PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta, 06 de junho de 2019
Quinta da VII semana de Páscoa
Ofício da féria ou da memória
QUINTA-FEIRA
da semana VII
S. Norberto, bispo – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 Act 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
Ev Jo 17, 20-26
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – S. Marcelino Champagnat, presbítero e Fundador – SOLENIDADE
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal ou da Ascensão.
L 1 Act 22, 30: 23, 6-11; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11
Ev Jo 17, 20-26
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – S. Marcelino Champagnat, presbítero e Fundador – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Hebr 4,
16
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, aos vossos fiéis os dons do Espírito Santo, para que Ele nos transforme interiormente e crie em nós um coração novo, agradável a vossos olhos e dócil à vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 22, 30; 23, 6-11
«É necessário que dês testemunho também em Roma»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, aos vossos fiéis os dons do Espírito Santo, para que Ele nos transforme interiormente e crie em nós um coração novo, agradável a vossos olhos e dócil à vossa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 22, 30; 23, 6-11
«É necessário que dês testemunho também em Roma»
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias, querendo o tribuno obter informações seguras sobre as acusações dos judeus contra Paulo, mandou que lhe tirassem as algemas e reunissem os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio. Fez então descer Paulo para comparecer diante deles. Paulo, sabendo que o Conselho era constituído pelo partido dos saduceus e pelo partido dos fariseus, exclamou no meio do Sinédrio: «Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é pela nossa esperança na ressurreição dos mortos que estou a ser julgado». Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se. De facto os saduceus dizem que não há ressurreição, nem Anjos, nem espíritos, ao passo que os fariseus afirmam uma e outra coisa. Levantou-se enorme gritaria e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nenhum mal neste homem. E se foi um espírito ou um Anjo que lhe falou?». A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno, receando que eles despedaçassem Paulo, ordenou que os soldados descessem para o tirarem do meio deles e o reconduzissem à fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a Paulo e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de Mim em Jerusalém, deverás dar testemunho também em Roma».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 1-2a.5.7-8.9-10.11 (R. 1 ou Aleluia)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. Repete-se
Ou: Guardai-me, Senhor: esperei em Vós. Repete-se
Defendei-me, Senhor; Vós sois o meu refúgio.
Digo ao Senhor: Vós sois o meu Deus.
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino. Refrão
Bendigo o Senhor por me ter aconselhado,
até de noite me inspira interiormente.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão
Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel conhecer a corrupção. Refrão.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão
ALELUIA Jo 17, 21
Refrão: Aleluia Repete-se
Todos sejam um, ó Pai, como Tu em Mim e Eu em Ti,
para que o mundo acredite que Tu Me enviaste. Refrão
EVANGELHO Jo 17, 20-26
«Sejam consumados na unidade»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse: «Pai santo, não peço somente por eles, mas também por aqueles que vão acreditar em Mim por meio da sua palavra, para que eles sejam todos um, como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti, para que também eles sejam um em Nós e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste, para que sejam um, como Nós somos um: Eu neles e Tu em Mim, para que sejam consumados na unidade e o mundo reconheça que Tu Me enviaste e que os amaste como a Mim. Pai, quero que onde Eu estou, também estejam comigo os que Me deste, para que vejam a minha glória, a glória que Me deste, por Me teres amado antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu conheci-Te e estes reconheceram que Tu Me enviaste. Dei-lhes a conhecer o teu nome e dá-lo-ei a conhecer, para que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu esteja neles».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons, que Vos oferecemos como sacrifício espiritual, e fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal ou da Ascensão
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 16, 7
Em verdade vos digo:
É melhor para vós que Eu vá deste mundo para o Pai.
