PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
25 de abril de 2020
Sábado da II semana do tempo de
Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
SÁBADO
da semana II
S. Marcos, Evangelista – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 1 Pedro 5, 5b-14; Sal 88 (89), 2-3. 6-7. 16-17
Ev Mc 16, 15-20
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 1 Pedro 5, 5b-14; Sal 88 (89), 2-3. 6-7. 16-17
Ev Mc 16, 15-20
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
S. MARCOS, Evangelista
Nota
Histórica
Era
primo de Barnabé. Acompanhou o apóstolo Paulo na sua primeira viagem, e depois
também o acompanhou a Roma. Foi discípulo de Pedro, de cuja pregação se fez
intérprete no Evangelho que escreveu. É-lhe atribuída a fundação da Igreja de
Alexandria.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Mc 16, 15
Ide por todo o mundo
e proclamai o Evangelho a todos os povos da terra.
Aleluia.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor,
que confiastes ao evangelista São Marcos
a missão de proclamar o Evangelho,
fazei que aproveitemos de tal modo os seus ensinamentos
que sigamos fielmente os passos de Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Pedro 5, 5b-14
«Saúda-vos Marcos, meu filho»
Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Ide por todo o mundo
e proclamai o Evangelho a todos os povos da terra.
Aleluia.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor,
que confiastes ao evangelista São Marcos
a missão de proclamar o Evangelho,
fazei que aproveitemos de tal modo os seus ensinamentos
que sigamos fielmente os passos de Cristo.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Pedro 5, 5b-14
«Saúda-vos Marcos, meu filho»
Leitura da Primeira Epístola de São Pedro
Caríssimos:
Revesti-vos de humildade, uns para com os outros,
porque «Deus resiste aos soberbos e dá a graça aos humildes».
Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus,
para que Ele vos exalte no tempo oportuno.
Confiai-Lhe todas as vossas preocupações,
porque Ele vela por vós.
Sede sóbrios e vigiai.
O vosso inimigo, o diabo, anda à vossa volta,
como leão que ruge, procurando a quem devorar.
Resisti-lhe, firmes na fé,
sabendo que os vossos irmãos espalhados pelo mundo
suportam os mesmos sofrimentos.
O Deus de toda a graça,
que vos chamou para a sua eterna glória em Cristo,
depois de terdes sofrido um pouco, vos restabelecerá,
vos aperfeiçoará, vos fortificará e vos tornará inabaláveis.
A Ele o poder e a glória pelos séculos dos séculos. Amen.
Foi por meio de Silvano, a quem considero irmão de confiança,
que vos escrevi estas breves palavras,
para vos exortar e assegurar
que é esta a verdadeira graça de Deus.
Permanecei firmes nela.
Saúda-vos a comunidade estabelecida em Babilónia,
eleita como vós,
e também Marcos, meu filho.
Saudai-vos uns aos outros com o ósculo da caridade.
Paz a todos os que estais em Cristo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 88 (89), 2-3.6-7.16-17 (cf. R. 2a)
Refrão: Senhor, cantarei eternamente a vossa misericórdia.
Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor
e para sempre proclamarei a sua fidelidade.
Vós dissestes:
«A bondade está estabelecida para sempre»,
no céu permanece firme a vossa fidelidade.
Senhor, os céus proclamam as vossas maravilhas
e a assembleia dos santos a vossa fidelidade.
Quem sobre as nuvens se pode comparar ao Senhor?
Quem entre os filhos de Deus será igual ao Senhor?
Feliz do povo que sabe aclamar-Vos
e caminha, Senhor, à luz do vosso rosto.
Todos os dias aclama o vosso nome
e se gloria com a vossa justiça.
ALELUIA 1 Cor 1, 23a-24b
Refrão: Aleluia. Repete-se.
