sexta-feira, 20 de julho de 2018






PARÓQUIAS DE NISA


Sábado, 21 de julho de 2018









Sábado da XV semana do tempo comum
Salt. III





SÁBADO da semana XV

Santa Maria no Sábado – MF
S. Lourenço de Brindes, presbítero e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.

Missa à escolha

L 1 Miq 2, 1-5; Sal 9 (10), 22-23. 24-25. 28-29. 35
Ev Mt 12, 14-21


* Na Ordem Franciscana – S. Lourenço de Brindes, presbítero e doutor da Igreja, da I Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Lourenço de Brindes, presbítero e doutor da Igreja, da I Ordem – FESTA
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.






MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 16, 15
Eu venho, Senhor, à vossa presença:
ficarei saciado ao contemplar a vossa glória.


ORAÇÃO
Senhor nosso Deus,
que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade
para poderem voltar ao bom caminho,
concedei a quantos se declaram cristãos
que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome,
sigam fielmente as exigências da sua fé.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I  Miq 2, 1-5
«Cobiçam os campos e apoderam-se das casas»


A palavra de Deus faz-se ouvir hoje contra os que praticam a injustiça; esta é a expressão de uma vida arrogante contra o amor devido ao próximo, e acaba também por ser, para o homem que pratica a injustiça, a origem da sua própria ruína.

Leitura da Profecia de Miqueias

Ai daqueles que, deitados em sua cama, planeiam a injustiça e tramam o mal! Ao romper do dia, logo o praticam, porque está ao seu alcance. Cobiçam os campos e roubam-nos, desejam as casas e apoderam-se delas. Escravizam o homem e a sua casa, o dono e a sua herança. Por isso, diz o Senhor: «Eu penso em mandar contra esta gente um castigo de que não podeis livrar a cabeça. Não mais andareis de fronte erguida, pois será um tempo de desgraça. Nesse dia entoarão contra vós uma sátira e vos cantarão assim os seus lamentos: ‘Estamos totalmente arruinados. Os bens do meu povo foram confiscados e não há ninguém para lhos devolver; os nossos campos são entregues a quem nos tiraniza’. Por isso não haverá ninguém que tire à sorte uma porção para vós, na assembleia do Senhor».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 9 (10), 22-23.24-25.28-29.35 (R. 33)
Refrão: Senhor, não Vos esqueçais dos pobres. Repete-se

Senhor, porque Vos conservais à distância
e Vos escondeis nos momentos de angústia?
No seu orgulho, o ímpio oprime o pobre;
seja apanhado nas intrigas que tece. Refrão

O ímpio vangloria-se das suas ambições
e o avarento felicita-se a si mesmo.
Desprezando o Senhor, o ímpio diz na sua arrogância:
«Não há quem me castigue, Deus não existe». Refrão

A sua boca está cheia de maldição, perjúrio e mentira;
na sua língua só há malícia e iniquidade.
Faz emboscadas junto às povoações
e mata à traição o inocente. Refrão

Vós vedes e atendeis às canseiras e sofrimentos,
para tomar a causa deles em vossas mãos.
O pobre confia em Vós,
Vós sois o protetor do órfão. Refrão


ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia Repete-se

Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão


EVANGELHO Mt 12, 14-21
«Intimou-os que não descobrissem quem Ele era,
para se cumprir o que estava anunciado»


Jesus vai realizando na sua vida de bem-fazer o que d’Ele tinha sido anunciado. Mas tudo é feito na simplicidade e na paz, não como crítico derrotista, mas como alguém que aponta um caminho novo, e isto apesar da oposição dos seus adversários, que já pensam em Se desfazer d’Ele. No entanto, Jesus é Servo de Deus, o Bem-amado do Pai, a Esperança das nações.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus

Naquele tempo, os fariseus reuniram conselho contra Jesus, a fim de O fazerem desaparecer. Mas Jesus, ao saber disso, retirou-Se dali. Muitos O seguiram e Ele curou-os a todos, mas intimou-os que não descobrissem quem Ele era, para se cumprir o que o profeta Isaías anunciara, ao dizer: «Eis o meu servo, a quem Eu escolhi, o meu predilecto, em quem se compraz a minha alma. Sobre ele farei repousar o meu Espírito, para que anuncie a justiça às nações. Não discutirá nem clamará, nem se fará ouvir a sua voz nas praças. Não quebrará a cana já fendida, nem apagará a torcida que ainda fumega, enquanto não levar a justiça à vitória; e as nações colocarão a esperança no seu nome».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons da vossa Igreja em oração
e concedei aos fiéis que os vão receber
a graça de crescerem na santidade.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 83, 4-5
As aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu Rei e meu Deus.
Felizes os que moram em vossa casa
e a toda a hora cantam os vossos louvores.

