terça-feira, 18 de junho de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 19 de junho de 2019








Quarta da XI semana do tempo comum


Ofício da féria – III do saltério






QUARTA-FEIRA da semana XI

S. Romualdo, abade – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 2 Cor 9, 6-11; Sal 111 (112), 1-2. 3-4. 5 e 9ab
Ev Mt 6, 1-6. 16-18

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Manuel Madureira Dias, Bispo Emérito do Algarve (1988).
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Carlos Filipe Ximenes Belo, Bispo Emérito de Timor Leste (1988).
* Na Ordem Beneditina – S. Romualdo – MO
* Em Portugal – I Vésp. do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – Compl. dep. I Vésp. dom.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 26, 7.9
Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica. Vós sois o meu refúgio:
não me abandoneis, meu Deus, meu Salvador.


ORAÇÃO COLECTA
Deus misericordioso, fortaleza dos que esperam em Vós,
atendei propício as nossas súplicas;
e, como sem Vós nada pode a fraqueza humana,
concedei-nos sempre o auxílio da vossa graça,
para que as nossas vontades e acções Vos sejam agradáveis
no cumprimento fiel dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) 2 Cor 9, 6-11
«Deus ama aquele que dá com alegria»


Leitura da Seg. Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: Lembrai-vos disto: Quem semeia pouco também colherá pouco e quem semeia abundantemente também colherá abundantemente. Dê cada um segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, porque Deus ama aquele que dá com alegria. E Deus é poderoso para vos cumu¬lar de todas as graças, de modo que, tendo sempre e em tudo o necessário, vos fique ainda muito para toda a espécie de boas obras, como está escrito: «Repartiu com largueza pelos pobres; a sua justiça permanece para sempre». Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para alimento também vos dará a semente em abundância e multiplicará os frutos da vossa justiça. Sereis enriquecidos em tudo e podereis praticar a mais larga generosidade, que fará subir, por nosso intermédio, a acção de graças a Deus.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 1-2.3-4.5 e 9ab (R. cf. 1a)
Refrão: Feliz o homem que espera no Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Feliz o homem que teme o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
será abençoada a geração dos justos. Refrão

Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.
Brilha aos homens rectos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo. Refrão

Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Reparte com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre. Refrão


ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Refrão


EVANGELHO Mt 6, 1-6.16-18
«Teu Pai, que vê no que está oculto, te dará a recompensa»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente no que é oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que pelo pão e o vinho apresentados ao vosso altar
dais ao homem o alimento que o sustenta
e o sacramento que o renova,
fazei que nunca falte este auxílio ao nosso corpo e à nossa alma.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 26, 4
Uma só coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida.

Ou Jo 17, 11
Pai santo, guarda no teu nome os que Me deste,
para que sejam em nós confirmados na unidade, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que a sagrada comunhão nos vossos mistérios,
sinal da nossa união convosco,
realize a unidade na vossa Igreja.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





Mt 6, 1-6.16-18
«Teu Pai, que vê no que está oculto, te dará a recompensa»


O homem que quer viver conforme a verdade, que é o mesmo que dizer, conforme Deus, há-de procurar, antes de mais, ter uma consciência recta, porque é no mais profundo do coração que o homem é o que é. Ostentação do próprio ou aplausos dos outros, se não correspondem ao ser interior que escapa aos olhares alheios, são pura vaidade e engano. A lei de Cristo não atinge o homem apenas no seu comportamento exterior, como por vezes fazem as leis humanas, mas desce ao mais íntimo do próprio coração, porque é aí, como Jesus o diz noutro lugar, que está a raiz de tudo o que no homem nasce de bom e de mau.

«O ser humano constrói-se de acordo com aquilo que crê. É aquilo em que acredita»






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


Leituras: 2 Cor 9, 6-11: S. Paulo continua a fazer apelo à generosidade dos cristãos de Corinto, para irem em auxílio da comunidade muito pobre de Jerusalém. Tinha sido um compromisso que ele havia tomado, quando se despedira dos outros Apóstolos em Jerusalém, antes de partir para as suas viagens missionárias. E lembra-lhes a alegria que deve encher o coração de quem dá por amor, o que está na linha da palavra de Jesus, que o mesmo S. Paulo é o único a relatar: “É melhor dar do que receber”. (Act. 20, 35).

