sábado, 11 de abril de 2020





PARÓQUIAS DE NISA


Domingo, 12 de abril de 2020







Domingo de Páscoa





ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS






DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
SOLENIDADE com oitava 

Branco.

* Hoje o Ofício de Leitura é omitido por aqueles que participam na Vigília Pascal.

L 1 Gen 1, 1 – 2, 2 ou Gen 1, 1. 26-31a
L 2 Gen 22, 1-18 ou Gen 22, 1-2. 9a. 10-13. 15-18
L 3 Ex 14, 15 – 15, 1
L 4 Is 54, 5-14
L 5 Is 55, 1-11
L 6 Bar 3, 9-15.
32 – 4, 4
L 7 Ez 36, 16-17a. 18-28
L 8 Rom 6, 3-11
Ev Mt 28, 1-10



MISSA DO DIA

+ Missa própria, Glória, sequência, Credo, pf. I da Páscoa.

L 1 Act 10, 34a. 37-43; Sal 117 (118), 1-2. 16ab-17. 22-23
L 2 Col 3, 1-4 ou 1 Cor 5, 6b-8
Ev Jo 20, 1-9

* Na Missa vespertina pode ler-se Lc 24, 13-35.
* Hoje são proibidas todas as outras celebrações, e todas as Missas de defuntos.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.





Vigília Pascal na Noite Santa 


MISSA



BÊNÇÃO DO FOGO

Caríssimos irmãos:
Nesta noite santíssima,
em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida,
a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a
reunirem-se em vigília e oração.
Vamos comemorar a Páscoa do Senhor,
ouvindo a sua palavra e celebrando os seus mistérios,
na esperança de participar no seu triunfo sobre a morte
e de viver com Ele para sempre junto de Deus.

Em seguida, benze-se o fogo:
 
Oremos.
Senhor, que por meio do vosso Filho
destes aos vossos fiéis a claridade da vossa luz,
santificai † este lume novo
e concedei-nos que a celebração das festas pascais
acenda em nós o desejo do Céu,
para merecermos chegar com a alma purificada
às festas da luz eterna.


PRECÓNIO PASCALForma breve 

Exulte de alegria a multidão dos Anjos,
exultem as assembleias celestes,
ressoem hinos de glória,
para anunciar o triunfo de tão grande Rei.
Rejubile também a terra,
inundada por tão grande claridade,
porque a luz de Cristo, o Rei eterno,
dissipa as trevas de todo o mundo.
Alegre-se a Igreja, nossa mãe,
adornada com os fulgores de tão grande luz,
e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.

[V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós].

V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação
.

É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz
os louvores de Deus invisível, Pai omnipotente,
e do seu Filho Unigénito, Jesus Cristo, nosso Senhor.
Ele pagou por nós ao eterno Pai a dívida por Adão contraída
e com seu Sangue precioso
apagou a condenação do antigo pecado.
Celebramos hoje as festas da Páscoa,
em que é imolado o verdadeiro Cordeiro,
cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.
Esta é a noite,
em que libertastes do cativeiro do Egipto
os filhos de Israel, nossos pais,
e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.
Esta é a noite,
em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.
Esta é a noite,
que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo
aqueles que hoje por toda a terra crêem em Cristo,
noite que os restitui à graça
e os reúne na comunhão dos Santos.
Esta é a noite,
em que Cristo, quebrando as cadeias da morte,
Se levanta glorioso do túmulo.
Oh admirável condescendência da vossa graça!
Oh incomparável predilecção do vosso amor!
Para resgatar o escravo entregastes o Filho.
Oh necessário pecado de Adão,
que foi destruído pela morte de Cristo!
Oh ditosa culpa,
que nos mereceu tão grande Redentor!
Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas;
restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes.
Oh noite ditosa,
em que o céu se une à terra,
em que o homem se encontra com Deus!
Nesta noite de graça,
aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor,
que, na oblação deste círio,
pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja.
Nós Vos pedimos, Senhor,
que este círio, consagrado ao vosso nome,
arda incessantemente para dissipar as trevas da noite;
e, subindo para Vós como suave perfume,
junte a sua claridade à das estrelas do céu.
Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã,
aquele astro que não tem ocaso,
Jesus Cristo vosso Filho,
que, ressuscitando de entre os mortos,
iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz
e vive glorioso pelos séculos dos séculos.


