PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 09 de julho de 2018
Segunda
da XIV semana do tempo comum
SEGUNDA-FEIRA
da semana XIV
SS. Agostinho Zao Rong,
presbítero, e Companheiros, mártires – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Os 2, 16. 17b-18. 21-22; Sal 144 (145), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
Ev Mt 9, 18-26
* Na Ordem Carmelita – B. Joana Scopelli, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana – SS. Nicolau Pick, Wilhaldi e Companheiros, mártires, da I Ordem – MO
* Na Ordem de São Domingos – S. João de Colónia, presbítero e Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Nossa Senhora, Mãe da Santa Esperança – MF
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Virgem Santa Maria, Rainha da Paz – FESTA
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 47,
10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
ORAÇÃO
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Os 2, 16.17b-18.21-22
«Desposar-te-ei para sempre»
Leitura da Profecia de Oseias
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
ORAÇÃO
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Os 2, 16.17b-18.21-22
«Desposar-te-ei para sempre»
Leitura da Profecia de Oseias
Eis o que diz o Senhor: «Hei de atrair ao meu amor a casa de Israel, hei de conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração. Ali corresponderá como nos dias da sua juventude, quando saiu da terra do Egipto. Nesse dia, diz o Senhor, chamar-Me-ás ‘meu marido’ e não ‘meu baal’. Farei de ti minha esposa para sempre, desposar-te-ei segundo a justiça e o direito, com amor e misericórdia. Desposar-te-ei com fidelidade e tu conhecerás o Senhor».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Quero bendizer-Vos dia após dia
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza. Refrão
Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do esplendor da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas. Refrão
Cantam o poder das vossas obras
e proclamam a vossa grandeza.
Celebram a memória da vossa imensa bondade
e aclamam a vossa justiça. Refrão
O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas. Refrão
ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão
EVANGELHO Mt 9, 18-26
«A minha filha acaba de morrer.
Mas vem impor-lhe a mão e ela viverá»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Deus
deixa-se conquistar pelo humilde mas recusa a arrogância do orgulhoso»
João
Paulo II
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA: - Os 2, 16.17b-18.21-22: A comparação do
amor de Deus pelos homens com o amor que une o homem e a mulher é célebre na
Sagrada Escritura, particularmente no profeta Oseias. Foi com tal comparação
que Deus quis chamar à razão o povo que, em momento de prosperidade material,
se havia esquecido d’Ele. Oseias, cuja vida familiar lhe fizera conhecer os
altos e baixos da alegria doméstica, pode justamente pôr na boca de Deus uma
queixa dolorosa contra o seu povo, rebelde e infiel. Mas Deus propôs-se reconduzir
ao seu amor, sempre fiel, esse povo, a quem ofereceu as primeiras grandes
manifestações de amor nos tempos da travessia do deserto. Esses dias ficarão,
para sempre, o tempo do grande amor; por isso, o Senhor como que os quer
recuperar, reconduzindo ao deserto e atraindo, de novo, a Si o seu povo infiel.
Mt 9, 18-26: Jesus faz dois milagres, um para salvar
na doença, outro para livrar da morte, dois sinais de que Ele é quem salva e dá
a vida, de que Ele tem a Vida em Si mesmo (cf. Jo, 5, 26), de que Ele mesmo é a
Vida. No reino de Deus, “a morte deixará de existir, e não mais haverá luto”
(Ap. 21,4). Os milagres de Jesus são sinais desse reino, que já começou, mas
que ainda se não revelou em toda a sua plenitude.
ORAÇÃO: Dá-nos, Senhor, sentimentos de misericórdia para podermos acolher os sós e os abatidos.
AGENDA
11.00 horas: Nisa.
Funeral de João Valente
21.00 horas: Novena
Beato Diogo
A VOZ DO PASTOR
QUERES VER O VILÃO?...
METE-LHE A VARA NA MÃO!...
A história lá tem as suas ironias. E se não
é cíclica, pelo menos parece, somos complicados. Na dinâmica que marca o
destino histórico de um povo, também a Sagrada Escritura nos dá excelentes
lições, lições de arrepiar. Para levar avante um projeto social, é preciso não
perder a consciência histórica. As gerações, as que lutaram e sofreram, mantêm
viva essa memória. Não esquecem facilmente o que passaram. Empenham-se na
mudança da situação e no regresso da prosperidade e da paz. Mas essas gerações
vão desaparecendo. As novas gerações, porém, não guardam essa memória.
Raramente se reconhece e dá valor ao que se recebe de mão beijada. Muitas
vezes, a prosperidade conquistada a suor e sangue por uns, leva os usufruidores
ao aburguesamento, à banalização dos costumes, à corrupção, a ceder às solicitações
do mundo e aos ídolos que a sociedade promove e serve. Deus deixa de contar.
