quarta-feira, 19 de junho de 2019






PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 20 de junho de 2019








Quarta da XI semana do tempo comum

Corpo de Deus

Ofício da solenidade





QUINTA-FEIRA da semana XI
SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
SOLENIDADE

Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, sequência facultativa, Credo,
pf. da Eucaristia.

L 1 Gen 14, 18-20; Sal 109, 1. 2. 3. 4
L 2 1 Cor 11, 23-26
Ev Lc 9, 11b-17


* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Em Portugal – Dia santificado e feriado nacional.
* Na Congregação das Irmãs «Filhas da Igreja» – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* No Instituto das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado – Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Titular do Instituto – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
* Em Portugal – II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.

MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 80, 17
O Senhor alimentou o seu povo com a flor da farinha
e saciou-o com o mel do rochedo.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento
nos deixastes o memorial da vossa paixão,
concedei-nos a graça
de venerar de tal modo os mistérios do vosso Corpo e Sangue
que sintamos continuamente os frutos da vossa redenção.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Gen 14, 18-20
«Ofereceu pão e vinho»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Melquisedec, rei de Salém, trouxe pão e vinho. Era sacerdote do Deus Altíssimo e abençoou Abraão, dizendo: «Abençoado seja Abraão pelo Deus Altíssimo, criador do céu e da terra. Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou nas tuas mãos os teus inimigos». E Abraão deu-lhe a dízima de tudo.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 109 (110), 1-4 (R. 4bc)
Refrão: O Senhor é sacerdote para sempre. Repete-se
Ou: Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec. Repete-se

Disse o Senhor ao meu Senhor:
«Senta-te à minha direita,
até que Eu faça de teus inimigos escabelo de teus pés. Refrão

O Senhor estenderá de Sião
o ceptro do teu poder
e tu dominarás no meio dos teus inimigos. Refrão

A ti pertence a realeza desde o dia em que nasceste
nos esplendores da santidade,
antes da aurora, como orvalho, Eu te gerei». Refrão

O Senhor jurou e não Se arrependerá:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec». Refrão


LEITURA II 1 Cor 11, 23-26
«Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice,
anunciareis a morte do Senhor»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios

Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: «Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim». Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de Mim». Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha».

Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA
Esta sequência é facultativa e pode dizer-se na íntegra ou em forma mais breve, isto é, desde as palavras: Eis o pão...

Terra, exulta de alegria,
Louva o teu pastor e guia,
Com teus hinos, tua voz.

Quanto possas tanto ouses,
Em louvá-l’O não repouses:
Sempre excede o teu louvor.

Hoje a Igreja te convida:
O pão vivo que dá vida
Vem com ela celebrar.

Este pão – que o mundo creia –
Por Jesus na santa Ceia
Foi entregue aos que escolheu.

Eis o pão que os Anjos comem
Transformado em pão do homem;
Só os filhos o consomem:
Não será lançado aos cães.

Em sinais prefigurado,
Por Abraão imolado,
No cordeiro aos pais foi dado,
No deserto foi maná.

Bom pastor, pão da verdade,
Tende de nós piedade,
Conservai-nos na unidade,
Extingui nossa orfandade
E conduzi-nos ao Pai.
Aos mortais dando comida,
Dais também o pão da vida:
Que a família assim nutrida
Seja um dia reunida
Aos convivas lá do Céu.


ALELUIA Jo 6, 51
Refrão: Aleluia. Repete-se

Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente. Refrão


EVANGELHO Lc 9, 11b-17
«Comeram e ficaram saciados»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, estava Jesus a falar à multidão sobre o reino de Deus e a curar aqueles que necessitavam. O dia começava a declinar. Então os Doze aproximaram-se e disseram-Lhe: «Manda embora a multidão para ir procurar pousada e alimento às aldeias e casais mais próximos, pois aqui estamos num local deserto». Disse-lhes Jesus: «Dai-lhes vós de comer». Mas eles responderam: «Não temos senão cinco pães e dois peixes... Só se formos nós mesmos comprar comida para todo este povo». Eram de facto uns cinco mil homens. Disse Jesus aos discípulos: «Mandai-os sentar por grupos de cinquenta». Assim fizeram e todos se sentaram. Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e pronunciou sobre eles a bênção. Depois partiu-os e deu-os aos discípulos, para eles os distribuírem pela multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e ainda recolheram doze cestos dos pedaços que sobraram.
 
Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei, Senhor, à vossa Igreja
o dom da unidade e da paz,
que estas oferendas misticamente simbolizam.
Por Nosso Senhor.


