segunda-feira, 9 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Terça, 10 de julho de 2018










Terça da XIV semana do tempo comum






TERÇA-FEIRA da semana XIV

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Os 8, 4-7. 11-13; Sal 113 B (115), 3-4. 5-6. 7ab-8. 9-10
Ev Mt 9, 32-38


* Na Diocese de Coimbra – Aniversário da tomada de posse e entrada solene de D. Virgílio do Nascimento Antunes.
* Na Ordem Franciscana – S. Verónica Giuliani, virgem, da II Ordem – MF; na II Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Verónica Giuliani, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Congregação dos Sagrados Corações – S. Agostinho Zhao Rong, presbítero e Companheiros, mártires – MF
* Na Diocese de Bragança-Miranda – I Vésp. de S. Bento.
* Na Ordem Beneditina – I Vésp. de S. Bento
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MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.

ORAÇÃO
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Os 8, 4-7.11-13
«Já que semeiam ventos, colhem tempestades»


Leitura da Profecia de Oseias

Eis o que diz o Senhor: «Os filhos de Israel nomearam reis sem o meu consentimento, escolheram chefes sem Me terem consultado. Com a prata e o ouro que possuíam, fabricaram ídolos para sua perdição. – Considero abominável, ó Samaria, o bezerro que adoras! – Contra eles se inflamou a minha ira: até quando serão incapazes de se purificarem? Aquele ídolo provém de Israel; foi um artífice que o fez, ele não é Deus! Mas o bezerro de Samaria será feito em pedaços: já que semeiam ventos, colhem tempestades. Caule sem espiga não produz farinha; e ainda que a produzisse, os estrangeiros a comeriam. Efraim levantou muitos altares, mas só lhe serviram para pecar ainda mais. Se Eu lhe puser por escrito mil preceitos da minha lei, serão considerados como obra de um estranho. Eles oferecem sacrifícios e comem a carne imolada, mas o Senhor não os aceitará. O Senhor recordará o seu pecado e castigará as suas faltas e eles terão de voltar para o Egipto».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 113 B (115), 3-4.5-6.7ab-8.9-10 (R. 9a)
Refrão: A casa de Israel confia no Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

O nosso Deus está no céu,
faz tudo o que Lhe apraz.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,
são obra das mãos do homem. Refrão

Têm boca e não falam,
têm olhos e não veem.
Têm ouvidos e não ouvem,
têm nariz mas sem olfato. Refrão

Têm mãos e não palpam,
têm pés e não andam.
Serão como eles os que os fazem
e quantos neles põem a sua confiança. Refrão

A casa de Israel confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo.
A casa de Aarão confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo. Refrão


ALELUIA Jo 10, 14
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu sou o bom pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 32-38
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. A multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







 «Faz o que Deus quer e terás tudo quanto queres»

Pe. Américo




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: -  Os 8, 4-7.11-13 :Não são dos tempos passados as infidelidades do povo de Deus para o seu Senhor; são de todos os tempos. Grande parte da pregação dos profetas é dirigida a um povo infiel. Na leitura de hoje fala-se até de idolatria, ou seja, a substituição de Deus por deuses falsos, como diz o profeta. Tal maneira de proceder é uma sementeira de ventos, que só pode dar como colheita a tempestade.

Mt 9, 32-38: Para ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração simples, como o de uma criança. Foi assim já no tempo de Jesus: os simples tinham fé, os entendidos negavam-se até ao que era evidente. Jesus nem por isso desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho que este reino exige. Mas esses serão sempre um dom de Deus; é necessário, pois, pedir que Ele os envie. Sem a luz da Palavra de Deus, os homens transviam-se e perdem-se. Quem lha anunciará?
   
ORAÇÃO:  Dá-nos, Senhor, sentimentos de misericórdia para podermos acolher os sós e os abatidos.






AGENDA



16.30 horas: Funeral em Nisa – Misericórdia
18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo - Nisa
21.00 horas: Novena Beato Diogo





A VOZ DO PASTOR


QUERES VER O VILÃO?... METE-LHE A VARA NA MÃO!...

