PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 11 de julho de 2018
Quarta da
XIV semana do tempo comum
QUARTA-FEIRA
da semana XIV
S. Bento, Abade, Padroeiro da
Europa – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.
L 1 Prov 2, 1-9; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11
Ev Mt 19, 27-29
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – S. Bento, Padroeiro da Diocese – SOLENIDADE
* Na Ordem Beneditina – S. Bento, Patriarca dos Monges, Titular e Patrono principal da Ordem – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Sagrados Corações – S. Bento, Patrono secundário da Congregação – MO
S. BENTO, abade
Nota
Histórica
Nasceu em Núrsia (Úmbria)
cerca do ano 480; estudou em Roma; começou a praticar vida eremítica em
Subiaco, onde reuniu um grupo de discípulos, e passou mais tarde para
Montecassino. Aí fundou um célebre mosteiro e escreveu a regra, cuja difusão
lhe valeu o título de patriarca do monaquismo ocidental. Morreu no dia 21 de
Março de 547; mas já desde os fins do séc. VIII, em muitas regiões começou a
celebrar-se a sua memória neste dia.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Gen 12, 2
Farei de ti um grande povo e te abençoarei;
exaltarei o teu nome e serás para todos uma fonte de bênçãos.
Na Europa diz-se o Glória.
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fizestes de São Bento
um mestre insigne na escola do serviço divino,
concedei-nos que, preferindo a todas as coisas o vosso amor, avancemos de coração alegre e generoso
pelo caminho dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Prov 2, 1-9
«Inclina o coração para a verdade»
Leitura do Livro dos Provérbios
Farei de ti um grande povo e te abençoarei;
exaltarei o teu nome e serás para todos uma fonte de bênçãos.
Na Europa diz-se o Glória.
ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, que fizestes de São Bento
um mestre insigne na escola do serviço divino,
concedei-nos que, preferindo a todas as coisas o vosso amor, avancemos de coração alegre e generoso
pelo caminho dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Prov 2, 1-9
«Inclina o coração para a verdade»
Leitura do Livro dos Provérbios
Meu filho, se aceitares as minhas palavras
e guardares os meus preceitos,
dando ouvidos à sabedoria
e inclinando o coração para a verdade;
se invocares a inteligência e chamares a prudência;
se a procurares como a prata e a buscares como um tesouro,
então compreenderás o temor do Senhor
e alcançarás o conhecimento de Deus.
Porque é o Senhor que dá a sabedoria,
da sua boca procedem o saber e a prudência.
Ele reserva aos homens retos a sua proteção,
é um escudo para os que vivem honestamente.
Ele protege os caminhos da justiça,
guarda os passos dos seus fiéis.
Então compreenderás a justiça e o direito,
a retidão e todos os caminhos da felicidade.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 2a ou 9a)
Refrão: Em todo o tempo e lugar bendirei o Senhor.
Ou: Saboreai e vede como o Senhor é bom.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
ALELUIA Mt 5, 3
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO Mt 19, 27-29
«É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Pedro a Jesus:
«Nós deixámos tudo para Te seguir.
Que recompensa teremos?».
Jesus respondeu:
«Em verdade vos digo:
No mundo renovado,
quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória,
também vós que Me seguistes
vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras,
por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor,
para os dons que Vos apresentamos na festa de São Bento
e fazei que, imitando o seu exemplo,
Vos procuremos em todas as coisas,
a fim de merecermos encontrar no vosso serviço
o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Santos I ou II ou dos Santos Religiosos.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 9
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Ou Gal 3, 15
Reine em vossos corações a paz de Cristo,
à qual fostes chamados para formardes um só corpo.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste divino sacramento
nos destes o penhor da vida eterna,
concedei-nos que, seguindo os ensinamentos de São Bento, perseveremos fielmente no vosso serviço
e amemos os nossos irmãos com sincera caridade.
Por Nosso Senhor.
«Deus
não força a nossa vontade, mas aceita o que Lhe damos; mas só se nos dá
totalmente quando Lhe entregamos tudo»
Teresa
de Ávila
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: -
ORAÇÃO: Dá-nos, Senhor, sentimentos de misericórdia para podermos acolher os sós e os abatidos.
AGENDA
17.00 horas: Missa em
Gáfete
18.00 horas: Missa em
Tolosa
18.00 horas: Missa na
Igreja do Espírito Santo - Nisa
21.00 horas: Novena
Beato Diogo
A VOZ DO PASTOR
QUERES VER O VILÃO?...
METE-LHE A VARA NA MÃO!...
A história lá tem as suas ironias. E se
não é cíclica, pelo menos parece, somos complicados. Na dinâmica que marca o
destino histórico de um povo, também a Sagrada Escritura nos dá excelentes
lições, lições de arrepiar. Para levar avante um projeto social, é preciso não
perder a consciência histórica. As gerações, as que lutaram e sofreram, mantêm
viva essa memória. Não esquecem facilmente o que passaram. Empenham-se na
mudança da situação e no regresso da prosperidade e da paz. Mas essas gerações
vão desaparecendo. As novas gerações, porém, não guardam essa memória.
