PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta, 05 de junho de 2019
Quarta da VII semana de Páscoa
Ofício da féria
QUARTA-FEIRA
da semana VII
S. Bonifácio, bispo e
mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 Act 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c
Ev Jo 17, 11b-19
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – I Vésp. de S. Marcelino Champagnat.
Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 Act 20, 28-38; Sal 67 (68), 29-30. 33-35a. 35b-36c
Ev Jo 17, 11b-19
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – I Vésp. de S. Marcelino Champagnat.
S. BONIFÁCIO, bispo e
mártir
Nota
Histórica
Nasceu na Inglaterra, cerca do ano
673. Fez a profissão religiosa e viveu como monge no mosteiro de Exeter. No ano
719 partiu para a Alemanha a pregar o Evangelho e obteve excelentes resultados.
Consagrado bispo, governou a Igreja de Mogúncia e, com a ajuda de vários
colaboradores, fundou ou restaurou diversas Igrejas na Baviera, na Turíngia e
na Francónia; também convocou concílios e promulgou leis. Quando evangelizava
os frisões, foi assassinado pelos pagãos; o seu corpo foi sepultado no mosteiro
de Fulda.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Este santo combateu até à morte
pela lei de Deus e não teve medo
das palavras dos ímpios, porque estava apoiado na rocha firme.
das palavras dos ímpios, porque estava apoiado na rocha firme.
ORAÇÃO
Permiti, Senhor, que, por intercessão de São Bonifácio, possamos manter sem desfalecimento e proclamar na nossa vida a fé que ele ensinou com a palavra e confirmou com o sangue do martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Permiti, Senhor, que, por intercessão de São Bonifácio, possamos manter sem desfalecimento e proclamar na nossa vida a fé que ele ensinou com a palavra e confirmou com o sangue do martírio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA
I
Actos 20, 28-38
«Entrego-vos a Deus,
que pode construir o edifício espiritual e conceder-vos a herança»
Continua o discurso de despedida de S. Paulo, ontem começado. Às recomendações para o presente juntam-se as perspetivas do futuro, não de todo otimistas; mas o poder da graça de Deus construirá o que os homens não conseguirem evitar que seja destruído. A saudade domina a hora da despedida. E Paulo sabia senti-la! Mas partiu, julgando não os voltar a ver. De facto, voltou!
Leitura dos Atos dos Apóstolos
«Entrego-vos a Deus,
que pode construir o edifício espiritual e conceder-vos a herança»
Continua o discurso de despedida de S. Paulo, ontem começado. Às recomendações para o presente juntam-se as perspetivas do futuro, não de todo otimistas; mas o poder da graça de Deus construirá o que os homens não conseguirem evitar que seja destruído. A saudade domina a hora da despedida. E Paulo sabia senti-la! Mas partiu, julgando não os voltar a ver. De facto, voltou!
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, disse Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso: «Tende cuidado convosco e com todo o rebanho, do qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. Eu sei que, depois da minha partida, se hão de introduzir entre vós lobos devoradores que não pouparão o rebanho. De entre vós mesmos se hão de erguer homens com palavras perversas, para arrastarem os discípulos atrás de si. Por isso, sede vigilantes e lembrai-vos que, durante três anos, noite e dia, não cessei de exortar com lágrimas cada um de vós. Agora entrego- vos a Deus e à palavra da sua graça, que tem o poder de construir o edifício e conceder a herança a todos os santificados. Não desejei prata, ouro ou vestuário de ninguém. Vós próprios sabeis que estas mãos proveram às minhas necessidades e às dos meus companheiros. Em tudo vos mostrei que é trabalhando assim que devemos acudir aos mais fracos; e recordo-vos as palavras do Senhor Jesus: ‘Há mais felicidade em dar do que em receber’». Dito isto, Paulo pôs-se de joelhos e orou com eles. Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo, consternados sobretudo por ele lhes ter dito que não mais tornariam a ver o seu rosto. Em seguida, acompanharam-no até ao barco.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 67 (68), 29-30.33-35a.35b-36c
(R. 33a ou Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Mostrai, Senhor, o vosso poder,
confirmai o que por nós fizestes.
No vosso templo, em Jerusalém,
os reis vos oferecem presentes. Refrão
Reinos da terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor,
a Ele que avança pelos céus altíssimos
e faz ouvir a sua voz poderosa. Refrão
Sobre Israel resplandece a sua majestade
e nas nuvens está o seu poder.
