PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 25 de julho de 2018
Quarta da
XVI semana do tempo comum
Salt. IV
QUARTA-FEIRA
da semana XVI
S. Tiago, Apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 2 Cor 4, 7-15; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Mt 20, 20-28
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.
L 1 2 Cor 4, 7-15; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6
Ev Mt 20, 20-28
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
S. TIAGO, Apóstolo
Nota
Histórica
Nasceu em Betsaida; era
filho de Zebedeu e irmão do apóstolo João. Esteve presente nos principais
milagres do Senhor. Foi morto por Herodes cerca do ano 42. É venerado com culto
especial em Compostela (Espanha), onde se ergue a célebre basílica a ele
dedicada, que atrai desde o século IX inumeráveis peregrinos de toda a
cristandade.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Mt 4,
18.21
Caminhando Jesus junto ao mar da Galileia,
viu dois irmãos, Tiago e João, a consertar as redes e chamou-os.
Eles, deixando tudo, seguiram Jesus.
Caminhando Jesus junto ao mar da Galileia,
viu dois irmãos, Tiago e João, a consertar as redes e chamou-os.
Eles, deixando tudo, seguiram Jesus.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO
Vós quisestes, Deus omnipotente,
que São Tiago fosse o primeiro dos Apóstolos
a dar a vida pelo Evangelho:
concedei à vossa Igreja
a graça de encontrar força no seu testemunho
e auxílio na sua protecção.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 2 Cor 4, 7-15
«Levamos sempre no nosso corpo
os sofrimentos da morte de Jesus»
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério,
para que se reconheça que um poder tão sublime
vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados;
andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados;
abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo
os sofrimentos da morte de Jesus,
a fim de que se manifeste também no nosso corpo
a vida de Jesus.
Porque, estando ainda vivos,
somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus,
para que se manifeste também na nossa carne mortal
a vida de Jesus.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei».
Com este mesmo espírito de fé,
também nós acreditamos, e por isso falamos,
sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos há de ressuscitar com Jesus
e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa,
para que uma graça mais abundante
multiplique as ações de graças de um maior número de cristãos
para glória de Deus.
Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério,
para que se reconheça que um poder tão sublime
vem de Deus e não de nós.
Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados;
andamos perplexos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados;
abatidos, mas não aniquilados.
Levamos sempre e em toda a parte no nosso corpo
os sofrimentos da morte de Jesus,
a fim de que se manifeste também no nosso corpo
a vida de Jesus.
Porque, estando ainda vivos,
somos constantemente entregues à morte por causa de Jesus,
para que se manifeste também na nossa carne mortal
a vida de Jesus.
E assim, a morte actua em nós e a vida em vós.
Diz a Escritura: «Acreditei; por isso falei».
Com este mesmo espírito de fé,
também nós acreditamos, e por isso falamos,
sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos há de ressuscitar com Jesus
e nos levará convosco para junto d’Ele.
Tudo isto é por vossa causa,
para que uma graça mais abundante
multiplique as ações de graças de um maior número de cristãos
para glória de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.5)
Refrão: Os que semeiam com lágrimas recolhem com alegria.
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo.
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria.
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria.
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas.
ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça. Refrão
EVANGELHO Mt 20, 20-28
«Bebereis do meu cálice»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
a mãe dos filhos de Zebedeu
aproximou-se de Jesus com os filhos
e prostrou-se para Lhe fazer um pedido.
Jesus perguntou-lhe: «Que queres?».
Ela disse-Lhe:
«Ordena que estes meus dois filhos
se sentem no teu reino
um à tua direita e outro à tua esquerda».
Jesus respondeu:
«Não sabeis o que estais a pedir.
Podeis beber o cálice que Eu hei-de beber?».
Eles disseram: «Podemos».
Então Jesus declarou-lhes:
«Bebereis do meu cálice.
Mas sentar-se à minha direita e à minha esquerda
não pertence a Mim concedê-lo;
é para aqueles a quem meu Pai o designou».
Os outros dez, que tinham escutado,
indignaram-se com os dois irmãos.
Mas Jesus chamou-os e disse-lhes:
«Sabeis que os chefes das nações exercem domínio sobre elas
e os grandes fazem sentir sobre elas o seu poder.
Não deve ser assim entre vós.
Quem entre vós quiser tornar-se grande
seja vosso servo
e quem entre vós quiser ser o primeiro
seja vosso escravo.
