domingo, 8 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 09 de julho de 2018










Segunda da XIV semana do tempo comum






SEGUNDA-FEIRA da semana XIV

SS. Agostinho Zao Rong, presbítero, e Companheiros, mártires – MF

Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Os 2, 16. 17b-18. 21-22; Sal 144 (145), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
Ev Mt 9, 18-26


* Na Ordem Carmelita – B. Joana Scopelli, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana – SS. Nicolau Pick, Wilhaldi e Companheiros, mártires, da I Ordem – MO
* Na Ordem de São Domingos – S. João de Colónia, presbítero e Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Nossa Senhora, Mãe da Santa Esperança – MF
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Virgem Santa Maria, Rainha da Paz – FESTA


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Os 2, 16.17b-18.21-22
«Desposar-te-ei para sempre»

Leitura da Profecia de Oseias

Eis o que diz o Senhor: «Hei de atrair ao meu amor a casa de Israel, hei de conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração. Ali corresponderá como nos dias da sua juventude, quando saiu da terra do Egipto. Nesse dia, diz o Senhor, chamar-Me-ás ‘meu marido’ e não ‘meu baal’. Farei de ti minha esposa para sempre, desposar-te-ei segundo a justiça e o direito, com amor e misericórdia. Desposar-te-ei com fidelidade e tu conhecerás o Senhor».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se


Quero bendizer-Vos dia após dia
e louvar o vosso nome para sempre.
O Senhor é grande e digno de louvor,
insondável é a sua grandeza. Refrão

Uma geração anuncia à outra as vossas obras
e todas proclamam o vosso poder.
Falam do esplendor da vossa majestade
e anunciam as vossas maravilhas. Refrão

Cantam o poder das vossas obras
e proclamam a vossa grandeza.
Celebram a memória da vossa imensa bondade
e aclamam a vossa justiça. Refrão

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas. Refrão


ALELUIA cf. 2 Tim 1, 10
Refrão: Aleluia Repete-se


Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte
e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Refrão

EVANGELHO Mt 9, 18-26
«A minha filha acaba de morrer.
Mas vem impor-lhe a mão e ela viverá»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








 «Deus deixa-se conquistar pelo humilde mas recusa a arrogância do orgulhoso»

João Paulo II




MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA: -  Os 2, 16.17b-18.21-22: A comparação do amor de Deus pelos homens com o amor que une o homem e a mulher é célebre na Sagrada Escritura, particularmente no profeta Oseias. Foi com tal comparação que Deus quis chamar à razão o povo que, em momento de prosperidade material, se havia esquecido d’Ele. Oseias, cuja vida familiar lhe fizera conhecer os altos e baixos da alegria doméstica, pode justamente pôr na boca de Deus uma queixa dolorosa contra o seu povo, rebelde e infiel. Mas Deus propôs-se reconduzir ao seu amor, sempre fiel, esse povo, a quem ofereceu as primeiras grandes manifestações de amor nos tempos da travessia do deserto. Esses dias ficarão, para sempre, o tempo do grande amor; por isso, o Senhor como que os quer recuperar, reconduzindo ao deserto e atraindo, de novo, a Si o seu povo infiel.

Mt 9, 18-26: Jesus faz dois milagres, um para salvar na doença, outro para livrar da morte, dois sinais de que Ele é quem salva e dá a vida, de que Ele tem a Vida em Si mesmo (cf. Jo, 5, 26), de que Ele mesmo é a Vida. No reino de Deus, “a morte deixará de existir, e não mais haverá luto” (Ap. 21,4). Os milagres de Jesus são sinais desse reino, que já começou, mas que ainda se não revelou em toda a sua plenitude.
   
ORAÇÃO:  Dá-nos, Senhor, sentimentos de misericórdia para podermos acolher os sós e os abatidos.






AGENDA


11.00 horas: Nisa. Funeral de João Valente
21.00 horas: Novena Beato Diogo





A VOZ DO PASTOR


QUERES VER O VILÃO?... METE-LHE A VARA NA MÃO!...