LEITURA I – Forma breve Gen. 1, 1. 26-31a

Leitura do Livro do Génesis
 
No princípio, Deus criou o céu e a terra. Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele o criou homem e mulher. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem na terra». Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a superfície da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes como alimento». E assim sucedeu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. Assim se completaram o céu e a terra e tudo o que eles contém. Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial
(1) Sal. 103(104) 1-2a, 5-6, 10 12, 13-14, 24, 35c
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso espírito
e renovai a face da terra.
Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor:
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto! Refrão

Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas. Refrão

Transformais as fontes em rios
que correm entre as montanhas.
Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto. Refrão

Com a chuva regais os montes,
encheis a terra com o fruto das vossas obras.
Fazeis germinar a erva para o gado
e as plantas para o homem, que tira o pão da terra.
Refrão

Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre! Refrão


Salmo Responsorial (
2) Sal. 32(33), 4-5, 6-7, 12-13, 20, 22
Refrão: A bondade do Senhor encheu a terra. Repete-se

A palavra do Senhor é recta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão

A palavra do Senhor criou os céus,
e o sopro da sua boca os adornou.
Foi Ele quem juntou as águas do mar
e distribuiu pela terra os oceanos. Refrão

Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
Do céu o Senhor contempla
e observa todos os homens. Refrão

Nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protector.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que de modo admirável criastes o homem e de modo mais admirável o redimistes, dai-nos a graça de resistir às seduções do pecado com a sabedoria do espírito, para merecermos chegar às alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


LEITURA II – Forma breve Gén. 22, 1-2, 9a, 10-13, 15-18
O sacrifício do nosso pai Abraão

Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!». Ele respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele; depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!». «Aqui estou, Senhor» – respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a mão contra o menino, nem lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».
Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-lhe: «Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor – já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e abençoarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à Minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da Terra».

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 15(16), 5, 8 9-10,11
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vos sois o meu refúgio.
Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós.
Repete-se

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas Vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele ao meu lado não vacilarei. Refrão

Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o Vosso fiel sofrer a corrupção. Refrão

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão


ORAÇÃO
Deus de bondade, Pai supremo dos fiéis, que, pela graça da adopção, multiplicais na terra os filhos da promessa e, pelo sacrifício pascal, fizestes do vosso servo Abraão o pai de todas as nações, como tínheis prometido, concedei ao vosso povo a graça de corresponder dignamente ao vosso chamamento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

LEITURA III Ex. 14, 15 – 15, 1


Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha. E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto. Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória, triunfando do Faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros. Os Egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar a minha glória, vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros». O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás do acampamento e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A nuvem era tenebrosa de um lado, e do outro iluminava a noite, de modo que, durante a noite, não se aproximaram uns dos outros. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento de leste. O mar secou e as águas dividiram-se. Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros os seguiram pelo mar dentro. Na vigília da manhã, o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos egípcios e lançou nele a confusão. Bloqueou as rodas dos carros, que dificilmente se podiam mover. Então, os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate por eles contra os egípcios». O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar, e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros». Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direcção. E o Senhor precipitou-os no meio do mar. As águas refluíram e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel. Nem um só escapou. Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda. Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar. Viu também o grande poder que o Senhor exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em seu servo Moisés. Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor: «Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Ex. 15, 1-2, 3-4, 5-6, 17-18 (R. 1b)
Refrão: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória. Repete-se
Ou: Deus fez maravilhas: o seu nome é Senhor. Repete-se

Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.
O Senhor é a minha força e a minha protecção:
a Ele devo a minha liberdade. Refrão

Ele é o meu Deus: eu O exalto;
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é ¬o seu nome;
Precipitou no mar os carros do faraó e o seu exército. Refrão

Os seus melhores combatentes afogaram-se
no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.
A Vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
A Vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo. Refrão

Levareis o vosso povo e o plantareis
na vossa montanha,
na morada segura que fizestes, Senhor,
no santuário que vossas mãos contruíram.
O Senhor reinará pelos séculos dos séculos. Refrão

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que iluminastes com a luz do Novo Testamento as maravilhas operadas nos tempos antigos, revelando no Mar Vermelho a imagem da fonte batismal e no povo libertado da escravidão do Egipto os mistérios do povo cristão, fazei que todos os homens, elevados pela fé à dignidade de povo escolhido, se tornem em Cristo nova criação pela graça do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.


