que, como referia o Papa, “densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos”. A situação sanitária que hoje aflige toda a humanidade “desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade”. Tudo nos faz perceber que “caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.” Agimos como se não houvesse limites, “avançamos a toda a velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa”, não escutamos os apelos do Senhor, “não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente”.
Recordando que, neste tempo em que fazemos memória da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, ressoa em todos nós o apelo urgente à conversão feito por Jesus, Francisco pede-nos que reajustemos a rota da vida, que aproveitemos “este tempo de prova como um tempo de decisão (...) o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é”.
De facto, a celebração do Tríduo Pascal convida-nos ao silêncio. Um silêncio fecundo, um silêncio que nos faz encontrar connosco mesmos e com Deus, adorando-O em espírito e verdade. Há dois mil anos, Jesus, o Filho de Deus, foi condenado à morte, a morte mais ignominiosa do tempo: a morte na cruz. Acusações sem consistência, calúnias, testemunhas falsas, autoridades pusilânimes, tribunais ao serviço dos caprichos humanos, tudo, tudo convergiu contra Jesus que, por obediência ao Pai e por amor aos homens, se foi entregando, esvaziando, abandonando, até se entregar nos braços do Pai, sem oferecer violência à violência. Pelo contrário, antes de tudo estar consumado, Ele pede o perdão para quem o matava. E morreu, e foi sepultado, e fez-se silêncio, e tornou-se fonte de salvação para todos os homens. A lógica de Deus não é a nossa lógica. Esta procura realizar-se através do poder, do ter e da construção de torres de Babel para atingir e ser como Deus. A Cruz recorda-nos que a realização plena consiste em conformar a vontade humana à vontade de Deus Pai. Obedecendo, Jesus carregou a cruz de todos os homens, as cruzes duma humanidade sofredora. Se Adão, desobedecendo e confiando nas suas próprias forças, ao pretender ser como Deus perdeu a sua dignidade original, Jesus, por sua vez, em total fidelidade ao Pai, sendo de condição divina, rebaixou-se, entrou na condição humana para redimir o Adão que está em nós e restituir ao homem a dignidade que perdera (cf. Bento XVI, 27-6-2012). “Ele tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens. Assim, apresentando-Se como simples homem, humilhou-Se a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso, Deus o exaltou grandemente, e Lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho no céu, na terra e sob a terra; e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fil 2, 6-11).
Jesus continua a fazer-nos o convite: «Se alguém quiser vir após Mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (Mt 16, 24). E siga-me, isto é, partilhe comigo o mesmo caminho, mesmo que o mundo não compreenda e ache ser uma derrota. E aponta o modo de o fazer: “Então Jesus, levantou-Se da mesa, tirou o manto, pegou numa toalha e atou-a à cintura. Deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que tinha à cintura (...) sentou-Se de novo e perguntou: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me “o Mestre” e “o Senhor”, e dizeis bem, porque o sou. Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós vos deveis lavar os pés uns aos outros» (Jo 13, 13-14).
Nestes dias de pandemia tão aflitivos, com o Papa Francisco saibamos apreciar aqueles que hoje estão a “escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras”.
Celebrando a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, adoremos a Cruz. Nela encontramos “Aquele que não aponta o dedo contra ninguém, mas abre os braços para todos; que não nos esmaga com a sua glória, mas se despe por nós; que não nos ama em palavras, mas nos dá a vida em silêncio; que não nos obriga, mas nos liberta; que não nos trata como estranhos, mas assume os nossos males, os nossos pecados. Para nos libertar dos preconceitos sobre Deus, olhemos o crucifixo e depois abramos o Evangelho (...) Não se esqueçam: Crucifixo e Evangelho! A liturgia doméstica será essa”, diz-nos Francisco.
Santa Páscoa!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2020.



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