A história lá tem as suas ironias. E se não é cíclica, pelo menos parece, somos complicados. Na dinâmica que marca o destino histórico de um povo, também a Sagrada Escritura nos dá excelentes lições, lições de arrepiar. Para levar avante um projeto social, é preciso não perder a consciência histórica. As gerações, as que lutaram e sofreram, mantêm viva essa memória. Não esquecem facilmente o que passaram. Empenham-se na mudança da situação e no regresso da prosperidade e da paz. Mas essas gerações vão desaparecendo. As novas gerações, porém, não guardam essa memória. Raramente se reconhece e dá valor ao que se recebe de mão beijada. Muitas vezes, a prosperidade conquistada a suor e sangue por uns, leva os usufruidores ao aburguesamento, à banalização dos costumes, à corrupção, a ceder às solicitações do mundo e aos ídolos que a sociedade promove e serve. Deus deixa de contar. Quem se diz crente e vai na onda, também entra no formalismo, na hipocrisia e deixa endurecer o coração. Ora, o abandono de Deus arrasta consigo o desprezo pelo homem e constrói sistemas sociais injustos. Quem percebe e reage é considerado idiota, ou idealista, ou retrógrado. Preferem-se os populistas, os demagogos e turbulentos, que logo fazem perder a liberdade e a vida. E como seria bom que, aprendendo com a história, se continuasse a construir sobre aquilo que foi positivo e bom! Nada ou pouco se aprende neste campo. De novo se bate com a cabeça na parede. Volta-se à estaca zero tantas vezes no meio de mais sofrimento, de novas guerras cada vez mais sofisticadas com todo o seu cortejo de tristes consequências. Só no limite do sofrimento e na sensação de que Deus o abandonou, o povo volta à consciência histórica, chama por Deus e acaba por reconhecer que, afinal, não foi Deus quem o abandonou, foram eles que abandonaram Deus. E lá recomeçam, lá vão erguendo a servis à voz de novos líderes que voltam a reorganizar o povo e o ajudam a conquistar a liberdade e a vida.
Eis um exemplo: quando Gedeão venceu - duramente, aliás -, os madianitas, os israelitas desejavam proclamá-lo seu rei, depois o seu filho, depois o seu neto, depois…
Gedeão, porém, não aceitou por medo de ao interpor-se uma figura humana, a fidelidade de Israel a Deus fosse esfriando. Mas se Gedeão não quis aceitar ser rei dos israelitas, logo surge, de forma interesseira, insaciável e irresponsável, quem viu nisso o seu grande momento para atingir o poder e exercer a autoridade. Usando todos os meios e perspicácia para se fazer valer, Abimelec chega-se à frente, contrata homens ociosos e aventureiros que se colocaram à sua disposição. Vai a casa de seu pai e mata todos os seus irmãos, exceto Joatão, o mais novo, que conseguiu escapar. Por convicção, ou por subserviência, ou por medo, não tardou que a alta sociedade lá do sítio, todos os senhores de Siquém, se reunissem para, com todas as mesuras e salamaleques, proclamar Abimelec como rei. O futuro, porém, estava à vista e a ironia correu célere e mordaz. O primeiro a manifestar-se foi Joatão, o único sobrevivente aos instintos bárbaros e absolutistas de Abimelec, seu irmão. Ironizando, sobe ao monte Garizim e grita à fina flor de Siquém, aos que tinham entronizado Abimelec como rei. Conta-lhes uma fábula popular com a qual critica tão desastrosa engenharia política, levando a concluir que somente aquele que nada produz é que se presta para exercer o poder, um poder armadilhado contra a liberdade do povo, mas sendo este, o povo, que deve assumir as consequências de tal decisão:
“Ouvi-me, senhores de Siquém, para que Deus também vos ouça. Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: “Reina sobre nós”. A oliveira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me baloiçar por cima das outras árvores?”.
Então as árvores disseram à figueira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a figueira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
E as árvores disseram à videira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a videira respondeu-lhes: “Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: “Vem tu reinar sobre nós”. E o espinheiro respondeu às árvores: “Se realmente quereis escolher-me como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano”. (Juízes, 8…).
A oliveira, a figueira e a videira, três árvores muito apreciadas no país (como quem diz: as pessoas mais comprometidas e apreciadas!), não se colocaram na ponta dos pés, não se sentiam vocacionadas a serem rei. Preferiram continuar a servir o povo com generosidade a partir dos seus respetivos lugares e funções, oferecendo-lhe os seus preciosos frutos e assegurando-lhe a melhor qualidade de vida possível. Só o espinheiro, a esterilidade personificada que não dá fruto nem sombra nem coisa que se veja, é que se oferece para reinar no país. E logo se dirige ao povo com pompa e circunstância, com falsos paternalismos e previsível prepotência: “vinde abrigar-vos à minha sombra”.
Não tardou muito que as traições se sucedessem. Aqueles que o colocaram no trono, os próprios senhores de Siquém, quiseram – em vão, aliás! -, quiseram tirar-lhe o tapete de debaixo dos pés. O medo levou-os a refugiarem-se na cripta do templo de El-Berit. Todos lá morreram queimados debaixo do fogo dos ramos que Abimelec e os seus sequazes ali amontoaram e incendiaram para os liquidar. O próprio Abimelec, ao cercar Tebes, aproximava-se para assaltar a torre. Uma mulher, porém, lançou-lhe uma mó de moinho sobre a cabeça, fraturou-lhe o crânio. Com vergonha de morrer às mãos de uma mulher, logo chamou o escudeiro e lhe disse: “Puxa da espada e mata-me, para não dizerem que uma mulher me matou”. E assim morreu tristemente forte na sua vergonha. “Nada mais pequeno do que um grande dominado pelo orgulho”, afirmava Clemente XIV.

Antonino Dias
Portalegre, 06-07-2018.




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