PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 24 de julho de 2018
Terça da
XVI semana do tempo comum
Salt. IV
TERÇA-FEIRA
da semana XVI
S. Sarbélio Makhluf,
presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha
L 1 Miq 7, 14-15. 18-20; Sal 84 (85), 2-4. 5-6. 7-8
Ev Mt 12, 46-50
* Na Ordem Carmelita – B. João Soreth, presbítero – MO
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria das Mercês Prat y Prat, virgem, e B. Maria Pilar, Teresa e Maria Ângeles, virgens e mártires – MF
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Luísa de Sabóia, religiosa, da II Ordem – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Bb. Nicéforo e Companheiros, mártires – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha
L 1 Miq 7, 14-15. 18-20; Sal 84 (85), 2-4. 5-6. 7-8
Ev Mt 12, 46-50
* Na Ordem Carmelita – B. João Soreth, presbítero – MO
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Maria das Mercês Prat y Prat, virgem, e B. Maria Pilar, Teresa e Maria Ângeles, virgens e mártires – MF
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Luísa de Sabóia, religiosa, da II Ordem – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Bb. Nicéforo e Companheiros, mártires – MF
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 53, 6.8
Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida.
De todo o coração Vos oferecerei sacrifícios,
cantando a glória do vosso nome.
ORAÇÃO
Sede propício, Senhor, aos vossos servos
e multiplicai neles os dons da vossa graça,
para que, fervorosos na fé, esperança e caridade,
perseverem na fiel observância dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Miq 7, 14-15.18-20
«Lançará para o fundo do mar todos os nossos pecados»
Esta leitura é uma oração em favor do povo de Deus, quando ele se encontrava reduzido a um “resto” no meio dos pagãos. Oração também para os dias de hoje, em que o povo dos que crêem em Cristo se encontra perdido no meio de um mundo que não crê n’Ele. Mas a esperança que inspira esta leitura inspira também a oração do salmo, todo ele cheio de confiança. Cada geração encarna, no seu momento histórico, o mesmo e constante desígnio de salvação que Deus tem sobre a humanidade.
Leitura da Profecia de Miqueias
Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida.
De todo o coração Vos oferecerei sacrifícios,
cantando a glória do vosso nome.
ORAÇÃO
Sede propício, Senhor, aos vossos servos
e multiplicai neles os dons da vossa graça,
para que, fervorosos na fé, esperança e caridade,
perseverem na fiel observância dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Miq 7, 14-15.18-20
«Lançará para o fundo do mar todos os nossos pecados»
Esta leitura é uma oração em favor do povo de Deus, quando ele se encontrava reduzido a um “resto” no meio dos pagãos. Oração também para os dias de hoje, em que o povo dos que crêem em Cristo se encontra perdido no meio de um mundo que não crê n’Ele. Mas a esperança que inspira esta leitura inspira também a oração do salmo, todo ele cheio de confiança. Cada geração encarna, no seu momento histórico, o mesmo e constante desígnio de salvação que Deus tem sobre a humanidade.
Leitura da Profecia de Miqueias
Apascentai o vosso povo com a vossa vara, o rebanho da vossa herança, que vive isolado na selva, no meio de uma terra frutífera, para que volte a apascentar-se em Basã e Galaad, como nos dias de outrora. Mostrai-nos prodígios, como nos dias em que saístes da terra do Egipto. Qual é o deus semelhante a Vós que perdoa o pecado e absolve a culpa deste resto da vossa herança? Não guarda para sempre a sua ira, porque prefere a misericórdia. Ele voltará a ter piedade de nós, pisará aos pés as nossas faltas, lançará para o fundo do mar todos os nossos pecados. Mostrai a Jacob a vossa fidelidade e a Abraão a vossa misericórdia, como jurastes aos nossos pais, desde os tempos antigos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 2-4.5-6.7-8 (R. 8a)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia. Repete-se
Abençoastes, Senhor, a vossa terra,
restaurastes os destinos de Jacob.
Perdoastes a culpa do vosso povo,
esquecestes todos os seus pecados.
Aplacastes toda a vossa cólera,
refreastes o furor da vossa ira. Refrão
Restaurai-nos, ó Deus, nosso Salvador
e afastai de nós a vossa indignação.
Estareis para sempre irritado contra nós,
prolongareis a vossa ira de geração em geração? Refrão
Não voltareis a dar-nos a vida,
para que em Vós se alegre o vosso povo?
Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia
e dai-nos a vossa salvação. Refrão
ALELUIA Jo 14, 23
Refrão: Aleluia Repete-se
Se alguém Me ama, guardará a minha palavra,
diz o Senhor;
meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Refrão
EVANGELHO Mt 12, 46-50
«Apontando para os discípulos, disse:
Estes são a minha mãe e os meus irmãos»
Jesus constitui com os seus discípulos uma verdadeira família espiritual, que tem por origem o Pai celeste. Mais importantes do que os laços do sangue são os laços do espírito, sobretudo aqueles que a palavra de Deus faz nascer. Jesus não nega, nem despreza, o amor da sua família; mas ensina que a maior união com Ele está na atenção que soubermos dar à sua palavra. A sua Mãe, antes de O conceber no corpo, já O tinha acolhido no seu espírito, pelo acolhimento que dava à palavra de Deus.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, enquanto Jesus estava a falar à multidão, chegaram sua Mãe e seus irmãos. Ficaram do lado de fora e queriam falar-Lhe. Alguém Lhe disse: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo». Mas Jesus respondeu a quem O avisou: «Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?». E apontando para os discípulos, disse: «Estes são a minha mãe e os meus irmãos: todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que levastes à plenitude os sacrifícios da Antiga Lei
no único sacrifício de Cristo,
aceitai e santificai esta oblação dos vossos fiéis,
como outrora abençoastes a oblação de Abel;
e fazei que os dons oferecidos em vossa honra por cada um de nós
sirvam para a salvação de todos.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 110, 4-5
O Senhor misericordioso e compassivo
instituiu o memorial das suas maravilhas,
deu sustento àqueles que O temem.
Ou Ap 3, 20
Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor.
Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo
que saciastes nestes divinos mistérios
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Nosso Senhor.
« Acontece
uma relação espiritual entre duas pessoas quando se comprometem a usar todas as
suas experiências para crescer espiritualmente»
Gary Zukal
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
- Jesus não nega a sua
família. Apenas revela quaem são os seus familiares: são aqueles que fazem a
vontade do Pai.
MEDITAÇÃO: - Unir-se ao projeto de Jesus supõe
integrar uma nova família. Serão irmãos todos os que partilham o desejo de
seguir Jesus e cumprir a sua vontade. Todos congregado à volta do mesmo Pai,
onde não há hierarquias nem distinções, progenituras ou privilégios. Todos em
igualdade de condições, perante um Pai que nos ama incondicionalmente e a todos
por igual.
ORAÇÃO: - Senhor, intercede por tantos irmãos
que hoje continuam perseguidos por causa da sua fé.
AGENDA
16.00 horas: Reunião de preparação
para casamento.
18.00 horas: Missa em Nisa –
Espirito Santo.
A VOZ DO PASTOR
SÓ OS PEQUENINOS ENTENDERÃO
Muita
gente escreve sobre muita coisa. E bem, gosto de ler. Há textos belíssimos em
diversas áreas, textos bonitos em conteúdo e forma, aprendo sempre. Da minha
parte, e atendendo à missão que me cabe, vou recordando o que é importante não
esquecer, consciente de que muitos não gostarão nem do conteúdo nem da forma.
Mas esta diversidade é bonita, faz bem, confronta, leva a pensar, contribui
para o enriquecimento pessoal e para a beleza da unidade sem uniformizar.
Dentro deste proceder, vou recordar mais um aspeto essencial da nossa vida.
Muitas
vezes ouvimos dizer: “porque não tenho nada que fazer, vou aproveitar o tempo,
vou rezar!” “Não, eu não rezo porque não tenho tempo, tenho muito que fazer,
tenho muito trabalho!”
Entendo
que não se reza para aproveitar o tempo. Não se reza porque não se tem mais
nada que fazer. Não se deve deixar de rezar porque se tem muito que fazer, não
se tem tempo! As razões subjacentes a estas atitudes prendem-se talvez com o
facto de não se saber bem o que é a oração e também com o facto de não se saber
bem o que é rezar. É verdade que a oração é uma aprendizagem constante que
também reclama trabalho cuidadoso e momentos fortes de oração na diversidade
das suas expressões. Como nos ensina a Igreja, o dinamismo do amor vivido na
oração configura a existência, a identidade e a ação do discípulo.
Segundo
São Francisco de Sales, tal como as plantas dão fruto cada uma segundo a sua
espécie, assim os cristãos, como plantas vivas da Igreja, devem produzir frutos
de devoção segundo a sua qualidade, o seu estado e a sua vocação. Assim,
segundo ele, a devoção deve “ser exercida de maneira diferente pelo fidalgo e
pelo operário, pelo criado e pelo príncipe, pela viúva, a solteira ou a mulher
casada; e não somente isto: é necessário acomodar o exercício da devoção às
forças, aos trabalhos e aos deveres de cada pessoa em particular”. E faz uma
pergunta pertinente: “estaria certo que um bispo quisesse viver na solidão como
os Cartuxos; que os casados não quisessem amealhar mais que os Capuchinhos; que
o operário passasse o dia na Igreja como o religioso; e que o religioso
estivesse sempre sujeito a toda a espécie de encontros para serviço do próximo
como o bispo? Não seria ridícula, desordenada e inadmissível tal devoção?”.
