quinta-feira, 26 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 27 de julho de 2018









Sexta da XVI semana do tempo comum
Salt. IV





SEXTA-FEIRA da semana XVI

Verde – Ofício da féria.

L 1 Jer 3, 14-17; Sal Jer 31, 10. 11-12ab. 13
Ev Mt 13, 18-23


* Na Diocese do Porto (Porto) – S. Pantaleão, mártir – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. Tito Brandsma, presbítero e mártir – MO e MF
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Maria Madalena Martinengo, virgem, da II Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Madalena Martinengo, virgem, da II Ordem – MF
* Na Instituição Teresiana – I Vésp. de S. Pedro Poveda Castroverde.



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 53, 6.8
Deus vem em meu auxílio, o Senhor sustenta a minha vida.
De todo o coração Vos oferecerei sacrifícios,
cantando a glória do vosso nome.


ORAÇÃO
Sede propício, Senhor, aos vossos servos
e multiplicai neles os dons da vossa graça,
para que, fervorosos na fé, esperança e caridade,
perseverem na fiel observância dos vossos mandamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Jer 3, 14-17
«Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração
e reunirei todos os povos em Jerusalém»

Esta profecia é o anúncio do fim do exílio e da restauração dos reinos de Judá e de Israel. Nesses dias, nem a Arca da Aliança será necessária, porque Deus reinará no meio do seu povo e a própria cidade será toda ela o “Trono do Senhor”. Este mistério, aqui anunciado pelo profeta, terá a sua realização plena na Igreja de Cristo, e finalmente, de maneira perfeita, na Jerusalém celeste, como o Apocalipse o deixará entrever.

Leitura do Livro de Jeremias

Assim fala o Senhor: «Voltai para Mim, filhos rebeldes, porque Eu sou o vosso Senhor. Eu vos tomarei, um de uma cidade e dois de uma família, para vos conduzir a Sião. Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentarão com inteligência e sabedoria. Nesses dias – diz o Senhor – quando crescerdes e vos multiplicardes na terra, não mais se falará da arca da aliança do Senhor. Não tornará a ser recordada, ninguém mais pensará nela; nunca se dará pela sua falta, nem será construída outra nova. Nesse tempo, chamarão a Jerusalém ‘Trono do Senhor’; em Jerusalém se reunirão todos os povos em nome do Senhor e não seguirão mais a dureza do seu coração perverso».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Jer 31, 10.11-12ab.13 (R. cf. 10d)
Refrão: Como o pastor guarda o seu rebanho,

assim nos guarda o Senhor. Repete-se

Escutai, ó povos, a palavra do Senhor
e anunciai-a às ilhas distantes:
Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo
e guardá-lo como um pastor ao seu rebanho. Refrão

O Senhor resgatou Jacob
e libertou-o das mãos do seu dominador.
Regressarão com brados de alegria ao monte Sião,
acorrendo às bênçãos do Senhor. Refrão

A virgem dançará alegremente,
exultarão os jovens e os velhos.
Converterei o seu luto em alegria
e a sua dor será mudada em consolação e júbilo. Refrão


ALELUIA cf. Lc 8, 15
Refrão: Aleluia Repete-se


Felizes os que recebem a palavra de Deus
de coração sincero e generoso
e produzem fruto pela perseverança. Refrão


EVANGELHO Mt 13, 18-23
«Aquele que ouve a palavra e a compreende, esse dá fruto»

Jesus dá a explicação da parábola do semeador. A semente é sempre boa, porque é a palavra de Deus, mas o fruto depende do acolhimento que a terra lhe dá, da atenção que ela encontra no coração de cada homem.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Escutai o que significa a parábola do semeador: Quando um homem ouve a palavra do reino e não a compreende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente ao longo do caminho. Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe de momento com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, porque é inconstante, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbe logo. Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra, que assim não dá fruto. E aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta por um».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que levastes à plenitude os sacrifícios da Antiga Lei
no único sacrifício de Cristo,
aceitai e santificai esta oblação dos vossos fiéis,
como outrora abençoastes a oblação de Abel;
e fazei que os dons oferecidos em vossa honra por cada um de nós
sirvam para a salvação de todos.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 110, 4-5
O Senhor misericordioso e compassivo
instituiu o memorial das suas maravilhas,
deu sustento àqueles que O temem.