O Deus de Israel dá força e poder ao seu povo.
Bendito seja Deus. Refrão
ALELUIA cf. Jo 17, 17b.a
Refrão: Aleluia Repete-se
A vossa palavra, Senhor, é a verdade:
santificai-nos na verdade. Refrão
EVANGELHO Jo 17, 11b-19
«Para que sejam um como Nós»
Jesus pede a graça da unidade para os seus discípulos. Ele é Um com o pai, e veio ao mundo para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria vida do Pai, junto de quem Ele é Medianeiro. A unidade é, por isso, a comunhão de vida que existe entre o Pai e o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos homens. Os que chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes revela.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e orou deste modo: «Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, como Nós. Quando Eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que Me deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição; e assim se cumpriu a Escritura. Mas agora vou para Ti; e digo isto no mundo, para que eles tenham em si mesmos a plenitude da minha alegria. Dei-lhes a tua palavra e o mundo odiou-os, por não serem do mundo, como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como Eu não sou do mundo. Consagra-os na verdade. A tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. Eu consagro-Me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, com a vossa bênção
estes dons e acendei em nós
o fogo do vosso amor que fortaleceu São Bonifácio para vencer os
tormentos do martírio. Por Nosso Senhor.
o fogo do vosso amor que fortaleceu São Bonifácio para vencer os
tormentos do martírio. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO (MT
16,24)
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor,
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor,
renuncie a si mesmo,
tome a sua cruz e siga-Me.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão nos santos mistérios nos
dê, Senhor, a fortaleza de alma
que tornou o vosso mártir São Bonifácio fiel no vosso serviço e vitorioso no martírio. Por Nosso Senhor.
que tornou o vosso mártir São Bonifácio fiel no vosso serviço e vitorioso no martírio. Por Nosso Senhor.
«Como podes pensar que tens força para vencer satanás, se nem
sequer consegues desligar o tablet?»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
Leituras: Atos 20, 28-38: Continua
o discurso de despedida de S. Paulo, ontem começado. Às recomendações para o
presente juntam-se as perspetivas do futuro, não de todo otimistas; mas o poder
da graça de Deus construirá o que os homens não conseguirem evitar que seja
destruído. A saudade domina a hora da despedida. E Paulo sabia senti-la! Mas
partiu, julgando não os voltar a ver. De facto, voltou!
Jo
17, 11b-19: Jesus pede a graça da unidade para os
seus discípulos. Ele é Um com o pai, e veio ao mundo para revelar aos homens o
Pai, para que os homens comunguem na própria vida do Pai, junto de quem Ele é
Medianeiro. A unidade é, por isso, a comunhão de vida que existe entre o Pai e
o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos homens. Os que chegarem ao conhecimento
do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com Deus, se se deixarem
consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes revela.
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em
Nisa.
A VOZ DO PASTOR
Em todos os tempos e por muitos
lugares, houve cristãos que deram a sua vida em fidelidade a Cristo e ao Seu
Evangelho. Foram mártires, tornaram-se semente de cristãos. Hoje, pelas mesmas
razões e com a mesma atitude, o martírio continua a acontecer em muitos cantos
do planeta. Muitos cristãos são perseguidos e mortos por causa da sua
fidelidade a Cristo e ao Evangelho. Não procuram o martírio, não se suicidam
por nacionalismos doentios, não se matam matando outros em nome de Deus. O seu
martírio acontece devido à sua firmeza na fé. São mortos por serem e se dizerem
cristãos. Sem provocar ninguém, sem fazer mal algum, eles preferem a morte à
negação da sua fé, da sua fidelidade a Cristo. É verdade que Cristo nos
preveniu: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim (...) Se Me
perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós” (Jo 15, 18-19). De entre
tantos que deram tão forte testemunho da sua fidelidade a Cristo e à Igreja,
recordo um que foi filósofo e nasceu por volta do ano 100, na Samaria. Chamava-se
Justino e havia estudado retórica, poesia e história. Fez longo itinerário
filosófico em busca da verdade, sobretudo pelo estoicismo e platonismo. Depois
de tantos dizeres e saberes que o não satisfaziam, encontrou-se casualmente com
um idoso que lhe indicou como encontrar o que desejava, a verdadeira filosofia.
