PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta,
09 de abril de 2020
Quinta-feira Santa
Sumário:
1,
Oração eucarística de Quinta-feira Santa com as alterações para este ano
2.
Pensamento do dia
3
Agenda do dia
4.
Palavra do Senhor Bispo
5.
Documentos vários e algumas sugestões.
QUINTA-FEIRA
da Semana Santa (manhã)
Roxo.
Ofício próprio.
* Na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Aniversário da tomada de posse de D. Ildo Augusto dos Santos Lopes Fortes.
L 1 Is 61, 1-3a. 6a. 8b-9; Sal 88 (89), 21-22. 25 e 27
L 2 Ap 1, 5-8
Ev Lc 4, 16-21
Ofício próprio.
* Na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Aniversário da tomada de posse de D. Ildo Augusto dos Santos Lopes Fortes.
L 1 Is 61, 1-3a. 6a. 8b-9; Sal 88 (89), 21-22. 25 e 27
L 2 Ap 1, 5-8
Ev Lc 4, 16-21
Missa
MISSA VESPERTINA DA CEIA DO SENHOR
Seguindo um rito evocativo das grandes intervenções salvíficas de Deus, os Apóstolos celebravam a Ceia pascal, sem pressentirem que a nova Páscoa havia chegado.
Essa Ceia, contudo, será a última, pois Jesus, tomando aquela simbólica refeição ritual, dá-lhe um sentido novo, com a instituição da Eucaristia.
Misteriosamente antecipando o Sacrifício que iria oferecer, dentro de algumas horas, Jesus põe fim a todas as «figuras», converte o pão e o vinho no Seu Corpo e Sangue, apresenta-Se como o verdadeiro cordeiro pascal – o «Cordeiro de Deus» (Jo. I, 29).
O Sacrifício da Cruz, com o qual se estabelecerá a «nova Aliança», não ficará, pois, limitado a um ponto geográfico ou a um momento da história: pelo Sacrifício Eucarístico, perpetuar-se-á, «pelo decorrer dos séculos até Ele voltar» (SC. 47). Comendo o Seu Corpo imolado e bebendo o Seu Sangue, os discípulos de Jesus farão sua a Sua oferenda de amor e beneficiarão da graça, por ela alcançada aos homens. «Pela participação no Sacrifício Eucarístico, fonte e centro de toda a vida cristã, oferecem a Deus a Vítima divina e a si mesmos juntamente com ela» (LG. 11).
Para que este mistério de amor se pudesse realizar, Jesus ordena aos Apóstolos que, até ao Seu regresso, à Sua semelhança e por Sua autoridade, operem esta transformação, ficando assim participantes do Seu mesmo Sacerdócio.
Nascido da Eucaristia, o Sacerdócio tornará, portanto, atual, até ao fim dos tempos, a obra redentora de Cristo.
Sendo a Eucaristia a obra prima do amor de Jesus, a prova suprema do Seu amor (Jo. 13, 1), compreende-se agora bem por que é que Ele escolheu a última Ceia para fazer a proclamação solene do «Seu mandamento», o de «nos amarmos uns aos outros», o mandamento novo, «que resume toda a lei».
Ritos iniciais e liturgia da palavra
1. O sacrário deve estar completamente vazio. Para a comunhão do clero e dos fiéis, consagre-se nesta Missa pão suficiente para hoje e amanhã.
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Gal. 6, 14
Toda a nossa glória está na cruz de Nosso senhor Jesus Cristo. N’Ele está a nossa salvação, vida e ressurreição. Por Ele fomos salvos e livres.
Diz-se o Glória.
