PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 30 de julho de 2018
Segunda
da XVII semana do tempo comum
Salt. I
SEGUNDA-FEIRA da semana
XVII
S. Pedro Crisólogo,
bispo e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Jer 13, 1-11; Sal Deut 32, 18-19. 20. 21
Ev Mt 13, 31-35
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres, Frederico Rúbio e 69 Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Justino de Jacobis, bispo – MO
* Na Companhia de Jesus – I Vésp. de S. Inácio de Loiola.
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Jer 13, 1-11; Sal Deut 32, 18-19. 20. 21
Ev Mt 13, 31-35
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres, Frederico Rúbio e 69 Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Justino de Jacobis, bispo – MO
* Na Companhia de Jesus – I Vésp. de S. Inácio de Loiola.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 67,
6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 13, 1-11
«O povo ficará como essa faixa, que já não serve para nada»
Os profetas anunciavam a palavra de Deus, não só por meio de palavras, mas também por ações simbólicas. São verdadeiras parábolas em ação. É assim, por meio de uma ação simbólica, que o profeta hoje mostra a que estado fica reduzido o povo que abandona Deus e se volta para outros deuses: torna-se como alguma coisa que se estragou, e já não serve senão para ser lançada fora.
Leitura do Livro de Jeremias
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 13, 1-11
«O povo ficará como essa faixa, que já não serve para nada»
Os profetas anunciavam a palavra de Deus, não só por meio de palavras, mas também por ações simbólicas. São verdadeiras parábolas em ação. É assim, por meio de uma ação simbólica, que o profeta hoje mostra a que estado fica reduzido o povo que abandona Deus e se volta para outros deuses: torna-se como alguma coisa que se estragou, e já não serve senão para ser lançada fora.
Leitura do Livro de Jeremias
O Senhor disse-me: «Vai comprar uma faixa de linho e põe-na à cintura, mas sem a molhares na água». Eu comprei a faixa e pu-la à cintura, como o Senhor me tinha ordenado. Pela segunda vez me foi dirigida a palavra do Senhor: «Toma a faixa que compraste e que trazes à cintura, põe-te a caminho até ao rio Eufrates e esconde-a lá na fenda dum rochedo». Eu fui esconder a faixa na margem do Eufrates, como o Senhor me tinha ordenado. Muitos dias depois, disse-me o Senhor: «Põe-te a caminho e vai ao rio Eufrates buscar a faixa que lá te mandei esconder». Eu fui ao Eufrates procurar a faixa e tirá-la do lugar onde a escondera. Mas a faixa tinha-se estragado e já não servia para nada. Então o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Assim fala o Senhor: Deste modo destruirei o orgulho de Judá, a grande soberba de Jerusalém. Este povo perverso, que recusa ouvir as minhas palavras, que segue as tendências do seu coração obstinado e segue outros deuses para os servir e adorar, ficará como essa faixa, que já não serve para nada. Porque assim como a faixa se prende à cintura do homem, também Eu tinha prendido a Mim toda a casa de Israel e toda a casa de Judá, – diz o Senhor – para que fossem o meu povo, proclamando o meu nome, o meu louvor e a minha glória. Mas eles não Me obedeceram».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Deut 32, 18-19.20.21 (R. cf. 18a)
Refrão: Abandonaste a Deus que te criou. Repete-se
Desprezaste o Rochedo que te gerou,
esqueceste a Deus que te deu a vida.
