quarta-feira, 5 de junho de 2019





PARÓQUIAS DE NISA


Quinta, 06 de junho de 2019








Quinta da VII semana de Páscoa


Ofício da féria ou da memória





QUINTA-FEIRA da semana VII

S. Norberto, bispo – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão.

L 1 Act 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
Ev Jo 17, 20-26


* Na Congregação dos Irmãos Maristas – S. Marcelino Champagnat, presbítero e Fundador – SOLENIDADE



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Hebr 4, 16
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, aos vossos fiéis os dons do Espírito Santo, para que Ele nos transforme interiormente e crie em nós um coração novo, agradável a vossos olhos e dócil à vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Atos 22, 30; 23, 6-11
«É necessário que dês testemunho também em Roma»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para comparecer diante deles. Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é pela nossa esperança na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado». Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se. De facto os saduceus dizem que não há ressurreição, nem Anjos, nem espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa. Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo que lhe falou?». A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar testemunho também em Roma».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 1-2a.5.7-8.9-10.11  (R. 1 ou Aleluia)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. Repete-se
Ou: Guardai-me, Senhor: esperei em Vós. Repete-se

Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino. Refrão

Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção. Refrão.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão


ALELUIA Jo 17, 21
Refrão: Aleluia Repete-se

Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste. Refrão


EVANGELHO Jo 17, 20-26
«Sejam consumados na unidade»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons, que Vos oferecemos como sacrifício espiritual, e fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio pascal ou da Ascensão

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 16, 7
Em verdade vos digo:
É melhor para vós que Eu vá deste mundo para o Pai.
Se Eu não for para o Pai, diz o Senhor,
não virá sobre vós o Espírito Santo. Aleluia.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos pedimos, Senhor, que a participação nestes santos mistérios ilumine a nossa inteligência e fortaleça a nossa vontade, a fim de podermos viver em plenitude as riquezas do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.






«A constatação de que estou vivo confirma que a minha missão não acabou e a minha vida faz sentido»







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


Leituras: Actos 22, 30; 23, 6-11: Como aconteceu com Jesus, o fim de Paulo será também cair nas mãos do tribunal, onde mais se hão-de manifestar os ódios dos homens do que a justiça de Deus; ou antes, esta triunfará, mas por outros caminhos. Julgado em Jerusalém por acusações dos judeus, Paulo recebe do Senhor a revelação de que ele está destinado a levar o testemunho do Evangelho à própria cidade de Roma, nesse tempo o centro do império romano e do mundo. Paulo continua a ser o “vaso de eleição” que há de levar o nome do Senhor diante dos reis pagãos.

Jo 17, 20-26: A unidade das Pessoas divinas é a fonte e o modelo da unidade entre os cristãos. O Filho de Deus feito homem é o primeiro Homem, Cabeça da humanidade nova, Centro da unidade de todos os homens, Mediador da união entre os homens e Deus. Foi para estabelecer esta união que Jesus Se ofereceu na Cruz; por ela Ele orou e continua a orar junto do Pai.

 
REZANDO A PALAVRA


ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA


16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa
17.00 horas: Adoração ao Santíssimo em Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Reunião do Grupo de festas do Beato Diogo.





A VOZ DO PASTOR


E TU ACEITAS ISSO, MEU MISERÁVEL?...

Em todos os tempos e por muitos lugares, houve cristãos que deram a sua vida em fidelidade a Cristo e ao Seu Evangelho. Foram mártires, tornaram-se semente de cristãos. Hoje, pelas mesmas razões e com a mesma atitude, o martírio continua a acontecer em muitos cantos do planeta. Muitos cristãos são perseguidos e mortos por causa da sua fidelidade a Cristo e ao Evangelho. Não procuram o martírio, não se suicidam por nacionalismos doentios, não se matam matando outros em nome de Deus. O seu martírio acontece devido à sua firmeza na fé. São mortos por serem e se dizerem cristãos. Sem provocar ninguém, sem fazer mal algum, eles preferem a morte à negação da sua fé, da sua fidelidade a Cristo. É verdade que Cristo nos preveniu: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim (...) Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós” (Jo 15, 18-19). De entre tantos que deram tão forte testemunho da sua fidelidade a Cristo e à Igreja, recordo um que foi filósofo e nasceu por volta do ano 100, na Samaria. Chamava-se Justino e havia estudado retórica, poesia e história. Fez longo itinerário filosófico em busca da verdade, sobretudo pelo estoicismo e platonismo. Depois de tantos dizeres e saberes que o não satisfaziam, encontrou-se casualmente com um idoso que lhe indicou como encontrar o que desejava, a verdadeira filosofia. Justino, aceita o desafio, desfaz todas as suas ilusões e percebe que, de facto, só no Cristianismo poderia encontrar a única filosofia segura e proveitosa. No seu Diálogo com Trifão, exprime-se assim: «Dito isto e muitas outras coisas que não importa agora referir, foi-se embora o velho, exortando-me a seguir os seus conselhos. Não mais o voltei a ver. Mas logo senti que se acendia um fogo na minha alma e se apoderava de mim o amor dos profetas e daqueles homens que são amigos de Cristo, e, refletindo comigo mesmo sobre as ideias do ancião, achei que esta era a única filosofia segura e proveitosa».