Enquanto
se canta este hino, tocam-se os sinos, que não voltarão a tocar-se até à
Vigília Pascal, a não ser que a Conferência Episcopal ou o Ordinário do lugar
julguem oportuno estabelecer outra coisa.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que nos reunistes para celebrar a Ceia santíssima em que o vosso Filho Unigénito, antes de Se entregar à morte, confiou à Igreja o sacrifício da nova e eterna aliança, fazei que recebamos, neste sagrado banquete do seu amor, a plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 12, 1-8.11-14
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que nos reunistes para celebrar a Ceia santíssima em que o vosso Filho Unigénito, antes de Se entregar à morte, confiou à Igreja o sacrifício da nova e eterna aliança, fazei que recebamos, neste sagrado banquete do seu amor, a plenitude da caridade e da vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 12, 1-8.11-14
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto: «Este mês será para vós o princípio dos meses; fareis dele o primeiro mês do ano. Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe: No dia dez deste mês, procure cada qual um cordeiro por família, uma rês por cada casa. Se a família for pequena demais para comer um cordeiro, junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas, tendo em conta o que cada um pode comer. Tomareis um animal sem defeito, macho e de um ano de idade. Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito. Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês. Então, toda a assembleia da comunidade de Israel o imolará ao cair da tarde. Recolherão depois o seu sangue, que será espalhado nos dois umbrais e na padieira da porta das casas em que o comerem. E comerão a carne nessa mesma noite; comê-la-ão assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. Quando o comerdes, tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor. Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egipto e hei-de ferir de morte, na terra do Egipto, todos os primogénitos, desde os homens até aos animais. Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egipto, Eu, o Senhor. O sangue será para vós um sinal, nas casas em que estiverdes: ao ver o sangue, passarei adiante e não sereis atingidos pelo flagelo exterminador, quando Eu ferir a terra do Egipto. Esse dia será para vós uma data memorável, que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor. Festejá-lo-eis de geração em geração, como instituição perpétua».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 12-13.15-16bc.17-18 (R. cf. 1 Cor 10, 16)
Refrão: O cálice de bênção
é comunhão do Sangue de Cristo. Repete-se
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. Refrão
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias. Refrão
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,
na presença de todo o povo. Refrão
LEITURA II 1 Cor 11, 23-26
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim». Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim». Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha.
Palavra do Senhor.
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Jo 13, 34
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão
EVANGELHO Jo 13, 1-15
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».
Palavra da salvação.
5. Na homilia comentam-se os grandes mistérios que neste dia se comemoram: a instituição da sagrada Eucaristia e do sacramento da Ordem e o mandato do Senhor sobre a caridade.
L a v a - p é s
Neste ano omite-se o lava-pés
Nesta Missa não se diz o Credo.
Liturgia eucarística
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor, a graça de participar dignamente nestes mistérios, pois todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício realiza-se a obra da nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
PREFÁCIO DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA
A Eucaristia, memorial do sacrifício de Cristo
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo, nosso Senhor. Verdadeiro e eterno sacerdote, oferecendo-Se como vítima de salvação, instituiu o sacrifício da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória. O seu Corpo, por nós imolado, é alimento que nos fortalece; e o seu Sangue, por nós derramado, é bebida que nos purifica. Por isso, com os Anjos e os Arcanjos e todos os coros celestes, proclamamos a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo…
No Cânon Romano, diz-se o Communicantes (Em comunhão com toda a Igreja), o Hanc igitur (Aceita benignamente) e o Qui pridie (Na véspera da sua paixão) próprios.
* Também nas Orações Eucarísticas II e III se fazem as comemorações próprias.
No Cânon Romano:
Em comunhão com toda a Igreja, ao celebrarmos o dia santíssimo em que Nosso Senhor Jesus Cristo Se entregou por nós, veneramos a memória da gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, e também a de São José, seu esposo, e a dos bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, (Tiago, João, Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu; Lino, Cleto, Clemente, Sixto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião) e de todos os Santos. Por seus méritos e orações, concedei-nos, em tudo e sempre, auxílio e proteção. (Por Cristo, nosso Senhor. Amen).
De braços abertos, continua:
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que nós, vossos servos, com toda a vossa família, Vos apresentamos. Nós Vo-la oferecemos neste dia, em que Nosso Senhor Jesus Cristo confiou aos seus discípulos a celebração dos mistérios do seu Corpo e Sangue. Dai a paz aos nossos dias, livrai-nos da condenação eterna e contai-nos entre os vossos eleitos.
Junta as mãos.
(Por Cristo, nosso Senhor).
