segunda-feira, 3 de junho de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Terça, 04 de junho de 2019








Terça da VII semana de Páscoa


Ofício da féria





TERÇA-FEIRA da semana VII

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal ou da Ascensão.

L 1 Act 20, 17-27; Sal 67 (68), 10-11. 20-21
Ev Jo 17, 1-11a


* Na Ordem Beneditina (Singeverga e Casas dependentes) – Sufrágios pelos Fundadores do Mosteiro, família Gouveia Azevedo (Laudes e Missa de defuntos).
* Na Ordem Agostiniana – B. Tiago de Viterbo, bispo – MO
* Na Ordem de São Domingos – S. Pedro de Verona, presbítero e mártir – MO


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 1, 17-18
Eu sou o Primeiro e o Último.
Estive morto, mas agora vivo para sempre. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente e misericordioso, que o Espírito Santo venha habitar em nós e nos transforme em templos da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 20, 17-27
«Levar a bom termo a minha carreira
e a missão que recebi do Senhor Jesus»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, estando Paulo em Mileto, mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja. Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como me comportei sempre convosco, desde o primeiro dia em que pus os pés na Ásia. Servi o Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio de provações que me vieram das ciladas dos judeus. Em nada que vos pudesse ser útil me furtei a pregar-vos e a instruir-vos, publicamente e de casa em casa. Exortei judeus e gregos a converterem-se a Deus e a acreditarem em Jesus, nosso Senhor. Agora vou para Jerusalém, prisioneiro do Espírito, sem saber o que lá me espera. Só sei que o Espírito Santo me avisa, de cidade em cidade, que me aguardam cadeias e tribulações. Mas por título nenhum eu dou valor à vida, contanto que leve a bom termo a minha carreira e a missão que recebi do Senhor Jesus: dar testemunho do Evangelho da graça de Deus. Agora, eu sei que não tornareis a ver o meu rosto, vós todos entre os quais passei anunciando o Reino. Por isso posso garantir-vos, hoje, que não me sinto responsável pela perda de nenhum de vós, pois não me furtei a anunciar-vos todo o desígnio de Deus a vosso respeito».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68), 10-11.20-21
(R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se

Ou: Aleluia. Repete-se

Derramastes, ó Deus, uma chuva de bênçãos,
restaurastes a vossa herança enfraquecida.
A vossa grei estabeleceu-se numa terra
que a vossa bondade, ó Deus, preparara ao oprimido. Refrão

Bendito seja o Senhor, dia após dia.
Preocupa-se connosco Deus, nosso Salvador.
O nosso Deus é um Deus que salva,
da morte nos livra o Senhor. Refrão


ALELUIA cf. Jo 14, 16
Refrão: Aleluia Repete-se


Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre. Refrão


EVANGELHO Jo 17, 1-11a
«Pai, glorifica o teu Filho»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho Te glorifique e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, Ele dê a vida eterna a todos os que Lhe confiaste. É esta a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e Aquele que enviaste, Jesus Cristo. Eu glorifiquei-Te sobre a terra, consumando a obra que Me encarregaste de realizar. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti, antes que houvesse mundo. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste. Eram teus e Tu mos deste e eles guardam a tua palavra. Agora sabem que tudo quanto Me deste vem de Ti, porque lhes comuniquei as palavras que Me confiaste e eles receberam-nas: reconheceram verdadeiramente que saí de Ti e acreditaram que Me enviaste. É por eles que Eu rogo; não pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu; e neles sou glorificado. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto Eu vou para Ti».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, as orações e as ofertas dos vossos fiéis e fazei que esta celebração sagrada nos encaminhe para a glória do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal ou da Ascensão


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 14, 26
O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, diz o Senhor, vos ensinará todas as coisas
e vos lembrará tudo quanto vos tenho dito. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados, humildemente Vos pedimos, Senhor: o sacramento que o vosso Filho nos mandou celebrar em sua memória, aumente sempre a nossa caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«O discipulado e a missão exigem sempre a pertença a uma comunidade»

Aparecida, 164






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra

Leituras: Atos 20, 17-27: É este o terceiro grande discurso de S. Paulo, que os Atos dos Apóstolos nos transmitiram; é o seu testamento pastoral, dirigido aos anciãos, aos pastores, de Éfeso, quando supunha que seria a última vez que os veria. Vigilância, desinteresse, caridade são as virtudes fundamentais que lhes recomenda. O discurso continua na leitura do dia seguinte.

Jo 17, 1-11a: Começamos a ler hoje, e leremos durante mais dois dias, a oração em que Jesus, no fim da última Ceia, faz a oblação de Si ao Pai e intercede pelos seus, os do presente e os do futuro. É a chamada “oração sacerdotal”. A glorificação que Jesus pede para Si é a participação da sua santa humanidade na glória que o Filho de Deus desde sempre leve junto do Pai, glorificação que se há de manifestar na ressurreição e que será participada por todos aqueles que O reconhecerem. É a grande oração ofertorial do Sacrifício do Senhor ao Pai, em seu nome e em nome de toda a Igreja e por toda a humanidade.

 
REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



08.00 horas: Funeral em Alpalhão
16.00 horas: Funeral no Cacheiro
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa.






A VOZ DO PASTOR


E TU ACEITAS ISSO, MEU MISERÁVEL?...

