PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda
27 de abril de 2020
Segunda-feira da III semana do
tempo de Páscoa
ALELUIA!
ALELUIA! ALELUIA!
CRISTO
RESSUSCITOU!
CELEBREMOS
SEGUNDA-FEIRA
da semana III
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30
Ev Jo 6, 22-29
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – B. Rafael Arnaiz Barón, oblato OCEO – MF
* Na Companhia de Jesus – S. Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja MO
* Nos Irmãos das Escolas Cristãs – B. Nicolau Roland, presbítero, fundador da Congregação Docente das Irmãs do Menino Jesus – MF
* Na Congregação dos Missionários Monfortinos – I Vésp. de S. Luís Maria Grignion de Montfort.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30
Ev Jo 6, 22-29
* Na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – B. Rafael Arnaiz Barón, oblato OCEO – MF
* Na Companhia de Jesus – S. Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja MO
* Nos Irmãos das Escolas Cristãs – B. Nicolau Roland, presbítero, fundador da Congregação Docente das Irmãs do Menino Jesus – MF
* Na Congregação dos Missionários Monfortinos – I Vésp. de S. Luís Maria Grignion de Montfort.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Ressuscitou o Bom Pastor,
que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.
ORAÇÃO COLETA
Senhor nosso Deus, que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade para poderem voltar ao bom caminho, concedei a quantos se declaram cristãos que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome, sigam fielmente as exigências da sua fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 6, 8-15
«Não eram capazes de resistir à sabedoria
e ao Espírito Santo com que ele falava»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Ressuscitou o Bom Pastor,
que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.
ORAÇÃO COLETA
Senhor nosso Deus, que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade para poderem voltar ao bom caminho, concedei a quantos se declaram cristãos que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome, sigam fielmente as exigências da sua fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Actos 6, 8-15
«Não eram capazes de resistir à sabedoria
e ao Espírito Santo com que ele falava»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo. Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos, oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia, vieram discutir com Estêvão, mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo com que ele falava. Subornaram então uns homens para afirmarem: «Ouvimos Estêvão proferir blasfémias contra Moisés e contra Deus». Provocaram assim a ira do povo, dos anciãos e dos escribas. Depois surgiram inesperadamente à sua frente, apoderaram-se dele e levaram-no ao Sinédrio, apresentando falsas testemunhas, que disseram: «Este homem não cessa de proferir palavras contra este Lugar Santo e contra a Lei, pois ouvimo-l’O dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e mudará os costumes que recebemos de Moisés». Todos os membros do Sinédrio tinham os olhos fixos nele e viram que o seu rosto parecia o rosto de um Anjo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 23-24.26-27.29-30 (R. 1b)
Refrão: Ditosos os que seguem a lei do Senhor. Repete-se
Ainda que os príncipes conspirem contra mim,
o vosso servo meditará os vossos decretos.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros. Refrão
Expus meus caminhos e destes-me ouvidos:
ensinai-me os vossos decretos.
Fazei-me compreender o caminho dos vossos preceitos
para meditar nas vossas maravilhas. Refrão
Afastai-me do caminho da mentira
e dai-me a graça da vossa lei.
Escolhi o caminho da verdade
e decidi-me pelos vossos juízos. Refrão
ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 22-29
«Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,
mas pelo alimento que dura até à vida eterna»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Depois de Jesus ter saciado os cinco mil homens, os seus discípulos viram-n’O a caminhar sobre as águas. No dia seguinte, a multidão que permanecera no outro lado do mar notou que ali só estivera um barco e que Jesus não tinha embarcado com os discípulos; estes tinham partido sozinhos. Entretanto, chegaram outros barcos de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam ali, subiram todos para os barcos e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?» Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Subam à vossa presença, Senhor, as nossas orações e as nossas ofertas, de modo que, purificados pela vossa graça, possamos participar dignamente nos sacramentos da vossa misericórdia. Por Nosso Senhor.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 27
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz, diz o Senhor. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor Deus todo-poderoso, que em Cristo ressuscitado nos renovais para a vida eterna, multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal e infundi em nossos corações a força do alimento que nos salva. Por Nosso Senhor.
«O bom pastor faz o que fez Deus Pai, aproximar-se, por
compaixão, por misericórdia, da carne do seu Filho, é isto que significa ser um
bom pastor».
.Papa Francisco
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita, situa
o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS I:
Actos 6, 8-15 : Estamos em presença
das primeiras manifestações do Espírito na Igreja. É agora que o mistério de
Jesus se começa a revelar aos homens para além do grupo que O tinha acompanhado
em sua vida mortal. E é o Espírito Santo quem o revela. Então em Estêvão, o
primeiro mártir, como depois em todos os outros mártires, a Páscoa de Jesus vai
arrastando em si os que se deixam ensinar pela sabedoria do Espírito Santo. O
processo de S. Estêvão segue os mesmos passos que o de Jesus: as mesmas falsas
testemunhas, o mesmo ódio da parte dos acusadores; e, da parte de Estêvão, o
mesmo olhar fixo em Deus e as mesmas palavras de perdão para os seus algozes,
como Jesus para aqueles que O crucificavam.