Ou Ap 3, 20
Eu estou à porta e chamo, diz o Senhor.
Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta,
entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo
que saciastes nestes divinos mistérios
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Nosso Senhor.







 «Onde está Deus? No coração de quem faz a pergunta»

Júlio C. Labaké






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA: - A parábola do semeador é um retrato das diversas atitudes que o homem poderá ter perante a Palavra de Deus: abandona-la à primeira dificuldade, despreza-la, desinteressar-se; ou acolhe-la, compreende-la, dar muito fruto graças à própria Palavra.

MEDITAÇÃO: - Três elementos são significativos nesta parábola: o semeador que é Deus, a semente que é a Palavra, e o homem que é a terra onde ela cai. Deus lança a sente e todos por igual. O único que muda é o modo como o homem se predispõe a receber esta semente. Semente que é preciso proteger, cuidar e regar para que possa germinar, crescer e dar fruto.

ORAÇÃO: - Senhor, prepara o coração dos jovens para que saibam acolher a tua graça e reconhecer a tua presença em suas vidas.






AGENDA

18.00 horas: Missa em Nisa – Espirito Santo.




A VOZ DO PASTOR


SÓ OS PEQUENINOS ENTENDERÃO

Muita gente escreve sobre muita coisa. E bem, gosto de ler. Há textos belíssimos em diversas áreas, textos bonitos em conteúdo e forma, aprendo sempre. Da minha parte, e atendendo à missão que me cabe, vou recordando o que é importante não esquecer, consciente de que muitos não gostarão nem do conteúdo nem da forma. Mas esta diversidade é bonita, faz bem, confronta, leva a pensar, contribui para o enriquecimento pessoal e para a beleza da unidade sem uniformizar. Dentro deste proceder, vou recordar mais um aspeto essencial da nossa vida.
Muitas vezes ouvimos dizer: “porque não tenho nada que fazer, vou aproveitar o tempo, vou rezar!” “Não, eu não rezo porque não tenho tempo, tenho muito que fazer, tenho muito trabalho!”
Entendo que não se reza para aproveitar o tempo. Não se reza porque não se tem mais nada que fazer. Não se deve deixar de rezar porque se tem muito que fazer, não se tem tempo! As razões subjacentes a estas atitudes prendem-se talvez com o facto de não se saber bem o que é a oração e também com o facto de não se saber bem o que é rezar. É verdade que a oração é uma aprendizagem constante que também reclama trabalho cuidadoso e momentos fortes de oração na diversidade das suas expressões. Como nos ensina a Igreja, o dinamismo do amor vivido na oração configura a existência, a identidade e a ação do discípulo.
Segundo São Francisco de Sales, tal como as plantas dão fruto cada uma segundo a sua espécie, assim os cristãos, como plantas vivas da Igreja, devem produzir frutos de devoção segundo a sua qualidade, o seu estado e a sua vocação. Assim, segundo ele, a devoção deve “ser exercida de maneira diferente pelo fidalgo e pelo operário, pelo criado e pelo príncipe, pela viúva, a solteira ou a mulher casada; e não somente isto: é necessário acomodar o exercício da devoção às forças, aos trabalhos e aos deveres de cada pessoa em particular”. E faz uma pergunta pertinente: “estaria certo que um bispo quisesse viver na solidão como os Cartuxos; que os casados não quisessem amealhar mais que os Capuchinhos; que o operário passasse o dia na Igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre sujeito a toda a espécie de encontros para serviço do próximo como o bispo? Não seria ridícula, desordenada e inadmissível tal devoção?”