Nós pregamos Cristo crucificado,
poder de Deus e sabedoria de Deus. Refrão
EVANGELHO Mc 16, 15-20
«Pregai o Evangelho a toda a criatura»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo,
Jesus apareceu aos onze Apóstolos e disse-lhes:
«Ide por todo o mundo
e pregai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for batizado será salvo;
mas quem não acreditar será condenado.
Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem:
expulsarão os demónios em meu nome;
falarão novas línguas;
se pegarem em serpentes ou beberem veneno,
não sofrerão nenhum mal;
e quando impuserem as mãos sobre os doentes,
eles ficarão curados».
E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles,
foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles partiram a pregar por toda a parte
e o Senhor cooperava com eles,
confirmando a sua palavra
com os milagres que a acompanhavam.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o sacrifício de louvor que Vos oferecemos,
ao celebrar a memória gloriosa de São Marcos,
e fazei que a vossa Igreja permaneça sempre fiel
à missão de anunciar o Evangelho.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos II
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Os dons que recebemos do vosso altar
nos santifiquem, Senhor,
e nos confirmem na fidelidade ao Evangelho
que São Marcos transmitiu à vossa Igreja.
Por Nosso Senhor.
« A mensagem da
Divina Misericórdia constitui um programa de vida muito concreto e exigente,
pois implica as obras».
Papa Francisco
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
AGENDA DO DIA
11.30 horas: Missa na
Igreja paroquial de Gáfete – S. Marcos. Transmitida por facebook
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19
15.45 horas: Funeral em Alpalhão
17.00 horas: Funeral
em Tolosa
18.00 horas: Missa em
Nisa.
A VOZ DO PASTOR
CASQUINADAS DO CONFINAMENTO
1
- No princípio da semana, no jornal das 8, a TVI teve um rasgo menos feliz ao
dizer o que disse. São coisas que acontecem!... Quem anda à chuva molha-se. E,
neste caso, molha-se tanto mais quanto o tempo tem pressa e leva a dizer o que
se pensa sem se poder pensar bem em tudo o que se diz. A propósito de o norte
de Portugal ser a zona mais castigada pelo Convid-19, a TVI quis esclarecer
porque é que isso acontecia. Puxou por trunfos demográficos e sociológicos
indagados junto de gente que julgou habilitada para o fazer, confiou nos
intermediários e a coisa saiu como saiu: “população menos educada, mais pobre,
envelhecida e concentrada em lares”. Isto fez chover mosquitos por cordas nas
redes sociais. Colocou a paciência dos nortenhos a fazer o pino olímpico, e o
coração de muitos ferveu até lhe saltar o testo. Não tardou a vontade de “cevar
a arma com os zagalotes” necessários para mimosear a dita cuja com “um tiroteio
de palavradas de tarimba”, usando linguagem de Camilo. E foi o que aconteceu!
Sem amolgadelas que se olhassem, deram-lhe uma sova de fazer doer e
explicar-se. Ela, porém, redimiu-se, reconheceu o erro, chamou-lhe “erro
grosseiro”, pediu desculpa pela “construção de uma frase infeliz no ecrã” e
pela “parte do texto que a suportava”. Defendeu os pergaminhos da Estação nos
serviços que presta, inclusive ao Norte. Se começou mal, acabou bem, a febre
baixou, e o estudo sobre a questão continua nas mãos dos especialistas!
Assanhados
quanto baste com as diabruras do covid-19, esses piropos atirados assim do
alto, mesmo que involuntários, são precioso combustível para a fogueira do
protesto. E, como sabemos, o toutiço aquecido, tirado do sério, fica a
zaranzar, acredita no pior e faz o que acha melhor. Esperamos que isto não
aconteça muitas vezes, senão, qualquer dia, já tão desalentados, pode
acontecer-nos como aconteceu ao caixeiro-viajante de Kafka, o Gregor Samsa.