LEITURA IV Is 54, 5-14
.

Leitura do Livro de Isaías

O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo, e o seu nome é 'Senhor do Universo'. O teu Redentor será o Santo de Israel, que se chama 'Deus de toda a Terra'. Como à mulher abandonada e de alma aflita, o Senhor volta a chamar-te: 'A esposa da juventude poderá ser repudiada?', – diz o teu Deus –. Por um momento, abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te. Num acesso de ira, escondi de ti a minha face, mas na minha misericórdia eterna, tive compaixão de ti, diz o Senhor, teu Redentor. Comigo sucede como no tempo de Noé, quando jurei que as águas do dilúvio não mais invadiriam a terra. Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti, não voltar a ameaçar-te. Ainda que sejam abaladas as montanhas, e vacilem as colinas, a minha misericórdia não te abandonará, a minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor, compadecido de ti. Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada, vou assentar as tuas pedras sobre jaspe e o teus alicerces em safiras; vou fazer-te ameias de rubis, portas de cristal e todas as tuas muralhas de pedras preciosas. Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor e gozarão de uma grande paz. Serás fundada sobre a justiça, longe da violência, porque nada terás a temer, longe do pavor, porque não poderá atingir-te.

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 29(30), 2, 4, 5-6, 11-12a. 13b
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes. Repete-se

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem
os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo. Refrão

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da noite vêm as lágrimas,
e ao amanhecer volta a alegria. Refrão

Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente. Refrão


ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, multiplicai, para glória do vosso nome, a descendência que prometestes aos nossos pais por causa da sua fé e aumentai pela adoção divina os filhos da promessa, de modo que a vossa Igreja possa ver como já se cumpriu o que os santos Patriarcas esperaram e creram. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.


Leitura V Is. 55, 1-11


Leitura do Livro de Isaías

Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia? Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom; saboreareis manjares suculentos. Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim; escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. Fiz dele um testemunho para os povos, um chefe e um legislador das nações. Chamarás povos que não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do Senhor teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou. Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus pensamentos. E assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».
 
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Is. 12, 2-3, 4bde, 5-6
Refrão: Ireis com alegria às fontes da salvação. Repete-se
Ou: Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria. Repete-se

Deus é o meu salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
É a minha salvação. Refrão

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai,
habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. Refrão

ORAÇÃO
Deus eterno e omnipotente, única esperança do mundo, que na palavra dos Profetas anunciastes os mistérios dos tempos presentes, aumentai no vosso povo o desejo dos bens celestes, porque nenhum dos vossos fiéis pode crescer na virtude sem a inspiração da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

Leitura VI Bar. 3, 9-15, 32 – 4, 4
Dispersos no meio de povos pagãos, que seguiam as mais diversas doutrinas filosóficas, os judeus estavam expostos à tentação de duvidar da superioridade da sua fé. Nessa situação, o profeta lembra que a verdadeira sabedoria se encontra na revelação de Deus, contida na Lei. Sabedoria encarnada do Pai, no meio dos homens, (Jo. 1, 14; Col. 2, 3), será, porém, Jesus, o Filho de Deus que nos manifestará, na loucura e fraqueza da Cruz, a verdadeira sabedoria e todo o poder de Deus (I Co. 1, 23-25), tornando-Se caminho de luz, de paz e de vida para o homem.

