quinta-feira, 6 de junho de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 07 de junho de 2019








Sexta da VII semana de Páscoa


Ofício da féria ou da memória




SEXTA-FEIRA da semana VII

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal ou da Ascensão.

L 1 Act 25, 13b-21; Sal 102 (103), 1-2. 11-12. 19-20ab
Ev Jo 21, 15-19

* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Ana de S. Bartolomeu, virgem – MO
* Na Congregação das Beneditinas da Rainha dos Apóstolos – I Vésp. de Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. de Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos.

Missa


ANTÍFONA DE ENTRADA Ap 1, 5-6
Cristo amou-nos e purificou-nos dos nossos pecados pelo seu Sangue e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus seu Pai. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus, que, pela glorificação do vosso Filho e pela vinda do Espírito Santo, nos abristes as portas da vida eterna, concedei que, pela participação de tão grandes dons, sejamos mais dedicados ao vosso serviço e vivamos mais plenamente as riquezas da fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I  Atos 25, 13b-21
«Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram apresentar cumprimentos ao governador Festo. Como se demoraram ali muitos dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: «Há aqui um homem, que Félix deixou preso, e contra o qual, estando eu em Jerusalém, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, pedindo a sua condenação. Respondi-lhes que não era costume dos romanos conceder a entrega de qualquer homem, antes de o réu ter na sua frente os acusadores e poder defender-se da acusação. Vieram então aqui a Cesareia e, sem mais demoras, logo no dia seguinte, sentei-me no tribunal e mandei comparecer o homem. Postos frente a frente, os acusadores não alegaram nenhum dos crimes de que eu suspeitava. Só tinham com ele discussões acerca da sua religião e especialmente a respeito de um certo Jesus que morreu e que Paulo afirma estar vivo. Eu fiquei embaraçado perante um debate deste género e perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém, para lá ser julgado. Mas como Paulo apelou, para que a sua causa fosse decidida pelo imperador, mandei que o conservassem preso, até o enviar a César».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Sal. 102 (103), 1-2.11-12.19-20ab (R. l9a ou Aleluia)
Refrão: O Senhor tem no Céu o trono da sua glória. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão

Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia
para os que O temem.
Como o Oriente dista do Ocidente,
assim Ele afasta de nós os nossos pecados. Refrão

O Senhor fixou no Céu o seu trono
e o seu reino estende-se sobre o universo.
Bendizei o Senhor, todos os seus Anjos,
poderosos executores das suas ordens. Refrão


ALELUIA Jo 14, 26
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão


EVANGELHO Jo 21, 15-19
«Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos junto ao mar de Tiberíades, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: «Simão, filho de João, amas-Me tu mais do que estes?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros». Voltou a perguntar-lhe segunda vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Ele respondeu-Lhe: «Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas». Perguntou-lhe pela terceira vez: «Simão, filho de João, tu amas-Me?». Pedro entristeceu-se por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava e respondeu-Lhe: «Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo». Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: Quando eras mais novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores mais velho, estenderás a mão e outro te cingirá e te levará para onde não queres». Jesus disse isto para indicar o género de morte com que Pedro havia de dar glória a Deus. Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para a oblação do vosso povo e fazei que a vinda do Espírito Santo purifique as nossas consciências e Vos torne agradável este sacrifício. Por Nosso Senhor.

Prefácio pascal ou da Ascensão


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 16, 13
Quando vier o Espírito da verdade, diz o Senhor,
Ele vos ensinará toda a verdade. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Senhor nosso Deus, que nos purificais e alimentais com os santos mistérios, concedei-nos que o alimento de Vós recebido seja para nós fonte de vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




 «Esforça-te para que sintam a tua falta e não tanto em dares nas vistas»







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


Leituras: Atos 25, 13b-21: De Jerusalém, Paulo foi levado, prisioneiro, para Cesareia marítima. Depois de muitas reuniões tanto de judeus como de romanos, em que aqueles não cessaram de acusar Paulo, compareceu este perante o rei Agripa, de passagem em Cesareia, e a quem o governador Festo resume a história de Paulo numa frase lapidar, cujo sentido ele evidentemente não alcançava, mas que resume toda a fé cristã: “Jesus, que morreu e que Paulo afirma estar vivo”. Desta fé, dá Paulo, agora ali, testemunho em plena sala de audiência do tribunal, antes de o dar noutro tribunal de César, em Roma, para onde apelara.
 
Jo 21, 15-19: As leituras de hoje e de amanhã são o epílogo do Evangelho de S. João, e referem-se a Pedro e a João. Hoje, Jesus confia a Pedro a missão de Pastor supremo da Igreja. E fá-lo depois de três vezes lhe ter pedido uma profissão de amor, certamente em resposta à tríplice negação que ele fizera durante a paixão. Esta profissão de amor será feita, primeiro, com a palavra, mais tarde, será selada com o próprio sangue.

 
REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
17.00 horas: Reunião do AO em Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas: Oração do terço em Nisa.






A VOZ DO PASTOR


E TU ACEITAS ISSO, MEU MISERÁVEL?...

