terça-feira, 25 de junho de 2019






PARÓQUIAS DE NISA




Quarta, 26 de junho de 2019









Quarta da XII semana do tempo comum

Ofício a féria






QUARTA-FEIRA da semana XII

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Gen 15, 1-12. 17-18; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev Mt 7, 15-20


* Na Arquidiocese de Braga – S. Paio, mártir – MF
* No Santuário de Fátima e na Paróquia de Fátima – S. Josemaria Escrivá, presbítero, Fundador do Opus Dei –MF
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria Josefina de Jesus Crucificado, virgem – MF
* Na Ordem Cartusiana – S. Antelmo, monge pastor – FESTA
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. André Jacinto Longhin, bispo, da I Ordem – MF; B. Tiago de Ghazir, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Maria Madalena Fontaine e companheiras, virgens e mártires – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – S. Josemaria Escrivá, presbítero, Fundador do Opus Dei –SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.





MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 27, 8-9
O Senhor é a força do seu povo,
o baluarte salvador do seu Ungido.
Salvai o vosso povo, Senhor, abençoai a vossa herança,
sede o seu pastor e guia através dos tempos.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, fazei-nos viver a cada instante
no temor e no amor do vosso Santo nome,
porque nunca a vossa providência abandona
aqueles que formais solidamente no vosso amor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Gen 15, 1-12.17-18
«Abrão acreditou no Senhor,
o que lhe foi atribuído como justiça» (Rom 4, 3b);
«e o Senhor estabeleceu uma aliança com ele»


Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, foi dirigida a Abrão a palavra do Senhor numa visão: «Não temas, Abrão: Eu sou o teu escudo; será grande a tua recompensa». Abrão respondeu: «Senhor, meu Deus, que me dareis? Vou partir desta vida sem descendência e o herdeiro da minha casa é Eliezer de Damasco». E continuou: «Vós não me destes descendência e um servo nascido na minha casa é que será o meu herdeiro». Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida nestes termos: «Não é ele que será o teu herdeiro; o teu herdeiro vai ser alguém nascido do teu sangue». Deus levou Abrão para fora de casa e disse-lhe: «Olha para o céu e conta as estrelas, se as puderes contar». E acrescentou: «Assim será a tua descendência». Abrão acreditou no Senhor, o que lhe foi atribuído como justiça. Disse-lhe Deus: «Eu sou o Senhor que te mandou sair de Ur dos caldeus, para te dar a posse desta terra». Abrão perguntou: «Senhor, meu Deus, como saberei que a vou possuir?» O Senhor respondeu-lhe: «Toma uma vitela de três anos, uma cabra de três anos e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho». Abrão foi buscar todos esses animais, cortou-os ao meio e pôs cada metade em frente da outra metade; mas não cortou as aves. Os abutres desceram sobre os cadáveres, mas Abrão pô-los em fuga. Ao pôr do sol, apoderou-se de Abrão um sono profundo, enquanto o assaltava um grande e escuro terror. Quando o sol desapareceu e caíram as trevas, um brasido fumegante e um archote de fogo passaram entre os animais cortados. Nesse dia, o Senhor estabeleceu com Abrão uma aliança, dizendo: «Darei esta terra aos teus descendentes, desde o rio do Egipto até ao grande rio Eufrates».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 8a)
Refrão: O Senhor recorda a sua aliança para sempre. Repete-se

Ou: Aleluia. Repete-se

Aclamai o nome do Senhor,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas. Refrão

Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face. Refrão

Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão

Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac. Refrão


ALELUIA Jo 15, 4a.5b
Refrão: Aleluia Repete-se

Permanecei em Mim e Eu em vós, diz o Senhor:
quem permanece em Mim dá muito fruto. Refrão


EVANGELHO Mt 7, 15-20
«Pelos frutos os conhecereis»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
purificai, Senhor, os nossos corações,
para que se tornem uma oblação agradável a vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 144, 15
Os olhos de todos esperam em Vós, Senhor,
e a seu tempo lhes dais o alimento.

Ou Jo 10, 11.15
Eu sou o Bom Pastor
e dou a vida pelas minhas ovelhas, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovastes
pela comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo,
fazei que a participação nestes mistérios
nos alcance a plenitude da redenção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 





«Trabalha para que o diabo te encontre sempre ocupado. De preferência ocupa-te nas ‘obras do Pai’. 
cf Jo 10,37».






ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


Leituras: Gen 15, 1-12.17-18: Abraão é chamado “pai da nossa fé”, porque acreditou na palavra de Deus, desde o princípio, antes de a ter visto realizada. Foi esta fé que o tornou justo aos olhos de Deus, antes mesmo de ter praticado as obras da fé. É Deus quem justifica, como é Deus que tem a iniciativa da Aliança com os homens, como já a teve na Aliança que fez com Abraão.

Mt 7, 15-20: Os falsos Profetas são os doutores da mentira, que seduzem o povo com falsas aparências de piedade, enquanto, no íntimo, buscam os seus interesses. Este íntimo há-de revelar-se mais nas obras do que nas palavras. A comparação da árvore e dos seus frutos é fácil de compreender, e cheia de sabedoria nascida da experiência. A doutrina de Jesus Cristo é princípio de vida, se é perfeitamente acreditada e perfeitamente vivida. Jesus é o Verbo de Deus, a Palavra por quem tudo foi feito; as suas palavras são também agora em nós criadoras e fonte de vida.  