O Senhor viu e ficou indignado
e rejeitou teus filhos e tuas filhas. Refrão
O Senhor disse: «Vou ocultar-lhes o meu rosto
e ver qual será o seu futuro,
porque são uma geração perversa
de filhos que não conhecem a fidelidade». Refrão
«Provocaram-Me com um deus falso,
irritaram-Me com inúteis ídolos;
e Eu vou provocá-los com um povo falso,
vou irritá-los com uma nação insensata». Refrão
ALELUIA Tg 1, 18
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus Pai nos gerou pela palavra da verdade,
para sermos as primícias das suas criaturas. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 31-35
«O grão de mostarda torna-se árvore,
de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos»
Duas breves parábolas sobre o reino de Deus que se completam uma à outra: a do grão de mostarda põe em relevo o contraste entre a pequenez dos começos desse reino e o esplendor do fim que ele há de atingir; a do fermento, que leveda toda a massa, sublinha a força e energia do fermento e ainda o contraste entre a pequena quantidade do mesmo e a grande quantidade de massa, que ele é capaz de levedar. Assim é o reino de Deus no meio deste mundo.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus disse ainda à multidão a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as hortaliças e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos». Disse-lhes outra parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia, a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que disse: «Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do mundo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
« Se
por um momento, tivesses consciência das tuas capacidades, rir-te-ias da insignificância
dos teus maiores problemas»
Rafael Vidac
MÉTODO DE ORAÇÃO
BÍBLICA
3.Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURA:
- Jesus compra o Reino dos Céus com a semente de
mostarda e com o fermento. Apedar de elementos tão pequenos, um e outro crescem
e fazem crescer de uma maneira desmesurada.
MEDITAÇÃO: - Se o Reino de Deus é comparável a
grão de mostarda, é porque antes de crescer e de se desenvolver entre nós, será
de difícil perceção. Uma semente enquanto tal, não passa de promessa de fruto,
de uma nova vida à espera de gestação. Esta parábola é afirmação de que o Reino
está entre nós muitas vezes de um modo não percetível. Mas está! E sempre à
espera de que o ajudemos ao crescimento e desenvolvimento.
ORAÇÃO: - Abençoa, Senhor, as nossas mãos, os
nossos gestos e as nossas boas intenções, para que estejam sempre disponíveis a
colaborar na construção do Reino.
AGENDA
09.30 horas: Oração de louvor no
Calvário
A VOZ DO PASTOR
NÃO DIGAS QUE É
IMPOSSÍVEL
Dizemos que uma pessoa é responsável
quando orienta bem a sua vida ou cumpre com zelo e eficácia aquilo que lhe é
confiado. Falamos de corresponsabilidade quando a participação num trabalho ou
numa missão é da responsabilidade, não de um, mas de alguns ou de todos. E se
há muitas coisas de cujo êxito, ou menos êxito, somos corresponsáveis, a tarefa
da evangelização é uma delas. É da responsabilidade de todos os batizados,
somos corresponsáveis. E esta corresponsabilidade não se exerce colocando-se à
janela da vida a olhar quem passa. Ou a peneirar o que os outros fazem e dizem
no crivo da maledicência. Tampouco se exerce sendo um mero consumidor de coisas
tidas como boas e santas e, pensa-se, quantas mais melhor. A
corresponsabilidade implica envolvimento, compromisso, entusiasmo, ser capaz de
gerar empatia e de estimular, implica colocar os talentos ao serviço da
comunidade.
A primeira ação de corresponsabilidade
que todo o batizado deve exercer é com a pessoa do Espírito Santo. A construção
da santidade acontece pela ação do Espírito Santo em nós. Ele cria-nos nos
segredos de Deus, faz nascer a fé nos nossos corações, derrama em nós o amor de
Deus, ensina-nos a rezar, dá-nos uma vida nova e faz-nos viver n’Ele, com Ele e
a partir d’Ele. Isto, porém, reclama a nossa resposta e colaboração. Deus nada
impõe, propõe, respeita a nossa liberdade. A liberdade, porém, não é fazer o
que muito bem entendo e quero ou me dá na real gana. É fazer o que devo, por
respeito a mim próprio e aos outros.
Em toda a Sua vida, Jesus foi
corresponsável, foi livre na obediência. Assumiu o projeto do Pai e ofereceu-Se
com total generosidade até ao fim, até tudo estar consumado. A Sua vontade era
fazer a vontade d’Aquele que o enviara e consumar toda a Sua obra. Sabia o que
tinha a fazer, promovia diligentemente a sua implementação, vivia em total
obediência ao Pai e em plena comunhão com Ele.