Em todos os tempos e por muitos lugares, houve cristãos que deram a sua vida em fidelidade a Cristo e ao Seu Evangelho. Foram mártires, tornaram-se semente de cristãos. Hoje, pelas mesmas razões e com a mesma atitude, o martírio continua a acontecer em muitos cantos do planeta. Muitos cristãos são perseguidos e mortos por causa da sua fidelidade a Cristo e ao Evangelho. Não procuram o martírio, não se suicidam por nacionalismos doentios, não se matam matando outros em nome de Deus. O seu martírio acontece devido à sua firmeza na fé. São mortos por serem e se dizerem cristãos. Sem provocar ninguém, sem fazer mal algum, eles preferem a morte à negação da sua fé, da sua fidelidade a Cristo. É verdade que Cristo nos preveniu: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim (...) Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós” (Jo 15, 18-19). De entre tantos que deram tão forte testemunho da sua fidelidade a Cristo e à Igreja, recordo um que foi filósofo e nasceu por volta do ano 100, na Samaria. Chamava-se Justino e havia estudado retórica, poesia e história. Fez longo itinerário filosófico em busca da verdade, sobretudo pelo estoicismo e platonismo. Depois de tantos dizeres e saberes que o não satisfaziam, encontrou-se casualmente com um idoso que lhe indicou como encontrar o que desejava, a verdadeira filosofia. Justino, aceita o desafio, desfaz todas as suas ilusões e percebe que, de facto, só no Cristianismo poderia encontrar a única filosofia segura e proveitosa. No seu Diálogo com Trifão, exprime-se assim: «Dito isto e muitas outras coisas que não importa agora referir, foi-se embora o velho, exortando-me a seguir os seus conselhos. Não mais o voltei a ver. Mas logo senti que se acendia um fogo na minha alma e se apoderava de mim o amor dos profetas e daqueles homens que são amigos de Cristo, e, refletindo comigo mesmo sobre as ideias do ancião, achei que esta era a única filosofia segura e proveitosa».

No final deste longo itinerário filosófico, Justino encontrou a verdade, alcançou a fé cristã. Tornou-se no maior apologista dos primeiros séculos da Igreja. Demonstrava que Jesus Cristo é o Logos do qual participa todo o género humano. Defendia e exponha com convicção e em linguagem do tempo, os conteúdos do cristianismo. Fundou uma escola em Roma onde gratuitamente iniciava os alunos nesta verdadeira filosofia de vida, a única onde se poderia encontrar a verdade e a arte de bem viver. Convenceu gente influente, conquistou inimigos. Foi denunciado e decapitado por volta do ano 165, sob o reinado do imperador Marco Aurélio.
Porque celebramos o seu dia litúrgico nestes dias, recordo uma passagem das Atas do martírio dos santos Justino e seus companheiros (séc. II):
“Aqueles homens santos foram presos e conduzidos ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: “Em primeiro lugar, manifesta a tua fé nos deuses e obedece aos imperadores”. Justino respondeu: “Não podemos ser acusados nem presos, só pelo facto de obedecermos aos mandamentos de Jesus Cristo, nosso Salvador”.

Rústico indagou: “Que doutrinas professas?” Justino disse: “Na verdade, procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a verdadeira doutrina dos cristãos, embora ela não seja aceita por aqueles que vivem no erro”. O prefeito Rústico prosseguiu: “E tu aceitas esta doutrina, grande miserável?” Respondeu Justino: “Sim, pois a sigo como verdade absoluta”. O prefeito indagou: “Que verdade é esta?” Justino explicou: “Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como único criador, desde o princípio, artífice de toda a criação, das coisas visíveis e invisíveis: adoramos também o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que os profetas anunciaram vir para o gênero humano como mensageiro da salvação e mestre da boa doutrina. E eu, um simples homem, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias que previamente anunciaram Aquele que afirmei ser o Filho de Deus. Sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a sua vinda para o meio dos homens”. Rústico perguntou: “Então, tu és cristão?” Justino afirmou: “Sim, sou cristão”. O prefeito disse a Justino: “Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao céu?” Disse Justino: “Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até o fim dos séculos”. O prefeito Rústico perguntou: “Então, tu supões que hás de subir ao céu para receber algum prémio em retribuição”? Justino disse: “Não suponho, sei-o com toda a certeza”. O prefeito Rústico retorquiu: “Bem, deixemos isso e vamos à questão de que se trata, à qual não podemos fugir e é urgente. Aproximai-vos e todos juntos sacrificai aos deuses”. Justino respondeu-lhe: “Não há ninguém que, sem perder a razão, abandone a piedade para cair na impiedade”. O prefeito Rústico continuou: “Se não fizerdes o que vos é mandado, sereis torturados sem compaixão”. Justino disse: “Desejamos e esperamos chegar à salvação através dos tormentos que sofrermos por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. O sofrimento garante-nos a salvação e dá-nos confiança perante o tribunal de nosso Senhor e Salvador, que é universal e mais terrível que o teu”. E os outros mártires disseram o mesmo: “Faz o que quiseres; porque nós somos cristãos e não sacrificamos aos ídolos”. O prefeito Rústico pronunciou então a sentença, dizendo: “Os que não quiseram sacrificar aos deuses e obedecer ordem do imperador, sejam flagelados e conduzidos ao suplício, segundo as leis, para sofrerem a pena capital”. Glorificando a Deus, os santos mártires saíram para o local do costume; e ali foram decapitados e consumaram o seu martírio dando testemunho da fé no Salvador”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-05-2019.






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