Com as mãos estendidas sobre as oblatas, diz:
Santificai esta oblação com o poder da vossa bênção e recebei-a como sacrifício espiritual perfeito, de modo que se converta para nós no Corpo e Sangue do Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Junta as mãos
Hoje, na véspera da sua paixão, por nós e por todos os homens,
Toma o pão e, elevando-o um pouco sobre o altar, continua:
Ele tomou o pão em suas santas e veneráveis mãos e, levantando os olhos ao céu, para Vós, Deus, seu Pai todo-poderoso, dando graças abençoou-o, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:
Levemente inclinado:
TOMAI, TODOS, E COMEI:
ISTO É O MEU CORPO
QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Continua o Cânon Romano
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. 1 Cor 11, 24.25
Isto é o meu Corpo, entregue por vós;
este é o cálice da nova aliança no meu Sangue,
diz o Senhor.
Fazei isto em memória de Mim.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus eterno e omnipotente, que hoje nos alimentastes na Ceia do vosso Filho, saciai-nos um dia na ceia do reino eterno. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Trasladação do Santíssimo Sacramento
Neste ano omite-se
«Tomais
e e bebei, isto é o meu sangue… tomai e comei isto é o meu corpo…»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Ex
12, 1-8.11-14: Jesus é o verdadeiro Cordeiro pascal
que, na sua Paixão, realiza a verdadeira e definitiva libertação do povo de
Deus. A Eucaristia é o memorial da sua Paixão; Jesus tomou para sacramento
deste memorial precisamente a ceia pascal do Antigo Testamento, mas dando-lhe
sentido novo, fazendo-nos assim compreender que a Páscoa antiga encontra a
consumação perfeita na sua Páscoa. Como o povo de Deus do Antigo Testamento
repetia a ceia pascal em memória da sua passagem do Egipto para a Terra
Prometida (a Páscoa antiga), assim agora o povo do Novo Testamento celebra a
Eucaristia em memória da Morte e Ressurreição de Jesus (a Páscoa Nova), em que
se realiza a passagem deste mundo para o Pai.
1 Cor 11, 23-26: Na última Ceia, Jesus instituiu
a Eucaristia e entregou-a à sua Igreja, para que, na Eucaristia, a Igreja
encontrasse, até ao fim dos tempos, quando Ele vier, o memorial da sua Páscoa,
isto é, da sua passagem deste mundo para o Pai, pela Morte à Ressurreição. Esta
leitura é a mais antiga narração chegada até nós da instituição da Eucaristia
pelo Senhor, e da sua celebração pela Igreja, neste caso, na Igreja de Corinto.
Jo 13, 1-15 :A
leitura situa-nos em plena celebração da última Ceia. Jesus ao lavar os pés aos
discípulos, revela o verdadeiro sentido da sua missão, que é o de Ele ser o
Servo, servindo até dar a vida, em obediência ao Pai, para salvação dos homens.
Foi assim que Ele amou até ao fim, e nos ensinou a fazermos o mesmo uns aos
outros, como Ele fez aos seus discípulos. O lava-pés dá-nos o sentido profundo
da Morte de Jesus: um serviço de amor em favor dos seus. E este sentido
continua a ser-nos ainda recordado sempre que celebramos a Eucaristia.
AGENDA DO DIA
12.00 horas: Oração em rede em toda a diocese
pedir a graça do fim da .
15.15 horas: Funeral. Oração de despedida na parte exterior da capela do Mártir e Santo
18.00 horas: Missa na Igreja Paroquial do
Espírito Santo,
A VOZ DO PASTOR
UM GRANDE DIA QUE NÃO SERÁ...MAS
É...
Dia Mundial da Juventude!...
Tal
acontecimento coincide com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Não num
espadalhão de abrir a boca a batedores e ao povaréu, mas humildemente montado
num jumentinho emprestado. Da multidão eufórica que o rodeava, uns estendiam as
capas no caminho, outros cortavam ramos de árvores e espalhavam-nos pelo chão,
e todos bradavam “Hossana ao Filho de David! Bendito o que vem em nome do
Senhor! Hossana nas alturas!”. Os engravatados da cidade, alvoroçados por tão
alegre e estranha manifestação, perguntavam: “Quem é Ele?” E a multidão que O
acompanhava, respondia com grande alegria e entusiasmo: “É Jesus, o profeta de
Nazaré da Galileia”.
O
distanciamento social causado por esse mortífero covid-19, que teima em nos
perseguir e assaltar, tudo alterou, não nos vamos encontrar com os jovens nesse
dia e nesse lugar determinado, mas vamos continuar unidos e a viver. É
caraterística dos jovens a paixão pela vida e pelo que a vida oferece de bom.
