sexta-feira, 6 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Sábado, 07 de julho de 2018










Sábado da XIII semana do tempo comum






SÁBADO da semana XIII

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha

L 1 Am 9, 11-15; Sal 84 (85), 9. 11-12. 13-14
Ev Mt 9, 14-17


* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da entrada solene de D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Patriarca.
* Na Companhia de Jesus – B. Diogo Carvalho, presbítero e mártir – MF
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Maria Romero, virgem – MF e MO
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.

ORAÇÃO
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Am 9, 11-15
«Farei voltar os cativos do meu povo de Israel
e plantá-los-ei na sua terra»

Leitura da Profecia de Amós

Eis o que diz o Senhor: «Naquele dia voltarei a erguer a tenda arruinada de David, repararei as suas brechas, restaurarei as suas ruínas e reconstruí-la-ei como nos tempos de outrora. Assim poderão conquistar o resto de Edom e de todas as nações em que o meu nome foi proclamado, – diz o Senhor, que cumprirá a sua palavra –. Dias virão – diz o Senhor – em que o homem que lavra seguirá de perto o que ceifa e o que pisa as uvas seguirá de perto aquele que planta. O vinho novo jorrará dos montes e escorrerá das colinas. Farei voltar os cativos do meu povo de Israel: eles reconstruirão as cidades devastadas e habitarão nelas, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, cultivarão pomares e comerão os seus frutos. Plantá-los-ei na sua terra e não mais serão arrancados da terra que Eu lhes dei» – diz o Senhor, teu Deus –.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9.11-12.13-14 (R. cf. 9a)
Refrão: O Senhor anuncia a paz ao seu povo. Repete-se


Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz
ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem. Refrão

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão

ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia Repete-se


As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.
Refrão

EVANGELHO Mt 9, 14-17
«Podem os companheiros do esposo ficar de luto,
enquanto o esposo estiver com eles?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam».
 
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos deem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







 «Jesus não exige apenas, Ele ama; e o chamamento que dirige ao ser humano é amor»



Romano Guardini




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: -  Am 9, 11-15: Depois de advertências tão exigentes, como foram algumas que o profeta nos fez ouvir ao longo desta semana, vamos terminá-la com mais uma promessa de restauração; Deus só quer salvar-nos, mesmo, e sobretudo talvez, quando censura as nossas faltas. Neste caso, a promessa de Deus tem como objetivo o regresso do povo do cativeiro e a restauração do reino de David, descrita como um novo paraíso.

Mt 9, 14-17: A ideia, que vem já do Antigo Testamento, de chamar a Deus Esposo, para fazer-nos compreender o amor que Ele tem aos homens e a Aliança que quis contrair com eles, reaparece agora em Jesus, que a Si mesmo Se compara ao Esposo. É preciso saber apreciar os tempos, que não são todos iguais. Os seus contemporâneos não compreenderam facilmente que os tempos de Jesus introduziam no mundo um estado de coisas novas. Para os seus discípulos, os dias de Jesus eram dias de alegria. Haviam de vir os dias de luto, na hora da paixão, como a Igreja sempre o entendeu, ao estabelecer o jejum pascal, nos dois primeiros dias do Tríduo Pascal. É então, quando o Esposo se ausentar, que eles hão de jejuar.
   
ORAÇÃO:  Dá-nos, Senhor, sentimentos de misericórdia para podermos acolher os sós e os abatidos.






AGENDA


09.00 horas: Missa na Igreja de Nossa Senhora da Graça
10.00 horas: Funeral na Capela de Mártir e Santo
10.15 horas: Funeral em Arez
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Misa na Igreja do Espírito Santo - Nisa
21.00 horas: Reunião com os adultos





A VOZ DO PASTOR





QUERES VER O VILÃO?... METE-LHE A VARA NA MÃO!...