Se Eu não for para o Pai, diz o Senhor,
não virá sobre vós o Espírito Santo. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos pedimos, Senhor, que a participação nestes santos mistérios ilumine a nossa inteligência e fortaleça a nossa vontade, a fim de podermos viver em plenitude as riquezas do vosso Espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«A constatação de que
estou vivo confirma que a minha missão não acabou e a minha vida faz sentido»
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
Leituras: Actos 22, 30; 23, 6-11: Como
aconteceu com Jesus, o fim de Paulo será também cair nas mãos do tribunal, onde
mais se hão-de manifestar os ódios dos homens do que a justiça de Deus; ou
antes, esta triunfará, mas por outros caminhos. Julgado em Jerusalém por acusações
dos judeus, Paulo recebe do Senhor a revelação de que ele está destinado a
levar o testemunho do Evangelho à própria cidade de Roma, nesse tempo o centro
do império romano e do mundo. Paulo continua a ser o “vaso de eleição” que há de
levar o nome do Senhor diante dos reis pagãos.
Jo
17, 20-26: A unidade das Pessoas divinas é a fonte
e o modelo da unidade entre os cristãos. O Filho de Deus feito homem é o
primeiro Homem, Cabeça da humanidade nova, Centro da unidade de todos os
homens, Mediador da união entre os homens e Deus. Foi para estabelecer esta
união que Jesus Se ofereceu na Cruz; por ela Ele orou e continua a orar junto
do Pai.
REZANDO A PALAVRA
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
16.00 horas: Missa na
Santa Casa de Nisa
17.00 horas: Adoração
ao Santíssimo em Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Reunião
do Grupo de festas do Beato Diogo.
A VOZ DO PASTOR
Em
todos os tempos e por muitos lugares, houve cristãos que deram a sua vida em
fidelidade a Cristo e ao Seu Evangelho. Foram mártires, tornaram-se semente de
cristãos. Hoje, pelas mesmas razões e com a mesma atitude, o martírio continua
a acontecer em muitos cantos do planeta. Muitos cristãos são perseguidos e
mortos por causa da sua fidelidade a Cristo e ao Evangelho. Não procuram o
martírio, não se suicidam por nacionalismos doentios, não se matam matando
outros em nome de Deus. O seu martírio acontece devido à sua firmeza na fé. São
mortos por serem e se dizerem cristãos. Sem provocar ninguém, sem fazer mal
algum, eles preferem a morte à negação da sua fé, da sua fidelidade a Cristo. É
verdade que Cristo nos preveniu: “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me
odiou a Mim (...) Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós” (Jo
15, 18-19). De entre tantos que deram tão forte testemunho da sua fidelidade a
Cristo e à Igreja, recordo um que foi filósofo e nasceu por volta do ano 100,
na Samaria. Chamava-se Justino e havia estudado retórica, poesia e história.
Fez longo itinerário filosófico em busca da verdade, sobretudo pelo estoicismo
e platonismo. Depois de tantos dizeres e saberes que o não satisfaziam,
encontrou-se casualmente com um idoso que lhe indicou como encontrar o que
desejava, a verdadeira filosofia. Justino, aceita o desafio, desfaz todas as
suas ilusões e percebe que, de facto, só no Cristianismo poderia encontrar a
única filosofia segura e proveitosa. No seu Diálogo com Trifão, exprime-se
assim: «Dito isto e muitas outras coisas que não importa agora referir, foi-se
embora o velho, exortando-me a seguir os seus conselhos. Não mais o voltei a
ver. Mas logo senti que se acendia um fogo na minha alma e se apoderava de mim
o amor dos profetas e daqueles homens que são amigos de Cristo, e, refletindo
comigo mesmo sobre as ideias do ancião, achei que esta era a única filosofia
segura e proveitosa».
No final deste longo itinerário filosófico, Justino encontrou a verdade, alcançou a fé cristã. Tornou-se no maior apologista dos primeiros séculos da Igreja. Demonstrava que Jesus Cristo é o Logos do qual participa todo o género humano. Defendia e exponha com convicção e em linguagem do tempo, os conteúdos do cristianismo. Fundou uma escola em Roma onde gratuitamente iniciava os alunos nesta verdadeira filosofia de vida, a única onde se poderia encontrar a verdade e a arte de bem viver. Convenceu gente influente, conquistou inimigos. Foi denunciado e decapitado por volta do ano 165, sob o reinado do imperador Marco Aurélio.
