PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 12 de julho de 2018
Quinta da
XIV semana do tempo comum
QUINTA-FEIRA da semana XIV
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (
L 1 Os 11, 1-4. 8c-9; Sal 79 (80), 2ac e 3b. 15-16
Ev Mt 10, 7-15
* Na Ordem Beneditina – S. João Gualberto, abade – MF
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – SS. Luís Martin e Célia Guérin – MF
* Na Ordem Franciscana – SS. João Jones e João Wall, presbíteros e mártires, da I Ordem – MF
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – Aniversário da fundação (1900).
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
Missa à escolha (
L 1 Os 11, 1-4. 8c-9; Sal 79 (80), 2ac e 3b. 15-16
Ev Mt 10, 7-15
* Na Ordem Beneditina – S. João Gualberto, abade – MF
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – SS. Luís Martin e Célia Guérin – MF
* Na Ordem Franciscana – SS. João Jones e João Wall, presbíteros e mártires, da I Ordem – MF
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – Aniversário da fundação (1900).
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
MISSA
ANTÍFONA DE
ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
ORAÇÃO
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Os 11, 1-4.8c-9
«O meu coração agita-se dentro de mim»
O profeta apresenta Deus a falar consigo mesmo como que em meditação sobre o que tem sido a história do seu amor pelos homens. Passa então em revista alguns momentos mais significativos dessa história. E ainda então ela não tinha chegado ao fim! O coração de Deus havia de vir a encarnar num coração humano. O Coração de Jesus Cristo será o testemunho maior do amor de Deus por nós.
Leitura da Profecia de Oseias
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
ORAÇÃO
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Os 11, 1-4.8c-9
«O meu coração agita-se dentro de mim»
O profeta apresenta Deus a falar consigo mesmo como que em meditação sobre o que tem sido a história do seu amor pelos homens. Passa então em revista alguns momentos mais significativos dessa história. E ainda então ela não tinha chegado ao fim! O coração de Deus havia de vir a encarnar num coração humano. O Coração de Jesus Cristo será o testemunho maior do amor de Deus por nós.
Leitura da Profecia de Oseias
Eis o que diz o Senhor: «Quando Israel era ainda criança, já Eu o amava; e, para o fazer sair do Egipto, chamei o meu filho. Mas quanto mais Eu os chamava, mais eles se afastavam de Mim. Ofereciam sacrifícios a Baal e queimavam incenso aos ídolos. Contudo, Eu ensinava Efraim a andar e trazia-o nos braços; mas não compreenderam que era Eu quem cuidava deles. Atraía-os com laços humanos, com vínculos de amor. Tratava-os como quem pega um menino ao colo, inclinava-Me para lhes dar de comer. O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão. Não cederei ao ardor da minha ira, nem voltarei a destruir Efraim. Porque Eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti e não venho para destruir».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 79 (80), 2ac e 3b. 15-16 (R. 4b)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto
e seremos salvos. Repete-se
Pastor de Israel, escutai,
Vós que estais sentado sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio. Refrão
Deus dos Exércitos, vinde de novo,
olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós. Refrão
ALELUIA Mc 1, 15
Refrão: Aleluia Repete-se
Está próximo o reino de Deus:
arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Refrão
EVANGELHO Mt 10, 7-15
«Recebestes de graça; dai de graça»
Tudo o que Deus colocou na igreja, nos seus ministros, o em cada um de nós, em ordem à salvação dos homens é dom seu. Por vezes, chamamos-lhe poderes; mas, antes de mais, tudo é graça, tudo são dons, por isso mesmo mais eles exigem serem comunicados aos outros. Aqueles que Deus envia são portadores da Salvação de Deus o por isso acolhê-los ou rejeitá-los é acolher ou rejeitar Aquele de quem são mensageiros.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Estimai
a graça da vocação que Deus vos concedeu como o maior tesouro ou a pérola de
maior valor na vida»
São
Bento
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: - Os 11, 1-4.8c-9 : O profeta apresenta Deus a falar
consigo mesmo como que em meditação sobre o que tem sido a história do seu amor
pelos homens. Passa então em revista alguns momentos mais significativos dessa
história. E ainda então ela não tinha chegado ao fim! O coração de Deus havia
de vir a encarnar num coração humano. O Coração de Jesus Cristo será o
testemunho maior do amor de Deus por nós.
