PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 26 de julho de 2018
Quinta da
XVI semana do tempo comum
Salt. IV
QUINTA-FEIRA
da semana XVI
S.
Joaquim e S. Ana, pais da Virgem Santa Maria – MO
Branco – Ofício da
memória.
Missa da memória.
L 1 Jer 2, 1-3. 7-8. 12-13; Sal 35 (36), 6-7ab. 8-9. 10-11
Ev Mt 13, 10-17
ou
L 1 Sir 44, 1. 10-15 (apropriada); Sal 131 (132), 11.13-14.17-18
Ev Mt 13, 16-17 (apropriado)
Missa da memória.
L 1 Jer 2, 1-3. 7-8. 12-13; Sal 35 (36), 6-7ab. 8-9. 10-11
Ev Mt 13, 10-17
ou
L 1 Sir 44, 1. 10-15 (apropriada); Sal 131 (132), 11.13-14.17-18
Ev Mt 13, 16-17 (apropriado)
S. JOAQUIM e S. ANA,
pais de Nossa Senhora
Nota
Histórica
Segundo uma antiga
tradição, que remonta ao séc. II, assim se chamavam os pais da Santíssima
Virgem Maria. O culto de Santa Ana existia no Oriente já no séc. VI e
estendeu-se ao Ocidente no séc. X. Mais recentemente foi introduzido o culto de
São Joaquim.
MISSA
ANTÍFONA
DE
Louvemos São Joaquim e Santa Ana,
pais da Virgem Maria, Mãe de Deus.
Por eles veio a salvação prometida a todos os povos.
ORAÇÃO
Senhor, Deus dos nossos pais,
que concedestes a São Joaquim e Santa Ana
a graça de darem ao mundo a Mãe do vosso Filho,
alcançai-nos, por sua intercessão,
a salvação que prometestes ao vosso povo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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Louvemos São Joaquim e Santa Ana,
pais da Virgem Maria, Mãe de Deus.
Por eles veio a salvação prometida a todos os povos.
ORAÇÃO
Senhor, Deus dos nossos pais,
que concedestes a São Joaquim e Santa Ana
a graça de darem ao mundo a Mãe do vosso Filho,
alcançai-nos, por sua intercessão,
a salvação que prometestes ao vosso povo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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Leitura
apropriada:
LEITURA I Sir 44, 1.10-15
«O seu nome vive através das gerações»
Leitura do Livro de Ben-Sirá
Celebremos os louvores dos homens ilustres,
dos nossos antepassados através das gerações.
Foram homens virtuosos
e as suas obras não foram esquecidas.
Na sua descendência permanece
a excelente herança que deles nasceu.
Os seus filhos são fiéis à aliança
e, graças a eles, também os filhos dos seus filhos.
A sua descendência permanece para sempre
e jamais se apagará a sua memória.
Os seus corpos repousam em paz
e o seu nome vive através das gerações.
Os povos proclamam a sua sabedoria
e a assembleia canta os seus louvores.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 131 (132), 11.13-14.17-18 (R. Lc 1, 32)
Refrão: O Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai David.
O Senhor fez um juramento a David
e não voltará atrás:
«Colocarei no teu trono
um descendente da tua família».
O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi».
«Darei a David um poderoso descendente
e farei brilhar uma luz para o meu Ungido.
Cobrirei de confusão os seus inimigos,
mas sobre ele farei resplandecer o diadema».
ALELUIA cf. Lc 2, 25c
Refrão: Aleluia. Repete-se
Esperavam a consolação de Israel
e o Espírito Santo estava neles. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 16-17
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Felizes os vossos olhos porque veem
e os vossos ouvidos porque ouvem!
Em verdade vos digo: muitos profetas e justos
desejaram ver o que vós vedes e não viram
e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Palavra da salvação.
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Leitura
da féria:
LEITURA I Jer 2, 1-3.7-8.12-13
«Abandonaram-Me a Mim, fonte de água viva,
e cavaram cisternas que não conservam a água»
Num momento em que Israel se esquecera de Deus, o profeta lembra-lhe o tempo dos “primeiros amores”, quando da travessia do deserto, tempo que foi como que o da juventude feliz daquele povo, agora infiel, esquecido de quem tanto amor lhe dedicou e que vai agora a outras fontes pedir a água que lhe mate a sede.
Leitura do Livro de Jeremias
O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Vai proclamar aos ouvidos de Jerusalém: Assim fala o Senhor: Lembro-Me do afeto da tua juventude, do amor do teu noivado, quando Me seguias no deserto, numa terra onde não se semeia. Israel era então uma herança sagrada do Senhor, primícias da sua colheita. Aqueles que a devoravam recebiam a paga: a desgraça caía sobre eles – oráculo do Senhor –. Eu conduzi-vos a uma terra de pomares, para comerdes dos seus ricos frutos. Mas logo que entrastes, profanastes a minha terra e fizestes da minha herança um lugar abominável. Os sacerdotes não perguntavam: ‘Onde está o Senhor?’. Os mestres da Lei não Me conheceram, os guias do povo revoltaram-se contra Mim, os profetas vaticinaram em nome de Baal e foram atrás de deuses que nada valem. Pasmai de tudo isto, ó céus, estremecei de horror e espanto – diz o Senhor –, porque o meu povo cometeu dois pecados: abandonaram-Me a Mim, fonte de água viva, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não conservam a água».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 35 (36), 6-7ab.8-9.10-11 (R. 10a)
Refrão: Em Vós, Senhor, está a fonte da vida. Repete-se
Senhor, até aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade.
