quinta-feira, 23 de abril de 2020





PARÓQUIAS DE NISA




Sexta, 24 de abril de 2020






Sexta-feira da II semana do tempo de Páscoa






ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

CRISTO RESSUSCITOU!

CELEBREMOS






SEXTA-FEIRA da semana II
S. Fiel de Sigmaringa, presbítero e mártir – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L 1 Act 5, 34-42; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14
Ev Jo 6, 1-15

* Na Diocese de Viana do Castelo – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Anacleto Cordeiro Gonçalves Oliveira (2005).
* Na Ordem Agostiniana – Conversão de S. Agostinho – FESTA
* Na Ordem de Cister – S. Franca, abadessa – MF
* Na Ordem Franciscana – S. Fiel de Sigmaringa, presbítero e mártir, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Fiel de Sigmaringa, presbítero e mártir, da I Ordem – FESTA
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – S. Bento Menni, presbítero, Restaurador da Ordem em Portugal – FESTA
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – S. Bento Menni, Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – S. Maria Eufrásia Pelletier, virgem, Fundadora da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Chagas Gloriosas de Nosso Senhor Jesus Cristo – MO
* No Instituto Missionário da Consolata – S. Fiel de Sigmaringa, presbítero e mártir, Padroeiro secundário – MO




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 5, 9-10
Vós nos resgatastes, Senhor, com o vosso Sangue,
de todas as tribos, línguas, povos e nações,
e fizestes de nós, para Deus, um reino de sacerdotes. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Se
nhor nosso Deus, que, para nos libertar do poder do inimigo, quisestes que o vosso Filho sofresse por nós o suplício da cruz, concedei aos vossos servos a graça da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Actos 5, 34-42
«Saíram cheios de alegria,
por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus
»

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, levantou-se um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel, doutor da Lei venerado por todo o povo, e mandou sair os Apóstolos por uns momentos. Depois disse: «Israelitas, tende cuidado com o que ides fazer a estes homens. Há tempos, apareceu Teudas, que dizia ser alguém, e seguiram-no cerca de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram destroçados e reduzidos a nada. Depois dele, nos dias do recenseamento, apareceu Judas, o Galileu, que arrastou o povo atrás de si. Também ele pereceu e todos os seus partidários foram dispersos. Agora vou dar-vos um conselho: Não vos metais com estes homens: deixai-os. Porque se esta iniciativa, ou esta obra, vem dos homens, acabará por si mesma. Mas se vem de Deus, não podereis destuí-la e correis o risco de lutar contra Deus». Eles aceitaram o seu conselho. Chamaram de novo os Apóstolos à sua presença e, depois de os terem mandado açoitar, proibiram-nos falar no nome de Jesus e soltaram-nos. Os Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e anunciar a boa nova de que Jesus era o Messias.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 26 (27), 1.4.13-14 (R. cf. 4ab ou Aleluia)
Refrão: Uma só coisa peço ao Senhor: habitar na sua morada. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é a defesa da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Refrão

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem confiança e confia no Senhor. Refrão


ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia. Repete-se

Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão


EVANGELHO Jo 6, 1-15
«Distribuiu-os e comeram quanto quiseram»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: «Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?» Dizia isto para o experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe: «Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um». Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Está aqui um rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca». Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera, aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei, retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família e concedei-lhe o auxílio da vossa proteção, para que não perca as graças recebidas e alcance os bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 4, 25
Cristo foi entregue à morte pelos nossos pecados
e ressuscitou para nossa justificação. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade o povo que salvastes, para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho aqueles que foram remidos pela sua paixão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






« A mensagem da Divina Misericórdia constitui um programa de vida muito concreto e exigente, pois implica as obras».
Papa Francisco







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS I: Actos 5, 34-42 :Estão aqui, em presença um do outro, o testemunho de um homem sincero e clarividente, ainda não cristão, mas atento à palavra de Deus, e o dos outros membros do tribunal judaico, sempre receosos das interferências na sua maneira de pensar da doutrina de Jesus. Entretanto, os Apóstolos sentem-se felizes por poderem participar na Paixão do Senhor, que morreu, mas ressuscitou e está vivo para sempre.

Jo 6, 1-15: A multiplicação dos pães situa-se próximo da Páscoa. Hoje lemos o facto; nos dias seguintes ouviremos o comentário, a catequese que o próprio Senhor Jesus fará a partir deste facto. Mas a multiplicação dos pães e dos peixes é já apresentada nos termos da celebração eucarística. Depois da catequese sobre o Batismo, na fala com Nicodemos, depois da referência constante ao Espírito Santo, começamos hoje a catequese sobre a Eucaristia. Estamos no ambiente da catequese sobre a iniciação cristã celebrada na Vigília pascal.