Leitura do Livro de Baruc

Escuta, Israel, os mandamentos da vida; inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência. Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo e envelheces em terra estrangeira? Porque te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem ao sepulcro e abandonaste a fonte da Sabedoria. Se tivesses seguido o caminho de Deus, viverias em paz eternamente. Aprende onde está a prudência, onde está a força e a inteligência, para conheceres também onde se encontra a longevidade e a vida, onde está a luz dos olhos e a paz. Quem descobriu a morada da Sabedoria? Quem penetrou nos seus tesouros? Aquele que tudo sabe conhece-a; descobriu-a com a sua inteligência Aquele que firmou a terra para sempre, enchendo-a de animais quadrúpedes, Aquele que envia a luz e ela vai, que a chama e ela obedece-Lhe tremendo. As estrelas brilham vigilantes nos seus postos cheias de alegria; Ele chama por elas e respondem: «Aqui estamos» e resplandecem alegremente para Aquele que as criou. Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar. Penetrou todos os caminhos da Sabedoria e mostrou-os a Jacob seu servo, a Israel seu predilecto. Depois, ela apareceu sobre a terra e habitou no meio dos homens. Ela é o livro dos mandamentos de Deus e a lei que permanece eternamente. Os que a seguirem alcançarão a vida, mas aqueles que a abandonarem morrerão. Volta, Jacob e abraça-a, caminha para o esplendor da sua luz. Não cedas a outros a tua glória, nem os teus privilégios a uma nação estrangeira. Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a Deus.

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 18(19), 8, 9, 10, 11
Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna. Repete-se

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples. Refrão

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos. Refrão

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos. Refrão

São mais preciosos que o ouro,
O ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos. Refrão


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fazeis crescer continuamente a vossa Igreja chamando para ela todos os povos, defendei com a vossa protecção os que purificais nas águas do Baptismo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amen.

Leitura VII Ez. 36, 16-33


Leitura da profecia de Ezequiel

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: «Filho do homem, quando os da casa de Israel habitavam na sua terra, mancharam-na com o seu proceder e as suas obras. Fiz-lhes então sentir a minha indignação, por causa do sangue que haviam derramado no país e dos ídolos com que o tinham profanado. Dispersei-os entre as nações, espalhei-os entre os outros povos; julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras. Em todas as nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles: 'São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra'. Quis então salvar a honra do meu santo nome, que a casa de Israel profanara entre as nações para onde tinha ido. Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Não faço isto por causa de vós, israelitas, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Manifestarei a santidade do meu grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito. Então retirar-vos-ei de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países, para vos restabelecer na vossa terra. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses. Dar-vos-ei um coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Infundirei em vós o meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e ponhais em prática as minhas leis. Habitareis na terra que dei a vossos pais; sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Sal. 41(42), 2-3.5bed; 42(43), 3-4
Refrão: Como suspira o veado pelas torrentes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Ou: Como o veado em busca das águas,
Assim, ó Deus, a minha alma vos deseja. Repete-se

Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo:
Quando irei contemplar a face de Deus? Refrão

A minha alma estremece ao recordar
quando passava em cortejo para o templo do Senhor,
entre as vozes de louvor e de alegria
da multidão em festa. Refrão

Enviai a vossa luz e verdade:
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário. Refrão

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus. Refrão


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que nos instruís com as páginas do Antigo e do Novo Testamento para celebrarmos o mistério pascal, abri os nossos corações para compreendermos a vossa misericórdia, a fim de que, ao recebermos os dons presentes, se confirme em nós a esperança dos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus na unidade do Espírito Santo.


Epístola Rom. 6, 3-11


Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Romanos

Irmãos: Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo Batismo na sua morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo pela semelhança da sua morte, também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição. Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos escravos dele. Quem morreu está livre do pecado. Se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre; Mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.
 
Palavra do Senhor.