EVANGELHO 

REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA

17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa






A VOZ DO PASTOR



FORJAR O CARÁCTER PARA FACILITAR O BEM


Escrever sobre o quê?... Eis o busílis, o fadário. Manter a presença é bom, dizem muitos. Mas escrever sobre o quê? É que o problema não está tanto em escrever sobre o que é importante. Há muita coisa importante sobre a qual se pode escrever, mesmo que, por vezes, o que se escreve faça aquecer os fusíveis de alguns. E há muita gente que mesmo que ninguém venha a ler o que ela escreve, está sempre pronta a escrever sobre o que julga ser muito importante. A nossa principal preocupação, porém, não está em escrever sobre aquilo que se julga ser importante. O tal busílis está, isso sim, em saber sobre o que é que é importante escrever, não só para informar, mas sobretudo para esclarecer e instruir. Mesmo com essa preocupação e algum discernimento, a escolha não deixa de ser sempre muito subjetiva, pois o que me perece importante a mim para eu escrever pode continuar a não ser nada importante para aquele que me vier a ler. E ao pensar nos leitores, muitas vezes vem-me à memória o que se passa em determinados fóruns. Por vezes, torna-se preciso escrever um texto, um texto base sobre um tema anunciado para que o futuro debate sobre ele possa ser melhor orientado e tenha um ponto de partida comum. Lançado o desafio a ver se alguém surge, o possa e queira fazer, ecoa o sábio e silencioso incómodo a fazer presumir que ninguém se julga capaz, muito menos capaz de se oferecer. Logo que o texto aparece, não falta quem salte e chute no relvado a fazer entender que o fazia muito melhor, que está longo, que está curto, que está confuso, que o título não diz nada, que isto não se devia dizer, que aquilo se devia acrescentar, que tem um estilo macarrónico, que falta aqui uma vírgula, acolá umas aspas e por aí fora... De facto, há ossos de ofício a exigir bons dentes, melhor estômago e muita paciência, mesmo muita paciência!...
E por falar em paciência, é mesmo sobre a paciência que hoje vou escrever. A paciência é uma virtude humana. E nestes tempos em que tanta gente corre de um lado para o outro para chegar sempre tarde, em que tudo é urgente, esta virtude, a da paciência, é muito, mesmo muito, muitíssimo importante. Tanto assim que se alguém vier a perder a paciência não lhe resta outro remédio se não ter de continuar a ter paciência, muita paciência. Por isso, não se esqueça, tenha paciência mesmo quando tem pressa e a irritante paciência dos outros lhe faz secar a sua!...  

A paciência é importante na família, no trânsito, no emprego, na escola, no hospital, no lar, na doença, na repartição pública, nas bizantinices ou chinesices em que, por vezes, nos ocupamos, no ter de ouvir este ou aquele, na pesca e na caça, no estar a ver o futebol do clube de coração ao lado de um amigo adepto do clube adversário, no ter de suportar os anúncios num telejornal que abusa dos ouvintes ou só dá notícias de faca e alguidar, de desgraças. A paciência é importante aqui, acolá, mais além, em toda a parte e diante de qualquer incómodo, situação ou bicho careta. É a virtude da maturidade, do autocontrolo, a virtude de quem tem a capacidade de amar, de perdoar, de suportar as fraquezas dos outros. É a nobreza de quem espera, de quem crê, de quem reza, de quem sofre, de quem perde, de quem privilegia a paz e a tolerância, a sã convivência e a educação. É a sabedoria de quem é capaz de engolir em seco para não responder ao chefe, de quem tem de engolir sapos para aguentar desavenças ou ouvir barbaridades. É a sabedoria que recompensa, resolve conflitos, desarma. Quando existe, ela permite contar, pelo menos até 10 e devagar, antes de dar uma qualquer resposta a quem, sem razão nem estilo, nos faz saltar a tampa. Para ter esta capacidade de suportar todas as contrariedades, dissabores e infelicidades com verdadeiro fair play, é preciso, de facto, ter uma paciência de Job ou de santo, como sói dizer-se.  

O Catecismo da Igreja Católica ensina que a paciência é um fruto do Espírito Santo. Que todas as virtudes humanas “são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Conferem facilidade, domínio e alegria para se levar uma vida moralmente boa” (CIgC1804). E se fala das virtudes humanas, fala também das virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança; e fala das virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Explica que as virtudes são “adquiridas pela educação, por atos deliberados e por uma sempre renovada perseverança no esforço. São purificadas e elevadas pela graça divina. Com a ajuda de Deus, forjam o carácter e facilitam a prática do bem”.

 Elas são a cortesia da alma. Se o amigo tiver tempo e paciência e o livro à mão, poderá dar uma voltinha pelo Catecismo da Igreja Católica que nos fala da importância e riqueza das virtudes. Fomentar a cultura da paciência é sempre um belo exercício de paciência!...

E como é saudável apreciar a natureza e dela tirar conclusões! A natureza não se aborrece de esperar, é paciente. Porque é paciente, também não se cansa de dar muitos e variados frutos, e muito bons, e muito apreciados, e para todos, todos usufruem da paciência da natureza, ela é mãe. São Lucas diz-nos que assim como as árvores são conhecidas pelos seus frutos, do mesmo modo os homens são conhecidos pelos seus atos: é pelos frutos que se conhecem as árvores (Lc 6,44).
Obrigado por me ter lido com paciência!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 21-06-2019.











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