Jo 6, 22-29: A
partir da multiplicação dos pães, proclamada na semana anterior, Jesus vai
fazer uma longa catequese sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar nos
seus ouvintes a fome de Deus, pela fé, pois que os sacramentos são sinais da
fé. A multiplicação dos pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha
matado a fome àquela gente com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o
alimento de que eles precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele
próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa
fé é alimentar-se com o alimento que leva à vida eterna.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da
epidemia covid – 19.
18.00 horas: Missa
paroquial.
A VOZ DO PASTOR
O
RUIDO DAS LIBERDADES DE ABRIL
A
consciência da liberdade e da dignidade do homem, de mão dada com a afirmação dos
direitos inalienáveis da pessoa e dos povos, é uma das características
predominantes do nosso tempo. Antes do cristianismo era impensável, mesmo que
agora ainda se possa fomentar de modo errado! A comunicação que Deus fez de si
mesmo aos homens tornou Jesus Cristo o acontecimento da História de maior
relevância para a Humanidade, ao ponto de dividir a História no antes e no
depois de Cristo. Inverteu os valores, fez resplandecer a dignidade pessoal de
cada individuo, deu aso à formulação dos direitos humanos mesmo que ainda muito
espezinhados. “No mundo pré-cristão, procuraríamos em vão semelhante visão do
Homem: nem Platão, que fala de forma sublime do eros, nem nos tratados de
Aristóteles e de Cícero sobre a amizade, nem nos escritos dos estoicos se poderá
encontrar qualquer atenção à pessoa humana, à qual só se dará fundamento a
partir da revelação cristã” (Hans Urs von Balthasar).
Jesus,
figura dominante da História, veio dar-lhe o seu significado autêntico, a sua direção
permanente e definitiva. Não com armas e opressão, mas comprometendo-se com a
sorte do homem, em amor e misericórdia. Ateus, crentes, filósofos, escritores,
artistas, pessoas de todas as áreas do saber, do poder e do saber fazer,
ninguém, ninguém ficou nem fica indiferente perante o que Ele disse e fez,
perante o encanto da sua pessoa e da sua doação até ao extremo. Assim aconteceu
com todos quantos se cruzaram com Ele ao longo da sua vida terrena e depois da
sua Ressurreição, o Grande Dia para toda a Humanidade, a Páscoa. Sim, o Grande
Dia, acredite-se ou não! À volta da sua pessoa, ontem e hoje, quantos encontros
e desencontros, quanta alegria e entusiasmo, quantas certezas e dúvidas,
quantas inquietações e esperanças, quantos, quantos amores apaixonados até ao
martírio, quanta vida, quanto testemunho, quanto bem fazer, quantas expressões
extraordinárias de arte e beleza em todas as áreas da atividade humana. No
entanto, como perante Ele ninguém fica indiferente, também houve e há
rejeições. E quantas delas por mera ignorância ou preconceitos como aquele que
chegou ao ponto de mandar gravar uma cruz na sola dos sapatos para O espezinhar
continuamente. Quanta mentira ou
iniciativa para O desmitificar, quantas banalizações e ofensas, quantas
apropriações indevidas até para fazer guerras, quantas perseguições, quantos
escritos para negar a sua divindade. “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que
fazem!”, rezou Cristo na Cruz (Lc 23,34).
Aquele
“Tudo está consumado” dito por Jesus no alto do Calvário, não foi uma
declaração conformada com o fim de tudo. Não foi uma humilhante rendição porque
tudo fracassara. Não, não foi um cruzar de braços perante uma derrota. Foi um
vigoroso Sim à vitória da vida sobre a morte, um Sim para restituir ao homem a
dignidade perdida e indicar a toda a Humanidade o caminho da Liberdade, da
Dignidade e do viver com sentido e esperança. Jesus falou e continua a falar
com a simplicidade da sua vida, com a sua humanidade, com a sua obediência ao
Pai, com a sua coerência, com a sua fidelidade à verdade e com o seu amor a
toda a gente, sem fazer aceção de pessoas, dando prioridade aos que sofrem e
aos esquecidos à margem da vida. Foi n’Ele e por Ele que o homem adquiriu plena
consciência do sentido da sua vida, da sua dignidade e do valor transcendente
da própria humanidade.