Será como o filho do homem,
que não veio para ser servido, mas para servir
e dar a vida pela redenção dos homens».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Purificai-nos, Senhor,
com o batismo da paixão redentora do vosso Filho,
para que, celebrando a festa de São Tiago,
o primeiro apóstolo a participar do cálice de Cristo,
possamos oferecer-Vos um sacrifício agradável a vossos olhos. Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Apóstolos
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Mt 20, 22-23
Beberam o cálice do Senhor e tornaram-se amigos de Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei sempre a vossa família, Senhor,
por intercessão do apóstolo São Tiago,
em cuja festa recebemos com alegria os vossos dons sagrados.
Por Nosso Senhor.
« A
humildade não é covardia. A mansidão não é fraqueza»
Swami Sivananda
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
- A mãe dos dois
discípulos pede a Jesus que ordene que eles se sentem a Seu lado. Perante este
pedido, Jesus pergunta-lhes se serão capazes de beber do mesmo cálice que Ele
beberá. Porque aquele que quiser ser grande, terá de ser servidor de todos.
MEDITAÇÃO: - Fama, lugares de reconhecido realce,
poder, tronos, era o que pedia a mãe dos zebedeus. Mas olhando para Jesus, para a sua vida e
gestos, a resposta é clara: Ele veio para servir. Quem quiser segui-l’O há de
desejar a mesma sorte, optando pelos últimos lugares, pondo-se ao serviço de
todos. Humildade e mansidão, são as atitudes fundamentais de quem quiser ser
seu discípulo.
ORAÇÃO: - Senhor Jesus, ajuda-nos a escolher
sempre o teu lugar, o dos pobres e humildes. Que nos saibamos colocar ao
serviço de todo aquele que nos necessite.
AGENDA
11.30 horas: Funeral em Montalvão
15.00 horas: Reunião de preparação
para casamento
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Misa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa –
Espirito Santo
19.30 horas: Funeral em Vale de
Gaviões - Gavião.
A VOZ DO PASTOR
SÓ OS PEQUENINOS ENTENDERÃO
Muita
gente escreve sobre muita coisa. E bem, gosto de ler. Há textos belíssimos em
diversas áreas, textos bonitos em conteúdo e forma, aprendo sempre. Da minha
parte, e atendendo à missão que me cabe, vou recordando o que é importante não
esquecer, consciente de que muitos não gostarão nem do conteúdo nem da forma.
Mas esta diversidade é bonita, faz bem, confronta, leva a pensar, contribui
para o enriquecimento pessoal e para a beleza da unidade sem uniformizar.
Dentro deste proceder, vou recordar mais um aspeto essencial da nossa vida.
Muitas
vezes ouvimos dizer: “porque não tenho nada que fazer, vou aproveitar o tempo,
vou rezar!” “Não, eu não rezo porque não tenho tempo, tenho muito que fazer,
tenho muito trabalho!”
Entendo
que não se reza para aproveitar o tempo. Não se reza porque não se tem mais
nada que fazer. Não se deve deixar de rezar porque se tem muito que fazer, não
se tem tempo! As razões subjacentes a estas atitudes prendem-se talvez com o
facto de não se saber bem o que é a oração e também com o facto de não se saber
bem o que é rezar. É verdade que a oração é uma aprendizagem constante que
também reclama trabalho cuidadoso e momentos fortes de oração na diversidade
das suas expressões. Como nos ensina a Igreja, o dinamismo do amor vivido na
oração configura a existência, a identidade e a ação do discípulo.
Segundo
São Francisco de Sales, tal como as plantas dão fruto cada uma segundo a sua
espécie, assim os cristãos, como plantas vivas da Igreja, devem produzir frutos
de devoção segundo a sua qualidade, o seu estado e a sua vocação. Assim,
segundo ele, a devoção deve “ser exercida de maneira diferente pelo fidalgo e
pelo operário, pelo criado e pelo príncipe, pela viúva, a solteira ou a mulher
casada; e não somente isto: é necessário acomodar o exercício da devoção às
forças, aos trabalhos e aos deveres de cada pessoa em particular”. E faz uma
pergunta pertinente: “estaria certo que um bispo quisesse viver na solidão como
os Cartuxos; que os casados não quisessem amealhar mais que os Capuchinhos; que
o operário passasse o dia na Igreja como o religioso; e que o religioso
estivesse sempre sujeito a toda a espécie de encontros para serviço do próximo
como o bispo? Não seria ridícula, desordenada e inadmissível tal devoção?”.