Mt 10, 7-15:
Tudo o que
Deus colocou na igreja, nos seus ministros, o em cada um de nós, em ordem à
salvação dos homens é dom seu. Por vezes, chamamos-lhe poderes; mas, antes de
mais, tudo é graça, tudo são dons, por isso mesmo mais eles exigem serem
comunicados aos outros. Aqueles que Deus envia são portadores da Salvação de
Deus o por isso acolhê-los ou rejeitá-los é acolher ou rejeitar Aquele de quem
são mensageiros.
ORAÇÃO: Dá-nos, Senhor, sentimentos de misericórdia para podermos acolher os sós e os abatidos.
AGENDA
16.00 horas: Missa na
Santa Casa de Nisa
18.00 horas: Missa na
Igreja do Espírito Santo - Nisa
21.00 horas: Novena
Beato Diogo com adoração ao Santíssimo
A VOZ DO PASTOR
QUERES VER O VILÃO?...
METE-LHE A VARA NA MÃO!...
A
história lá tem as suas ironias. E se não é cíclica, pelo menos parece, somos
complicados. Na dinâmica que marca o destino histórico de um povo, também a
Sagrada Escritura nos dá excelentes lições, lições de arrepiar. Para levar
avante um projeto social, é preciso não perder a consciência histórica. As
gerações, as que lutaram e sofreram, mantêm viva essa memória. Não esquecem
facilmente o que passaram. Empenham-se na mudança da situação e no regresso da
prosperidade e da paz. Mas essas gerações vão desaparecendo. As novas gerações,
porém, não guardam essa memória. Raramente se reconhece e dá valor ao que se
recebe de mão beijada. Muitas vezes, a prosperidade conquistada a suor e sangue
por uns, leva os usufruidores ao aburguesamento, à banalização dos costumes, à
corrupção, a ceder às solicitações do mundo e aos ídolos que a sociedade
promove e serve. Deus deixa de contar. Quem se diz crente e vai na onda, também
entra no formalismo, na hipocrisia e deixa endurecer o coração. Ora, o abandono
de Deus arrasta consigo o desprezo pelo homem e constrói sistemas sociais
injustos. Quem percebe e reage é considerado idiota, ou idealista, ou
retrógrado. Preferem-se os populistas, os demagogos e turbulentos, que logo
fazem perder a liberdade e a vida. E como seria bom que, aprendendo com a
história, se continuasse a construir sobre aquilo que foi positivo e bom! Nada
ou pouco se aprende neste campo. De novo se bate com a cabeça na parede.
Volta-se à estaca zero tantas vezes no meio de mais sofrimento, de novas
guerras cada vez mais sofisticadas com todo o seu cortejo de tristes
consequências. Só no limite do sofrimento e na sensação de que Deus o
abandonou, o povo volta à consciência histórica, chama por Deus e acaba por
reconhecer que, afinal, não foi Deus quem o abandonou, foram eles que
abandonaram Deus. E lá recomeçam, lá vão erguendo a servis à voz de novos
líderes que voltam a reorganizar o povo e o ajudam a conquistar a liberdade e a
vida.
Eis
um exemplo: quando Gedeão venceu - duramente, aliás -, os madianitas, os
israelitas desejavam proclamá-lo seu rei, depois o seu filho, depois o seu
neto, depois…
Gedeão,
porém, não aceitou por medo de ao interpor-se uma figura humana, a fidelidade
de Israel a Deus fosse esfriando. Mas se Gedeão não quis aceitar ser rei dos
israelitas, logo surge, de forma interesseira, insaciável e irresponsável, quem
viu nisso o seu grande momento para atingir o poder e exercer a autoridade.