Saber coisas, conhecer lugares e pessoas, conviver e aventurar-se, fazer
experiências, ter gana de mudar o mundo, lutar e sonhar, sonhar e lutar!...
Para os jovens, ouvir que a vida é breve, não faz grande sentido, para eles,
isso é conselho de cotas, é experiência de quem já viveu muito e se vê
aproximar do fim de linha. Para os jovens, a vida é sempre longa, o futuro tem
grande lonjura, olha-se para ele com feliz esperança.
As
coisas, porém, nem sempre correm como desejamos, é verdade. Há êxitos e
fracassos, há alegrias e tristezas, há momentos de maior genica e muito entusiasmo,
há momentos de grande desânimo e de enorme falta de vontade, há contrariedades
sem fim a puxar para trás e empurrões a forçar a marcha para a frente: é a
vida! No entanto, aconteça o que acontecer, não nos podemos deixar morrer por
dentro. O tema que o Papa Francisco deu aos jovens do mundo inteiro para este
ano de preparação para a JMJ2022 em Lisboa, vai nesse sentido: «Jovem, Eu te
ordeno, levanta-te!” (cf. Lc 7, 14).
De
facto, fora ou mesmo dentro de nós, deparamo-nos muitas vezes com realidades de
morte física e espiritual que não deixam coragem para nos levantarmos, “mortos”
que ficamos. Há sonhos pessoais que fracassam, há metas escolares que não se
atingem, há pretensões desportivas e artísticas frustradas, há tantos desejos
de felicidade que se revelam mera ilusão, escravizam e podem levar à
destruição: vícios, crime, miséria, doença, angústia, tédio de viver, perda da
esperança, fechar-se em si, interromper as relações sociais ou torna-las
falsas... sim, são muitas e diversas as razões que podem levar à “morte” e
Francisco as aponta. E, se, porventura, do interior de alguém rebentam gritos
lancinantes de socorro, a falta de compaixão, a indiferença e o egoísmo de quem
escuta, pode levá-lo a fazer de conta que não ouve, não quer calçar os sapatos
e sair de si mesmo ao encontro dos outros.
Pela
atitude de Jesus, Amigo sempre atento, compassivo e capaz de ajudar, aquele
jovem morto de Naim voltou à vida. O Papa realça que isso continua a acontecer
hoje: «Se perdeste o vigor interior, os sonhos, o entusiasmo, a esperança e a
generosidade, diante de ti está Jesus, como parou diante do filho morto da
viúva, e o Senhor, com todo o seu poder de Ressuscitado, exorta-te: “Jovem, Eu
te ordeno: Levanta-te!”» (CV20).
Se
há jovens “mortos”, de costas para a sociedade e a julgarem-se vivinhos da
silva porque alimentam o seu ego a passear pelas redes sociais lá no sofá, há
muitos outros que saltam para a vida arriscando tudo, colocando até em perigo a
sua própria existência. O testemunho de tantos profissionais da saúde e
colaboradores de hospitais, das estruturas sociais e outras, os governantes que
têm a responsabilidade de decidir, os agentes da proteção civil e da segurança
pública, os profissionais e voluntários nos serviços básicos para que a vida da
comunidade continue, são, nestes tempos de pandemia, prova disso: há muitos
santos na rua a cuidar do próximo! Lá estão também os jovens, atentos aos
gritos de gente aflita, sofrendo com quem sofre, disponíveis e voluntários,
conscientes de que «Certas realidades da vida só se veem com os olhos limpos
pelas lágrimas» (CV76).
Quando
se assumem as feridas dos outros, tornamo-nos portadores de esperança e somos
capazes de lhes dizer: levanta-te, não estás sozinho, Deus Pai ama-te e Jesus
“é a sua mão estendida para nos erguer”. E surgem iniciativas, como, por
exemplo, esta que um grupo de jovens de Abrantes, para minorar os sentimentos
de isolamento e de solidão dos mais idosos, implementou o projeto "Adota
um Avô". São voluntários, na maioria estudantes, que todos os dias, por
telemóvel, fazem companhia ao avô ‘adotado'. A ideia foi duma Valente,
escuteira e psicóloga, surgiu numa reunião do seu Agrupamento do CNE: como
“fazer a boa ação” neste período de quarentena? Tendo surgido a ideia, ela foi
desenvolvida no seio da Pastoral Juvenil da Diocese de Portalegre-Castelo
Branco, de cujo Secretariado a Teresa Valente faz parte. Embora dirigido para
os idosos, o projeto já conta com muitos netos de avós adotados. A ideia está a
saltar, para dentro e fora de portas. E se hoje não se conhecem, um dia, esse
neto ou essa neta há de marcar encontro com esse avô ou essa avó para que se
conheçam. E o desafio está lançado, tem algumas regras e objetivos, mas quem
desejar participar, basta contactar pela página Facebook ‘SDPJuventude e
Vocações de Portalegre Castelo Branco'.