A vossa justiça é como os montes altíssimos,
os vossos juízos são como o abismo profundo. Refrão
Como é admirável, Senhor, a vossa bondade!
À sombra das vossas asas se refugiam os homens.
Podem saciar-se da abundância da vossa casa
e Vós os inebriais com a torrente das vossas delícias. Refrão
Em Vós está a fonte da vida
e é na vossa luz que vemos a luz.
Conservai a vossa bondade aos que Vos conhecem
e a vossa justiça aos retos de coração. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 10-17
«A vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não»
Uma parábola é como uma paisagem ou uma história que pode ver-se só como paisagem ou escutar-se só como história, ou compreender-lhe o seu sentido profundo. Para a entender é necessário pedir ao Mestre a explicação, penetrar dentro do sentido profundo que ela pretende comunicar, porque ela é sempre uma revelação do mistério da salvação.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?». Jesus respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não. Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas, porque veem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender. Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver. Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’. Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque veem e os vossos ouvidos porque ouvem! Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, as ofertas que trazemos ao vosso altar
e concedei-nos a graça de podermos tomar parte
na bênção prometida a Abraão e à sua descendência.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 23, 5
Receberam a bênção do Senhor
e a misericórdia de Deus, seu Salvador.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que na vossa admirável providência
quisestes que o vosso Filho Unigénito
nascesse de uma família humana,
para que os homens, em admirável mistério,
renascessem para uma vida nova,
santificai com o espírito de adoção
os filhos que alimentastes à vossa mesa.
Por Nosso Senhor.
« Reza,
mas não deixes de remar até à margem»
Provérbio russo
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
- Os discípulos são
privilegiados, conheceram e experimentaram o Reino através de Jesus. Escutaram,
viram e acreditaram. Todos os outros vão entendendo através de parábolas, pois
não veem Quem está no meio deles.
MEDITAÇÃO: - Com Jesus, o Reino de Deus instalou-se
entre nós. As sementes do Reino já estão
a germinar, mas nem todos as podem reconhecer. Hoje, converter-se ao Senhor, é
deter-se, ver e ouvir onde está surgindo o Reino. É um ato de fé num Deus que
se mantem entre nós, manifestando-se nos mistérios da vida.
ORAÇÃO: - Senhor, quero ver-Te, escutar-Te e sentir-Te
presente na vida. Dá-me a graça de Te reconhecer no local onde Te queres
manifestar.
AGENDA
11.00 horas: Funeral em Montalvão
16.00 horas: Missa na Santa Casa de
Nisa
16.00 horas: Missa no lar no
Arneiro - Santa Ana
17.00 horas: Confissões em Nisa
18.00 horas: Missa em Nisa –
Espirito Santo
A VOZ DO PASTOR
SÓ OS PEQUENINOS ENTENDERÃO
Muita
gente escreve sobre muita coisa. E bem, gosto de ler. Há textos belíssimos em
diversas áreas, textos bonitos em conteúdo e forma, aprendo sempre. Da minha parte,
e atendendo à missão que me cabe, vou recordando o que é importante não
esquecer, consciente de que muitos não gostarão nem do conteúdo nem da forma.
Mas esta diversidade é bonita, faz bem, confronta, leva a pensar, contribui
para o enriquecimento pessoal e para a beleza da unidade sem uniformizar.
Dentro deste proceder, vou recordar mais um aspeto essencial da nossa vida.
Muitas
vezes ouvimos dizer: “porque não tenho nada que fazer, vou aproveitar o tempo,
vou rezar!” “Não, eu não rezo porque não tenho tempo, tenho muito que fazer,
tenho muito trabalho!”
Entendo
que não se reza para aproveitar o tempo. Não se reza porque não se tem mais
nada que fazer. Não se deve deixar de rezar porque se tem muito que fazer, não
se tem tempo! As razões subjacentes a estas atitudes prendem-se talvez com o
facto de não se saber bem o que é a oração e também com o facto de não se saber
bem o que é rezar. É verdade que a oração é uma aprendizagem constante que
também reclama trabalho cuidadoso e momentos fortes de oração na diversidade
das suas expressões. Como nos ensina a Igreja, o dinamismo do amor vivido na
oração configura a existência, a identidade e a ação do discípulo.