A história lá tem as suas ironias. E se não é cíclica, pelo menos parece, somos complicados. Na dinâmica que marca o destino histórico de um povo, também a Sagrada Escritura nos dá excelentes lições, lições de arrepiar. Para levar avante um projeto social, é preciso não perder a consciência histórica. As gerações, as que lutaram e sofreram, mantêm viva essa memória. Não esquecem facilmente o que passaram. Empenham-se na mudança da situação e no regresso da prosperidade e da paz. Mas essas gerações vão desaparecendo. As novas gerações, porém, não guardam essa memória. Raramente se reconhece e dá valor ao que se recebe de mão beijada. Muitas vezes, a prosperidade conquistada a suor e sangue por uns, leva os usufruidores ao aburguesamento, à banalização dos costumes, à corrupção, a ceder às solicitações do mundo e aos ídolos que a sociedade promove e serve. Deus deixa de contar. Quem se diz crente e vai na onda, também entra no formalismo, na hipocrisia e deixa endurecer o coração. Ora, o abandono de Deus arrasta consigo o desprezo pelo homem e constrói sistemas sociais injustos. Quem percebe e reage é considerado idiota, ou idealista, ou retrógrado. Preferem-se os populistas, os demagogos e turbulentos, que logo fazem perder a liberdade e a vida. E como seria bom que, aprendendo com a história, se continuasse a construir sobre aquilo que foi positivo e bom! Nada ou pouco se aprende neste campo. De novo se bate com a cabeça na parede. Volta-se à estaca zero tantas vezes no meio de mais sofrimento, de novas guerras cada vez mais sofisticadas com todo o seu cortejo de tristes consequências. Só no limite do sofrimento e na sensação de que Deus o abandonou, o povo volta à consciência histórica, chama por Deus e acaba por reconhecer que, afinal, não foi Deus quem o abandonou, foram eles que abandonaram Deus. E lá recomeçam, lá vão erguendo a servis à voz de novos líderes que voltam a reorganizar o povo e o ajudam a conquistar a liberdade e a vida.
Eis um exemplo: quando Gedeão venceu - duramente, aliás -, os madianitas, os israelitas desejavam proclamá-lo seu rei, depois o seu filho, depois o seu neto, depois…
Gedeão, porém, não aceitou por medo de ao interpor-se uma figura humana, a fidelidade de Israel a Deus fosse esfriando. Mas se Gedeão não quis aceitar ser rei dos israelitas, logo surge, de forma interesseira, insaciável e irresponsável, quem viu nisso o seu grande momento para atingir o poder e exercer a autoridade. Usando todos os meios e perspicácia para se fazer valer, Abimelec chega-se à frente, contrata homens ociosos e aventureiros que se colocaram à sua disposição. Vai a casa de seu pai e mata todos os seus irmãos, exceto Joatão, o mais novo, que conseguiu escapar. Por convicção, ou por subserviência, ou por medo, não tardou que a alta sociedade lá do sítio, todos os senhores de Siquém, se reunissem para, com todas as mesuras e salamaleques, proclamar Abimelec como rei. O futuro, porém, estava à vista e a ironia correu célere e mordaz. O primeiro a manifestar-se foi Joatão, o único sobrevivente aos instintos bárbaros e absolutistas de Abimelec, seu irmão. Ironizando, sobe ao monte Garizim e grita à fina flor de Siquém, aos que tinham entronizado Abimelec como rei. Conta-lhes uma fábula popular com a qual critica tão desastrosa engenharia política, levando a concluir que somente aquele que nada produz é que se presta para exercer o poder, um poder armadilhado contra a liberdade do povo, mas sendo este, o povo, que deve assumir as consequências de tal decisão:
“Ouvi-me, senhores de Siquém, para que Deus também vos ouça. Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: “Reina sobre nós”. A oliveira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me baloiçar por cima das outras árvores?”.
Então as árvores disseram à figueira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a figueira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
E as árvores disseram à videira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a videira respondeu-lhes: “Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: “Vem tu reinar sobre nós”. E o espinheiro respondeu às árvores: “Se realmente quereis escolher-me como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano”. (Juízes, 8…).
A oliveira, a figueira e a videira, três árvores muito apreciadas no país (como quem diz: as pessoas mais comprometidas e apreciadas!), não se colocaram na ponta dos pés, não se sentiam vocacionadas a serem rei. Preferiram continuar a servir o povo com generosidade a partir dos seus respetivos lugares e funções, oferecendo-lhe os seus preciosos frutos e assegurando-lhe a melhor qualidade de vida possível. Só o espinheiro, a esterilidade personificada que não dá fruto nem sombra nem coisa que se veja, é que se oferece para reinar no país. E logo se dirige ao povo com pompa e circunstância, com falsos paternalismos e previsível prepotência: “vinde abrigar-vos à minha sombra”.
Não tardou muito que as traições se sucedessem. Aqueles que o colocaram no trono, os próprios senhores de Siquém, quiseram – em vão, aliás! -, quiseram tirar-lhe o tapete de debaixo dos pés. O medo levou-os a refugiarem-se na cripta do templo de El-Berit. Todos lá morreram queimados debaixo do fogo dos ramos que Abimelec e os seus sequazes ali amontoaram e incendiaram para os liquidar. O próprio Abimelec, ao cercar Tebes, aproximava-se para assaltar a torre. Uma mulher, porém, lançou-lhe uma mó de moinho sobre a cabeça, fraturou-lhe o crânio. Com vergonha de morrer às mãos de uma mulher, logo chamou o escudeiro e lhe disse: “Puxa da espada e mata-me, para não dizerem que uma mulher me matou”. E assim morreu tristemente forte na sua vergonha. “Nada mais pequeno do que um grande dominado pelo orgulho”, afirmava Clemente XIV.

Antonino Dias
Portalegre, 06-07-2018.

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