De
igual modo, qualquer gesto de amor junto de um jovem “morto” por dentro, de um
jovem que sofre, que perdeu a fé e a esperança, será muito importante. Mas será
tanto mais eficaz quanto mais quem o fizer for primeiramente tocado por esse
amor e tiver feito a experiência dessa bondade de Deus para consigo próprio.
Esse, sim, poderá gritar com toda a propriedade: «Jovem, Eu te digo,
levanta-te!». Será “um toque prolongado de Jesus a comunicar vida, um toque que
“penetra numa realidade de desolação e desespero”, um toque “que passa também
através do amor humano autêntico e abre espaços inimagináveis de liberdade,
dignidade, esperança, vida nova e plena”, um toque que faz começar a falar como
o jovem de Naim: ele “começou a falar”, um toque que convida o jovem
“ressuscitado” a falar das suas circunstâncias e personalidade, das suas
tristezas, dos seus desejos, das suas necessidades, dos seus sonhos.
“Numa
cultura que quer os jovens isolados e debruçados sobre mundos virtuais, façamos
circular esta palavra de Jesus: «Levanta-te». É um convite a abrir-se para uma
realidade que vai muito além do virtual. Isto não significa desprezar a
tecnologia, mas usá-la como um meio e não como fim. «Levanta-te» significa também
«sonha», «arrisca», «esforça-te por mudar o mundo», reacende os teus desejos,
contempla o céu, as estrelas, o mundo ao teu redor”. E a todos quantos te
perguntarem “Quem é Ele?”, responde com entusiasmo como aqueles que O
acompanhavam na entrada triunfal em Jerusalém: “É Jesus, o profeta de Nazaré da
Galileia”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-04-2020.
Projeto
: Adota um avô
Entidade responsável
SDPJV - PCB – Secretariado Diocesano da
Pastoral da Juventude e Vocações de Portalegre-Castelo Branco. Procura animar
os jovens dos diferentes Arciprestados, no seu crescimento humano - cristão que
passa sempre pelo envolvimento na comunidade, na sociedade civil.
Fundamentação: Com a inesperada situação
de pandemia pelo COVID 19, toda a sociedade ficou fisicamente mais isolada. Os
idosos que vivem nas suas casas ficaram mais sós pois as famílias também já não
os podem visitar como faziam antes. Há famílias em situação de fragilidade
crescente, que só com o apoio e a criatividade da comunidade podem sair de uma
situação que tendencialmente pode levar ao desânimo e à depressão que nada
ajuda a resistir à situação pandémica em que vivemos.
Os jovens sempre foram e são cada vez
mais criativos e solidários. Se a sua solidariedade que sentem é animada pelo espírito da Boa Nova de Jesus,
os projectos e actividades têm novo brilho. Assim nasceu o projecto “Adota um
avô” do olhar atento dos jovens da nossa terra e do coração generoso de quem
sente que pode dar sempre mais um pouco.
Objetivos:
Combater o isolamento social, o riscos
de solidão e desânimo ajudando a estabelecer novas formas de solidariedade
entre diferentes gerações;
Promover a partilha de experiências, conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores, aumentando os respetivos níveis de autoestima
e felicidade das diferentes gerações;
Diminuir a segregação e a discriminação
pelo fator idade, superando estereótipos
e preconceitos
Promover o voluntariado juvenil pela
riqueza da partilha de experiências e saberes entre diferentes gerações;
Promover a prática da reciprocidade, do
cuidado e da atenção entre as distintas gerações, potenciando relações
positivas;
Ações: – Fala por telefone!