Segundo
São Francisco de Sales, tal como as plantas dão fruto cada uma segundo a sua
espécie, assim os cristãos, como plantas vivas da Igreja, devem produzir frutos
de devoção segundo a sua qualidade, o seu estado e a sua vocação. Assim,
segundo ele, a devoção deve “ser exercida de maneira diferente pelo fidalgo e
pelo operário, pelo criado e pelo príncipe, pela viúva, a solteira ou a mulher
casada; e não somente isto: é necessário acomodar o exercício da devoção às
forças, aos trabalhos e aos deveres de cada pessoa em particular”. E faz uma
pergunta pertinente: “estaria certo que um bispo quisesse viver na solidão como
os Cartuxos; que os casados não quisessem amealhar mais que os Capuchinhos; que
o operário passasse o dia na Igreja como o religioso; e que o religioso
estivesse sempre sujeito a toda a espécie de encontros para serviço do próximo como
o bispo? Não seria ridícula, desordenada e inadmissível tal devoção?”. Este
erro, porém, afirma Francisco de Sales, “acontece frequentemente”. Quando a
devoção “se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é sem dúvida falsa”.
A abelha “extrai o mel das flores sem lhes fazer mal, deixando-as intactas e
frescas como as encontrou”. A verdadeira devoção “age melhor ainda, porque não
somente não prejudica qualquer espécie de vocação ou de tarefa, como ainda as
engrandece e embeleza”. Cada um torna-se “mais agradável e perfeito na sua
vocação se esta for conjugada com a devoção: a atenção à família torna-se mais
paciente, o amor entre marido e mulher mais sincero, mais fiel o serviço que se
presta ao príncipe, e mais suave e agradável o desempenho de todas as
ocupações. É um erro, se não mesmo uma heresia, querer banir a vida devota do
regimento dos soldados, da oficina dos operários, da corte dos príncipes, do
lar das pessoas casadas”.
É
sempre possível rezar. São João Crisóstomo ensinava que é possível fazer oração
fervorosa “mesmo no mercado ou durante um passeio solitário”, mesmo “sentados
na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar”.
Na
verdade, a devoção pessoal tem vários rostos e maneiras muito próprias. Há
muitas formas de oração, nenhuma delas obrigatória ou a exigir posição
convencionada. Importante é atingir a meta que nos é proposta, a meta da
santidade, cada um segundo o seu ritmo e circunstâncias, mas sem desistir de
fazer o seu caminho!... O fundamento desta caminhada é a humildade. Somos
mendigos de Deus, quem pede pede com humildade. E a oração verdadeiramente
humilde brota do coração. O coração é a morada onde cada um de nós está, onde
habita, onde desce. É o lugar do encontro, da aliança, da decisão. O lugar da
verdade onde escolhemos a vida incendiados pelo fogo do Espírito Santo (cf.
CIC2563).
Santa Teresa do Menino Jesus dizia que a
oração “é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um
grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio das
alegrias”. E faz-se em comunhão com Cristo que “sendo o nosso Sacerdote, ora
por nós; sendo a nossa Cabeça, ora em nós; e sendo o nosso Deus, a Ele oramos”.
Importa, isso sim, é reconhecer “n’Ele a nossa voz e a voz d’Ele em nós” (S. Agostinho).
Esta permanente recordação de Jesus ao longo do dia, manifestada, por exemplo,
em pequeninos atos de fé leva-nos a estar habitualmente na presença de Deus,
gera o amor e a alegria, a confiança e a intimidade, dá força e sentido às
coisas da vida e à própria à vida. O Catecismo da Igreja Católica garante-nos
que a invocação do santo nome de Jesus muitas vezes repetido por um coração
humilde é o caminho mais simples da oração contínua (cf. CIC2668). São Paulo,
por sua vez, retomando o versículo do Profeta Joel, afirma que “todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo” (Rom 10,13). Invocar o nome do Senhor é
voltarmo-nos para Ele, é abandonarmo-nos a Ele, é viver n’Ele e Ele em nós.
Citando de novo São Francisco de Sales numa carta que escreveu a Joana de
Chantal, ele exortava-a a que pronunciasse, do fundo do coração, com amor, o
nome de Jesus a fim de que a Sua presença marcasse toda a sua vida, todo o seu
ser. Há muita gente que tem este hábito de oração, o de repetir o nome de Jesus
ou outras expressões ou jaculatórias que lhe são mais caras. Pessoalmente tenho
predileção especial pelo ato de fé e humildade que São Tomé, naquelas
circunstâncias, fez diante de Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”(Jo 20,28). O
mundo apresenta-nos muitos senhores, com ou sem gravata. Jesus, porém, quer se
aceite ou não, é o único Senhor! A sociedade fabrica, promove, adora e serve
muitos deuses. O desafio, no entanto, é só um, o verdadeiro: “Adorarás ao
Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mt 4,10). Os sábios e inteligentes
deste mundo, apoiados no que têm, podem e julgam saber, têm dificuldade em
aceitar estes sinais de pista. Os pequeninos, os mansos e humildes de coração,
agradecidos, seguem-nos com muita alegria e esperança.
Antonino Dias
Portalegre, 20-07-2018.
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