Maria também assumiu o dinamismo da
corresponsabilidade. Ela deu um “Sim” consistente e sempre renovado ao longo de
toda a sua vida, até ao alto do Calvário, até ao pé da Cruz. Faça-se em Mim
segundo a Sua Palavra, foi o Seu lema. Com determinação e confiança, lançou-Se
nessa aventura, ajudando a concretizar os projetos de Deus a respeito da
humanidade, mesmo quando não entendia bem o seu alcance e até lhe parecia que o
Seu Filho já não fechava bem a gaveta (Mc 3,20-21).
A própria Criação dá-nos um testemunho
de corresponsabilidade ímpar. Tudo foi gerado pelo Verbo de Deus. A
complexidade do Universo aponta os céus e canta as glórias do Senhor de forma
ordenada e bela, numa sinfonia incrível. Todas as coisas se movem em numerosas
formas de relação e de participação, cada uma segundo a sua natureza, todas
elas a viverem e a subsistirem numa harmonia verdadeiramente admirável, divina.
São Paulo usa a figura do corpo para
descrever a corresponsabilidade na Igreja. É o bom funcionamento de cada uma
das partes do corpo, cada uma no seu lugar, sem ciúmes ou inveja de qualquer
outra parte ou função, sem se julgar mais ou menos importante, é essa
corresponsabilidade funcional que dá harmonia e beleza ao corpo. Nenhuma parte
é secundária, dispensável ou inútil. Assim, a unidade bela da Igreja é
construída por toda a diversidade que a compõe: diferentes são os estilos e as
personalidades, os dons e os carismas, as capacidades e os níveis de
intervenção social, diferentes são a formação humana e académica, a língua, a
raça, a cultura, a atividade, a situação geográfica…
Como cristãos, somos, de uma forma mais
consciente e firme, corresponsáveis pela sorte de todos os outros, incluindo a
própria criação, a nossa casa comum, a começar pela família. A família é o
primeiro espaço que nos leva a reconhecer a beleza da unidade na diversidade.
Nela há a diversidade de pessoas, de idades e de talentos, de experiências e de
cultura, de direitos e de deveres, de afazeres e de gostos. Cada um sente-se
corresponsável pelo bem do todo que é a família, comunidade de vida e de amor a
caminho da santidade, espaço de entendimento e de enriquecimento mútuo, espaço
de alegria e de paz, no meio de alegrias e tristezas, de fracassos e êxitos.
Na comemoração do cinquentenário da instituição
do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco chamou a atenção para a necessidade e a
beleza de “caminhar juntos». O mundo, em que vivemos e que somos chamados a
amar e a servir “exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da
sua missão”. Cada um de nós, os batizados, “independentemente da própria função
na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de
evangelização…». E é-o na política e na economia, na cultura e nas ciências,
nas artes e nos ofícios, nas escolas e nos serviços públicos, nas empresas e na
comunicação social, mo lazer e no desporto…
E afirmava Santo Atanásio, no século IV:
“Nada há mais frio do que um cristão que não se preocupa com a salvação dos
outros”. E continuava: “Se o fermento misturado à farinha não fizer levedar
toda a massa, terá sido verdadeiro fermento? E que se há de dizer dum perfume
que não espalhe a sua fragrância? Havemos de lhe chamar perfume? Não digas: Não
sou capaz de influenciar os outros. Se fores cristão verdadeiro, é impossível que
o não faças. Se é certo que não há contradição na natureza, também é certo o
que afirmamos: faz parte da natureza do cristão influir nos seus semelhantes.
Não injuries a Deus. Se disseres que o sol não é capaz de brilhar, afrontas o
sol; se disseres que um cristão não pode ser útil a ninguém, ofendes a Deus e
chamas-Lhe mentiroso. Ora mais fácil é o sol não aquecer nem brilhar do que um
cristão não irradiar a sua luz: mais fácil que isto seria transformar-se a luz
em trevas. Não digas que é impossível: o contrário é que é impossível. Não
injuries a Deus. Se fizermos bem o que está na nossa mão, tudo o mais de que
falamos se seguirá como consequência natural. A luz do cristão não pode ficar
escondida; uma lâmpada tão resplandecente não se pode ocultar”. E afirmava
Madre Teresa de Calcutá: “As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios
que rezam”. Ou: “A maior enfermidade é não ser ninguém para ninguém”.
Antonino Dias
Portalegre, 27-07-2018.
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