Prefácio da Eucaristia


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 6, 57
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor Jesus Cristo,
a participação eterna da vossa divindade,
que é prefigurada nesta comunhão
do vosso precioso Corpo e Sangue.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
Onde esta solenidade não é dia santo de guarda, celebra-se no Domingo depois da Santíssima Trindade.



«O começo é a parte mais importante de qualquer empreendimento»






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


Leituras: Gen 14, 18-20: Melquisedec, que sai ao encontro de Abraão de regresso dum combate, dirigindo uma acção de graças a Deus e oferecendo pão e vinho, é, segundo o Salmo 109, a figura do futuro Messias, Sacerdote e Rei. Na sua oferenda, a tradição cristã, a partir de S. Cipriano, vê um verdadeiro sacrifício, tipo do Sacrifício Eucarístico. Ao mencionar, no Cânon romano «a oblação de Melquisedec, sumo sacerdote», a Liturgia faz sua esta interpretação.

1 Cor 11, 23-26: A Eucaristia, hoje como no ano 57, em que Paulo nos fala da sua instituição, é um convívio festivo, mas é muito mais do que uma confraternização. Na verdade, celebrar a Eucaristia, segundo a vontade de Cristo, é participar no Seu Sacerdócio eterno e é celebrar a Sua Morte e celebrá-la unidos a Ele, em Sua «memória», isto é, para que Deus, hoje, nos salve; é participar da Sua vida de Ressuscitado, comendo o Seu Corpo e bebendo o Seu Sangue; é unir-nos a Ele, que quer prosseguir em nós a obra da Redenção, e unir-nos ao Seu Corpo, que é a Igreja; é anunciar, através do tempo, a Sua Morte, na expectativa amorosa da libertação definitiva, no mundo novo do Reino de Deus.

Lc 9, 11b-17: Acolhendo todos quantos a Ele acorrem, Jesus liberta os homens pela Sua palavra e alimenta-os, abundantemente, no deserto. O milagre da multiplicação dos pães não é apenas um sinal do Seu amor. Ele tem uma relação tão estreita com a Eucaristia que é logo a seguir à sua descrição que João nos dá o discurso sobre o Pão da Vida (Jo. 6, 1-13). O milagre da multiplicação dos pães é o anúncio e a preparação do Milagre Eucarístico, pelo qual o Senhor, através do sacerdócio ministerial, prefigurado no serviço dos discípulos encarregados de distribuir o pão, alimentará sobrenaturalmente, a humanidade.

EVANGELHO 

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



 09.30 horas: Missa na Amieira
10.00 horas: Missa em Arez
12.00 horas: Missa em Gáfete
17.00 horas: Missa em Nisa seguida de procissão
17.00 horas: Missa em Alpalhão seguida de procissão
17.00 horas: Missa em Tolosa seguida de procissão






A VOZ DO PASTOR


AREIAS NO SAPATO E PEDRAS NA MÃO

Embora fosse no antigamente, às vezes vem-me ao toutiço!...Sou do tempo do Senhor Chaves! O Senhor Chaves era quem, lá no sítio, até ao 25 de abril, aplicava a lei da rolha. Quando eu trabalhava na redação de um jornal diário, um telefonema do Senhor Chaves, quase sempre ao fechar do jornal, já paginado e pronto, pela madrugada, era o cabo dos trabalhos. Havia que refazer, àquela hora, o trabalho feito e pronto para imprimir. Artigos ou discursos que chegavam por telex, parte ou linhas de outros textos, isto ou aquilo, não podiam ser publicados, eram ordens a ter de cumprir.