No final deste longo itinerário filosófico, Justino encontrou a verdade, alcançou a fé cristã. Tornou-se no maior apologista dos primeiros séculos da Igreja. Demonstrava que Jesus Cristo é o Logos do qual participa todo o género humano. Defendia e exponha com convicção e em linguagem do tempo, os conteúdos do cristianismo. Fundou uma escola em Roma onde gratuitamente iniciava os alunos nesta verdadeira filosofia de vida, a única onde se poderia encontrar a verdade e a arte de bem viver. Convenceu gente influente, conquistou inimigos. Foi denunciado e decapitado por volta do ano 165, sob o reinado do imperador Marco Aurélio.
Porque celebramos o seu dia litúrgico nestes dias, recordo uma passagem das Atas do martírio dos santos Justino e seus companheiros (séc. II):
“Aqueles homens santos foram presos e conduzidos ao prefeito de Roma, chamado Rústico. Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: “Em primeiro lugar, manifesta a tua fé nos deuses e obedece aos imperadores”. Justino respondeu: “Não podemos ser acusados nem presos, só pelo facto de obedecermos aos mandamentos de Jesus Cristo, nosso Salvador”.

Rústico indagou: “Que doutrinas professas?” Justino disse: “Na verdade, procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a verdadeira doutrina dos cristãos, embora ela não seja aceita por aqueles que vivem no erro”. O prefeito Rústico prosseguiu: “E tu aceitas esta doutrina, grande miserável?” Respondeu Justino: “Sim, pois a sigo como verdade absoluta”. O prefeito indagou: “Que verdade é esta?” Justino explicou: “Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como único criador, desde o princípio, artífice de toda a criação, das coisas visíveis e invisíveis: adoramos também o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que os profetas anunciaram vir para o gênero humano como mensageiro da salvação e mestre da boa doutrina. E eu, um simples homem, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias que previamente anunciaram Aquele que afirmei ser o Filho de Deus. Sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a sua vinda para o meio dos homens”. Rústico perguntou: “Então, tu és cristão?” Justino afirmou: “Sim, sou cristão”. O prefeito disse a Justino: “Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao céu?” Disse Justino: “Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até o fim dos séculos”. O prefeito Rústico perguntou: “Então, tu supões que hás de subir ao céu para receber algum prémio em retribuição”? Justino disse: “Não suponho, sei-o com toda a certeza”. O prefeito Rústico retorquiu: “Bem, deixemos isso e vamos à questão de que se trata, à qual não podemos fugir e é urgente. Aproximai-vos e todos juntos sacrificai aos deuses”. Justino respondeu-lhe: “Não há ninguém que, sem perder a razão, abandone a piedade para cair na impiedade”. O prefeito Rústico continuou: “Se não fizerdes o que vos é mandado, sereis torturados sem compaixão”. Justino disse: “Desejamos e esperamos chegar à salvação através dos tormentos que sofrermos por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. O sofrimento garante-nos a salvação e dá-nos confiança perante o tribunal de nosso Senhor e Salvador, que é universal e mais terrível que o teu”. E os outros mártires disseram o mesmo: “Faz o que quiseres; porque nós somos cristãos e não sacrificamos aos ídolos”. O prefeito Rústico pronunciou então a sentença, dizendo: “Os que não quiseram sacrificar aos deuses e obedecer ordem do imperador, sejam flagelados e conduzidos ao suplício, segundo as leis, para sofrerem a pena capital”. Glorificando a Deus, os santos mártires saíram para o local do costume; e ali foram decapitados e consumaram o seu martírio dando testemunho da fé no Salvador”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 31-05-2019.





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