Podemos acordar metamorfoseados num inseto gigante ou noutra coisa assim (ao
gosto do leitor!). Se nos virem a passear pelas paredes e pelo teto do quarto,
se fizermos desmaiar quem nos olhar, não nos incomodaremos muito com isso. A
preocupação com as consequências do bichito em que nos tornamos, bem como a
preocupação com o trabalho, o emprego, a família e a sua vida financeira a
rabiar, não o permitirão. Mas continuaremos a dizer que tudo está bem, mesmo
que embalados ao som do violino. Mas não está, e é feio mentir. E, nesta hora,
pior ainda, não está mesmo. Com tantos colaboradores admiráveis, e de boa
vontade, em frenesim de cuidados e atenções, pode acontecer que, na possível e
infeliz hora em que nos batam à porta para que nos expliquemos, é possível que
já não tenhamos médico nem marceneiro que nos destranque a porta. Tidos,
porventura, como mal educados, pobres, envelhecidos e a viver em lares, talvez
que este aranhiço (ou isso!) em que nos possamos transformar, seja repelente e
se queiram livrar dele, ou morramos de inanição, ou ferozmente acarinhados ao
colo desse bandalho que é o vírus e que nem físico tem para lhe chegarmos a roupa
ao pelo. Tenhamos esperança que não, vai ficar tudo bem, fique em casa, não
chegará atrasado ao emprego, o trem aguarda!... (Sugiro a leitura de A
Metamorfose de Franz Kafka).
2
- Este outro, sim, mesmo que o leitor lhe queira dizer umas tantas por ele ter
dito o que disse, ele já não se ralará, não estará recetivo ao contraditório
nem presente em qualquer debate. Nem que o debate seja sobre o futebol ou para
discutir a relevância do fósforo como acendalha do cigarro. Embora gostasse de
viver, já partiu para o outro lado da vida, e partiu bem vivido e humorado.
Partiu em dezembro de 2000, com 99 anos de idade, mesmo fumando cachimbo!
Acredito que, se lá onde está, memória deste mundo se consente, acredito que, à
mesa do banquete eterno, dê por lá, contagiando os convivas, algumas sonoras
gargalhadas ao apreciar como estes bípedes humanos se comportam por estas
terras, tão desempoeirados em peneiras e quejandos. Chamava-se Louis
Leprince-Ringuet, engenheiro, professor catedrático, físico nuclear, historiador,
ensaísta, membro da Academia Francesa e da Academia de Ciências de França,
detentor de prémios e comendas, com papel importante no Comissariado para a
energia atómica e na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, mais
conhecida por CERN, o maior laboratório de física de partículas do mundo. Quem
mais souber acerca dele tenha a liberdade de acrescentar, a galhofa dele será
maior!... Mas não era mosca morta não senhor, nem tinha vergonha de dizer que a
sua fé em Deus lhe justificava a fé no homem e na sua capacidade de transformar
o mundo para melhor. Vivia fiel ao princípio de que “o homem só tem luz na
medida em que se inclina, a humildade da inteligência é a medida da sua
grandeza”. No seu livro “Fé de Físico – o testamento de um cientista”, deixa
transparecer muito da sua maneira de ser e estar. Se atento à ciência, não
menos à sociedade e à causa pública. Um homem do saber e interventivo. Não
apreciava muito os intelectuais descomprometidos, os “de mãos limpas” aqueles
que pretendem observar e ver o mundo à luz do candeeiro da sua secretária e
vivem em ambiente fechado, preocupados com a publicação dos seus livros, com o
reconhecimento do público, com discussões sem fim com os do mesmo cenáculo ou
com a passagem num programa de televisão. Ele considerava-os cegos, com uma
visão abstrata das coisas. “Lançam grandes ideias, definem largas orientações
da sociedade, pronunciam generosamente anátemas, dizem-nos onde, como e quando
é preciso pensar, mas preocupam-se pouco com que as suas palavras sejam seguidas
em atos”. Se “dão prova de grande habilidade nos discursos que fazem, não
conhecem o mundo, não conhecem os outros homens, conhecimento esse que é o
fundamento” da cultura. A cultura “não é uma questão de memória, de
conhecimento livresco, nem de inteligência e de génio, é uma soma de
experiências humanas, de bom senso e de caráter” que permite adaptar-nos e
ancorar-nos à vida. A palavra cultura, dizia ele, “é muito mal tratada. Fala-se
hoje de ‘cultura da empresa’, de ‘cultura da sanduíche’, de cultura a propósito
de tudo e de nada. Os que fizeram estudos literários pretendem-se cultos porque
podem ornamentar os seus discursos com toda a espécie de floreados”.