Usando todos os meios e perspicácia para se fazer valer, Abimelec chega-se à
frente, contrata homens ociosos e aventureiros que se colocaram à sua
disposição. Vai a casa de seu pai e mata todos os seus irmãos, exceto Joatão, o
mais novo, que conseguiu escapar. Por convicção, ou por subserviência, ou por
medo, não tardou que a alta sociedade lá do sítio, todos os senhores de Siquém,
se reunissem para, com todas as mesuras e salamaleques, proclamar Abimelec como
rei. O futuro, porém, estava à vista e a ironia correu célere e mordaz. O primeiro
a manifestar-se foi Joatão, o único sobrevivente aos instintos bárbaros e
absolutistas de Abimelec, seu irmão. Ironizando, sobe ao monte Garizim e grita
à fina flor de Siquém, aos que tinham entronizado Abimelec como rei. Conta-lhes
uma fábula popular com a qual critica tão desastrosa engenharia política,
levando a concluir que somente aquele que nada produz é que se presta para
exercer o poder, um poder armadilhado contra a liberdade do povo, mas sendo
este, o povo, que deve assumir as consequências de tal decisão:
“Ouvi-me,
senhores de Siquém, para que Deus também vos ouça. Certo dia, as árvores
resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: “Reina sobre nós”. A oliveira
respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu azeite, que dá honra aos
deuses e aos homens, para me baloiçar por cima das outras árvores?”.
Então
as árvores disseram à figueira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a figueira
respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir
baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
E
as árvores disseram à videira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a videira
respondeu-lhes: “Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os deuses e
os homens, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
Então
todas as árvores disseram ao espinheiro: “Vem tu reinar sobre nós”. E o
espinheiro respondeu às árvores: “Se realmente quereis escolher-me como vosso
rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, saia fogo do espinheiro e devore
os cedros do Líbano”. (Juízes, 8…).
A
oliveira, a figueira e a videira, três árvores muito apreciadas no país (como
quem diz: as pessoas mais comprometidas e apreciadas!), não se colocaram na
ponta dos pés, não se sentiam vocacionadas a serem rei. Preferiram continuar a
servir o povo com generosidade a partir dos seus respetivos lugares e funções,
oferecendo-lhe os seus preciosos frutos e assegurando-lhe a melhor qualidade de
vida possível. Só o espinheiro, a esterilidade personificada que não dá fruto
nem sombra nem coisa que se veja, é que se oferece para reinar no país. E logo
se dirige ao povo com pompa e circunstância, com falsos paternalismos e
previsível prepotência: “vinde abrigar-vos à minha sombra”.
Não
tardou muito que as traições se sucedessem. Aqueles que o colocaram no trono,
os próprios senhores de Siquém, quiseram – em vão, aliás! -, quiseram tirar-lhe
o tapete de debaixo dos pés. O medo levou-os a refugiarem-se na cripta do
templo de El-Berit. Todos lá morreram queimados debaixo do fogo dos ramos que
Abimelec e os seus sequazes ali amontoaram e incendiaram para os liquidar. O
próprio Abimelec, ao cercar Tebes, aproximava-se para assaltar a torre. Uma
mulher, porém, lançou-lhe uma mó de moinho sobre a cabeça, fraturou-lhe o
crânio. Com vergonha de morrer às mãos de uma mulher, logo chamou o escudeiro e
lhe disse: “Puxa da espada e mata-me, para não dizerem que uma mulher me
matou”. E assim morreu tristemente forte na sua vergonha. “Nada mais pequeno do
que um grande dominado pelo orgulho”, afirmava Clemente XIV.
Antonino
Dias
Portalegre,
06-07-2018.
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