terça-feira, 31 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 01 de agosto de 2018









Quarta da XVII semana do tempo comum
Salt. I





Quarta-feira da semana XVII

Tipo: Ferial - Tempo: Ordinário

Jer 15, 10.16-21
Salmo 58 (59), 2-3.4-5a.10-11.17 (R. 17d)
Mt 13,44-46



Missa

Antífona
Os sábios resplandecerão como a luz do firmamento
e os que ensinam à multidão os caminhos da justiça
brilharão como estrelas por toda a eternidade. (Dan 12, 3)

Oração Colecta
Deus omnipotente e misericordioso, que despertais continuamente na vossa Igreja novos exemplos de virtude, fazei que, imitando Santo Afonso Maria de Ligório no seu zelo pela salvação das almas, alcancemos com ele a recompensa celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo

Primeira Leitura Jer 15, 10.16-21
«Porque não tem fim a minha dor? Se quiseres voltar, estarás na minha presença»

Leitura do Livro de Jeremias

Como sou infeliz, minha mãe! Porque me trouxestes ao mundo? Sou um homem contestado e perseguido em toda a terra! Ninguém me deve e eu não devo nada a ninguém; e no entanto sou amaldiçoado por todos. Quando apareciam as vossas palavras, Senhor, eu tomava-as como alimento. A vossa palavra era o encanto e a alegria do meu coração, porque sobre mim foi invocado o vosso nome, Senhor, Deus do Universo. Nunca me sentei com os folgazões para me divertir; sob o peso da vossa mão sentei-me solitário, porque a vossa indignação enchia a minha alma. Porque não tem fim a minha dor, porque não tem cura a minha ferida? Vós sois para mim como o ribeiro enganador, em cujas águas não se pode confiar. Então o Senhor falou-me, dizendo: «Se quiseres voltar, Eu farei que voltes, para estares na minha presença. Se separares  o metal das impurezas, tu serás como a minha boca. São eles que virão ter contigo e não tu a ir ao seu encontro. Farei de ti para este povo uma forte muralha de bronze: lutarão contra ti, mas não poderão vencer-te, porque Eu estou contigo para te proteger e salvar. Eu te livrarei das mãos dos malvados, Eu te salvarei do poder dos violentos.»

Palavra do Senhor
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Salmo Responsorial Salmo 58 (59), 2-3.4-5a.10-11.17 (R. 17d)
Refrão: Sois o meu refúgio, Senhor,
no dia da minha tribulação. Repete-se

Meu Deus, livrai-me dos inimigos,
protegei-me contra os meus agressores.
Defendei-me dos que praticam a iniquidade,
salvai-me dos homens sanguinários. Refrão

Armam ciladas para me tirar a vida,
conspiram contra mim homens poderosos.
Senhor, em mim não há crime nem pecado,
sem culpa minha correm a atacar-me. Refrão

Senhor, minha força, é para Vós que eu me volto,
sois Vós, ó Deus, o meu refúgio.
A bondade do meu Deus venha em meu auxílio
e me faça ver a derrota dos meus inimigos. Refrão

Eu cantarei, Senhor, a força do vosso poder,
de manhã louvarei a vossa bondade,
porque sois a minha fortaleza,
o meu refúgio no dia da tribulação. Refrão

Aclamação ao Evangelho
Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Refrão

Evangelho Mt 13, 44-46
«Vendeu tudo quanto possuía para comprar aquele campo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola».

Palavra da salvação.

Antífona da Comunhão (Lc 12,42)
Este é o servo fiel e prudente
que o Senhor pôs à frente da sua família,
para dar a seu tempo a cada um a sua medida de trigo.

Oração depois da Comunhão
Senhor, que fizestes de Santo Afonso Maria um fiel ministro e apóstolo deste grande sacramento, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de participar assiduamente nos santos mistérios para cantarmos sem fim os vossos louvores. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo







 «Ser livre não será apenas libertar-se das próprias algemas, mas viver de uma maneira que respeite e melhore a liberdade dos outros.»

Nelson Mandela






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA: -  Jesus oferece aos discípulos duas imagens que representam o Reino dos Céus: um tesouro que vale mais do que tudo o que possui, e um comerciante de pedras preciosas capaz de reconhecer a mais valiosa.

MEDITAÇÃO: - Saber que o Reino de Deus já está implantado entre nós, é sinal do dom gratuito de Deus. Porém esta realidade também nos chama a atenção para descobrirmos onde é que ele se está formando. É necessário que aprendamos a acolhe-lo, a cuidar dele como ao maior tesouro da vida.

ORAÇÃO: - Senhor, ensina-nos a acolher a semente do Reino, a velar por ele e pelo seu crescimento entre nós.