Telefonar periodicamente à pessoa “ avô
/ avó adoptiva” que lhe é atribuída pelo Secretariado da Pastoral da Juventude
e Vocações em colaboração com o pároco de cada “avô/ avó”
Haverá no final do tempo de isolamento
uma festa num espaço da Paróquia para conhecimento físico de todos os
voluntários e dos “avós”.
População-alvo: Qualquer pessoa que pela
idade, doença ou outra situação de
fragilidade, se encontra pouco acompanhada neste tempo de isolamento social.
Recursos:
Humanos: Jovens maiores de 18 anos
referenciados pelos párocos ou por um membro do Secretariado Diocesano da PJV
PCB
Materiais: telemóvel com disponibilidade pessoal do jovem para o
usar para redes movéis e fixas
Avaliação: Acompanhamento do processo e
relatório no final do projeto
Condições e perfis dos voluntários:
Idade igual ou superior a 18 anos;
Provado equilíbrio psicológico e
maturidade para lidar com situações de solidão prolongada;
Capacidade de trabalho em grupo ,
capacidade de comunicação e de partilha com os responsáveis locais do projecto.
O Voluntário/a
Não deve;
Resolver situações do “avô/ avó”
sozinho, nem tomar decisões por si, nem abandonar o projecto sem falar com os
responsáveis do Sec Diocesano de PJV-PCB.
Encontrar-se ao vivo durante a
quarentena. Depois da quarentena, organizar-se-à um convívio, para todos os
“avós e netos”.
Ligar nem muito tarde, nem muito cedo,
que a pessoa precisa da sua noite de sono descansada.
Fazer perguntas sobre a vida pessoal,
familiar…
Valorizar as notícias dramáticas sobre a
COVID 19 ou outras
Importante
Não propor, favorecer encontros pessoais com
o/a avô/ avó
Marcar, combinar uma hora boa para
telefonar e combinar a periodicidade com a pessoa ( é preferível começar
marcando tempos mais distanciados do que deixar a pessoa idosa/ doente cansada
Ser respeitador, capaz de ouvir ( a
maior tarefa é a da escuta – há que deixar falar do passado, das tradições…
pode ser uma oportunidade de partilha cultural) e se alguma vez
O jovem não se sentir
confortável com algo, deve falar com alguém do Secretariado da PJV - PCB ou com
os responsáveis locais (Párocos, catequistas…) .
Ser discreto e respeitador da
privacidade.
Valorizar iniciativas positivas
Tentar encontrar algo de positivo entre
os relatos mais tristes ( doenças, medo de doenças, incompreensões da família ou
vizinhos…salientando, por exemplo, alguma palavra positiva que tenham referido
no relato…)
Confiamos que vais levar esta missão até
ao fim e não vais desistir a meio.
O Secretariado Diocesano de Pastoral da
Juventude e Vocações
SUGESTÕES PARA VIVER A
SEMANA SANTA E O TRÍDUO PASCAL
Olá !
Amigos e amigas, a força da
Comunhão, da Solidariedade e Unidade,
deve ser agora mais , forte e poderosa,
entre nós .
Aproxima-se o domingo da Paixão, ou de Ramos, a semana Santa, e o
grande dia “ A Páscoa da Ressurreição “.
Este ano celebrada de maneira diferente, nos nossos lares familiares. Mas isso não nos quebra o ânimo, Ele quer
ressuscitar dentro do nosso coração, por isso demos, e temos que ser: Fortes na
Fé, Alegres na Esperança, e Activos no
Amor, e se voltamos a ter fome, se voltamos a sofrer, temos em nós a Vida, que não nos deixa desfalecer.
Por isso vimos fazer um apelo, a
cada um, a cada família, que se queira unir, a nós nesta onda de solidariedade, e manifestação
de fé.
- Próximo; domingo “ Ramos “ Um ramo de oliveira ou outra planta, na nossa
janela ,porta ou varanda, não importa o lugar ou os lugares. Importa a nossa
força o nosso estar, o nosso apoio uns aos outros.
- Quinta-feira santa, “ Dia do sacerdócio e da Eucaristia “ Flores manifestando a alegria de Jesus ficar
connosco.
- Sexta-feira santa “Cruz
de madeira, crucifixo, ou até dois pauzinhos fazendo cruz , se tivermos
algum pano roxo também podemos colocar.