Porque celebramos o seu dia litúrgico nestes dias, recordo uma passagem das Atas do martírio dos santos Justino e seus companheiros (séc. II):
“Aqueles
homens santos foram presos e conduzidos ao prefeito de Roma, chamado Rústico.
Estando eles diante do tribunal, o prefeito Rústico disse a Justino: “Em
primeiro lugar, manifesta a tua fé nos deuses e obedece aos imperadores”.
Justino respondeu: “Não podemos ser acusados nem presos, só pelo facto de
obedecermos aos mandamentos de Jesus Cristo, nosso Salvador”.
Rústico indagou: “Que doutrinas professas?” Justino disse: “Na verdade, procurei conhecer todas as doutrinas, mas acabei por abraçar a verdadeira doutrina dos cristãos, embora ela não seja aceita por aqueles que vivem no erro”. O prefeito Rústico prosseguiu: “E tu aceitas esta doutrina, grande miserável?” Respondeu Justino: “Sim, pois a sigo como verdade absoluta”. O prefeito indagou: “Que verdade é esta?” Justino explicou: “Adoramos o Deus dos cristãos, a quem consideramos como único criador, desde o princípio, artífice de toda a criação, das coisas visíveis e invisíveis: adoramos também o Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, que os profetas anunciaram vir para o gênero humano como mensageiro da salvação e mestre da boa doutrina. E eu, um simples homem, considero insignificante tudo o que digo para exprimir a sua divindade infinita, mas reconheço o valor das profecias que previamente anunciaram Aquele que afirmei ser o Filho de Deus. Sei que eram inspirados por Deus os profetas que vaticinaram a sua vinda para o meio dos homens”. Rústico perguntou: “Então, tu és cristão?” Justino afirmou: “Sim, sou cristão”. O prefeito disse a Justino: “Ouve, tu que és tido por sábio e julgas conhecer a verdadeira doutrina: se fores flagelado e decapitado, estás convencido de que subirás ao céu?” Disse Justino: “Espero entrar naquela morada, se tiver de sofrer o que dizes, pois sei que a todos os que viverem santamente lhes está reservada a recompensa de Deus até o fim dos séculos”. O prefeito Rústico perguntou: “Então, tu supões que hás de subir ao céu para receber algum prémio em retribuição”? Justino disse: “Não suponho, sei-o com toda a certeza”. O prefeito Rústico retorquiu: “Bem, deixemos isso e vamos à questão de que se trata, à qual não podemos fugir e é urgente. Aproximai-vos e todos juntos sacrificai aos deuses”. Justino respondeu-lhe: “Não há ninguém que, sem perder a razão, abandone a piedade para cair na impiedade”. O prefeito Rústico continuou: “Se não fizerdes o que vos é mandado, sereis torturados sem compaixão”. Justino disse: “Desejamos e esperamos chegar à salvação através dos tormentos que sofrermos por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. O sofrimento garante-nos a salvação e dá-nos confiança perante o tribunal de nosso Senhor e Salvador, que é universal e mais terrível que o teu”. E os outros mártires disseram o mesmo: “Faz o que quiseres; porque nós somos cristãos e não sacrificamos aos ídolos”. O prefeito Rústico pronunciou então a sentença, dizendo: “Os que não quiseram sacrificar aos deuses e obedecer ordem do imperador, sejam flagelados e conduzidos ao suplício, segundo as leis, para sofrerem a pena capital”. Glorificando a Deus, os santos mártires saíram para o local do costume; e ali foram decapitados e consumaram o seu martírio dando testemunho da fé no Salvador”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 31-05-2019.
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