EVANGELHO Mt 6, 1-6.16-18: O homem que quer viver conforme a verdade, que é o mesmo que dizer, conforme Deus, há-de procurar, antes de mais, ter uma consciência recta, porque é no mais profundo do coração que o homem é o que é. Ostentação do próprio ou aplausos dos outros, se não correspondem ao ser interior que escapa aos olhares alheios, são pura vaidade e engano. A lei de Cristo não atinge o homem apenas no seu comportamento exterior, como por vezes fazem as leis humanas, mas desce ao mais íntimo do próprio coração, porque é aí, como Jesus o diz noutro lugar, que está a raiz de tudo o que no homem nasce de bom e de mau.

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



15.00 horas: Funeral em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa


AGENDA DA SEMANA

Dia do Corpo de Deus:
 09.30 horas: Missa na Amieira
10.00 horas: Missa em Arez
12.00 horas: Missa em Gáfete
17.00 horas: Missa em Nisa seguida de procissão
17.00 horas: Missa em Alpalhão seguida de procissão
17.00 horas: Missa em Tolosa seguida de procissão









A VOZ DO PASTOR


AREIAS NO SAPATO E PEDRAS NA MÃO

Embora fosse no antigamente, às vezes vem-me ao toutiço!...Sou do tempo do Senhor Chaves! O Senhor Chaves era quem, lá no sítio, até ao 25 de abril, aplicava a lei da rolha. Quando eu trabalhava na redação de um jornal diário, um telefonema do Senhor Chaves, quase sempre ao fechar do jornal, já paginado e pronto, pela madrugada, era o cabo dos trabalhos. Havia que refazer, àquela hora, o trabalho feito e pronto para imprimir. Artigos ou discursos que chegavam por telex, parte ou linhas de outros textos, isto ou aquilo, não podiam ser publicados, eram ordens a ter de cumprir.

Há mais de 60 anos que a necessidade da construção da Barragem do Pisão, no Crato, é tema de debate e reivindicação. Valores mais altos se têm alevantado, não só porque, de facto, não se pode dar resposta a tudo, mas também porque, embora se reconheça e anuncie o que é mais importante e necessário, quando chega a hora da verdade, os decisores vão optando pelo que é mais conveniente em função de outros interesses e objetivos a alcançar. O histórico desta obra julgada como muito importante, está cheio de momentos de entusiasmo, de reconhecimento da sua valia, de debates sobre o desenvolvimento do Alto Alentejo, de promessas de ocasião. Os primeiros estudos datam de 1957. Já nessa altura foi tida como importante para a valorização do Alto Alentejo. Sentia-se como necessário armazenar os caudais da ribeira de Seda. Nestes tempos que são os últimos, e pelo que li, a Barragem já foi anunciada por três primeiros-ministros, Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso. Porque vamos sendo habituados a ouvir bons propósitos sem quaisquer consequências, quando, de facto, há decisão mais determinada e firme, vai-se acreditando com medo de acreditar. Gato escaldado de água fria tem medo, costuma dizer-se. Agora, porém, como garante de que a Barragem vai mesmo sair do fundo da gaveta, há dias, no Crato, marcaram presença o Ministro Adjunto e da Economia, o Ministro do Planeamento, o Ministro da Agricultura e Florestas e Desenvolvimento Rural, o Secretário de Estado do Ambiente e o Secretário de Estado da Valorização do Interior. Se alguns estudos já se fizeram, outros têm sido feitos sobre as vertentes da rega, do abastecimento público e da criação de uma central mini-hídrica. Ultimamente, todos os grupos parlamentares consideraram a Barragem do Pisão como obra prioritária e recomendaram a inclusão do projeto nas prioridades de investimento no Plano Nacional de Regadio e no Programa Nacional para a Coesão Territorial. Deputados, Autarcas e instituições ligadas ao desenvolvimento do território e da agricultura, não têm desistido de, ao longo dos tempos, se baterem pela importância e concretização da mesma. Embora não seja a solução para todos os problemas, sempre foi considerada por todos como um “projeto hidroagrícola estruturante”, “uma aposta séria”, “um investimento prioritário”, “uma lufada de ar fresco”, pois, para o desenvolvimento do Distrito e a economia do território “não há alternativa”, não é a simples paisagem “que vai atrair pessoas”. Um grupo de trabalho constituído por gente de vários saberes, instituições e áreas de intervenção, voltou a apontar, recentemente, a Barragem do Pisão “como fundamental para estimular o desenvolvimento económico e sustentável da área de influência do projeto”. Apoiado em tal estudo, o atual Governo determinou o início dos trabalhos para a concretização da Barragem do Pisão que envolvem, desde já, a elaboração de estudos e projetos que são muitos, são complexos e variados, sem esquecer, como é evidente, a componente ambiental, o realojamento da população do Pisão e a rede de regadio. O investimento total já está estimado, mas decomposto por várias componentes, sendo a mais significativa a componente da produção elétrica, aquela que também terá mais retorno. Segundo aqueles que gostam de fazer previsões do resultado antes do jogo ter acabado, serão criados centenas de postos de trabalho diretos. Foi bonito ouvir falar de tudo isso. Estas coisas, aliás, são sempre bonitas, muito mais bonitas quando alimentam a esperança de que, na verdade, irá haver consequências. E a mensagem passou, houve alegria e palmas, palmas e alegria a encher a Praça de contentamento e de esperança. Os Senhores Presidentes das Câmaras Municipais do Distrito, os Senhores Deputados, as instituições afins e muitos outros homens e mulheres, toda a gente ficou esperançada que sim, que agora vai mesmo. Até se avançou com um prazo possível para que a Barragem comece a encher.

