domingo, 23 de junho de 2019






PARÓQUIAS DE NISA



Segunda, 24 de junho de 2019








Segunda da XII semana do tempo comum

Nascimento de S. João Batista

Ofício da solenidade




SEGUNDA-FEIRA da semana XII

NASCIMENTO DE S. JOÃO BAPTISTA – SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria do dia, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 Is 49, 1-6; Sal 138, 1-3. 13-14ab. 14c-15
L 2 Act 13, 22-26
Ev Lc 1, 57-66. 80


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Dia Nacional do Cigano.
* Na Ordem Cartusiana – Nascimento de S. João Baptista, Padroeiro da Ordem Cartusiana – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha e Missionários de S. João Baptista – Nascimento de S. João Baptista, Padroeiro – SOLENIDADE
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.




NASCIMENTO DE S. JOÃO BAPTISTA

Nota Histórica:
João Baptista é o único santo, com a Virgem Maria, de quem a Liturgia celebra o nascimento para a terra. Isso deve-se certamente, à missão única, que, na História da Salvação, foi confiada a este homem, santificado, no seio de sua mãe, pela presença do Salvador, que mais tarde, dele fará um belo elogio (Lc. 7, 28).
Anel de ligação entre a Antiga e a Nova Aliança, João foi acima de tudo, o enviado de Deus, uma testemunha fiel da Luz, aquele que anunciou Cristo e o apresentou ao mundo. Profeta por excelência, a ponto de não ser senão uma «Voz» de Deus, ele é o Precursor imediato de Cristo: vai à Sua frente, apontando, com a sua palavra e com o exemplo da sua vida, as condições necessários para se conseguir a Salvação.
 A Solenidade do Precursor é um convite para que conheçamos a Cristo, Sol que nos vem visitar na Eucaristia, e dêmos testemunho d’Ele, com o ardor, o desinteresse e a generosidade de João Baptista.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Jo 1, 6-7; Lc 1, 17
Apareceu um homem enviado por Deus,
que tinha o nome de João.
Ele veio para dar testemunho da luz
e preparar o povo para a vinda do Senhor.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que enviastes São João Baptista
a preparar o vosso povo para a vinda do Messias,
concedei à vossa família o dom da alegria espiritual
e guiai o coração dos fiéis no caminho da salvação e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Is 49, 1-6
«Farei de ti a luz das nações»

Leitura do Livro de Isaías

Terras de Além-Mar, escutai-me;
povos de longe, prestai atenção.
O Senhor chamou-me desde o ventre materno,
disse o meu nome desde o seio de minha mãe.
Fez da minha boca uma espada afiada,
abrigou-me à sombra da sua mão.
Tornou-me semelhante a uma seta aguda,
guardou-me na sua aljava.
E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel,
por quem manifestarei a minha glória».
E eu dizia: «Cansei-me inutilmente,
em vão e por nada gastei as minhas forças».
Mas o meu direito está no Senhor
e a minha recompensa está no meu Deus.
E agora o Senhor falou-me,
Ele que me formou desde o seio materno,
para fazer de mim o seu servo,
a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob
e reconduzir os sobreviventes de Israel.
Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor
e Deus é a minha força.
Ele disse-me então:
«Não basta que sejas meu servo,
para restaurares as tribos de Jacob
e reconduzires os sobreviventes de Israel.
Farei de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 138 (139), 1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a)
Refrão: Eu Vos dou graças, Senhor,
porque maravilhosamente me criastes.


Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,
Vós observais todos os meus passos.

Vós formastes as entranhas do meu corpo
e me criastes no seio de minha mãe.
Eu Vos dou graças
por me terdes feito tão maravilhosamente:
admiráveis são as vossas obras.

Vós conhecíeis já a minha alma
e nada do meu ser Vos era oculto,
quando secretamente era formado,
modelado nas profundidades da terra.

LEITURA II Atos 13, 22-26
«João tinha proclamado, antes da vinda de Cristo...»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, Paulo falou deste modo:
«Deus concedeu aos filhos de Israel David como rei,
de quem deu este testemunho:
‘Encontrei David, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração,
que fará sempre a minha vontade’.
Da sua descendência, como prometera,
Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel.
João tinha proclamado, antes da sua vinda,
um batismo de penitência a todo o povo de Israel.
Prestes a terminar a sua carreira, João dizia:
‘Eu não sou quem julgais;
mas depois de mim, vai chegar Alguém,
a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’.
Irmãos, descendentes de Abraão
e todos vós que temeis a Deus:
a nós é que foi dirigida esta palavra de salvação».