Raramente se reconhece e dá valor ao que se recebe de mão beijada. Muitas
vezes, a prosperidade conquistada a suor e sangue por uns, leva os usufruidores
ao aburguesamento, à banalização dos costumes, à corrupção, a ceder às
solicitações do mundo e aos ídolos que a sociedade promove e serve. Deus deixa
de contar. Quem se diz crente e vai na onda, também entra no formalismo, na
hipocrisia e deixa endurecer o coração. Ora, o abandono de Deus arrasta consigo
o desprezo pelo homem e constrói sistemas sociais injustos. Quem percebe e
reage é considerado idiota, ou idealista, ou retrógrado. Preferem-se os
populistas, os demagogos e turbulentos, que logo fazem perder a liberdade e a
vida. E como seria bom que, aprendendo com a história, se continuasse a
construir sobre aquilo que foi positivo e bom! Nada ou pouco se aprende neste
campo. De novo se bate com a cabeça na parede. Volta-se à estaca zero tantas
vezes no meio de mais sofrimento, de novas guerras cada vez mais sofisticadas
com todo o seu cortejo de tristes consequências. Só no limite do sofrimento e
na sensação de que Deus o abandonou, o povo volta à consciência histórica,
chama por Deus e acaba por reconhecer que, afinal, não foi Deus quem o
abandonou, foram eles que abandonaram Deus. E lá recomeçam, lá vão erguendo a
servis à voz de novos líderes que voltam a reorganizar o povo e o ajudam a
conquistar a liberdade e a vida.
Eis um exemplo: quando Gedeão venceu -
duramente, aliás -, os madianitas, os israelitas desejavam proclamá-lo seu rei,
depois o seu filho, depois o seu neto, depois…
Gedeão, porém, não aceitou por medo de
ao interpor-se uma figura humana, a fidelidade de Israel a Deus fosse esfriando.
Mas se Gedeão não quis aceitar ser rei dos israelitas, logo surge, de forma
interesseira, insaciável e irresponsável, quem viu nisso o seu grande momento
para atingir o poder e exercer a autoridade. Usando todos os meios e
perspicácia para se fazer valer, Abimelec chega-se à frente, contrata homens
ociosos e aventureiros que se colocaram à sua disposição. Vai a casa de seu pai
e mata todos os seus irmãos, exceto Joatão, o mais novo, que conseguiu escapar.
Por convicção, ou por subserviência, ou por medo, não tardou que a alta
sociedade lá do sítio, todos os senhores de Siquém, se reunissem para, com
todas as mesuras e salamaleques, proclamar Abimelec como rei. O futuro, porém,
estava à vista e a ironia correu célere e mordaz. O primeiro a manifestar-se
foi Joatão, o único sobrevivente aos instintos bárbaros e absolutistas de
Abimelec, seu irmão. Ironizando, sobe ao monte Garizim e grita à fina flor de
Siquém, aos que tinham entronizado Abimelec como rei. Conta-lhes uma fábula
popular com a qual critica tão desastrosa engenharia política, levando a
concluir que somente aquele que nada produz é que se presta para exercer o
poder, um poder armadilhado contra a liberdade do povo, mas sendo este, o povo,
que deve assumir as consequências de tal decisão:
“Ouvi-me, senhores de Siquém, para que
Deus também vos ouça. Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei.
Disseram à oliveira: “Reina sobre nós”. A oliveira respondeu-lhes: “Terei de
renunciar à doçura do meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me
baloiçar por cima das outras árvores?”.
Então as árvores disseram à figueira:
“Vem tu reinar sobre nós”. Mas a figueira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à
doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das outras
árvores?”.
E as árvores disseram à videira: “Vem tu
reinar sobre nós”. Mas a videira respondeu-lhes: “Terei de renunciar ao meu
vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das
outras árvores?”.
Então todas as árvores disseram ao
espinheiro: “Vem tu reinar sobre nós”. E o espinheiro respondeu às árvores: “Se
realmente quereis escolher-me como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra.
Se não, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano”. (Juízes, 8…).
A oliveira, a figueira e a videira, três
árvores muito apreciadas no país (como quem diz: as pessoas mais comprometidas
e apreciadas!), não se colocaram na ponta dos pés, não se sentiam vocacionadas
a serem rei. Preferiram continuar a servir o povo com generosidade a partir dos
seus respetivos lugares e funções, oferecendo-lhe os seus preciosos frutos e
assegurando-lhe a melhor qualidade de vida possível. Só o espinheiro, a
esterilidade personificada que não dá fruto nem sombra nem coisa que se veja, é
que se oferece para reinar no país. E logo se dirige ao povo com pompa e
circunstância, com falsos paternalismos e previsível prepotência: “vinde
abrigar-vos à minha sombra”.
Não tardou muito que as traições se
sucedessem. Aqueles que o colocaram no trono, os próprios senhores de Siquém,
quiseram – em vão, aliás! -, quiseram tirar-lhe o tapete de debaixo dos pés. O
medo levou-os a refugiarem-se na cripta do templo de El-Berit. Todos lá
morreram queimados debaixo do fogo dos ramos que Abimelec e os seus sequazes
ali amontoaram e incendiaram para os liquidar. O próprio Abimelec, ao cercar
Tebes, aproximava-se para assaltar a torre. Uma mulher, porém, lançou-lhe uma
mó de moinho sobre a cabeça, fraturou-lhe o crânio. Com vergonha de morrer às
mãos de uma mulher, logo chamou o escudeiro e lhe disse: “Puxa da espada e
mata-me, para não dizerem que uma mulher me matou”. E assim morreu tristemente
forte na sua vergonha. “Nada mais pequeno do que um grande dominado pelo
orgulho”, afirmava Clemente XIV.
Antonino Dias
Portalegre, 06-07-2018.
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