Este erro, porém, afirma Francisco de Sales, “acontece frequentemente”. Quando
a devoção “se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é sem dúvida
falsa”. A abelha “extrai o mel das flores sem lhes fazer mal, deixando-as
intactas e frescas como as encontrou”. A verdadeira devoção “age melhor ainda,
porque não somente não prejudica qualquer espécie de vocação ou de tarefa, como
ainda as engrandece e embeleza”. Cada um torna-se “mais agradável e perfeito na
sua vocação se esta for conjugada com a devoção: a atenção à família torna-se
mais paciente, o amor entre marido e mulher mais sincero, mais fiel o serviço
que se presta ao príncipe, e mais suave e agradável o desempenho de todas as
ocupações. É um erro, se não mesmo uma heresia, querer banir a vida devota do
regimento dos soldados, da oficina dos operários, da corte dos príncipes, do
lar das pessoas casadas”.
É
sempre possível rezar. São João Crisóstomo ensinava que é possível fazer oração
fervorosa “mesmo no mercado ou durante um passeio solitário”, mesmo “sentados
na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar”.
Na
verdade, a devoção pessoal tem vários rostos e maneiras muito próprias. Há
muitas formas de oração, nenhuma delas obrigatória ou a exigir posição
convencionada. Importante é atingir a meta que nos é proposta, a meta da
santidade, cada um segundo o seu ritmo e circunstâncias, mas sem desistir de
fazer o seu caminho!... O fundamento desta caminhada é a humildade. Somos
mendigos de Deus, quem pede pede com humildade. E a oração verdadeiramente humilde
brota do coração. O coração é a morada onde cada um de nós está, onde habita,
onde desce. É o lugar do encontro, da aliança, da decisão. O lugar da verdade
onde escolhemos a vida incendiados pelo fogo do Espírito Santo (cf. CIC2563).
Santa Teresa do Menino Jesus dizia que a
oração “é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um
grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio das
alegrias”. E faz-se em comunhão com Cristo que “sendo o nosso Sacerdote, ora
por nós; sendo a nossa Cabeça, ora em nós; e sendo o nosso Deus, a Ele oramos”.
Importa, isso sim, é reconhecer “n’Ele a nossa voz e a voz d’Ele em nós” (S.
Agostinho). Esta permanente recordação de Jesus ao longo do dia, manifestada,
por exemplo, em pequeninos atos de fé leva-nos a estar habitualmente na
presença de Deus, gera o amor e a alegria, a confiança e a intimidade, dá força
e sentido às coisas da vida e à própria à vida. O Catecismo da Igreja Católica
garante-nos que a invocação do santo nome de Jesus muitas vezes repetido por um
coração humilde é o caminho mais simples da oração contínua (cf. CIC2668). São
Paulo, por sua vez, retomando o versículo do Profeta Joel, afirma que “todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rom 10,13). Invocar o nome do
Senhor é voltarmo-nos para Ele, é abandonarmo-nos a Ele, é viver n’Ele e Ele em
nós. Citando de novo São Francisco de Sales numa carta que escreveu a Joana de
Chantal, ele exortava-a a que pronunciasse, do fundo do coração, com amor, o
nome de Jesus a fim de que a Sua presença marcasse toda a sua vida, todo o seu
ser. Há muita gente que tem este hábito de oração, o de repetir o nome de Jesus
ou outras expressões ou jaculatórias que lhe são mais caras. Pessoalmente tenho
predileção especial pelo ato de fé e humildade que São Tomé, naquelas
circunstâncias, fez diante de Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”(Jo 20,28). O
mundo apresenta-nos muitos senhores, com ou sem gravata. Jesus, porém, quer se
aceite ou não, é o único Senhor! A sociedade fabrica, promove, adora e serve
muitos deuses. O desafio, no entanto, é só um, o verdadeiro: “Adorarás ao
Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mt 4,10). Os sábios e inteligentes
deste mundo, apoiados no que têm, podem e julgam saber, têm dificuldade em
aceitar estes sinais de pista. Os pequeninos, os mansos e humildes de coração,
agradecidos, seguem-nos com muita alegria e esperança.
Antonino Dias
Portalegre, 20-07-2018.
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