quinta-feira, 20 de junho de 2019






PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 21 de junho de 2019








Sexta da XI semana do tempo comum



Ofício da memória






SEXTA-FEIRA da semana XI

S. Luís Gonzaga, religioso – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 2 Cor 11, 18. 21b-30; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7
Ev Mt 6, 19-23


* Na Companhia de Jesus – S. Luís Gonzaga, religioso – MO
* No Instituto Missionário da Consolata – Nossa Senhora da Consolata, Titular e Padroeira do Instituto – SOLENIDADE (transferida)



S. LUÍS GONZAGA, religioso

Nota Histórica:
Nasceu em 1568 perto de Mântua, na Lombardia, filho dos príncipes de Castiglione. Educado cristãmente por sua mãe, desde cedo mostrou indícios de grande aspiração pela vida religiosa. Renunciando ao principado em favor de seu irmão, entrou na Companhia de Jesus em Roma; e, durante os estudos de teologia, entregando-se ao serviço dos enfermos nos hospitais, contraiu uma enfermidade que o levou à morte no ano 1591.

MISSA

ANTÍFONA DA ENTRADA cf . Salmo 23, 4.3
Aquele que tem as mãos inocentes e o coração puro
subirá à montanha do Senhor e habitará no seu santuário.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, fonte de todos os dons espirituais, que reunistes no jovem São Luís Gonzaga a prática da penitência e uma admirável pureza de vida, concedei-nos, por seus méritos e intercessão, que o imitemos na penitência, já que não o imitamos na inocência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) 2 Cor 11, 18.21b-30
«E além do mais, a minha preocupação de cada dia:
o cuidado de todas as Igrejas»


Leitura da Seg. Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: Já que tantos se gloriam dos seus valores humanos, também eu me gloriarei. Vou falar como insensato: Se há quem tenha pretensões, também eu as tenho. São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. São ministros de Cristo?. Falo como insensato: eu ainda mais. Mais pelos trabalhos, mais pelas prisões, muito mais pelos açoites recebidos, pelos frequentes perigos de morte. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta golpes menos um; três vezes fui flagelado com varas, uma vez apedrejado; três vezes naufraguei e passei sobre o abismo uma noite e um dia. Fiz caminhadas sem conta. Sofri perigos nos rios, perigos dos ladrões, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos dos falsos irmãos. Suportei trabalhos e canseiras, repetidas vigílias, fome, sede, frequentes jejuns, frio e nudez. E além do mais, a minha preocupação de cada dia: o cuidado de todas as Igrejas. Quem é fraco, sem que eu também me sinta fraco? Quem é escandalizado, sem que eu me abrase? Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei da minha fraqueza.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7 (R. cf. 18b)
Refrão: Deus salva o justo de todas as tribulações. Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. Refrão

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. Refrão

ALELUIA Mt 5, 3
Refrão: Aleluia Repete-se
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão



EVANGELHO Mt 6, 19-23
«Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração. A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que, a exemplo de São Luís Gonzaga, nos sentemos à vossa mesa, sempre revestidos da veste nupcial, para que, na participação destes santos mistérios, nos tornemos ricos da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 77, 24-25
O Senhor deu-lhes o pão do Céu,
o homem comeu o pão dos Anjos.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com o pão dos Anjos, fazei que Vos sirvamos com uma vida digna e, a exemplo de São Luís Gonzaga, vivamos sempre em acção de graças. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Deus não te ordena coisas impossíveis, mas ao mandar inspira-te o modo de agir até ao limite, a ponto de te pedir o que sozinho não podes fazer»






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


Leituras: 2 Cor 11, 18.21b-30: Perante os ataques injustos dos seus adversários e da superficialidade leviana daquela comunidade, S. Paulo lembra-lhe o que tem feito por ela e por todas as demais comunidades. É uma página cheia dos mais belos testemunhos de um apóstolo de Cristo, escrita com a indignação exaltada do trabalhador incansável do Evangelho, que vê agora em perigo o fruto esperançoso de tão bela sementeira.

