domingo, 22 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 23 de julho de 2018









Segunda da XVI semana do tempo comum
Salt. IV






SEGUNDA-FEIRA da semana XVI

S. Brígida, religiosa, Padroeira da Europa – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.

L 1 Gal 2, 19-20; Sal 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11
Ev Jo 15, 1-8


* Na Diocese de Viseu – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE;; * Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Cunegundes, religiosa, da II Ordem – MF
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.


SANTA BRÍGIDA, religiosa

Nota Histórica
Nasceu na Suécia em 1303; casou muito jovem e teve oito filhos que educou com esmero exemplar. Ingressou na Ordem Terceira de S. Francisco e, depois da morte do marido, entregou-se a uma vida de maior ascetismo, embora sem deixar de viver no mundo. Fundou então uma Ordem religiosa e, partindo para Roma, foi para todos exemplo de grande virtude. Empreendeu peregrinações de penitência e escreveu muitas obras em que narra as suas experiências místicas. Morreu em Roma no ano 1373.

MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Exultemos de alegria no Senhor,
ao celebrar este dia de festa em honra de Santa Brígida.
Nesta solenidade alegram-se os Anjos
e cantam louvores ao Filho de Deus.


ORAÇÃO
Senhor, nosso Deus,
que dirigistes Santa Brígida pelos diversos caminhos da vida
e admiravelmente lhe ensinastes a sabedoria da cruz
na contemplação da paixão do vosso Filho,
fazei que, seguindo dignamente os caminhos do vosso chamamento,
procuremos em todas as coisas a vossa presença.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA 1 Gal 2, 19-20
«Não sou eu que vivo: é Cristo que vive em mim»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas

Irmãos:
Por meio da Lei, morri para a Lei,
a fim de viver para Deus.
Com Cristo estou crucificado.
Já não sou eu que vivo,
é Cristo que vive em mim.
Se ainda vivo dependente de uma natureza carnal,
vivo animado pela fé no Filho de Deus,
que me amou e Se entregou por mim.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. cf. 2a ou 9a)

Refrão: Em todo o tempo e lugar bendirei o Senhor.
Ou: Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.


EVANGELHO Jo 15, 1-8
«Quem permanece em Mim e Eu nele dá fruto abundante»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor.
Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto
e limpa todo aquele que dá fruto,
para que dê ainda mais fruto.
Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei.

Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós.
Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo,
se não permanecer na videira,
assim também vós, se não permanecerdes em Mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos.
Se alguém permanece em Mim e Eu nele,
esse dá muito fruto,
porque sem Mim nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em Mim,
será lançado fora, como o ramo, e secará.
Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem.
Se permanecerdes em Mim
e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido.
A glória de meu Pai é que deis muito fruto.
Então vos tornareis meus discípulos».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que colocamos sobre o vosso altar
na festa de Santa Brígida
e fazei que, libertos das coisas da terra,
encontremos em Vós a nossa única riqueza.
Por Cristo, Nosso Senhor.


Prefácio das Santas ou Religiosas


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lam 3, 24-25
O Senhor é a minha herança.
O Senhor é bom para a alma que O procura.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
que nos fortaleceis com a graça deste sacramento,
ensinai-nos a seguir o exemplo de Santa Brígida,
buscando-Vos sobre todas as coisas
e trazendo em nós a imagem do homem novo.
Por Cristo, Nosso Senhor.







 «A tua missão não é tanto procurar o amor, mas sim dares-te conta das barreiras que construíste em ti contra ele»

Muhammad Rumi






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.



MEDITAÇÃO






AGENDA

18.00 horas: Funeral em Tolosa
21.00 horas: Oração de louvor no Calvário.