Há mais de 60 anos que a necessidade da construção da Barragem do Pisão, no Crato, é tema de debate e reivindicação. Valores mais altos se têm alevantado, não só porque, de facto, não se pode dar resposta a tudo, mas também porque, embora se reconheça e anuncie o que é mais importante e necessário, quando chega a hora da verdade, os decisores vão optando pelo que é mais conveniente em função de outros interesses e objetivos a alcançar. O histórico desta obra julgada como muito importante, está cheio de momentos de entusiasmo, de reconhecimento da sua valia, de debates sobre o desenvolvimento do Alto Alentejo, de promessas de ocasião. Os primeiros estudos datam de 1957. Já nessa altura foi tida como importante para a valorização do Alto Alentejo. Sentia-se como necessário armazenar os caudais da ribeira de Seda. Nestes tempos que são os últimos, e pelo que li, a Barragem já foi anunciada por três primeiros-ministros, Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso. Porque vamos sendo habituados a ouvir bons propósitos sem quaisquer consequências, quando, de facto, há decisão mais determinada e firme, vai-se acreditando com medo de acreditar. Gato escaldado de água fria tem medo, costuma dizer-se. Agora, porém, como garante de que a Barragem vai mesmo sair do fundo da gaveta, há dias, no Crato, marcaram presença o Ministro Adjunto e da Economia, o Ministro do Planeamento, o Ministro da Agricultura e Florestas e Desenvolvimento Rural, o Secretário de Estado do Ambiente e o Secretário de Estado da Valorização do Interior. Se alguns estudos já se fizeram, outros têm sido feitos sobre as vertentes da rega, do abastecimento público e da criação de uma central mini-hídrica. Ultimamente, todos os grupos parlamentares consideraram a Barragem do Pisão como obra prioritária e recomendaram a inclusão do projeto nas prioridades de investimento no Plano Nacional de Regadio e no Programa Nacional para a Coesão Territorial. Deputados, Autarcas e instituições ligadas ao desenvolvimento do território e da agricultura, não têm desistido de, ao longo dos tempos, se baterem pela importância e concretização da mesma. Embora não seja a solução para todos os problemas, sempre foi considerada por todos como um “projeto hidroagrícola estruturante”, “uma aposta séria”, “um investimento prioritário”, “uma lufada de ar fresco”, pois, para o desenvolvimento do Distrito e a economia do território “não há alternativa”, não é a simples paisagem “que vai atrair pessoas”. Um grupo de trabalho constituído por gente de vários saberes, instituições e áreas de intervenção, voltou a apontar, recentemente, a Barragem do Pisão “como fundamental para estimular o desenvolvimento económico e sustentável da área de influência do projeto”. Apoiado em tal estudo, o atual Governo determinou o início dos trabalhos para a concretização da Barragem do Pisão que envolvem, desde já, a elaboração de estudos e projetos que são muitos, são complexos e variados, sem esquecer, como é evidente, a componente ambiental, o realojamento da população do Pisão e a rede de regadio. O investimento total já está estimado, mas decomposto por várias componentes, sendo a mais significativa a componente da produção elétrica, aquela que também terá mais retorno. Segundo aqueles que gostam de fazer previsões do resultado antes do jogo ter acabado, serão criados centenas de postos de trabalho diretos. Foi bonito ouvir falar de tudo isso. Estas coisas, aliás, são sempre bonitas, muito mais bonitas quando alimentam a esperança de que, na verdade, irá haver consequências. E a mensagem passou, houve alegria e palmas, palmas e alegria a encher a Praça de contentamento e de esperança. Os Senhores Presidentes das Câmaras Municipais do Distrito, os Senhores Deputados, as instituições afins e muitos outros homens e mulheres, toda a gente ficou esperançada que sim, que agora vai mesmo. Até se avançou com um prazo possível para que a Barragem comece a encher.

Para reforçar a esperança destas terras e desta gente, três dias mais tarde, em 10 de junho, em Portalegre, o Senhor Presidente das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, para além de outras coisas interessantes que afirmou, reclamava, em nome desta sua terra, «alguma coisa em que acreditar». O Senhor Presidente da República também, para além do mais que disse, afirmou que «um 10 de Junho em Portalegre (...) tem de ser um compromisso de futuro para com esta terra e para com esta gente». Após o desfile das Forças Militares em parada e de tantos instrumentos de guerra a passar, terminaram as comemorações do Dia de Portugal em Portalegre. Ao desfazer da festa, aproximei-me, respeitosamente, do Senhor Primeiro Ministro para o cumprimentar. O Senhor Primeiro Ministro logo me arremessou, sem mais, com ar sombrio e tom seco, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. E repetiu, e voltou a repetir. Porque surpreendido, e gente se apercebeu deste momento de tensão inesperada e a despropósito, com delicadeza lhe retorqui que não estava a perceber. Não demorou em dizer que ouvira o que eu disse sobre a Barragem do Pisão. E em andamento, reiterou, para que de novo eu ouvisse, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. Foi então que consegui ligar os fios à meada. O Senhor Primeiro Ministro, coisa que é normal pois nem sempre é possível agradar a todos, não gostara do que eu disse, na véspera, a uma rádio, perante a insistência duma jornalista que não despegava. E eu, tentando lembrar o que é que tinha dito, acho que disse pouco e apenas o óbvio, mas identificando-me com os anseios desta gente que muito respeito, admiro e estimo, como estimo, admiro e respeito os seus autarcas e políticos e todas as instituições e gente que se batem por esta e outras causas tidas como essenciais para o desenvolvimento do território e a qualidade de vida das pessoas. Confesso que, perante a insistência do Senhor Primeiro Ministro em dizer que os Primeiros Ministros não são todos iguais, fiquei deveras convencido que o Senhor Primeiro Ministro tinha razão, os Senhores Primeiros Ministros não são todos iguais!...Peço desculpa pelo desencanto! Que a Barragem nasça e cresça!...

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 14-06-2019.




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