Mt 6, 19-23: Os caminhos do Evangelho passam todos pelo coração do homem. As “coisas” têm o valor que o homem lhes der, e, para o cristão, têm o valor que a fé lhe ensinar a atribuir-lhes. Por isso, os tesouros terrenos não podem dominar o coração humano. O verdadeiro tesouro está mais longe e mais alto do que os cofres que podem ser assaltados. Para saber dar o verdadeiro valor ás coisas que o envolvem, o homem precisa de purificar o seu interior, donde nasce a verdadeira luz, que dá o sentido autêntico a tudo o que o rodeia.


EVANGELHO 

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



 Todo o dia: encontro com os crismandos
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas: Oração do Terço na Igreja do Espírito Santo
21.00 horas: Reunião da comissão das Missões no Calvário
21.00 horas: Reunião de casamento na Casa paroquial.






A VOZ DO PASTOR


AREIAS NO SAPATO E PEDRAS NA MÃO

Embora fosse no antigamente, às vezes vem-me ao toutiço!...Sou do tempo do Senhor Chaves! O Senhor Chaves era quem, lá no sítio, até ao 25 de abril, aplicava a lei da rolha. Quando eu trabalhava na redação de um jornal diário, um telefonema do Senhor Chaves, quase sempre ao fechar do jornal, já paginado e pronto, pela madrugada, era o cabo dos trabalhos. Havia que refazer, àquela hora, o trabalho feito e pronto para imprimir. Artigos ou discursos que chegavam por telex, parte ou linhas de outros textos, isto ou aquilo, não podiam ser publicados, eram ordens a ter de cumprir.

Há mais de 60 anos que a necessidade da construção da Barragem do Pisão, no Crato, é tema de debate e reivindicação. Valores mais altos se têm alevantado, não só porque, de facto, não se pode dar resposta a tudo, mas também porque, embora se reconheça e anuncie o que é mais importante e necessário, quando chega a hora da verdade, os decisores vão optando pelo que é mais conveniente em função de outros interesses e objetivos a alcançar. O histórico desta obra julgada como muito importante, está cheio de momentos de entusiasmo, de reconhecimento da sua valia, de debates sobre o desenvolvimento do Alto Alentejo, de promessas de ocasião. Os primeiros estudos datam de 1957. Já nessa altura foi tida como importante para a valorização do Alto Alentejo. Sentia-se como necessário armazenar os caudais da ribeira de Seda. Nestes tempos que são os últimos, e pelo que li, a Barragem já foi anunciada por três primeiros-ministros, Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso. Porque vamos sendo habituados a ouvir bons propósitos sem quaisquer consequências, quando, de facto, há decisão mais determinada e firme, vai-se acreditando com medo de acreditar. Gato escaldado de água fria tem medo, costuma dizer-se. Agora, porém, como garante de que a Barragem vai mesmo sair do fundo da gaveta, há dias, no Crato, marcaram presença o Ministro Adjunto e da Economia, o Ministro do Planeamento, o Ministro da Agricultura e Florestas e Desenvolvimento Rural, o Secretário de Estado do Ambiente e o Secretário de Estado da Valorização do Interior. Se alguns estudos já se fizeram, outros têm sido feitos sobre as vertentes da rega, do abastecimento público e da criação de uma central mini-hídrica. Ultimamente, todos os grupos parlamentares consideraram a Barragem do Pisão como obra prioritária e recomendaram a inclusão do projeto nas prioridades de investimento no Plano Nacional de Regadio e no Programa Nacional para a Coesão Territorial. Deputados, Autarcas e instituições ligadas ao desenvolvimento do território e da agricultura, não têm desistido de, ao longo dos tempos, se baterem pela importância e concretização da mesma. Embora não seja a solução para todos os problemas, sempre foi considerada por todos como um “projeto hidroagrícola estruturante”, “uma aposta séria”, “um investimento prioritário”, “uma lufada de ar fresco”, pois, para o desenvolvimento do Distrito e a economia do território “não há alternativa”, não é a simples paisagem “que vai atrair pessoas”. Um grupo de trabalho constituído por gente de vários saberes, instituições e áreas de intervenção, voltou a apontar, recentemente, a Barragem do Pisão “como fundamental para estimular o desenvolvimento económico e sustentável da área de influência do projeto”. Apoiado em tal estudo, o atual Governo determinou o início dos trabalhos para a concretização da Barragem do Pisão que envolvem, desde já, a elaboração de estudos e projetos que são muitos, são complexos e variados, sem esquecer, como é evidente, a componente ambiental, o realojamento da população do Pisão e a rede de regadio. O investimento total já está estimado, mas decomposto por várias componentes, sendo a mais significativa a componente da produção elétrica, aquela que também terá mais retorno. Segundo aqueles que gostam de fazer previsões do resultado antes do jogo ter acabado, serão criados centenas de postos de trabalho diretos. Foi bonito ouvir falar de tudo isso. Estas coisas, aliás, são sempre bonitas, muito mais bonitas quando alimentam a esperança de que, na verdade, irá haver consequências. E a mensagem passou, houve alegria e palmas, palmas e alegria a encher a Praça de contentamento e de esperança. Os Senhores Presidentes das Câmaras Municipais do Distrito, os Senhores Deputados, as instituições afins e muitos outros homens e mulheres, toda a gente ficou esperançada que sim, que agora vai mesmo. Até se avançou com um prazo possível para que a Barragem comece a encher.