Cada país tem o seu Dia Nacional, o
qual, infelizmente, nem sempre é o dia da conquista da liberdade, dentro
daquela Liberdade e Dignidade de filhos de Deus. Por paradoxal que pareça,
esses dias nacionais vão-se sucedendo uns aos outros, tal como aquelas
afirmações que são tão verdade enquanto não vem outro e diz o contrário. Parece
que cada tempo tem de ter forçosamente os seus heróis. Mudam-se os tempos
mudam-se as vontades, sobretudo quando os que governam se esquecem da sua
verdadeira missão ao serviço do povo. O último acontecimento mais digno de
registo ou tido como revolucionário, para o bem ou para o mal, é sempre o
único, o mais nobre e o mais importante para quem o levou acabo, mesmo que o
seja para desgraça de um povo. E sempre há gente que está com quem está, quer
quando o regime se apoia na razão da força, quer quando se pauta pela força da
razão. O virar da casaca é imediato, num esfregar de olhos. A subserviência aos
da nova situação é tal que nunca os deixa livres para avaliarem qualquer dos
sistemas. E como a fama é um objetivo apetecível, há quem, dentro da façanha
revolucionária, não passando de um mero e suplente apanha bolas devido às
circunstâncias do momento e das quais porventura não conseguiu fugir, há quem
não se canse de gritar ao mundo a fazer crer que foi um grande craque no
relvado, um herói indispensável na hora da mudança e a merecer lugar de sócio
correspondente e de número na academia da história pátria, quiçá, um cantinho
no panteão! Ai estes bípedes humanos que engraçados que somos!...
E assim, uns, como é o nosso caso,
festejam com alegria o dia em que a liberdade foi conquistada e se instalou a
democracia e os direitos de cidadania. Há festa, vestem-se os fatos de domingar
e calçam-se os sapatos de ir à missa, como soe dizer-se, para se entrar no
Salão Nobre da República onde os representantes do povo têm a sua cátedra de
diagnóstico das maleitas e do receituário para as doenças do Nação. Há
discursos empolgados com esticadas reflexões, há palmas e aplausos. E bem, é
preciso comemorar e fazer festa. Há conquistas inesquecíveis a merecer festa em
qualquer tempo e a qualquer pretexto, com terno e gravata. A ferir a história
dos povos, idênticas manifestações também fazem as ditaduras, com desfiles
militares a quererem assustar o mundo, discursos empolgados a olhar para o
umbigo, aplausos e palmas a aquecer as mãos e a atordoar os ouvidos. Os
demagogos encontram aí uma grande ocasião para espraiarem o seu ego por entre
discursos inflamados a ecoar por mundo fora. O povo, esse, e conforme os casos,
ou se manifesta livremente na alegria e gratidão de ter a liberdade, ou na
obrigação de fingir e repudiar a tristeza que lhe vai na alma. Nas próprias
escolas, a história última que se estuda, é sempre a história feita pelos
últimos vencedores, por aqueles que se encontram ao leme dos países, quer seja
a construída pelos que conquistaram a liberdade, quer seja a feita pelos que a
esconjuraram. Para uns e outros, importa denegrir o passado como nada tendo de
bom, e empolgar o presente como maravilha sem igual. Mas isto também acontece,
em democracia, dentro dos partidos que se alternem no poder. Nenhum consegue
viver sem denegrir o do turno anterior para que possa engrandecer o que ele
agora está a fazer. A história humana, que é cíclica, lá se vai desenvolvendo
por entre tais enredos, tantas vezes com a humilhação do povo, do qual, quem
manda, se julga dono e senhor, esquecendo que o seu poder é um poder delegado
pelo próprio povo, em nome de Deus. E disse Pilatos a Jesus: “Não sabes que
tenho autoridade para Te soltar e autoridade para Te crucificar?” Jesus
respondeu: “Não terias nenhuma autoridade sobre Mim se ela não te fosse dada do
alto” (Jo 19,10-11).
Portugal, nos últimos tempos, saboreou ambos
os momentos. Quem agora se apresenta como presa fácil às garras desse traste
que é o covid-19, sabe apreciar bem a diferença. Muita gente festejou - ou
suportou ver festejar! -, com gosto ou sem gosto, contrariado ou por obrigação,
o 28 de maio. Mesmo que o Dia da Restauração e o da República estejam dormentes
nos braços de Morfeu, festejemos o 25 de abril, que, neste ano, já deu água
pela barba àqueles que, quando falaram sobre os festejos, de tal modo falaram
que até as andorinhas suspenderam o voar e as árvores se torceram para os
escutar. Mas não gostaram, o efeito foi fraco e era escusado! Esperemos que o
povo, que sabe rir dessas horas menos boas dos seus Servidores, não deixe de
viver, com gosto e ao seu jeito, e como melhor o conseguir fazer, esse Dia
Nacional que a todos nos orgulha e enobrece o país.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-04-2020.
Sem comentários:
Enviar um comentário