Para reforçar a esperança destas terras e desta gente, três dias mais tarde, em 10 de junho, em Portalegre, o Senhor Presidente das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, para além de outras coisas interessantes que afirmou, reclamava, em nome desta sua terra, «alguma coisa em que acreditar». O Senhor Presidente da República também, para além do mais que disse, afirmou que «um 10 de Junho em Portalegre (...) tem de ser um compromisso de futuro para com esta terra e para com esta gente». Após o desfile das Forças Militares em parada e de tantos instrumentos de guerra a passar, terminaram as comemorações do Dia de Portugal em Portalegre. Ao desfazer da festa, aproximei-me, respeitosamente, do Senhor Primeiro Ministro para o cumprimentar. O Senhor Primeiro Ministro logo me arremessou, sem mais, com ar sombrio e tom seco, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. E repetiu, e voltou a repetir. Porque surpreendido, e gente se apercebeu deste momento de tensão inesperada e a despropósito, com delicadeza lhe retorqui que não estava a perceber. Não demorou em dizer que ouvira o que eu disse sobre a Barragem do Pisão. E em andamento, reiterou, para que de novo eu ouvisse, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. Foi então que consegui ligar os fios à meada. O Senhor Primeiro Ministro, coisa que é normal pois nem sempre é possível agradar a todos, não gostara do que eu disse, na véspera, a uma rádio, perante a insistência duma jornalista que não despegava. E eu, tentando lembrar o que é que tinha dito, acho que disse pouco e apenas o óbvio, mas identificando-me com os anseios desta gente que muito respeito, admiro e estimo, como estimo, admiro e respeito os seus autarcas e políticos e todas as instituições e gente que se batem por esta e outras causas tidas como essenciais para o desenvolvimento do território e a qualidade de vida das pessoas. Confesso que, perante a insistência do Senhor Primeiro Ministro em dizer que os Primeiros Ministros não são todos iguais, fiquei deveras convencido que o Senhor Primeiro Ministro tinha razão, os Senhores Primeiros Ministros não são todos iguais!...Peço desculpa pelo desencanto! Que a Barragem nasça e cresça!...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-06-2019.




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