AGENDA

17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo




A VOZ DO PASTOR


NÃO DIGAS QUE É IMPOSSÍVEL

Dizemos que uma pessoa é responsável quando orienta bem a sua vida ou cumpre com zelo e eficácia aquilo que lhe é confiado. Falamos de corresponsabilidade quando a participação num trabalho ou numa missão é da responsabilidade, não de um, mas de alguns ou de todos. E se há muitas coisas de cujo êxito, ou menos êxito, somos corresponsáveis, a tarefa da evangelização é uma delas. É da responsabilidade de todos os batizados, somos corresponsáveis. E esta corresponsabilidade não se exerce colocando-se à janela da vida a olhar quem passa. Ou a peneirar o que os outros fazem e dizem no crivo da maledicência. Tampouco se exerce sendo um mero consumidor de coisas tidas como boas e santas e, pensa-se, quantas mais melhor. A corresponsabilidade implica envolvimento, compromisso, entusiasmo, ser capaz de gerar empatia e de estimular, implica colocar os talentos ao serviço da comunidade.
A primeira ação de corresponsabilidade que todo o batizado deve exercer é com a pessoa do Espírito Santo. A construção da santidade acontece pela ação do Espírito Santo em nós. Ele cria-nos nos segredos de Deus, faz nascer a fé nos nossos corações, derrama em nós o amor de Deus, ensina-nos a rezar, dá-nos uma vida nova e faz-nos viver n’Ele, com Ele e a partir d’Ele. Isto, porém, reclama a nossa resposta e colaboração. Deus nada impõe, propõe, respeita a nossa liberdade. A liberdade, porém, não é fazer o que muito bem entendo e quero ou me dá na real gana. É fazer o que devo, por respeito a mim próprio e aos outros.
Em toda a Sua vida, Jesus foi corresponsável, foi livre na obediência. Assumiu o projeto do Pai e ofereceu-Se com total generosidade até ao fim, até tudo estar consumado. A Sua vontade era fazer a vontade d’Aquele que o enviara e consumar toda a Sua obra. Sabia o que tinha a fazer, promovia diligentemente a sua implementação, vivia em total obediência ao Pai e em plena comunhão com Ele.
Maria também assumiu o dinamismo da corresponsabilidade. Ela deu um “Sim” consistente e sempre renovado ao longo de toda a sua vida, até ao alto do Calvário, até ao pé da Cruz. Faça-se em Mim segundo a Sua Palavra, foi o Seu lema. Com determinação e confiança, lançou-Se nessa aventura, ajudando a concretizar os projetos de Deus a respeito da humanidade, mesmo quando não entendia bem o seu alcance e até lhe parecia que o Seu Filho já não fechava bem a gaveta (Mc 3,20-21).
A própria Criação dá-nos um testemunho de corresponsabilidade ímpar. Tudo foi gerado pelo Verbo de Deus. A complexidade do Universo aponta os céus e canta as glórias do Senhor de forma ordenada e bela, numa sinfonia incrível. Todas as coisas se movem em numerosas formas de relação e de participação, cada uma segundo a sua natureza, todas elas a viverem e a subsistirem numa harmonia verdadeiramente admirável, divina.
São Paulo usa a figura do corpo para descrever a corresponsabilidade na Igreja. É o bom funcionamento de cada uma das partes do corpo, cada uma no seu lugar, sem ciúmes ou inveja de qualquer outra parte ou função, sem se julgar mais ou menos importante, é essa corresponsabilidade funcional que dá harmonia e beleza ao corpo. Nenhuma parte é secundária, dispensável ou inútil. Assim, a unidade bela da Igreja é construída por toda a diversidade que a compõe: diferentes são os estilos e as personalidades, os dons e os carismas, as capacidades e os níveis de intervenção social, diferentes são a formação humana e académica, a língua, a raça, a cultura, a atividade, a situação geográfica…
Como cristãos, somos, de uma forma mais consciente e firme, corresponsáveis pela sorte de todos os outros, incluindo a própria criação, a nossa casa comum, a começar pela família. A família é o primeiro espaço que nos leva a reconhecer a beleza da unidade na diversidade. Nela há a diversidade de pessoas, de idades e de talentos, de experiências e de cultura, de direitos e de deveres, de afazeres e de gostos. Cada um sente-se corresponsável pelo bem do todo que é a família, comunidade de vida e de amor a caminho da santidade, espaço de entendimento e de enriquecimento mútuo, espaço de alegria e de paz, no meio de alegrias e tristezas, de fracassos e êxitos.
Na comemoração do cinquentenário da instituição do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco chamou a atenção para a necessidade e a beleza de “caminhar juntos». O mundo, em que vivemos e que somos chamados a amar e a servir “exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão”. Cada um de nós, os batizados, “independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização…». E é-o na política e na economia, na cultura e nas ciências, nas artes e nos ofícios, nas escolas e nos serviços públicos, nas empresas e na comunicação social, mo lazer e no desporto…
E afirmava Santo Atanásio, no século IV: “Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos outros”. E continuava: “Se o fermento misturado à farinha não fizer levedar toda a massa, terá sido verdadeiro fermento? E que se há de dizer dum perfume que não espalhe a sua fragrância? Havemos de lhe chamar perfume? Não digas: Não sou capaz de influenciar os outros. Se fores cristão verdadeiro, é impossível que o não faças. Se é certo que não há contradição na natureza, também é certo o que afirmamos: faz parte da natureza do cristão influir nos seus semelhantes. Não injuries a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar, afrontas o sol; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, ofendes a Deus e chamas-Lhe mentiroso. Ora mais fácil é o sol não aquecer nem brilhar do que um cristão não irradiar a sua luz: mais fácil que isto seria transformar-se a luz em trevas. Não digas que é impossível: o contrário é que é impossível. Não injuries a Deus. Se fizermos bem o que está na nossa mão, tudo o mais de que falamos se seguirá como consequência natural. A luz do cristão não pode ficar escondida; uma lâmpada tão resplandecente não se pode ocultar”. E afirmava Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”. Ou: “A maior enfermidade é não ser ninguém para ninguém”.

Antonino Dias
Portalegre, 27-07-2018.








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