sexta-feira, 13 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Sábado, 14 de julho de 2018











Sábado da XIV semana do tempo comum







SÁBADO da semana XIV

Santa Maria no Sábado – MF
S. Camilo de Lelis, presbítero – MF

Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha

L 1 Is 6, 1-8; Sal 92 (93), 1ab. 1c-2. 5
Ev Mt 10, 24-33


* Na Ordem Cartusiana – B. João de Espanha, monge – FESTA
* Na Ordem Franciscana – S. Francisco Solano, presbítero – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Francisco Solano, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Congregação das Filhas de São Camilo – S. Camilo de Lelis, Fundador da Ordem dos Ministros dos Enfermos – SOLENIDADE
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – S. Camilo de Lelis, presbítero – MO
* Na Ordem Franciscana (I Ordem – Convento de Montariol) – I Vésp. de S. Boaventura.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus (Casa do Telhal) – I Vésp. da Dedicação da igreja da Casa.
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. do Santíssimo Redentor.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.



 MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA Is 6, 1-8
«Eis-me aqui: podeis enviar-me»


Leitura do Livro de Isaías

No ano em que morreu Ozias, rei de Judá, vi o Senhor, sentado num trono alto e sublime; a fímbria do seu manto enchia o templo. À sua volta estavam serafins de pé, que tinham seis asas cada um: com duas asas cobriam o rosto e com as outras duas voavam. E clamavam alternadamente, dizendo: «Santo, santo, santo é o Senhor do Universo. A sua glória enche toda a terra». Com estes brados as portas oscilavam nos seus gonzos e o templo enchia-se de fumo. Então exclamei: «Ai de mim, que estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros; moro no meio de um povo de lábios impuros e os meus olhos viram o Rei, Senhor do Universo». Um dos serafins voou ao meu encontro, tendo na mão um carvão ardente que tirara do altar com uma tenaz. Tocou-me com ele na boca e disse-me: «Isto tocou os teus lábios: desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa». Ouvi então a voz do Senhor, que dizia: «Quem enviarei? Quem irá por nós?». Eu respondi: «Eis-me aqui: podeis enviar-me».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 92 (93), 1ab.1c-2.5 (R. 1a)
Refrão: O Senhor é rei, revestiu-Se de majestade. Repete-se


O Senhor é rei,
revestiu-Se de majestade,
revestiu-Se e cingiu-Se de poder.  Refrão

Firmou o universo, que não vacilará.
É firme o vosso trono desde sempre,
Vós existis desde toda a eternidade. Refrão

Os vossos testemunhos são dignos de toda a fé,
a santidade habita na vossa casa
por todo o sempre. Refrão


ALELUIA 1 Pedro 4, 14
Refrão: Aleluia Repete-se


Felizes de vós, se sois ultrajados pelo nome de Cristo,
porque o Espírito de Deus repousa sobre vós. Refrão


EVANGELHO Mt 10, 24-33
«Não temais os que matam o corpo»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa? Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.








 «O profeta critica em nome de Deus. Mas vive publicamente segundo a razão da sua crítica»





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.


LEITURA:

MEDITAÇÃO: Não tenhais medo! Não temais! São as palavras de Jesus aos discípulos que sofrem perseguição. Isto, Ele o disse naquele tempo. E hoje, como cristãos, o que nos mete medo? Sabemos que Senhor está ao lado daqueles que O amam. Então, por que ter medo?
 
ORAÇÃO:  Recebe, Senhor, os nossos desejos de defender a fé em cada momento. Faz-nos fortes e destemidos perante a adversidade.






AGENDA

12.00 horas: Missa na Silveira (Vila Velha do Ródão)
15.00 horas: Missa em Salavessa
16.00 horas: Missa no Pé da Serra
18.00 horas: Missa em Arez
18.00 horas: Missa em Nisa – Senhora da Graça
21.00 horas: Novena de preparação para a festa do Beato Diogo





A VOZ DO PASTOR


QUERES VER O VILÃO?... METE-LHE A VARA NA MÃO!...