Aclamação AO EVANGELHO Sal. 117 (118), 1-2, 16ab-17, 22-23
Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a Sua misericórdia.
Diga a Casa de Israel:
é eterna a Sua misericórdia. Refrão

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor. Refrão

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos. Refrão


Evangelho Mt. 28, 1-10


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus

Depois do sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro. De repente, houve um grande terramoto: o Anjo do Senhor desceu do Céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago e a sua túnica branca como a neve. Os guardas começaram a tremer de medo e ficaram como mortos. O Anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo; sei que procurais Jesus, o Crucificado. Não está aqui: ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver o lugar onde jazia. E ide depressa dizer aos discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis'. Era o que tinha para vos dizer». As mulheres afastaram-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e grande alegria, e correram a levar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, com estas oferendas, as orações dos vossos fiéis e fazei que o sacrifício inaugurado no mistério pascal nos sirva de remédio para a vida eterna. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 5, 7-8
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa com o pão ázimo da pureza a da verdade. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor aqueles que saciastes com os sacramentos pascais. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

________________________________

DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR


Missa


ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 139, 18.5-6
Ressuscitei e estou convosco para sempre; pusestes sobre mim a vossa mão: é admirável a vossa sabedoria.

Ou Lc 24, 34; cf. Ap 1, 5
O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia. Glória e louvor a Cristo para sempre. Aleluia.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus do universo, que neste dia, pelo vosso Filho Unigénito, vencedor da morte, nos abristes as portas da eternidade, concedei-nos que, celebrando a solenidade da ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos para a luz da vida. Por Nosso Senhor.


Leitura I Act. 10, 34a, 37-43

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: «Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré, que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio, porque Deus estava com Ele. Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém; e eles mataram-n'O, suspendendo-O na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se¬, não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar que Ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos. É d'Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho: quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».

Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial Sal. 117(118), 1-2, 16ab-17, 22-23
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a Sua misericórdia. Refrão

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver,
para anunciar as obras do Senhor. Refrão

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
e é admirável aos nossos olhos. Refrão


Leitura II Col. 3, 1-4


Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Colossenses

Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, então também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
Palavra do Senhor.


Ou I Cor 5, 6b-8
.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos: Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa? Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa, visto que sois pães ázimos. Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos a festa, não com fermento velho, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.

Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA PASCAL
À Vítima pascal
Ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
travaram um admirável combate:
depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo,
e a glória do ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.


ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO I Cor 5, 7b-8a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor. Refrão


Evangelho Jo 20, 1-9

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro¬. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro:¬ viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Palavra da Salvação.

Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se leu na Vigília da Noite Santa. Nas Missas Vespertinas pode ler-se o Evangelho de Lc 24, 13-15.

EVANGELHO (Facultativo para as Missas Vespertinas) Lc. 24, 13-35


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?». Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?». Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos, a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?». Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n'O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n'O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Palavra da Salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Exultando de alegria pascal, nós Vos oferecemos, Senhor, este sacrifício, no qual tão admiravelmente renasce e se alimenta a vossa Igreja. Por Nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal I [mas com maior solenidade neste dia].


ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Cor 5, 7-8
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado: celebremos a festa com o pão ázimo da pureza e da verdade. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus, protegei sempre com paternal bondade a vossa Igreja, para que, renovada pelos mistérios pascais, mereça chegar à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor.
Na despedida, durante toda a Oitava, diz-se:
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.
R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.





«Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?».

Lucas






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS: Act. 10, 34a, 37-43: Diante de pagãos, em casa do centurião Cornélio, Pedro anuncia o que já lhes havia chegado aos ouvidos: Cristo ressuscitou! E, completando aquela «boa notícia», garantindo, com o seu testemunho pessoal, a verdade dos acontecimentos daqueles dias, o Apóstolo explica-lhes o que eles querem dizer: – Jesus de Nazaré, homem que viveu como eles e com Quem Pedro convivera, não é um simples homem. Ungido do Espírito de Deus, tem a plenitude de Deus em Si. Ele é o Messias, o Filho de Deus, como o demonstrou pelos milagres por ele mesmo presenciados e, sobretudo pelo milagre definitivo – a Ressurreição. Pela Ressurreição, de que Pedro é testemunha, Jesus de Nazaré é o Juiz dos vivos e dos mortos, é o Salvador de todos os homens, judeus ou pagãos.