A história lá tem as suas ironias. E se não é cíclica, pelo menos parece, somos complicados. Na dinâmica que marca o destino histórico de um povo, também a Sagrada Escritura nos dá excelentes lições, lições de arrepiar. Para levar avante um projeto social, é preciso não perder a consciência histórica. As gerações, as que lutaram e sofreram, mantêm viva essa memória. Não esquecem facilmente o que passaram. Empenham-se na mudança da situação e no regresso da prosperidade e da paz. Mas essas gerações vão desaparecendo. As novas gerações, porém, não guardam essa memória. Raramente se reconhece e dá valor ao que se recebe de mão beijada. Muitas vezes, a prosperidade conquistada a suor e sangue por uns, leva os usufruidores ao aburguesamento, à banalização dos costumes, à corrupção, a ceder às solicitações do mundo e aos ídolos que a sociedade promove e serve. Deus deixa de contar. Quem se diz crente e vai na onda, também entra no formalismo, na hipocrisia e deixa endurecer o coração. Ora, o abandono de Deus arrasta consigo o desprezo pelo homem e constrói sistemas sociais injustos. Quem percebe e reage é considerado idiota, ou idealista, ou retrógrado. Preferem-se os populistas, os demagogos e turbulentos, que logo fazem perder a liberdade e a vida. E como seria bom que, aprendendo com a história, se continuasse a construir sobre aquilo que foi positivo e bom! Nada ou pouco se aprende neste campo. De novo se bate com a cabeça na parede. Volta-se à estaca zero tantas vezes no meio de mais sofrimento, de novas guerras cada vez mais sofisticadas com todo o seu cortejo de tristes consequências. Só no limite do sofrimento e na sensação de que Deus o abandonou, o povo volta à consciência histórica, chama por Deus e acaba por reconhecer que, afinal, não foi Deus quem o abandonou, foram eles que abandonaram Deus. E lá recomeçam, lá vão erguendo a servis à voz de novos líderes que voltam a reorganizar o povo e o ajudam a conquistar a liberdade e a vida.
Eis um exemplo: quando Gedeão venceu - duramente, aliás -, os madianitas, os israelitas desejavam proclamá-lo seu rei, depois o seu filho, depois o seu neto, depois…
Gedeão, porém, não aceitou por medo de ao interpor-se uma figura humana, a fidelidade de Israel a Deus fosse esfriando. Mas se Gedeão não quis aceitar ser rei dos israelitas, logo surge, de forma interesseira, insaciável e irresponsável, quem viu nisso o seu grande momento para atingir o poder e exercer a autoridade. Usando todos os meios e perspicácia para se fazer valer, Abimelec chega-se à frente, contrata homens ociosos e aventureiros que se colocaram à sua disposição. Vai a casa de seu pai e mata todos os seus irmãos, exceto Joatão, o mais novo, que conseguiu escapar. Por convicção, ou por subserviência, ou por medo, não tardou que a alta sociedade lá do sítio, todos os senhores de Siquém, se reunissem para, com todas as mesuras e salamaleques, proclamar Abimelec como rei. O futuro, porém, estava à vista e a ironia correu célere e mordaz. O primeiro a manifestar-se foi Joatão, o único sobrevivente aos instintos bárbaros e absolutistas de Abimelec, seu irmão. Ironizando, sobe ao monte Garizim e grita à fina flor de Siquém, aos que tinham entronizado Abimelec como rei. Conta-lhes uma fábula popular com a qual critica tão desastrosa engenharia política, levando a concluir que somente aquele que nada produz é que se presta para exercer o poder, um poder armadilhado contra a liberdade do povo, mas sendo este, o povo, que deve assumir as consequências de tal decisão:
“Ouvi-me, senhores de Siquém, para que Deus também vos ouça. Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: “Reina sobre nós”. A oliveira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me baloiçar por cima das outras árvores?”.
Então as árvores disseram à figueira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a figueira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
E as árvores disseram à videira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a videira respondeu-lhes: “Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: “Vem tu reinar sobre nós”. E o espinheiro respondeu às árvores: “Se realmente quereis escolher-me como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano”. (Juízes, 8…).
A oliveira, a figueira e a videira, três árvores muito apreciadas no país (como quem diz: as pessoas mais comprometidas e apreciadas!), não se colocaram na ponta dos pés, não se sentiam vocacionadas a serem rei. Preferiram continuar a servir o povo com generosidade a partir dos seus respetivos lugares e funções, oferecendo-lhe os seus preciosos frutos e assegurando-lhe a melhor qualidade de vida possível. Só o espinheiro, a esterilidade personificada que não dá fruto nem sombra nem coisa que se veja, é que se oferece para reinar no país. E logo se dirige ao povo com pompa e circunstância, com falsos paternalismos e previsível prepotência: “vinde abrigar-vos à minha sombra”.
Não tardou muito que as traições se sucedessem. Aqueles que o colocaram no trono, os próprios senhores de Siquém, quiseram – em vão, aliás! -, quiseram tirar-lhe o tapete de debaixo dos pés. O medo levou-os a refugiarem-se na cripta do templo de El-Berit. Todos lá morreram queimados debaixo do fogo dos ramos que Abimelec e os seus sequazes ali amontoaram e incendiaram para os liquidar. O próprio Abimelec, ao cercar Tebes, aproximava-se para assaltar a torre. Uma mulher, porém, lançou-lhe uma mó de moinho sobre a cabeça, fraturou-lhe o crânio. Com vergonha de morrer às mãos de uma mulher, logo chamou o escudeiro e lhe disse: “Puxa da espada e mata-me, para não dizerem que uma mulher me matou”. E assim morreu tristemente forte na sua vergonha. “Nada mais pequeno do que um grande dominado pelo orgulho”, afirmava Clemente XIV.

Antonino Dias
Portalegre, 06-07-2018.





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