PARÓQUIAS
DE NISA
Terça-feira,
14 de abril de 2020
Terça da oitava de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
TERÇA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L 1 Act 2, 36-41; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22
Ev Jo 20, 11-18
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese do Porto – Aniversário da tomada de posse de D. Manuel da Silva Rodrigues Linda.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L 1 Act 2, 36-41; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22
Ev Jo 20, 11-18
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese do Porto – Aniversário da tomada de posse de D. Manuel da Silva Rodrigues Linda.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf.
Sir 15, 3-4
O Senhor deu-lhes a beber a água da sabedoria,
que os torna firmes e inabaláveis
e lhes dá em herança um nome eterno. Aleluia.
Diz- se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos renovastes e fortalecestes pela celebração dos mistérios pascais, ajudai o vosso povo com a abundância da graça celeste para que alcance a liberdade perfeita e goze um dia no Céu a alegria que já começou a saborear na terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 2, 36-41
«Deus fê-l’O Senhor e Messias»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
O Senhor deu-lhes a beber a água da sabedoria,
que os torna firmes e inabaláveis
e lhes dá em herança um nome eterno. Aleluia.
Diz- se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que nos renovastes e fortalecestes pela celebração dos mistérios pascais, ajudai o vosso povo com a abundância da graça celeste para que alcance a liberdade perfeita e goze um dia no Céu a alegria que já começou a saborear na terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 2, 36-41
«Deus fê-l’O Senhor e Messias»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
No dia de Pentecostes, disse Pedro aos judeus: «Saiba com absoluta certeza toda a casa de Israel que Deus fez Senhor e Messias esse Jesus que vós crucificastes». Ouvindo isto, sentiram todos o coração trespassado e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um de vós o Batismo em nome de Jesus Cristo, para vos serem perdoados os pecados. Recebereis então o dom do Espírito Santo, porque a promessa desse dom é para vós, para os vossos filhos e para quantos, de longe, ouvirem o apelo do Senhor nosso Deus». E com muitas outras palavras os persuadia e exortava, dizendo: «Salvai-vos desta geração perversa». Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o Batismo e naquele dia juntaram-se aos discípulos cerca de três mil pessoas.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 4-5.18-19.20.22 (R. 5b)
Refrão: A bondade do Senhor encheu a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão
A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protetor.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão
ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
EVANGELHO Jo 20, 11-18
«Vi o Senhor e disse-me...»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?» Ela respondeu- lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?» Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família e concedei-lhe o auxílio da vossa proteção, para que não perca as graças recebidas e alcance os bens eternos. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia]
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Col 3, 1-2
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus.
Saboreai as coisas do alto. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso, ouvi a nossa oração e dirigi os corações dos vossos fiéis, para que, purificados pela graça do Batismo, mereçam alcançar a bem-aventurança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
.
«Mulher, porque
choras? A quem procuras?»
Jesus
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Atos
2, 36-41: A primeira pregação dos Apóstolos fez surgir o primeiro grupo da
comunidade cristã. A palavra levou à fé, esta à conversão e ao Batismo. A
proclamação da palavra de Deus continua a presença do Verbo, e os Sacramentos,
a sua ação salvadora no meio dos homens.
Jo 20,
11-18: Maria Madalena, no jardim de José de
Arimateia, é a figura da Igreja, a nova Eva, no jardim do novo paraíso, o da
nova criação. Aí ela encontra o seu Senhor, O reconhece e O adora. E para
sempre, pela sua boca, continuará a ouvir-se a grande Boa Nova: “Vi o Senhor
ressuscitado”. Assim o proclama aqui hoje a assembleia dos seus discípulos.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia
18.00 horas: Celebração da Eucaristia de
segunda-feira de Páscoa, com transmissão
A VOZ DO PASTOR
UM MUNDO DOENTE AOS PÉS DA CRUZ
O gesto impressionou o mundo, um mundo
de olhos esticados para lá! Foi mais uma página da História humana, uma página
inesquecível, escrita a letras de ouro! Vestido de branco, sozinho e debruçado
sobre si mesmo, como que a carregar aos ombros as tragédias do mundo inteiro, o
Papa Francisco subia em direção às portas da Basílica de São Pedro, para,
voltado para o imenso largo, quotidianamente palco de milhares e milhares de
pessoas, mas agora completamente livre, convidar o mundo crente a rezar, também
pelos não crentes. Sem dizer monossílabo que se ouvisse, a tristeza gritava e
pulava, incomodativa, do chão deserto e silencioso daquela praça, do caminhar
pesado e lento do Santo Padre, do tom sofrido da sua voz, dos parcos gestos que
a circunstância lhe impunha naquela praça circundada pela monumental colunata
de Bernini a abraçar a cidade e o mundo. As nuvens choramingavam!...
Foi um momento que ficará para a
História, como para a História ficarão as imagens das cidades freneticamente
movimentadas pelas exigências da vida, e, agora, completamente desertas, a
causarem medo como se de noite escura, ameaçada por bandidos, se tratasse. Foi
um momento extraordinário de oração nestes tempos em que, como referia o Papa,
“densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das
nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que
paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no
os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do
Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda.
Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao
mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos
carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos”. A situação
sanitária que hoje aflige toda a humanidade “desmascara a nossa vulnerabilidade
e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os
nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades.
Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e
dá força à nossa vida e à nossa comunidade”. Tudo nos faz perceber que “caiu a
maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado
com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada)
pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.” Agimos
como se não houvesse limites, “avançamos a toda a velocidade, sentindo-nos em
tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas
coisas e transtornar pela pressa”, não escutamos os apelos do Senhor, “não
despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos
pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando
que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente”.
Recordando que, neste tempo em que
fazemos memória da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, ressoa em todos nós
o apelo urgente à conversão feito por Jesus, Francisco pede-nos que reajustemos
a rota da vida, que aproveitemos “este tempo de prova como um tempo de decisão
(...) o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é
necessário daquilo que não o é”.
De facto, a celebração do Tríduo Pascal
convida-nos ao silêncio. Um silêncio fecundo, um silêncio que nos faz encontrar
connosco mesmos e com Deus, adorando-O em espírito e verdade. Há dois mil anos,
Jesus, o Filho de Deus, foi condenado à morte, a morte mais ignominiosa do
tempo: a morte na cruz. Acusações sem consistência, calúnias, testemunhas
falsas, autoridades pusilânimes, tribunais ao serviço dos caprichos humanos,
tudo, tudo convergiu contra Jesus que, por obediência ao Pai e por amor aos
homens, se foi entregando, esvaziando, abandonando, até se entregar nos braços
do Pai, sem oferecer violência à violência. Pelo contrário, antes de tudo estar
consumado, Ele pede o perdão para quem o matava. E morreu, e foi sepultado, e
fez-se silêncio, e tornou-se fonte de salvação para todos os homens. A lógica
de Deus não é a nossa lógica. Esta procura realizar-se através do poder, do ter
e da construção de torres de Babel para atingir e ser como Deus. A Cruz
recorda-nos que a realização plena consiste em conformar a vontade humana à
vontade de Deus Pai. Obedecendo, Jesus carregou a cruz de todos os homens, as
cruzes duma humanidade sofredora. Se Adão, desobedecendo e confiando nas suas
próprias forças, ao pretender ser como Deus perdeu a sua dignidade original,
Jesus, por sua vez, em total fidelidade ao Pai, sendo de condição divina,
rebaixou-se, entrou na condição humana para redimir o Adão que está em nós e
restituir ao homem a dignidade que perdera (cf. Bento XVI, 27-6-2012). “Ele
tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo
contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se
semelhante aos homens. Assim, apresentando-Se como simples homem, humilhou-Se a
Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso, Deus o
exaltou grandemente, e Lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;
para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho no céu, na terra e sob a
terra; e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de
Deus Pai” (Fil 2, 6-11).
Jesus continua a fazer-nos o convite: «Se alguém quiser vir após Mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (Mt 16, 24). E siga-me, isto é, partilhe comigo o mesmo caminho, mesmo que o mundo não compreenda e ache ser uma derrota. E aponta o modo de o fazer: “Então Jesus, levantou-Se da mesa, tirou o manto, pegou numa toalha e atou-a à cintura. Deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que tinha à cintura (...) sentou-Se de novo e perguntou: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me “o Mestre” e “o Senhor”, e dizeis bem, porque o sou. Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós vos deveis lavar os pés uns aos outros» (Jo 13, 13-14).
Jesus continua a fazer-nos o convite: «Se alguém quiser vir após Mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (Mt 16, 24). E siga-me, isto é, partilhe comigo o mesmo caminho, mesmo que o mundo não compreenda e ache ser uma derrota. E aponta o modo de o fazer: “Então Jesus, levantou-Se da mesa, tirou o manto, pegou numa toalha e atou-a à cintura. Deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que tinha à cintura (...) sentou-Se de novo e perguntou: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me “o Mestre” e “o Senhor”, e dizeis bem, porque o sou. Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós vos deveis lavar os pés uns aos outros» (Jo 13, 13-14).
Nestes dias de pandemia tão aflitivos,
com o Papa Francisco saibamos apreciar aqueles que hoje estão a “escrever os
acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras,
trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores,
transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos
– mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o
sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos,
descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um
só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem
esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos
pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos
gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando
hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se
imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as
nossas armas vencedoras”.
Celebrando a Paixão, Morte e
Ressurreição de Cristo, adoremos a Cruz. Nela encontramos “Aquele que não
aponta o dedo contra ninguém, mas abre os braços para todos; que não nos esmaga
com a sua glória, mas se despe por nós; que não nos ama em palavras, mas nos dá
a vida em silêncio; que não nos obriga, mas nos liberta; que não nos trata como
estranhos, mas assume os nossos males, os nossos pecados. Para nos libertar dos
preconceitos sobre Deus, olhemos o crucifixo e depois abramos o Evangelho (...)
Não se esqueçam: Crucifixo e Evangelho! A liturgia doméstica será essa”,
diz-nos Francisco.
Santa Páscoa!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2020.
Sem comentários:
Enviar um comentário