Col. 3, 1-4 Pelo seu Batismo, o cristão morreu para o pecado e ressuscitou com Cristo para uma vida nova. Desde esse momento, recebeu a missão de, à semelhança de Cristo, conduzir os homens e todas as coisas para o Pai. Inserido nas realidades divinas, não pode alhear-se do mundo, nem ficar indiferente aos esforços dos homens relativamente à construção dum mundo de felicidade, justiça e paz. Inserido nas realidades da terra, não pode encerrar-se no mundo, trabalhando só para fins terrenos, esquecido do destino final do homem e do mundo. Feito nova criatura pela Ressurreição de Cristo, o cristão viverá a vida de cada dia, sem perder de vista o fim superior, para que foi criado.
Ou
I Cor 5, 6b-8 Para significar o começo de uma nova existência, que teve lugar com a libertação do Egipto, os judeus celebravam a Páscoa com pão sem fermento, pois deitavam para fora de casa o fermento antigo. Com Cristo Ressuscitado, começou para o Povo de Deus uma vida nova. Por isso, o cristão, deitando fora o fermento antigo (o pecado e a mentira), deve ser pão «ázimo», liberto de todo o mal, de tal modo que nele transpareça sempre a presença do Espírito.

Jo 20, 1-9: Pedro e João, juntamente com Madalena, são as primeiras testemunhas do túmulo vazio, naquela manhã de Páscoa. Não foi, porém, muito facilmente que eles chegaram à conclusão de que Jesus estava vivo. A sua fé será progressiva, caminhará entre incredulidade e dúvidas. Só perante as ligaduras e o lençol, cuidadosamente dobrados, o que excluía a hipótese de roubo, se lhes começam a abrir os olhos para a realidade. No seu amor intuitivo, João é o primeiro a compreender os sinais da Ressurreição. Mas bem depressa Pedro, que, não por acaso mas intencionalmente, ocupa o primeiro lugar e nos aparece já nesta manhã como Chefe do Colégio Apostólico, descobre a verdade, anunciada tão claramente pela Escritura e pelo mesmo Jesus. Depois, em contacto pessoal com o Ressuscitado, a sua fé tornar-se-á firme como «rocha» inabalável.

(Facultativo para as Missas Vespertinas) Lc. 24, 13-35: A pedagogia catequística de Lucas, ao descrever o encontro de Cristo com os discípulos de Emaús, mostra-nos bem qual é o caminho, que leva o cristão a um verdadeiro encontro com Jesus. Na verdade, foi através da Sagrada Escritura que o conhecimento dos discípulos acerca de Jesus se aprofundou e se lhes revelou, claramente, o sentido da Sua missão. Foi, porém, na Eucaristia que O encontraram: Aquele que julgavam perdido para sempre, está vivo e permanece com eles na Eucaristia. A Escritura e a Eucaristia, como o ensinou o Concílio Vaticano II, são os dois modos pelos quais nos alimentamos do «Pão da Vida» (DV 21