A história lá tem as suas ironias. E se não é cíclica, pelo menos parece, somos complicados. Na dinâmica que marca o destino histórico de um povo, também a Sagrada Escritura nos dá excelentes lições, lições de arrepiar. Para levar avante um projeto social, é preciso não perder a consciência histórica. As gerações, as que lutaram e sofreram, mantêm viva essa memória. Não esquecem facilmente o que passaram. Empenham-se na mudança da situação e no regresso da prosperidade e da paz. Mas essas gerações vão desaparecendo. As novas gerações, porém, não guardam essa memória. Raramente se reconhece e dá valor ao que se recebe de mão beijada. Muitas vezes, a prosperidade conquistada a suor e sangue por uns, leva os usufruidores ao aburguesamento, à banalização dos costumes, à corrupção, a ceder às solicitações do mundo e aos ídolos que a sociedade promove e serve. Deus deixa de contar. Quem se diz crente e vai na onda, também entra no formalismo, na hipocrisia e deixa endurecer o coração. Ora, o abandono de Deus arrasta consigo o desprezo pelo homem e constrói sistemas sociais injustos. Quem percebe e reage é considerado idiota, ou idealista, ou retrógrado. Preferem-se os populistas, os demagogos e turbulentos, que logo fazem perder a liberdade e a vida. E como seria bom que, aprendendo com a história, se continuasse a construir sobre aquilo que foi positivo e bom! Nada ou pouco se aprende neste campo. De novo se bate com a cabeça na parede. Volta-se à estaca zero tantas vezes no meio de mais sofrimento, de novas guerras cada vez mais sofisticadas com todo o seu cortejo de tristes consequências. Só no limite do sofrimento e na sensação de que Deus o abandonou, o povo volta à consciência histórica, chama por Deus e acaba por reconhecer que, afinal, não foi Deus quem o abandonou, foram eles que abandonaram Deus. E lá recomeçam, lá vão erguendo a servis à voz de novos líderes que voltam a reorganizar o povo e o ajudam a conquistar a liberdade e a vida.
Eis um exemplo: quando Gedeão venceu - duramente, aliás -, os madianitas, os israelitas desejavam proclamá-lo seu rei, depois o seu filho, depois o seu neto, depois…
Gedeão, porém, não aceitou por medo de ao interpor-se uma figura humana, a fidelidade de Israel a Deus fosse esfriando. Mas se Gedeão não quis aceitar ser rei dos israelitas, logo surge, de forma interesseira, insaciável e irresponsável, quem viu nisso o seu grande momento para atingir o poder e exercer a autoridade. Usando todos os meios e perspicácia para se fazer valer, Abimelec chega-se à frente, contrata homens ociosos e aventureiros que se colocaram à sua disposição. Vai a casa de seu pai e mata todos os seus irmãos, exceto Joatão, o mais novo, que conseguiu escapar. Por convicção, ou por subserviência, ou por medo, não tardou que a alta sociedade lá do sítio, todos os senhores de Siquém, se reunissem para, com todas as mesuras e salamaleques, proclamar Abimelec como rei. O futuro, porém, estava à vista e a ironia correu célere e mordaz. O primeiro a manifestar-se foi Joatão, o único sobrevivente aos instintos bárbaros e absolutistas de Abimelec, seu irmão. Ironizando, sobe ao monte Garizim e grita à fina flor de Siquém, aos que tinham entronizado Abimelec como rei. Conta-lhes uma fábula popular com a qual critica tão desastrosa engenharia política, levando a concluir que somente aquele que nada produz é que se presta para exercer o poder, um poder armadilhado contra a liberdade do povo, mas sendo este, o povo, que deve assumir as consequências de tal decisão:
“Ouvi-me, senhores de Siquém, para que Deus também vos ouça. Certo dia, as árvores resolveram escolher um rei. Disseram à oliveira: “Reina sobre nós”. A oliveira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu azeite, que dá honra aos deuses e aos homens, para me baloiçar por cima das outras árvores?”.
Então as árvores disseram à figueira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a figueira respondeu-lhes: “Terei de renunciar à doçura do meu saboroso fruto, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
E as árvores disseram à videira: “Vem tu reinar sobre nós”. Mas a videira respondeu-lhes: “Terei de renunciar ao meu vinho novo, que alegra os deuses e os homens, para ir baloiçar-me por cima das outras árvores?”.
Então todas as árvores disseram ao espinheiro: “Vem tu reinar sobre nós”. E o espinheiro respondeu às árvores: “Se realmente quereis escolher-me como vosso rei, vinde acolher-vos à minha sombra. Se não, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano”. (Juízes, 8…).
A oliveira, a figueira e a videira, três árvores muito apreciadas no país (como quem diz: as pessoas mais comprometidas e apreciadas!), não se colocaram na ponta dos pés, não se sentiam vocacionadas a serem rei. Preferiram continuar a servir o povo com generosidade a partir dos seus respetivos lugares e funções, oferecendo-lhe os seus preciosos frutos e assegurando-lhe a melhor qualidade de vida possível. Só o espinheiro, a esterilidade personificada que não dá fruto nem sombra nem coisa que se veja, é que se oferece para reinar no país. E logo se dirige ao povo com pompa e circunstância, com falsos paternalismos e previsível prepotência: “vinde abrigar-vos à minha sombra”.
Não tardou muito que as traições se sucedessem. Aqueles que o colocaram no trono, os próprios senhores de Siquém, quiseram – em vão, aliás! -, quiseram tirar-lhe o tapete de debaixo dos pés. O medo levou-os a refugiarem-se na cripta do templo de El-Berit. Todos lá morreram queimados debaixo do fogo dos ramos que Abimelec e os seus sequazes ali amontoaram e incendiaram para os liquidar. O próprio Abimelec, ao cercar Tebes, aproximava-se para assaltar a torre. Uma mulher, porém, lançou-lhe uma mó de moinho sobre a cabeça, fraturou-lhe o crânio. Com vergonha de morrer às mãos de uma mulher, logo chamou o escudeiro e lhe disse: “Puxa da espada e mata-me, para não dizerem que uma mulher me matou”. E assim morreu tristemente forte na sua vergonha. “Nada mais pequeno do que um grande dominado pelo orgulho”, afirmava Clemente XIV.

Antonino Dias
Portalegre, 06-07-2018.




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