Justino, aceita o desafio, desfaz todas as suas ilusões e percebe que, de
facto, só no Cristianismo poderia encontrar a única filosofia segura e
proveitosa. No seu Diálogo com Trifão, exprime-se assim: «Dito isto e muitas
outras coisas que não importa agora referir, foi-se embora o velho,
exortando-me a seguir os seus conselhos. Não mais o voltei a ver. Mas logo
senti que se acendia um fogo na minha alma e se apoderava de mim o amor dos
profetas e daqueles homens que são amigos de Cristo, e, refletindo comigo mesmo
sobre as ideias do ancião, achei que esta era a única filosofia segura e
proveitosa».
No final deste longo itinerário filosófico, Justino encontrou a verdade, alcançou a fé cristã. Tornou-se no maior apologista dos primeiros séculos da Igreja. Demonstrava que Jesus Cristo é o Logos do qual participa todo o género humano. Defendia e exponha com convicção e em linguagem do tempo, os conteúdos do cristianismo. Fundou uma escola em Roma onde gratuitamente iniciava os alunos nesta verdadeira filosofia de vida, a única onde se poderia encontrar a verdade e a arte de bem viver. Convenceu gente influente, conquistou inimigos. Foi denunciado e decapitado por volta do ano 165, sob o reinado do imperador Marco Aurélio.
Porque celebramos o seu dia litúrgico nestes dias, recordo uma passagem das Atas do martírio dos santos Justino e seus companheiros (séc. II):“Aqueles homens santos foram presos e conduzidos ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: “Em primeiro lugar, manifesta a tua fé nos deuses e obedece aos imperadores”. Justino respondeu: “Não podemos ser acusados nem presos, só pelo facto de obedecermos aos mandamentos de Jesus Cristo, nosso Salvador”.
Rústico indagou: “Que doutrinas professas?” Justino disse: “Na verdade, procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a verdadeira doutrina dos cristãos, embora ela não seja aceita por aqueles que vivem no erro”. O prefeito Rústico prosseguiu: “E tu aceitas esta doutrina, grande miserável?” Respondeu Justino: “Sim, pois a sigo como verdade absoluta”. O prefeito indagou: “Que verdade é esta?” Justino explicou: “Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como único criador, desde o princípio, artífice de toda a criação, das coisas visíveis e invisíveis: adoramos também o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que os profetas anunciaram vir para o gênero humano como mensageiro da salvação e mestre da boa doutrina. E eu, um simples homem, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias que previamente anunciaram Aquele que afirmei ser o Filho de Deus. Sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a sua vinda para o meio dos homens”. Rústico perguntou: “Então, tu és cristão?” Justino afirmou: “Sim, sou cristão”. O prefeito disse a Justino: “Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao céu?” Disse Justino: “Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até o fim dos séculos”. O prefeito Rústico perguntou: “Então, tu supões que hás de subir ao céu para receber algum prémio em retribuição”? Justino disse: “Não suponho, sei-o com toda a certeza”. O prefeito Rústico retorquiu: “Bem, deixemos isso e vamos à questão de que se trata, à qual não podemos fugir e é urgente. Aproximai-vos e todos juntos sacrificai aos deuses”. Justino respondeu-lhe: “Não há ninguém que, sem perder a razão, abandone a piedade para cair na impiedade”. O prefeito Rústico continuou: “Se não fizerdes o que vos é mandado, sereis torturados sem compaixão”. Justino disse: “Desejamos e esperamos chegar à salvação através dos tormentos que sofrermos por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. O sofrimento garante-nos a salvação e dá-nos confiança perante o tribunal de nosso Senhor e Salvador, que é universal e mais terrível que o teu”. E os outros mártires disseram o mesmo: “Faz o que quiseres; porque nós somos cristãos e não sacrificamos aos ídolos”. O prefeito Rústico pronunciou então a sentença, dizendo: “Os que não quiseram sacrificar aos deuses e obedecer ordem do imperador, sejam flagelados e conduzidos ao suplício, segundo as leis, para sofrerem a pena capital”. Glorificando a Deus, os santos mártires saíram para o local do costume; e ali foram decapitados e consumaram o seu martírio dando testemunho da fé no Salvador”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
31-05-2019.
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