. Este erro, porém, afirma Francisco de Sales, “acontece frequentemente”. Quando a devoção “se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é sem dúvida falsa”. A abelha “extrai o mel das flores sem lhes fazer mal, deixando-as intactas e frescas como as encontrou”. A verdadeira devoção “age melhor ainda, porque não somente não prejudica qualquer espécie de vocação ou de tarefa, como ainda as engrandece e embeleza”. Cada um torna-se “mais agradável e perfeito na sua vocação se esta for conjugada com a devoção: a atenção à família torna-se mais paciente, o amor entre marido e mulher mais sincero, mais fiel o serviço que se presta ao príncipe, e mais suave e agradável o desempenho de todas as ocupações. É um erro, se não mesmo uma heresia, querer banir a vida devota do regimento dos soldados, da oficina dos operários, da corte dos príncipes, do lar das pessoas casadas”.
É sempre possível rezar. São João Crisóstomo ensinava que é possível fazer oração fervorosa “mesmo no mercado ou durante um passeio solitário”, mesmo “sentados na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar”.
Na verdade, a devoção pessoal tem vários rostos e maneiras muito próprias. Há muitas formas de oração, nenhuma delas obrigatória ou a exigir posição convencionada. Importante é atingir a meta que nos é proposta, a meta da santidade, cada um segundo o seu ritmo e circunstâncias, mas sem desistir de fazer o seu caminho!... O fundamento desta caminhada é a humildade. Somos mendigos de Deus, quem pede pede com humildade. E a oração verdadeiramente humilde brota do coração. O coração é a morada onde cada um de nós está, onde habita, onde desce. É o lugar do encontro, da aliança, da decisão. O lugar da verdade onde escolhemos a vida incendiados pelo fogo do Espírito Santo (cf. CIC2563).
 Santa Teresa do Menino Jesus dizia que a oração “é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio das alegrias”. E faz-se em comunhão com Cristo que “sendo o nosso Sacerdote, ora por nós; sendo a nossa Cabeça, ora em nós; e sendo o nosso Deus, a Ele oramos”. Importa, isso sim, é reconhecer “n’Ele a nossa voz e a voz d’Ele em nós” (S. Agostinho). Esta permanente recordação de Jesus ao longo do dia, manifestada, por exemplo, em pequeninos atos de fé leva-nos a estar habitualmente na presença de Deus, gera o amor e a alegria, a confiança e a intimidade, dá força e sentido às coisas da vida e à própria à vida. O Catecismo da Igreja Católica garante-nos que a invocação do santo nome de Jesus muitas vezes repetido por um coração humilde é o caminho mais simples da oração contínua (cf. CIC2668). São Paulo, por sua vez, retomando o versículo do Profeta Joel, afirma que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rom 10,13). Invocar o nome do Senhor é voltarmo-nos para Ele, é abandonarmo-nos a Ele, é viver n’Ele e Ele em nós. Citando de novo São Francisco de Sales numa carta que escreveu a Joana de Chantal, ele exortava-a a que pronunciasse, do fundo do coração, com amor, o nome de Jesus a fim de que a Sua presença marcasse toda a sua vida, todo o seu ser. Há muita gente que tem este hábito de oração, o de repetir o nome de Jesus ou outras expressões ou jaculatórias que lhe são mais caras. Pessoalmente tenho predileção especial pelo ato de fé e humildade que São Tomé, naquelas circunstâncias, fez diante de Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”(Jo 20,28). O mundo apresenta-nos muitos senhores, com ou sem gravata. Jesus, porém, quer se aceite ou não, é o único Senhor! A sociedade fabrica, promove, adora e serve muitos deuses. O desafio, no entanto, é só um, o verdadeiro: “Adorarás ao Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mt 4,10). Os sábios e inteligentes deste mundo, apoiados no que têm, podem e julgam saber, têm dificuldade em aceitar estes sinais de pista. Os pequeninos, os mansos e humildes de coração, agradecidos, seguem-nos com muita alegria e esperança.

Antonino Dias
Portalegre, 20-07-2018.




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