Ou Jo 6, 57
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais à vossa mesa santa,
humildemente Vos suplicamos:
sempre que celebramos estes mistérios,
aumentai em nós os frutos da salvação.
Por Nosso Senhor.







 «Toma um sorriso e oferece-o a quem nunca sorriu»

Mahatma Gandhi






MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.



MEDITAÇÃO – Jesus, enquanto anunciava o Reino de Deus, passou fazendo o bem. Os seus gestos, as suas atitudes e sua mensagem, não passou despercebida porque um tal modo de ser e de estar, pode ser imitado por todos. Jesus anulou, assim, a exclusividade religiosa pretendida pelos fariseus que, furiosos, planearam a sua morte.


ORAÇÃO:  Senhor, concede-nos responder fielmente aos teus ensinamentos. Renova a  nossa fé e o nosso amor no nosso caminhar para Ti.






AGENDA

10.00 horas: Batismo na Amieira
11.00 horas: Batismo na Igreja de Nossa Senhora da Graça
12.00 horas: Casamento em Arez
17.00 horas: Batismos na Igreja de Nossa Senhora da Graça
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Vila Flor (Amieira do Tejo)
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
19.30 horas: Funeral em Vale de Gaviões (Gavião)




A VOZ DO PASTOR


SÓ OS PEQUENINOS ENTENDERÃO

Muita gente escreve sobre muita coisa. E bem, gosto de ler. Há textos belíssimos em diversas áreas, textos bonitos em conteúdo e forma, aprendo sempre. Da minha parte, e atendendo à missão que me cabe, vou recordando o que é importante não esquecer, consciente de que muitos não gostarão nem do conteúdo nem da forma. Mas esta diversidade é bonita, faz bem, confronta, leva a pensar, contribui para o enriquecimento pessoal e para a beleza da unidade sem uniformizar. Dentro deste proceder, vou recordar mais um aspeto essencial da nossa vida.
Muitas vezes ouvimos dizer: “porque não tenho nada que fazer, vou aproveitar o tempo, vou rezar!” “Não, eu não rezo porque não tenho tempo, tenho muito que fazer, tenho muito trabalho!”
Entendo que não se reza para aproveitar o tempo. Não se reza porque não se tem mais nada que fazer. Não se deve deixar de rezar porque se tem muito que fazer, não se tem tempo! As razões subjacentes a estas atitudes prendem-se talvez com o facto de não se saber bem o que é a oração e também com o facto de não se saber bem o que é rezar. É verdade que a oração é uma aprendizagem constante que também reclama trabalho cuidadoso e momentos fortes de oração na diversidade das suas expressões. Como nos ensina a Igreja, o dinamismo do amor vivido na oração configura a existência, a identidade e a ação do discípulo.
Segundo São Francisco de Sales, tal como as plantas dão fruto cada uma segundo a sua espécie, assim os cristãos, como plantas vivas da Igreja, devem produzir frutos de devoção segundo a sua qualidade, o seu estado e a sua vocação. Assim, segundo ele, a devoção deve “ser exercida de maneira diferente pelo fidalgo e pelo operário, pelo criado e pelo príncipe, pela viúva, a solteira ou a mulher casada; e não somente isto: é necessário acomodar o exercício da devoção às forças, aos trabalhos e aos deveres de cada pessoa em particular”. E faz uma pergunta pertinente: “estaria certo que um bispo quisesse viver na solidão como os Cartuxos; que os casados não quisessem amealhar mais que os Capuchinhos; que o operário passasse o dia na Igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre sujeito a toda a espécie de encontros para serviço do próximo como o bispo? Não seria ridícula, desordenada e inadmissível tal devoção?”