A VOZ DO PASTOR


SÓ OS PEQUENINOS ENTENDERÃO

Muita gente escreve sobre muita coisa. E bem, gosto de ler. Há textos belíssimos em diversas áreas, textos bonitos em conteúdo e forma, aprendo sempre. Da minha parte, e atendendo à missão que me cabe, vou recordando o que é importante não esquecer, consciente de que muitos não gostarão nem do conteúdo nem da forma. Mas esta diversidade é bonita, faz bem, confronta, leva a pensar, contribui para o enriquecimento pessoal e para a beleza da unidade sem uniformizar. Dentro deste proceder, vou recordar mais um aspeto essencial da nossa vida.
Muitas vezes ouvimos dizer: “porque não tenho nada que fazer, vou aproveitar o tempo, vou rezar!” “Não, eu não rezo porque não tenho tempo, tenho muito que fazer, tenho muito trabalho!”
Entendo que não se reza para aproveitar o tempo. Não se reza porque não se tem mais nada que fazer. Não se deve deixar de rezar porque se tem muito que fazer, não se tem tempo! As razões subjacentes a estas atitudes prendem-se talvez com o facto de não se saber bem o que é a oração e também com o facto de não se saber bem o que é rezar. É verdade que a oração é uma aprendizagem constante que também reclama trabalho cuidadoso e momentos fortes de oração na diversidade das suas expressões. Como nos ensina a Igreja, o dinamismo do amor vivido na oração configura a existência, a identidade e a ação do discípulo.
Segundo São Francisco de Sales, tal como as plantas dão fruto cada uma segundo a sua espécie, assim os cristãos, como plantas vivas da Igreja, devem produzir frutos de devoção segundo a sua qualidade, o seu estado e a sua vocação. Assim, segundo ele, a devoção deve “ser exercida de maneira diferente pelo fidalgo e pelo operário, pelo criado e pelo príncipe, pela viúva, a solteira ou a mulher casada; e não somente isto: é necessário acomodar o exercício da devoção às forças, aos trabalhos e aos deveres de cada pessoa em particular”. E faz uma pergunta pertinente: “estaria certo que um bispo quisesse viver na solidão como os Cartuxos; que os casados não quisessem amealhar mais que os Capuchinhos; que o operário passasse o dia na Igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre sujeito a toda a espécie de encontros para serviço do próximo como o bispo? Não seria ridícula, desordenada e inadmissível tal devoção?”. Este erro, porém, afirma Francisco de Sales, “acontece frequentemente”. Quando a devoção “se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é sem dúvida falsa”. A abelha “extrai o mel das flores sem lhes fazer mal, deixando-as intactas e frescas como as encontrou”. A verdadeira devoção “age melhor ainda, porque não somente não prejudica qualquer espécie de vocação ou de tarefa, como ainda as engrandece e embeleza”. Cada um torna-se “mais agradável e perfeito na sua vocação se esta for conjugada com a devoção: a atenção à família torna-se mais paciente, o amor entre marido e mulher mais sincero, mais fiel o serviço que se presta ao príncipe, e mais suave e agradável o desempenho de todas as ocupações. É um erro, se não mesmo uma heresia, querer banir a vida devota do regimento dos soldados, da oficina dos operários, da corte dos príncipes, do lar das pessoas casadas”.
É sempre possível rezar. São João Crisóstomo ensinava que é possível fazer oração fervorosa “mesmo no mercado ou durante um passeio solitário”, mesmo “sentados na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar”.
Na verdade, a devoção pessoal tem vários rostos e maneiras muito próprias. Há muitas formas de oração, nenhuma delas obrigatória ou a exigir posição convencionada. Importante é atingir a meta que nos é proposta, a meta da santidade, cada um segundo o seu ritmo e circunstâncias, mas sem desistir de fazer o seu caminho!... O fundamento desta caminhada é a humildade. Somos mendigos de Deus, quem pede pede com humildade. E a oração verdadeiramente humilde brota do coração. O coração é a morada onde cada um de nós está, onde habita, onde desce. É o lugar do encontro, da aliança, da decisão. O lugar da verdade onde escolhemos a vida incendiados pelo fogo do Espírito Santo (cf. CIC2563).
 Santa Teresa do Menino Jesus dizia que a oração “é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio das alegrias”. E faz-se em comunhão com Cristo que “sendo o nosso Sacerdote, ora por nós; sendo a nossa Cabeça, ora em nós; e sendo o nosso Deus, a Ele oramos”. Importa, isso sim, é reconhecer “n’Ele a nossa voz e a voz d’Ele em nós” (S. Agostinho). Esta permanente recordação de Jesus ao longo do dia, manifestada, por exemplo, em pequeninos atos de fé leva-nos a estar habitualmente na presença de Deus, gera o amor e a alegria, a confiança e a intimidade, dá força e sentido às coisas da vida e à própria à vida. O Catecismo da Igreja Católica garante-nos que a invocação do santo nome de Jesus muitas vezes repetido por um coração humilde é o caminho mais simples da oração contínua (cf. CIC2668). São Paulo, por sua vez, retomando o versículo do Profeta Joel, afirma que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rom 10,13). Invocar o nome do Senhor é voltarmo-nos para Ele, é abandonarmo-nos a Ele, é viver n’Ele e Ele em nós. Citando de novo São Francisco de Sales numa carta que escreveu a Joana de Chantal, ele exortava-a a que pronunciasse, do fundo do coração, com amor, o nome de Jesus a fim de que a Sua presença marcasse toda a sua vida, todo o seu ser. Há muita gente que tem este hábito de oração, o de repetir o nome de Jesus ou outras expressões ou jaculatórias que lhe são mais caras. Pessoalmente tenho predileção especial pelo ato de fé e humildade que São Tomé, naquelas circunstâncias, fez diante de Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”(Jo 20,28). O mundo apresenta-nos muitos senhores, com ou sem gravata. Jesus, porém, quer se aceite ou não, é o único Senhor! A sociedade fabrica, promove, adora e serve muitos deuses. O desafio, no entanto, é só um, o verdadeiro: “Adorarás ao Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mt 4,10). Os sábios e inteligentes deste mundo, apoiados no que têm, podem e julgam saber, têm dificuldade em aceitar estes sinais de pista. Os pequeninos, os mansos e humildes de coração, agradecidos, seguem-nos com muita alegria e esperança.

Antonino Dias
Portalegre, 20-07-2018.







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