Em todos os tempos e por muitos lugares, houve cristãos que deram a sua vida em fidelidade a Cristo e ao Seu Evangelho. Foram mártires, tornaram-se semente de cristãos. Hoje, pelas mesmas razões e com a mesma atitude, o martírio continua a acontecer em muitos cantos do planeta. Muitos cristãos são perseguidos e mortos por causa da sua fidelidade a Cristo e ao Evangelho. Não procuram o martírio, não se suicidam por nacionalismos doentios, não se matam matando outros em nome de Deus. O seu martírio acontece devido à sua firmeza na fé. São mortos por serem e se dizerem cristãos. Sem provocar ninguém, sem fazer mal algum, eles preferem a morte à negação da sua fé, da sua fidelidade a Cristo. É verdade que Cristo nos preveniu: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim (...) Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós” (Jo 15, 18-19). De entre tantos que deram tão forte testemunho da sua fidelidade a Cristo e à Igreja, recordo um que foi filósofo e nasceu por volta do ano 100, na Samaria. Chamava-se Justino e havia estudado retórica, poesia e história. Fez longo itinerário filosófico em busca da verdade, sobretudo pelo estoicismo e platonismo. Depois de tantos dizeres e saberes que o não satisfaziam, encontrou-se casualmente com um idoso que lhe indicou como encontrar o que desejava, a verdadeira filosofia. Justino, aceita o desafio, desfaz todas as suas ilusões e percebe que, de facto, só no Cristianismo poderia encontrar a única filosofia segura e proveitosa. No seu Diálogo com Trifão, exprime-se assim: «Dito isto e muitas outras coisas que não importa agora referir, foi-se embora o velho, exortando-me a seguir os seus conselhos. Não mais o voltei a ver. Mas logo senti que se acendia um fogo na minha alma e se apoderava de mim o amor dos profetas e daqueles homens que são amigos de Cristo, e, refletindo comigo mesmo sobre as ideias do ancião, achei que esta era a única filosofia segura e proveitosa».

No final deste longo itinerário filosófico, Justino encontrou a verdade, alcançou a fé cristã. Tornou-se no maior apologista dos primeiros séculos da Igreja. Demonstrava que Jesus Cristo é o Logos do qual participa todo o género humano. Defendia e exponha com convicção e em linguagem do tempo, os conteúdos do cristianismo. Fundou uma escola em Roma onde gratuitamente iniciava os alunos nesta verdadeira filosofia de vida, a única onde se poderia encontrar a verdade e a arte de bem viver. Convenceu gente influente, conquistou inimigos. Foi denunciado e decapitado por volta do ano 165, sob o reinado do imperador Marco Aurélio.
Porque celebramos o seu dia litúrgico nestes dias, recordo uma passagem das Atas do martírio dos santos Justino e seus companheiros (séc. II):
“Aqueles homens santos foram presos e conduzidos ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: “Em primeiro lugar, manifesta a tua fé nos deuses e obedece aos imperadores”. Justino respondeu: “Não podemos ser acusados nem presos, só pelo facto de obedecermos aos mandamentos de Jesus Cristo, nosso Salvador”.

Rústico indagou: “Que doutrinas professas?” Justino disse: “Na verdade, procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a verdadeira doutrina dos cristãos, embora ela não seja aceita por aqueles que vivem no erro”. O prefeito Rústico prosseguiu: “E tu aceitas esta doutrina, grande miserável?” Respondeu Justino: “Sim, pois a sigo como verdade absoluta”. O prefeito indagou: “Que verdade é esta?” Justino explicou: “Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como único criador, desde o princípio, artífice de toda a criação, das coisas visíveis e invisíveis: adoramos também o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que os profetas anunciaram vir para o gênero humano como mensageiro da salvação e mestre da boa doutrina. E eu, um simples homem, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias que previamente anunciaram Aquele que afirmei ser o Filho de Deus. Sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a sua vinda para o meio dos homens”. Rústico perguntou: “Então, tu és cristão?” Justino afirmou: “Sim, sou cristão”. O prefeito disse a Justino: “Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao céu?” Disse Justino: “Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até o fim dos séculos”. O prefeito Rústico perguntou: “Então, tu supões que hás de subir ao céu para receber algum prémio em retribuição”? Justino disse: “Não suponho, sei-o com toda a certeza”. O prefeito Rústico retorquiu: “Bem, deixemos isso e vamos à questão de que se trata, à qual não podemos fugir e é urgente. Aproximai-vos e todos juntos sacrificai aos deuses”. Justino respondeu-lhe: “Não há ninguém que, sem perder a razão, abandone a piedade para cair na impiedade”. O prefeito Rústico continuou: “Se não fizerdes o que vos é mandado, sereis torturados sem compaixão”. Justino disse: “Desejamos e esperamos chegar à salvação através dos tormentos que sofrermos por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. O sofrimento garante-nos a salvação e dá-nos confiança perante o tribunal de nosso Senhor e Salvador, que é universal e mais terrível que o teu”. E os outros mártires disseram o mesmo: “Faz o que quiseres; porque nós somos cristãos e não sacrificamos aos ídolos”. O prefeito Rústico pronunciou então a sentença, dizendo: “Os que não quiseram sacrificar aos deuses e obedecer ordem do imperador, sejam flagelados e conduzidos ao suplício, segundo as leis, para sofrerem a pena capital”. Glorificando a Deus, os santos mártires saíram para o local do costume; e ali foram decapitados e consumaram o seu martírio dando testemunho da fé no Salvador”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-05-2019.


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