Este erro, porém, afirma Francisco de Sales, “acontece frequentemente”. Quando
a devoção “se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é sem dúvida
falsa”. A abelha “extrai o mel das flores sem lhes fazer mal, deixando-as
intactas e frescas como as encontrou”. A verdadeira devoção “age melhor ainda,
porque não somente não prejudica qualquer espécie de vocação ou de tarefa, como
ainda as engrandece e embeleza”. Cada um torna-se “mais agradável e perfeito na
sua vocação se esta for conjugada com a devoção: a atenção à família torna-se
mais paciente, o amor entre marido e mulher mais sincero, mais fiel o serviço
que se presta ao príncipe, e mais suave e agradável o desempenho de todas as
ocupações. É um erro, se não mesmo uma heresia, querer banir a vida devota do
regimento dos soldados, da oficina dos operários, da corte dos príncipes, do
lar das pessoas casadas”.
É
sempre possível rezar. São João Crisóstomo ensinava que é possível fazer oração
fervorosa “mesmo no mercado ou durante um passeio solitário”, mesmo “sentados
na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar”.
Na
verdade, a devoção pessoal tem vários rostos e maneiras muito próprias. Há
muitas formas de oração, nenhuma delas obrigatória ou a exigir posição
convencionada. Importante é atingir a meta que nos é proposta, a meta da
santidade, cada um segundo o seu ritmo e circunstâncias, mas sem desistir de
fazer o seu caminho!... O fundamento desta caminhada é a humildade. Somos
mendigos de Deus, quem pede pede com humildade. E a oração verdadeiramente humilde
brota do coração. O coração é a morada onde cada um de nós está, onde habita,
onde desce. É o lugar do encontro, da aliança, da decisão. O lugar da verdade
onde escolhemos a vida incendiados pelo fogo do Espírito Santo (cf. CIC2563).
Santa Teresa do Menino Jesus dizia que a
oração “é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um
grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio das
alegrias”. E faz-se em comunhão com Cristo que “sendo o nosso Sacerdote, ora
por nós; sendo a nossa Cabeça, ora em nós; e sendo o nosso Deus, a Ele oramos”.
Importa, isso sim, é reconhecer “n’Ele a nossa voz e a voz d’Ele em nós” (S.
Agostinho). Esta permanente recordação de Jesus ao longo do dia, manifestada,
por exemplo, em pequeninos atos de fé leva-nos a estar habitualmente na
presença de Deus, gera o amor e a alegria, a confiança e a intimidade, dá força
e sentido às coisas da vida e à própria à vida. O Catecismo da Igreja Católica
garante-nos que a invocação do santo nome de Jesus muitas vezes repetido por um
coração humilde é o caminho mais simples da oração contínua (cf. CIC2668). São
Paulo, por sua vez, retomando o versículo do Profeta Joel, afirma que “todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rom 10,13). Invocar o nome do
Senhor é voltarmo-nos para Ele, é abandonarmo-nos a Ele, é viver n’Ele e Ele em
nós. Citando de novo São Francisco de Sales numa carta que escreveu a Joana de
Chantal, ele exortava-a a que pronunciasse, do fundo do coração, com amor, o
nome de Jesus a fim de que a Sua presença marcasse toda a sua vida, todo o seu
ser. Há muita gente que tem este hábito de oração, o de repetir o nome de Jesus
ou outras expressões ou jaculatórias que lhe são mais caras. Pessoalmente tenho
predileção especial pelo ato de fé e humildade que São Tomé, naquelas
circunstâncias, fez diante de Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”(Jo 20,28). O
mundo apresenta-nos muitos senhores, com ou sem gravata. Jesus, porém, quer se
aceite ou não, é o único Senhor! A sociedade fabrica, promove, adora e serve
muitos deuses. O desafio, no entanto, é só um, o verdadeiro: “Adorarás ao
Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mt 4,10). Os sábios e inteligentes
deste mundo, apoiados no que têm, podem e julgam saber, têm dificuldade em
aceitar estes sinais de pista. Os pequeninos, os mansos e humildes de coração,
agradecidos, seguem-nos com muita alegria e esperança.
Antonino Dias
Portalegre, 20-07-2018.
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