AGENDA DO DIA



21.30 horas: Vigília Pascal

11.00 horas: Celebração da Eucaristia do dia de Páscoa






A VOZ DO PASTOR



UM MUNDO DOENTE AOS PÉS DA CRUZ

O gesto impressionou o mundo, um mundo de olhos esticados para lá! Foi mais uma página da História humana, uma página inesquecível, escrita a letras de ouro! Vestido de branco, sozinho e debruçado sobre si mesmo, como que a carregar aos ombros as tragédias do mundo inteiro, o Papa Francisco subia em direção às portas da Basílica de São Pedro, para, voltado para o imenso largo, quotidianamente palco de milhares e milhares de pessoas, mas agora completamente livre, convidar o mundo crente a rezar, também pelos não crentes. Sem dizer monossílabo que se ouvisse, a tristeza gritava e pulava, incomodativa, do chão deserto e silencioso daquela praça, do caminhar pesado e lento do Santo Padre, do tom sofrido da sua voz, dos parcos gestos que a circunstância lhe impunha naquela praça circundada pela monumental colunata de Bernini a abraçar a cidade e o mundo. As nuvens choramingavam!...
Foi um momento que ficará para a História, como para a História ficarão as imagens das cidades freneticamente movimentadas pelas exigências da vida, e, agora, completamente desertas, a causarem medo como se de noite escura, ameaçada por bandidos, se tratasse. Foi um momento extraordinário de oração nestes tempos em que, como referia o Papa, “densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos”. A situação sanitária que hoje aflige toda a humanidade “desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade”. Tudo nos faz perceber que “caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.” Agimos como se não houvesse limites, “avançamos a toda a velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa”, não escutamos os apelos do Senhor, “não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente”.
Recordando que, neste tempo em que fazemos memória da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, ressoa em todos nós o apelo urgente à conversão feito por Jesus, Francisco pede-nos que reajustemos a rota da vida, que aproveitemos “este tempo de prova como um tempo de decisão (...) o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é”.
De facto, a celebração do Tríduo Pascal convida-nos ao silêncio. Um silêncio fecundo, um silêncio que nos faz encontrar connosco mesmos e com Deus, adorando-O em espírito e verdade. Há dois mil anos, Jesus, o Filho de Deus, foi condenado à morte, a morte mais ignominiosa do tempo: a morte na cruz. Acusações sem consistência, calúnias, testemunhas falsas, autoridades pusilânimes, tribunais ao serviço dos caprichos humanos, tudo, tudo convergiu contra Jesus que, por obediência ao Pai e por amor aos homens, se foi entregando, esvaziando, abandonando, até se entregar nos braços do Pai, sem oferecer violência à violência. Pelo contrário, antes de tudo estar consumado, Ele pede o perdão para quem o matava. E morreu, e foi sepultado, e fez-se silêncio, e tornou-se fonte de salvação para todos os homens. A lógica de Deus não é a nossa lógica. Esta procura realizar-se através do poder, do ter e da construção de torres de Babel para atingir e ser como Deus. A Cruz recorda-nos que a realização plena consiste em conformar a vontade humana à vontade de Deus Pai. Obedecendo, Jesus carregou a cruz de todos os homens, as cruzes duma humanidade sofredora. Se Adão, desobedecendo e confiando nas suas próprias forças, ao pretender ser como Deus perdeu a sua dignidade original, Jesus, por sua vez, em total fidelidade ao Pai, sendo de condição divina, rebaixou-se, entrou na condição humana para redimir o Adão que está em nós e restituir ao homem a dignidade que perdera (cf. Bento XVI, 27-6-2012). “Ele tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens. Assim, apresentando-Se como simples homem, humilhou-Se a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso, Deus o exaltou grandemente, e Lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho no céu, na terra e sob a terra; e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fil 2, 6-11).
Jesus continua a fazer-nos o convite: «Se alguém quiser vir após Mim, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me» (Mt 16, 24). E siga-me, isto é, partilhe comigo o mesmo caminho, mesmo que o mundo não compreenda e ache ser uma derrota. E aponta o modo de o fazer: “Então Jesus, levantou-Se da mesa, tirou o manto, pegou numa toalha e atou-a à cintura. Deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que tinha à cintura (...) sentou-Se de novo e perguntou: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me “o Mestre” e “o Senhor”, e dizeis bem, porque o sou. Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós vos deveis lavar os pés uns aos outros» (Jo 13, 13-14).
Nestes dias de pandemia tão aflitivos, com o Papa Francisco saibamos apreciar aqueles que hoje estão a “escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras”.
Celebrando a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, adoremos a Cruz. Nela encontramos “Aquele que não aponta o dedo contra ninguém, mas abre os braços para todos; que não nos esmaga com a sua glória, mas se despe por nós; que não nos ama em palavras, mas nos dá a vida em silêncio; que não nos obriga, mas nos liberta; que não nos trata como estranhos, mas assume os nossos males, os nossos pecados. Para nos libertar dos preconceitos sobre Deus, olhemos o crucifixo e depois abramos o Evangelho (...) Não se esqueçam: Crucifixo e Evangelho! A liturgia doméstica será essa”, diz-nos Francisco.
Santa Páscoa!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2020.





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