Fez-me lembrar o herói d’A Queda d’um Anjo, de Camilo Castelo Branco, o sr. deputado Calisto Eloy de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, natural da aldeia de Caçarelhos, termo de Miranda, e que orçava quarenta e nove anos de vida, segundo o autor. Perguntava ele, no Parlamento, cujo Presidente o interpelou para que se abstivesse de usar frases não parlamentares, perguntava ele se certas locuções repolhudas do deputado sr. dr. Libório de Meireles, do Porto, do discurso do qual tinha entendido quase nada e percebido, “a longes, pouquinhas ideias”, perguntava ele se essas coisas eram parlamentares e onde é que se estudavam tais farfalhices. É que, no seu entender, naquela “casa, onde a nação nos manda depurar a verdade dos falaciosos ornatos com que a mentira se arreia, mister é que sejamos sinceros”. E mais disse em relação à empolgante intervenção do sr. deputado dr. Libório do Porto. Disse que até lhe parecia “que os obreiros da torre de Babel, quando Deus os puniu do atrevimento ímpio, falaram daquele feitio!”. Por isso: “Com aquele dr. Libório do Porto nem para o céu. Tenho medo que Deus o não entenda, e nos ponha ambos fora de cambulhada”, afirmou ele.
Fez-me lembrar o herói d’A Queda d’um Anjo, de Camilo Castelo Branco, o sr. deputado Calisto Eloy de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, natural da aldeia de Caçarelhos, termo de Miranda, e que orçava quarenta e nove anos de vida, segundo o autor. Perguntava ele, no Parlamento, cujo Presidente o interpelou para que se abstivesse de usar frases não parlamentares, perguntava ele se certas locuções repolhudas do deputado sr. dr. Libório de Meireles, do Porto, do discurso do qual tinha entendido quase nada e percebido, “a longes, pouquinhas ideias”, perguntava ele se essas coisas eram parlamentares e onde é que se estudavam tais farfalhices. É que, no seu entender, naquela “casa, onde a nação nos manda depurar a verdade dos falaciosos ornatos com que a mentira se arreia, mister é que sejamos sinceros”. E mais disse em relação à empolgante intervenção do sr. deputado dr. Libório do Porto. Disse que até lhe parecia “que os obreiros da torre de Babel, quando Deus os puniu do atrevimento ímpio, falaram daquele feitio!”. Por isso: “Com aquele dr. Libório do Porto nem para o céu. Tenho medo que Deus o não entenda, e nos ponha ambos fora de cambulhada”, afirmou ele.
Hoje
divaguei, a impiedosa clausura dá nisto. Se o leitor porventura não gostou,
faça o favor de fazer como eu costumo fazer: mesmo sem vontade, ria-se, ria-se
outra vez, e outra ainda, mais outra! Sem comentários para o vizinho, coloque o
desgosto, discretamente, na beirinha do prato... e siga em frente, com
esperança: do quarto para a sala, da sala para a cozinha, da cozinha para a
sala, da sala para o quarto... Se usar máscara, que não seja a do carnaval, os
de casa já o conhecem de ginjeira e o vírus não se assusta!
E
não se esqueça, ELE ressuscitou e disse a Tomé: “Acreditaste porque viste.
Felizes os que acreditam sem terem visto” (Jo 20,29).
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 17-04-2020.
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