AGENDA DO DIA



12.00 horas: Oração em rede pedindo a erradicação da epidemia covid – 19
1800 horas: Missa.






A VOZ DO PASTOR



CASQUINADAS DO CONFINAMENTO

1 - No princípio da semana, no jornal das 8, a TVI teve um rasgo menos feliz ao dizer o que disse. São coisas que acontecem!... Quem anda à chuva molha-se. E, neste caso, molha-se tanto mais quanto o tempo tem pressa e leva a dizer o que se pensa sem se poder pensar bem em tudo o que se diz. A propósito de o norte de Portugal ser a zona mais castigada pelo Convid-19, a TVI quis esclarecer porque é que isso acontecia. Puxou por trunfos demográficos e sociológicos indagados junto de gente que julgou habilitada para o fazer, confiou nos intermediários e a coisa saiu como saiu: “população menos educada, mais pobre, envelhecida e concentrada em lares”. Isto fez chover mosquitos por cordas nas redes sociais. Colocou a paciência dos nortenhos a fazer o pino olímpico, e o coração de muitos ferveu até lhe saltar o testo. Não tardou a vontade de “cevar a arma com os zagalotes” necessários para mimosear a dita cuja com “um tiroteio de palavradas de tarimba”, usando linguagem de Camilo. E foi o que aconteceu! Sem amolgadelas que se olhassem, deram-lhe uma sova de fazer doer e explicar-se. Ela, porém, redimiu-se, reconheceu o erro, chamou-lhe “erro grosseiro”, pediu desculpa pela “construção de uma frase infeliz no ecrã” e pela “parte do texto que a suportava”. Defendeu os pergaminhos da Estação nos serviços que presta, inclusive ao Norte. Se começou mal, acabou bem, a febre baixou, e o estudo sobre a questão continua nas mãos dos especialistas! 

Assanhados quanto baste com as diabruras do covid-19, esses piropos atirados assim do alto, mesmo que involuntários, são precioso combustível para a fogueira do protesto. E, como sabemos, o toutiço aquecido, tirado do sério, fica a zaranzar, acredita no pior e faz o que acha melhor. Esperamos que isto não aconteça muitas vezes, senão, qualquer dia, já tão desalentados, pode acontecer-nos como aconteceu ao caixeiro-viajante de Kafka, o Gregor Samsa. Podemos acordar metamorfoseados num inseto gigante ou noutra coisa assim (ao gosto do leitor!). Se nos virem a passear pelas paredes e pelo teto do quarto, se fizermos desmaiar quem nos olhar, não nos incomodaremos muito com isso. A preocupação com as consequências do bichito em que nos tornamos, bem como a preocupação com o trabalho, o emprego, a família e a sua vida financeira a rabiar, não o permitirão. Mas continuaremos a dizer que tudo está bem, mesmo que embalados ao som do violino. Mas não está, e é feio mentir. E, nesta hora, pior ainda, não está mesmo. Com tantos colaboradores admiráveis, e de boa vontade, em frenesim de cuidados e atenções, pode acontecer que, na possível e infeliz hora em que nos batam à porta para que nos expliquemos, é possível que já não tenhamos médico nem marceneiro que nos destranque a porta. Tidos, porventura, como mal educados, pobres, envelhecidos e a viver em lares, talvez que este aranhiço (ou isso!) em que nos possamos transformar, seja repelente e se queiram livrar dele, ou morramos de inanição, ou ferozmente acarinhados ao colo desse bandalho que é o vírus e que nem físico tem para lhe chegarmos a roupa ao pelo. Tenhamos esperança que não, vai ficar tudo bem, fique em casa, não chegará atrasado ao emprego, o trem aguarda!... (Sugiro a leitura de A Metamorfose de Franz Kafka).