- Domingo de Páscoa “ Alegria da
ressurreição “ A vitória da Vida e Vida em Abundância.
Uma colcha, pano branco, fita branca e
flores, na nossa janela(as ) porta ou
varanda, onde quisermos e achamos bem.
NOTA: Se não tivermos possibilidade
de fazermos todos os dias poderemos fazer os que pudermos.
Gostaríamos que nos expressasse a
sua opinião sobre este desafio.
A
todos e a cada um Paz e Bem.
Franciscanas
Missionarias de Maria
Vila
de Rei
_______________________________
Sugestão da Pastoral familiar
Estimadas
Famílias:
Estamos na Semana Santa. Não é a
Semana Santa que estávamos à espera, mas será aquela que Deus quis para nós.
Não podemos celebrar em comunidade
devido à pandemia do Covid-19, mas celebraremos nos nossos lares, com aqueles
que nos são mais chegados, em verdadeira Igreja doméstica. Tal facto não nos
pode desanimar, pois Cristo morreu por nós e quer ressuscitar nos nossos
corações, pelo que deixemo-nos contagiar pelo amor de Cristo.
Existem muitas propostas para
vivermos esta Semana Santa em família, vivendo também os mistérios da nossa fé.
Não vamos inventar nem propor nada de novo, existem muitos momentos propostos
por bispos, párocos ou movimentos, permitam-nos porém destacar alguns:
- Domingo de Ramos/Segunda-feira
Santa – Se não fizemos ainda a nossa cruz, ainda estamos a tempo, dois paus e
uma corda para atar e já está, depois podemos enfeitar com loureiro, alecrim,
oliveira, etc;
- Terça-feira Santa – Rezar o texto
de S. Marcos 4, 35-41. Podemos seguir o método da Lectio divina: Leitura atenta
– Meditação (o que me diz o texto, o que mais me despertou a atenção) – Oração
(Deus fala e eu escuto, faço perguntas, procuro compreender, entro em diálogo)
– Contemplar (Escuto Aquele que me fala) – Discernir (o que Deus quer para mim
neste momento).
- Quarta-feira Santa – Rezar a Via
Sacra do Senhor. (Podem seguir o esquema que enviamos ou outro);
- Quinta-feira Santa – De manhã
ficar em união com o nosso Bispo que pelas 10 horas, na Catedral de Portalegre,
celebra a Missa Crismal. Rezar pelo Papa Francisco, pelo nosso Bispo Antonino e
pelos nossos párocos;
- De tarde felicitar os Padres que
conhecemos. Os contactos encontram-se no Anuário Católico
- À noite fazer um jantar especial,
pôr flores na mesa e rezar antes de comer;
Sexta Feira Santa – Dia de jejum e
abstinência. Pelas 15 horas rezar junto à cruz;
- Sábado SantoÀ noite colocar uma
vela na janela. Leitura do relato da ressurreição (Mt. 28, 1-10)
- Domingo de Páscoa – Jesus
ressuscitou, é dia de alegria e jubilo. Enfeitar a nossa cruz com flores de
diversas cores, assinalando desta forma a alegria da ressurreição de Jesus.
- Ao toque do sino enfeitar a nossa
janela ou varanda com uma colcha e ou flores.
Antes do almoço abençoar os
alimentos e pedir por todos os familiares e por aqueles que estão afetados pela
pandemia. Cantar um cântico de Páscoa.
-Para além destas sugestões podemos
socorrermo-nos da televisão e das redes sociais para acompanharmos as
celebrações. Muitos párocos têm transmitido as celebrações. Para além disso a
televisão transmite muitas das celebrações.
-Terminamos desejando que as
circunstâncias da Páscoa de 2020 nos permitam aprofundar a identidade e a
experiência da família como Igreja doméstica, onde se vive o amor de Deus, se
escuta e vive a sua Palavra, se faz oração juntos e se dá testemunho do
Evangelho na convivência de uns com os outros e na ajuda aos mais necessitados.
Despedimo-nos desejando que Deus
vos abençoe.
Santa Páscoa
--
O Secretariado Diocesano da
Pastoral Familiar:
- Helena e António Pinho
- Ilda e João Cabral
- Teresa e João Mendonça
- Pe Ilídio Mendonça.
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