Para reforçar a esperança destas terras e desta gente, três dias mais tarde, em 10 de junho, em Portalegre, o Senhor Presidente das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, para além de outras coisas interessantes que afirmou, reclamava, em nome desta sua terra, «alguma coisa em que acreditar». O Senhor Presidente da República também, para além do mais que disse, afirmou que «um 10 de Junho em Portalegre (...) tem de ser um compromisso de futuro para com esta terra e para com esta gente». Após o desfile das Forças Militares em parada e de tantos instrumentos de guerra a passar, terminaram as comemorações do Dia de Portugal em Portalegre. Ao desfazer da festa, aproximei-me, respeitosamente, do Senhor Primeiro Ministro para o cumprimentar. O Senhor Primeiro Ministro logo me arremessou, sem mais, com ar sombrio e tom seco, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. E repetiu, e voltou a repetir. Porque surpreendido, e gente se apercebeu deste momento de tensão inesperada e a despropósito, com delicadeza lhe retorqui que não estava a perceber. Não demorou em dizer que ouvira o que eu disse sobre a Barragem do Pisão. E em andamento, reiterou, para que de novo eu ouvisse, que os Primeiros Ministros não são todos iguais. Foi então que consegui ligar os fios à meada. O Senhor Primeiro Ministro, coisa que é normal pois nem sempre é possível agradar a todos, não gostara do que eu disse, na véspera, a uma rádio, perante a insistência duma jornalista que não despegava. E eu, tentando lembrar o que é que tinha dito, acho que disse pouco e apenas o óbvio, mas identificando-me com os anseios desta gente que muito respeito, admiro e estimo, como estimo, admiro e respeito os seus autarcas e políticos e todas as instituições e gente que se batem por esta e outras causas tidas como essenciais para o desenvolvimento do território e a qualidade de vida das pessoas. Confesso que, perante a insistência do Senhor Primeiro Ministro em dizer que os Primeiros Ministros não são todos iguais, fiquei deveras convencido que o Senhor Primeiro Ministro tinha razão, os Senhores Primeiros Ministros não são todos iguais!...Peço desculpa pelo desencanto! Que a Barragem nasça e cresça!...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 14-06-2019.






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