. Este erro, porém, afirma Francisco de Sales, “acontece frequentemente”. Quando a devoção “se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é sem dúvida falsa”. A abelha “extrai o mel das flores sem lhes fazer mal, deixando-as intactas e frescas como as encontrou”. A verdadeira devoção “age melhor ainda, porque não somente não prejudica qualquer espécie de vocação ou de tarefa, como ainda as engrandece e embeleza”. Cada um torna-se “mais agradável e perfeito na sua vocação se esta for conjugada com a devoção: a atenção à família torna-se mais paciente, o amor entre marido e mulher mais sincero, mais fiel o serviço que se presta ao príncipe, e mais suave e agradável o desempenho de todas as ocupações. É um erro, se não mesmo uma heresia, querer banir a vida devota do regimento dos soldados, da oficina dos operários, da corte dos príncipes, do lar das pessoas casadas”.
É sempre possível rezar. São João Crisóstomo ensinava que é possível fazer oração fervorosa “mesmo no mercado ou durante um passeio solitário”, mesmo “sentados na vossa loja, a tratar de compras e vendas, até mesmo a cozinhar”.
Na verdade, a devoção pessoal tem vários rostos e maneiras muito próprias. Há muitas formas de oração, nenhuma delas obrigatória ou a exigir posição convencionada. Importante é atingir a meta que nos é proposta, a meta da santidade, cada um segundo o seu ritmo e circunstâncias, mas sem desistir de fazer o seu caminho!... O fundamento desta caminhada é a humildade. Somos mendigos de Deus, quem pede pede com humildade. E a oração verdadeiramente humilde brota do coração. O coração é a morada onde cada um de nós está, onde habita, onde desce. É o lugar do encontro, da aliança, da decisão. O lugar da verdade onde escolhemos a vida incendiados pelo fogo do Espírito Santo (cf. CIC2563).
 Santa Teresa do Menino Jesus dizia que a oração “é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio das alegrias”. E faz-se em comunhão com Cristo que “sendo o nosso Sacerdote, ora por nós; sendo a nossa Cabeça, ora em nós; e sendo o nosso Deus, a Ele oramos”. Importa, isso sim, é reconhecer “n’Ele a nossa voz e a voz d’Ele em nós” (S. Agostinho). Esta permanente recordação de Jesus ao longo do dia, manifestada, por exemplo, em pequeninos atos de fé leva-nos a estar habitualmente na presença de Deus, gera o amor e a alegria, a confiança e a intimidade, dá força e sentido às coisas da vida e à própria à vida. O Catecismo da Igreja Católica garante-nos que a invocação do santo nome de Jesus muitas vezes repetido por um coração humilde é o caminho mais simples da oração contínua (cf. CIC2668). São Paulo, por sua vez, retomando o versículo do Profeta Joel, afirma que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rom 10,13). Invocar o nome do Senhor é voltarmo-nos para Ele, é abandonarmo-nos a Ele, é viver n’Ele e Ele em nós. Citando de novo São Francisco de Sales numa carta que escreveu a Joana de Chantal, ele exortava-a a que pronunciasse, do fundo do coração, com amor, o nome de Jesus a fim de que a Sua presença marcasse toda a sua vida, todo o seu ser. Há muita gente que tem este hábito de oração, o de repetir o nome de Jesus ou outras expressões ou jaculatórias que lhe são mais caras. Pessoalmente tenho predileção especial pelo ato de fé e humildade que São Tomé, naquelas circunstâncias, fez diante de Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!”(Jo 20,28). O mundo apresenta-nos muitos senhores, com ou sem gravata. Jesus, porém, quer se aceite ou não, é o único Senhor! A sociedade fabrica, promove, adora e serve muitos deuses. O desafio, no entanto, é só um, o verdadeiro: “Adorarás ao Senhor teu Deus e somente a Ele servirás” (Mt 4,10). Os sábios e inteligentes deste mundo, apoiados no que têm, podem e julgam saber, têm dificuldade em aceitar estes sinais de pista. Os pequeninos, os mansos e humildes de coração, agradecidos, seguem-nos com muita alegria e esperança.

Antonino Dias
Portalegre, 20-07-2018.




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