Palavra do Senhor.

ALELUIA cf. Lc 1, 76
Refrão: Aleluia. Repete-se
Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo,
irás à frente do Senhor a preparar os seus caminhos.
Refrão

EVANGELHO Lc 1, 57-66.80
«O seu nome é João»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
chegou a altura de Isabel ser mãe e deu à luz um filho.
Os seus vizinhos e parentes souberam
que o Senhor lhe tinha feito tão grande benefício
e congratularam-se com ela.
Oito dias depois, vieram circuncidar o menino
e queriam dar-lhe o nome do pai, Zacarias.
Mas a mãe interveio e disse:
«Não, Ele vai chamar-se João».
Disseram-lhe:
«Não há ninguém da tua família que tenha esse nome».
Perguntaram então ao pai, por meio de sinais,
como queria que o menino se chamasse.
O pai pediu uma tábua e escreveu:
«O seu nome é João».
Todos ficaram admirados.
Imediatamente se lhe abriu a boca e se lhe soltou a língua
e começou a falar, bendizendo a Deus.
Todos os vizinhos se encheram de temor
e por toda a região montanhosa da Judeia
se divulgaram estes factos.
Quantos os ouviam contar
guardavam-nos em seu coração e diziam:
«Quem virá a ser este menino?».
Na verdade, a mão do Senhor estava com ele.
O menino ia crescendo e o seu espírito fortalecia-se.
E foi habitar no deserto
até ao dia em que se manifestou a Israel.

Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Trazemos ao altar, Senhor, os nossos dons
para celebrarmos condignamente
o nascimento de São João Baptista,
que anunciou a vinda do Salvador do mundo
e O mostrou já presente no meio dos homens.
Por Nosso Senhor.


PREFÁCIO A missão do Precursor

V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por Cristo nosso Senhor.
Ao celebrarmos hoje a glória do Precursor, São João Baptista, proclamado o maior entre os filhos dos homens,
anunciamos as vossas maravilhas:
antes de nascer, ele exultou de alegria,
sentindo a presença do Salvador;
quando veio ao mundo,
muitos se alegraram pelo seu nascimento;
foi ele, entre todos os Profetas,
que mostrou o Cordeiro que tira o pecado do mundo;
nas águas do Jordão, ele baptizou o autor do Baptismo
e desde então a água viva tem poder de santificar os crentes;
por fim deu o mais belo testemunho de Cristo,
derramando por Ele o seu sangue.
Por isso, com os Anjos e os Santos no Céu,
proclamamos na terra a vossa glória, cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 1, 78
Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,
das alturas nos visitou o Sol nascente.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes à mesa do Cordeiro celeste,
concedei à vossa Igreja,
que se alegra com o nascimento de São João Baptista,
a graça de reconhecer o autor do seu renascimento espiritual
n’Aquele cuja vinda ao mundo foi anunciada pelo Precursor.
Por Nosso Senhor.





«Deixa as tristezas para aqueles que trabalham contando unicamente com a terra. A alegria é para quantos trabalhamos na terra contando também com céu».






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


Leituras: 

EVANGELHO 

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



18.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Alpalhãi
18.30 horas: Missa em Monte Claro, seguida de procissão
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário






A VOZ DO PASTOR



FORJAR O CARÁCTER PARA FACILITAR O BEM

Escrever sobre o quê?... Eis o busílis, o fadário. Manter a presença é bom, dizem muitos. Mas escrever sobre o quê? É que o problema não está tanto em escrever sobre o que é importante. Há muita coisa importante sobre a qual se pode escrever, mesmo que, por vezes, o que se escreve faça aquecer os fusíveis de alguns. E há muita gente que mesmo que ninguém venha a ler o que ela escreve, está sempre pronta a escrever sobre o que julga ser muito importante. A nossa principal preocupação, porém, não está em escrever sobre aquilo que se julga ser importante. O tal busílis está, isso sim, em saber sobre o que é que é importante escrever, não só para informar, mas sobretudo para esclarecer e instruir. Mesmo com essa preocupação e algum discernimento, a escolha não deixa de ser sempre muito subjetiva, pois o que me perece importante a mim para eu escrever pode continuar a não ser nada importante para aquele que me vier a ler. E ao pensar nos leitores, muitas vezes vem-me à memória o que se passa em determinados fóruns. Por vezes, torna-se preciso escrever um texto, um texto base sobre um tema anunciado para que o futuro debate sobre ele possa ser melhor orientado e tenha um ponto de partida comum. Lançado o desafio a ver se alguém surge, o possa e queira fazer, ecoa o sábio e silencioso incómodo a fazer presumir que ninguém se julga capaz, muito menos capaz de se oferecer. Logo que o texto aparece, não falta quem salte e chute no relvado a fazer entender que o fazia muito melhor, que está longo, que está curto, que está confuso, que o título não diz nada, que isto não se devia dizer, que aquilo se devia acrescentar, que tem um estilo macarrónico, que falta aqui uma vírgula, acolá umas aspas e por aí fora... De facto, há ossos de ofício a exigir bons dentes, melhor estômago e muita paciência, mesmo muita paciência!...
E por falar em paciência, é mesmo sobre a paciência que hoje vou escrever. A paciência é uma virtude humana. E nestes tempos em que tanta gente corre de um lado para o outro para chegar sempre tarde, em que tudo é urgente, esta virtude, a da paciência, é muito, mesmo muito, muitíssimo importante. Tanto assim que se alguém vier a perder a paciência não lhe resta outro remédio se não ter de continuar a ter paciência, muita paciência. Por isso, não se esqueça, tenha paciência mesmo quando tem pressa e a irritante paciência dos outros lhe faz secar a sua!...
A paciência é importante na família, no trânsito, no emprego, na escola, no hospital, no lar, na doença, na repartição pública, nas bizantinices ou chinesices em que, por vezes, nos ocupamos, no ter de ouvir este ou aquele, na pesca e na caça, no estar a ver o futebol do clube de coração ao lado de um amigo adepto do clube adversário, no ter de suportar os anúncios num telejornal que abusa dos ouvintes ou só dá notícias de faca e alguidar, de desgraças. A paciência é importante aqui, acolá, mais além, em toda a parte e diante de qualquer incómodo, situação ou bicho careta. É a virtude da maturidade, do autocontrolo, a virtude de quem tem a capacidade de amar, de perdoar, de suportar as fraquezas dos outros. É a nobreza de quem espera, de quem crê, de quem reza, de quem sofre, de quem perde, de quem privilegia a paz e a tolerância, a sã convivência e a educação. É a sabedoria de quem é capaz de engolir em seco para não responder ao chefe, de quem tem de engolir sapos para aguentar desavenças ou ouvir barbaridades. É a sabedoria que recompensa, resolve conflitos, desarma. Quando existe, ela permite contar, pelo menos até 10 e devagar, antes de dar uma qualquer resposta a quem, sem razão nem estilo, nos faz saltar a tampa. Para ter esta capacidade de suportar todas as contrariedades, dissabores e infelicidades com verdadeiro fair play, é preciso, de facto, ter uma paciência de Job ou de santo, como sói dizer-se.  

O Catecismo da Igreja Católica ensina que a paciência é um fruto do Espírito Santo. Que todas as virtudes humanas “são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Conferem facilidade, domínio e alegria para se levar uma vida moralmente boa” (CIgC1804). E se fala das virtudes humanas, fala também das virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança; e fala das virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Explica que as virtudes são “adquiridas pela educação, por atos deliberados e por uma sempre renovada perseverança no esforço. São purificadas e elevadas pela graça divina. Com a ajuda de Deus, forjam o carácter e facilitam a prática do bem”.
 Elas são a cortesia da alma. Se o amigo tiver tempo e paciência e o livro à mão, poderá dar uma voltinha pelo Catecismo da Igreja Católica que nos fala da importância e riqueza das virtudes. Fomentar a cultura da paciência é sempre um belo exercício de paciência!...

E como é saudável apreciar a natureza e dela tirar conclusões! A natureza não se aborrece de esperar, é paciente. Porque é paciente, também não se cansa de dar muitos e variados frutos, e muito bons, e muito apreciados, e para todos, todos usufruem da paciência da natureza, ela é mãe. São Lucas diz-nos que assim como as árvores são conhecidas pelos seus frutos, do mesmo modo os homens são conhecidos pelos seus atos: é pelos frutos que se conhecem as árvores (Lc 6,44).
Obrigado por me ter lido com paciência!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 21-06-2019.




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