Quem se diz crente e vai na onda, também entra no formalismo, na hipocrisia e
deixa endurecer o coração. Ora, o abandono de Deus arrasta consigo o desprezo
pelo homem e constrói sistemas sociais injustos. Quem percebe e reage é
considerado idiota, ou idealista, ou retrógrado. Preferem-se os populistas, os
demagogos e turbulentos, que logo fazem perder a liberdade e a vida. E como
seria bom que, aprendendo com a história, se continuasse a construir sobre
aquilo que foi positivo e bom! Nada ou pouco se aprende neste campo. De novo se
bate com a cabeça na parede. Volta-se à estaca zero tantas vezes no meio de
mais sofrimento, de novas guerras cada vez mais sofisticadas com todo o seu
cortejo de tristes consequências. Só no limite do sofrimento e na sensação de
que Deus o abandonou, o povo volta à consciência histórica, chama por Deus e
acaba por reconhecer que, afinal, não foi Deus quem o abandonou, foram eles que
abandonaram Deus. E lá recomeçam, lá vão erguendo a servis à voz de novos
líderes que voltam a reorganizar o povo e o ajudam a conquistar a liberdade e a
vida.
Eis um exemplo: quando Gedeão venceu -
duramente, aliás -, os madianitas, os israelitas desejavam proclamá-lo seu rei,
depois o seu filho, depois o seu neto, depois…
Gedeão, porém, não aceitou por medo de
ao interpor-se uma figura humana, a fidelidade de Israel a Deus fosse
esfriando. Mas se Gedeão não quis aceitar ser rei dos israelitas, logo surge,
de forma interesseira, insaciável e irresponsável, quem viu nisso o seu grande
momento para atingir o poder e exercer a autoridade. Usando todos os meios e
perspicácia para se fazer valer, Abimelec chega-se à frente, contrata homens
ociosos e aventureiros que se colocaram à sua disposição. Vai a casa de seu pai
e mata todos os seus irmãos, exceto Joatão, o mais novo, que conseguiu escapar.
Por convicção, ou por subserviência, ou por medo, não tardou que a alta
sociedade lá do sítio, todos os senhores de Siquém, se reunissem para, com
todas as mesuras e salamaleques, proclamar Abimelec como rei. O futuro, porém,
estava à vista e a ironia correu célere e mordaz. O primeiro a manifestar-se
foi Joatão, o único sobrevivente aos instintos bárbaros e absolutistas de
Abimelec, seu irmão. Ironizando, sobe ao monte Garizim e grita à fina flor de
Siquém, aos que tinham entronizado Abimelec como rei. Conta-lhes uma fábula
popular com a qual critica tão desastrosa engenharia política, levando a
concluir que somente aquele que nada produz é que se presta para exercer o
poder, um poder armadilhado contra a liberdade do povo, mas sendo este, o povo,
que deve assumir as consequências de tal decisão:
“Ouvi-me, senhores de Siquém, para que
Deus também vos ouça. Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei.
Disseram à oliveira: “Reina sobre nós”. A oliveira respondeu-lhes: “Terei de
renunciar à doçura do meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me
baloiçar por cima das outras árvores?”.
Então as árvores disseram à figueira:
“Vem tu reinar sobre nós”. Mas a figueira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à
doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das outras
árvores?”.
E as árvores disseram à videira: “Vem tu
reinar sobre nós”. Mas a videira respondeu-lhes: “Terei de renunciar ao meu
vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das
outras árvores?”.
Então todas as árvores disseram ao
espinheiro: “Vem tu reinar sobre nós”. E o espinheiro respondeu às árvores: “Se
realmente quereis escolher-me como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra.
Se não, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano”. (Juízes, 8…).
A oliveira, a figueira e a videira, três
árvores muito apreciadas no país (como quem diz: as pessoas mais comprometidas
e apreciadas!), não se colocaram na ponta dos pés, não se sentiam vocacionadas
a serem rei. Preferiram continuar a servir o povo com generosidade a partir dos
seus respetivos lugares e funções, oferecendo-lhe os seus preciosos frutos e
assegurando-lhe a melhor qualidade de vida possível. Só o espinheiro, a
esterilidade personificada que não dá fruto nem sombra nem coisa que se veja, é
que se oferece para reinar no país. E logo se dirige ao povo com pompa e
circunstância, com falsos paternalismos e previsível prepotência: “vinde
abrigar-vos à minha sombra”.
Não tardou muito que as traições se
sucedessem. Aqueles que o colocaram no trono, os próprios senhores de Siquém,
quiseram – em vão, aliás! -, quiseram tirar-lhe o tapete de debaixo dos pés. O medo
levou-os a refugiarem-se na cripta do templo de El-Berit. Todos lá morreram
queimados debaixo do fogo dos ramos que Abimelec e os seus sequazes ali
amontoaram e incendiaram para os liquidar. O próprio Abimelec, ao cercar Tebes,
aproximava-se para assaltar a torre. Uma mulher, porém, lançou-lhe uma mó de
moinho sobre a cabeça, fraturou-lhe o crânio. Com vergonha de morrer às mãos de
uma mulher, logo chamou o escudeiro e lhe disse: “Puxa da espada e mata-me,
para não dizerem que uma mulher me matou”. E assim morreu tristemente forte na
sua vergonha. “Nada mais pequeno do que um grande dominado pelo orgulho”,
afirmava Clemente XIV.
Antonino Dias
Portalegre, 06-07-2018.
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