2 - Este outro, sim, mesmo que o leitor lhe queira dizer umas tantas por ele ter dito o que disse, ele já não se ralará, não estará recetivo ao contraditório nem presente em qualquer debate. Nem que o debate seja sobre o futebol ou para discutir a relevância do fósforo como acendalha do cigarro. Embora gostasse de viver, já partiu para o outro lado da vida, e partiu bem vivido e humorado. Partiu em dezembro de 2000, com 99 anos de idade, mesmo fumando cachimbo! Acredito que, se lá onde está, memória deste mundo se consente, acredito que, à mesa do banquete eterno, dê por lá, contagiando os convivas, algumas sonoras gargalhadas ao apreciar como estes bípedes humanos se comportam por estas terras, tão desempoeirados em peneiras e quejandos. Chamava-se Louis Leprince-Ringuet, engenheiro, professor catedrático, físico nuclear, historiador, ensaísta, membro da Academia Francesa e da Academia de Ciências de França, detentor de prémios e comendas, com papel importante no Comissariado para a energia atómica e na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, mais conhecida por CERN, o maior laboratório de física de partículas do mundo. Quem mais souber acerca dele tenha a liberdade de acrescentar, a galhofa dele será maior!... Mas não era mosca morta não senhor, nem tinha vergonha de dizer que a sua fé em Deus lhe justificava a fé no homem e na sua capacidade de transformar o mundo para melhor. Vivia fiel ao princípio de que “o homem só tem luz na medida em que se inclina, a humildade da inteligência é a medida da sua grandeza”. No seu livro “Fé de Físico – o testamento de um cientista”, deixa transparecer muito da sua maneira de ser e estar. Se atento à ciência, não menos à sociedade e à causa pública. Um homem do saber e interventivo. Não apreciava muito os intelectuais descomprometidos, os “de mãos limpas” aqueles que pretendem observar e ver o mundo à luz do candeeiro da sua secretária e vivem em ambiente fechado, preocupados com a publicação dos seus livros, com o reconhecimento do público, com discussões sem fim com os do mesmo cenáculo ou com a passagem num programa de televisão. Ele considerava-os cegos, com uma visão abstrata das coisas. “Lançam grandes ideias, definem largas orientações da sociedade, pronunciam generosamente anátemas, dizem-nos onde, como e quando é preciso pensar, mas preocupam-se pouco com que as suas palavras sejam seguidas em atos”. Se “dão prova de grande habilidade nos discursos que fazem, não conhecem o mundo, não conhecem os outros homens, conhecimento esse que é o fundamento” da cultura. A cultura “não é uma questão de memória, de conhecimento livresco, nem de inteligência e de génio, é uma soma de experiências humanas, de bom senso e de caráter” que permite adaptar-nos e ancorar-nos à vida. A palavra cultura, dizia ele, “é muito mal tratada. Fala-se hoje de ‘cultura da empresa’, de ‘cultura da sanduíche’, de cultura a propósito de tudo e de nada. Os que fizeram estudos literários pretendem-se cultos porque podem ornamentar os seus discursos com toda a espécie de floreados”.
Fez-me lembrar o herói d’A Queda d’um Anjo, de Camilo Castelo Branco, o sr. deputado Calisto Eloy de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, natural da aldeia de Caçarelhos, termo de Miranda, e que orçava quarenta e nove anos de vida, segundo o autor. Perguntava ele, no Parlamento, cujo Presidente o interpelou para que se abstivesse de usar frases não parlamentares, perguntava ele se certas locuções repolhudas do deputado sr. dr. Libório de Meireles, do Porto, do discurso do qual tinha entendido quase nada e percebido, “a longes, pouquinhas ideias”, perguntava ele se essas coisas eram parlamentares e onde é que se estudavam tais farfalhices. É que, no seu entender, naquela “casa, onde a nação nos manda depurar a verdade dos falaciosos ornatos com que a mentira se arreia, mister é que sejamos sinceros”. E mais disse em relação à empolgante intervenção do sr. deputado dr. Libório do Porto. Disse que até lhe parecia “que os obreiros da torre de Babel, quando Deus os puniu do atrevimento ímpio, falaram daquele feitio!”. Por isso: “Com aquele dr. Libório do Porto nem para o céu. Tenho medo que Deus o não entenda, e nos ponha ambos fora de cambulhada”, afirmou ele.

Hoje divaguei, a impiedosa clausura dá nisto. Se o leitor porventura não gostou, faça o favor de fazer como eu costumo fazer: mesmo sem vontade, ria-se, ria-se outra vez, e outra ainda, mais outra! Sem comentários para o vizinho, coloque o desgosto, discretamente, na beirinha do prato... e siga em frente, com esperança: do quarto para a sala, da sala para a cozinha, da cozinha para a sala, da sala para o quarto... Se usar máscara, que não seja a do carnaval, os de casa já o conhecem de ginjeira e o vírus não se assusta!

E não se esqueça, ELE ressuscitou e disse a Tomé: “Acreditaste porque viste. Felizes os que acreditam sem terem visto” (Jo 20,29).

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 17-04-2020.




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